Morreste-me

Morreste-me José Luis Peixoto




Resenhas - Morreste-me


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Rodrigo Brasil 28/07/2019

Romance? Novela? Ensaio?
Difícil definir o gênero do livro, com uma prosa poética belíssima e linda. Uma espécie de carta do filho ao pai que se vai.
Um relato cheio de sentimentos sobre amor, afeto e família. O sentimento do luto, e o pós-morte. A dificuldade de seguir, as lembranças do pai. Muito tocante. José Luis Peixoto sabe bem como usar as palavras.
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Tamires 24/07/2019

Morreste-me, de José Luís Peixoto
Morreste-me, de José Luís Peixoto, é simplesmente o livro mais lindo que li na vida. Delicado e profundo é uma prosa poética sobre a perda que corrói e muda definitivamente a nossa vida: a orfandade.

“Pai. Nunca envelheceste, e eu queria ver-te velhinho, velhinho aqui no nosso quintal, a regar as árvores, a regar as flores. Sinto tanta falta das tuas palavras. Orienta-te, rapaz. Sim. Eu oriento-me, pai. E fico. Estou. O entardecer, em vagas de luz, espraia-se na terra que te acolheu e conserva. Chora chove brilho alvura sobre mim. E oiço o eco da tua voz, da tua voz que nunca mais poderei ouvir. A tua voz calada para sempre. E, como se adormecesses, vejo-te fechar as pálpebras sobre os olhos que nunca mais abrirás. Os teus olhos fechados para sempre. E, de uma vez, deixas de respirar. Para sempre. Para nunca mais. Pai. Tudo o que te sobreviveu me agride. Pai. Nunca esquecerei.” (p. 19)

Morreste-me é uma narrativa em quatro partes/capítulos, mas com uma única unidade temática, que é o relato da morte do pai e da morte de uma parte da existência do filho com o pai agora ausente. É um livro pequeno, mas que o leitor precisa fazer algumas pausas durante a leitura, seja para respirar fundo ou mesmo para chorar, dependendo das lembranças pessoais que podem surgir com essa leitura. É muito comovente. Nunca li algo tão sensível sobre uma parte tão cruel da minha própria vida. Morreste-me, poético desde o título, é uma leitura para quem quer entender o sentimento do filho, o lugar que resta ao filho com a morte do pai. Só quem viveu a “dor oceânica” de ver quem lhe deu a vida escapar-lhe como um sopro, como a água que escorre das mãos, sabe o quanto é difícil continuar existindo. Estaremos sempre buscando as memórias do nosso passado para não nos esquecermos quem realmente somos, isso é certo. Mas os sujeitos com quem compartilhamos essas vivências não estarão mais aqui para confirmar nossas memórias e preencher as lacunas dela. E assim será por toda a eternidade que nos resta aqui. Foi o que senti e o que recordei com essa leitura. Recomendo.

site: https://www.tamiresdecarvalho.com/resenha-morreste-me-de-jose-luis-peixoto/
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Markarroni 29/01/2019

Numa palavra, o resumo de toda uma dor
É um livro para chorar do início ao fim. Um livro que machuca. É doloroso de se ler. José Luís Peixoto nos fala afinal, da morte do pai. A morte. Nunca a estamos aguardando, mas sabemos que ela chegará para todos nós. O autor perdeu o pai, já eu perdi minha avó, e ao ler esse livro revivi toda a dor que estava guardada e acumulada dentro de mim.

"Morreste-me, morreste-nos, sem qualquer aviso, sem me dares tempo de te abraçar, de me despedir de ti."

Esse livro tem 60 páginas! Sessenta páginas que são uma montanha-russa de emoções. É um livro poderoso, avassalador e precioso. Quem já teve uma perda significativa na vida, quem já perdeu alguém que lhe era muito querido, vai se identificar com essa raridade. A quem isso, felizmente, ainda não aconteceu, vai prepará-lo para isso e um dia vai se lembrar dessa leitura quando passar por essa experiência que nos marca para sempre.

Não é uma leitura fácil. Tive que a interromper algumas vezes para respirar fundo. O autor experienciou a morte do pai e usou a dor para transpôr esse sentimento na perfeição das palavras. Ouviu a si, nos ouviu, chorou e chorou conosco, e mais tarde criou esse presente para nós.

site: https://www.instagram.com/leitor.nerd/
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Leo Moura 12/01/2019

Poético
Livro bem curtinho, mas com grande força. Arrasta o leitor de tal forma que é dificil não se envolver nas sensações e dores confessadas pelo narrador ao seu pai morto. A despeito da temática pesada, a linguagem poética usada torna a obra leve e singela. O luto é apresentado aqui de forma muito íntima e verdadeira. Sem falar do prazer que é ler um texto produzido por um autor português, encontrando aqui e ali palavras e usos interessantes. Vou procurar outras obras do José Luis, com certeza.
Cleuzita 12/01/2019minha estante
Não conhecia esse autor, mas seu comentário me deixou com vontade de ler.


Leo Moura 12/01/2019minha estante
Que bom, Cleuzita, recomendo demais! achei muito bonito. ;)


Cleuzita 13/01/2019minha estante
: )




Vinicius.Borges 31/12/2018

Poesia em forma de prosa!
Escrita lindíssima e sensibilidade única. Dá vontade de ler tudo em voz alta de tanta beleza no modo como o autor se expressa. A dor do luto que é narrada na história transcende as páginas do livro e chega até os leitores de uma forma intensa e emocionante.
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@dropsdeleitura 25/12/2018

Réquiem redentor
Um pequeno livro sobre a dor da perda, sobre um luto que se elabora na confusão das lembranças e na frustração do que se sabe não voltar. Um avanço que se faz para trás, sem retorno.

Uma leitura tão pungente quanto o título que apresenta.
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neudsonpenha 13/10/2018

MORRESTE-ME
Morreste- me
José Luís Peixoto
Editora: Dublinense @clubeleiturabrasil

Um livro que se delineia pela poesia da saudade que sob o manto do luto e nos emociona como uma escrita densa sobre um tema comum: a morte.

Uma narrativa de amor ao pai morto, mas também uma poesia sobre o pai vivo...a vida, pois a morte antes de nos separar, nos unifica pelas teias das lembranças e do amor, e este, como dizem muitos poetas, imortal!.

Um livro curto, mas complexo em entrelinhas. Um passeio por nossas mais queridas e dolosas lembranças...

José Luís Peixoto é um autor português contemporâneo que nos traz um jogo de escrita rebuscado sobre o que é simples e singelo, mas consistente.
Recomendo ler mais de uma vez para apreciar as nuances que podem passar despercebidas. O belo passa rápido, aproveite-o!!!

PEIXOTO, José Luís. morreste-me. Porto Alegre: Dublinense, 2015. 64p.
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Oz 31/12/2017

Romances muito curtos ou novelas trazem uma ameaça intrínseca para mim, já que sempre fico com uma ligeira suspeita martelando na minha cabeça, perguntando se aquela história que estou prestes a ler conseguirá ser bem desenvolvida e trabalhada em tão poucas páginas. É bem verdade que essa suspeita também surge no lado oposto do espectro, quando me deparo com verdadeiros calhamaços que me fazem questionar sobre a real necessidade de tantas páginas. Essas são apenas suspeitas protocolares do pré-leitura, provavelmente sem sentido nenhum, já que é evidente que existem tanto as obras geniais que são curtíssimas quanto as obras primas longas e extensas ao extremo. “Morreste-me” é um desses livros que entram na primeira categoria, uma verdadeira pepita de diamante (são pouco mais de 60 páginas que, em diagramações mais convencionais, não daria nem mesmo umas 30).

A história é narrada em primeira pessoa por um homem que perde seu pai. Não há suspense a ser revelado nem trama a ser desvendada. O que descobrimos, página após página, é a capacidade soberba da escrita de José Luís Peixoto que, com uma sensibilidade incomum, deixa aflorar, em suas palavras, a angústia e a saudade de um filho que, a partir de agora, só verá o pai através do reflexo de si mesmo no espelho e nos pequenos objetos do cotidiano que guardam as memórias retidas no luto profundo. Dificilmente eu acho um livro tocante, por melhor que ele seja escrito, mas “Morreste-me” é de um lirismo tão verdadeiro que realmente nos faz compartilhar dos pesares do narrador como se estivéssemos bem ali ao lado dele. Por algum motivo estranho - até porque a história não tem nada a ver uma com a outra -, essa leitura me lembrou de “Um Copo de Cólera”, porém cada uma me incutindo percepções opostas. Enquanto o lirismo de Peixoto me pareceu extremamente factível, real e cativante, a narrativa de Raduan Nassar me soou um pouco suspeita e artificial, ainda que eu admita que esteja bem isolado no que diz respeito a esse ponto de vista. Mas vá lá, foi apenas uma questão que me veio de repente e estamos aqui para cantar os méritos de um livro, sem necessidade de desmerecer algum outro. E para que eu não me estenda mais do que o devido, o melhor a fazer é terminar logo essa resenha com uma forte recomendação de leitura, afinal, se por acaso você não gostar, também não vai ter gastado muito do seu tempo.

Meu site de resenhas: www.26letrasresenhas.wordpress.com
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Tobias 10/05/2017

Para meu pai
É um relato emocionante de um filho por ocasião da morte de seu pai. Além da mensagem em si, chama a atenção a beleza da língua portuguesa, utilizada com maestria pelo autor e a nos evidenciar a amplitude da linguagem para comunicar nossas emoções.
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ElisaCazorla 06/09/2016

Sobre o Luto
A morte é uma constante em muitos dos autores (dos melhores autores, devo acrescentar). Acho que é uma constante nos textos por alguns motivos. O mais óbvio deles é que o fato de estarmos vivos representa a própria morte - a ausência dela - e sua inevitável chegada a qualquer momento. Outro motivo é a fascinação que ela nos causa a todos, não somente aos autores. Estes conseguem falar sobre ela, com ela e dela o que não conseguimos. Não sabemos o que está depois dela ou durante ela, não sei. Não sabemos, simplesmente, não sabemos. Independentemente de qualquer crença ou religião que apenas apresentam algum tipo de esperança ou conforto, a morte ainda é um grande mistério.
Mas, este não é um livro sobre a donzela fatal. Este é um livro sobre o que ela deixa em seu rastro. O luto.
José Luís Peixoto escreve sobre o luto que passou devido a morte de seu próprio pai. É uma linda e emocionante poesia sobre o sofrimento, a ausência, a saudade, a memória, a presença que já não é. As coisas que ficam depois que aqueles que amamos partem. O luto. Doloroso e angustiante luto.
Infelizmente, para alguns a morte é precedida do definhar aos poucos e das dores indizíveis. Para alguns a morte chega como um alívio para o cérebro atrofiado e os membros que já não obedecem. Mesmo assim não deixa de ser cruel pois, ao partir, deixa apenas o luto.
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Aline 30/08/2016

Releitura certa
O livro é envolvente e leva a uma leitura breve. Finalizando a leitura, é impossível não sentir uma vontade incontrolável de reler. Na segunda vez em que os olhos percorrem as páginas, vários detalhes são descobertos, como se não estivessem ali da primeira vez. Emocionante, sensível, apaixonante.
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Debora.Barberis 21/04/2016

poesia e arte
poético, sensível, profundo.
apaixonante, inesperado, doce, melancólico, perfeito.
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henriquechefe 31/05/2015

Lindeza
Que coisa linda. Nem vou descrever, é ler e se apaixonar.
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