Do amor e outros demônios

Do amor e outros demônios Gabriel García Márquez




Resenhas - Do Amor e Outros Demônios


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fabio.orlandini 31/03/2023

Amor e ódio
Uma história de amor bem interessante e, acima de tudo, uma denuncia velada da ignorância a que o fanatismo religioso levava, julgando atos normais como demoníacos e destruindo a vida das pessoas.
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Eva 30/01/2021

Nesse romance que mistura a religiosidade cristã, trazida pelos europeus, com o misticismo das religiões indígenas e africanas (chamadas pagãs) tudo isso com o toque do realismo mágico de Gabriel Garcia Márquez para contar uma história de amor em meio a opressão da colonização e da Igreja com os povo nativos e escravizados na América do Sul, mais especificamente, na Colômbia, colônia da Espanha.
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Isis Porto 31/12/2021

Demorei um pouco pra entrar de verdade na leitura, mas quando entrei não conseguia mais parar. O livro tem muitas reflexões, tem profundidade mesmo sendo curto e direto. O Gabo consegue contar uma boa história.
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Fábio Nogueira 01/06/2021

Gabo dispensa comentários
Mais uma belíssima obra do extraordinário Gabriel Garcia Márquez. Não é o meu preferido dele, mas tá na vice liderança. ;)
Mariana.Renno 02/06/2021minha estante
Qual seria o seu favorito? Ainda não li nenhum dele e uma recomendação é sempre bem vinda.


Fábio Nogueira 02/06/2021minha estante
Meu favorito, que recomendo para todos, é Crônica de uma morte anunciada ?


Nati Sampaio 07/06/2021minha estante
um dos meus preferidos da vida!


Fábio Nogueira 07/06/2021minha estante
Gostei muito também deste... Mas o meu primeiro contato com Gabo é o primeiro da lista.




Ingrid 16/05/2021

Fantástico!
Gabriel García Márquez, nesta obra, consegue misturar diversas questões religiosas com a fantasia.

Do amor e outros demônios conta a história de Sierva Maria, uma garotinha de apenas 13 anos, filha de um casal de marqueses mas que foi criada pelos escravos de sua casa. Um certo dia, Sierva é mordida por um cachorro e após algumas mudanças em seu comportamento, a família acredita que a menina contraiu raiva - doença esta que era confundida com possessão demoníaca.

O marquês, seu pai, decide procurar o Bispo e acaba internando a filha no Convento de Santa Clara por achar que a menina estava possuída pelo demônio.

O padre Cayetano Delaura, designado pelo Bispo para cuidar de Sierva e fazer o exorcismo, aos poucos consegue perceber que não se tratava de questões espirituais; passa a conhecer a história da menina, o fato dela ter sido criada inserida na cultura dos negros e, consequentemente, seguir sua religião e falar diversos idiomas.

Sobre isso, ele dirá: ?Às vezes atribuímos ao demônio certas coisas que não entendemos, sem cuidar que são coisas de Deus.?

E é nessa perspectiva que a história se desenvolve, abordando de maneira magnífica a questão das diferenças, da intolerância religiosa e, principalmente, a questão do amor.

?Não há remédio que cure o que a felicidade não cura (Gabriel García Márquez).?

Nota 10/10. Recomendo a leitura, é simplesmente fantástica!
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Alberto 16/01/2022

Interessante, envolvente, fácil de ler, boa obra para conhecer o estilo do autor.
Não é o melhor de Garcia Marquez, mas é bom: divertido, com ritmo acelerado, personagens absurdos, enredo envolvente. Uma história de amor muito bizarra mas narrada de de forma cativante. Boa prosa, bom enredo, bom estilo, bom entretenimento. Indicaria para quem quer conhecer a obra de Garcia Marquez e quer começar por algo leve.
Bruna.Portoghese 16/01/2022minha estante
Obrigada @Alberto




Flavinha 12/08/2020

Simplesmente fantástico, Gabriel Garcia Márquez, mesmo com sua escrita rebuscada, nos leva a entrar num período que tudo era tão sombrio. E nos faz sentir a história de amor que exista por trás de tantos sentimentos. Super recomendo.
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Felipe 24/02/2021

A história desse livro se passa em Cartagena das Índias, cidade colombiana. No período em que ela ocorre, a Colômbia era marcada por uma grande diversidade étnica e religiosa. Séculos após o início da colonização espanhola na América Latina, tornam a ocorrer os primeiros registros de raiva na região. Nesse mesmo cenário, o país mostrava uma grande presença da Igreja Católica e da Santa Inquisição. Imaginem um enredo construído nesse contexto.

Ele começa a ser contado quando Sierva María de todos Los Angeles sofre uma mordida de um cachorro raivoso. Filha do marquês de Casalduero e de Bernarda Cabrera, o incidente à menina ocorreu após ela comprar uma fieira de guizos para a festa de seu aniversário de doze anos na companhia de uma empregada.

A história se passa nos tempos presente e passado. O passado auxilia a explicação do presente e o presente revela os impactos que as atitudes cometidas no passado acarretaram aos seus personagens.

Bernarda de Cabrera era uma esposa sem títulos do marquês de Casalduero. O livro explica a origem de seu relacionamento com o marquês. Menciono esse fato para despertar a curiosidade do leitor, mas não explicarei como se deu essa origem porque as explicações deste livro são o que lhe tornam tão interessante de ser lido.

Porém, é preciso mencionar que Sierva María não tinha o amor de nem um dos seus pais. Os motivos podem ser melhor compreendidos a partir da leitura do livro. Mas a garota não habitava o mesmo recinto do marquês de Casalduero e, por conviver com os escravos, era praticante de cultos africanos, algo repelido pela Igreja Católica.


Dominga de Adviento comandava o lar dos escravos e representava uma ponte entre eles e o mundo de seu proprietário. Foi ela a responsável pela criação de Síerva Maria e pelo que a menina sabia sobre os cultos africanos. Apesar da indiferença dos pais, após a mordida do cachorro o marquês de Casalduero mostra grande preocupação com Sierva María e decide procurar ajuda para trata-la.

O livro possui apenas cinco capítulos, mas no interior de cada um deles há pequenas demarcações que permitem ao pretendente a sua leitura pausá-la sem precisar lê-los por completo de uma só vez. A história aqui contada não foi escrita para ser lida tão brevemente. Porém, o ritmo da narrativa foi adequado para o que o autor quis contar.

O aspecto desse livro que mais me agradou foi a construção dos dramas humanos. É possível que também o seja para quem decidir lê-lo. Gabriel García Marquez sabe como despertar a curiosidade do leitor a respeito desses dramas.

Conclua a leitura da resenha no blog. Caso tenha gostado e deseje ler mais resenhas nesses moldes, siga o perfil no instagram: @literaturaemanalise

site: https://literaturaeanalise.blogspot.com/2021/02/resenha-do-amor-e-outros-demonios.html
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robson_lourenco 23/03/2023

Quanto mais eu leio Gabo mais eu me apaixono pela sua escrita.

"Às vezes atribuímos ao demônio certas coisas que não entendemos, sem cuidar que sejam coisas que não entendemos de Deus."
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Vicioouss 20/05/2020

Do amor e outros demônios
É um livro razoável, alguns momentos é meio chato, porém trás algumas partes boas
Alê | @alexandrejjr 29/05/2020minha estante
O que tu achou mais chato, Rafaela?




cristiane.ss 05/07/2022

Místico
É o primeiro livro que leio desse autor.
A leitura te prende do começo ao fim.
É uma mistura de misticismo religioso, magia... Uma "doidera" boa de se ler!
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Polly 13/02/2024

Do amor e outros demônios: Sierva Maria bem que podia ter dezoito anos (#199)
Do amor e outros demônios não caiu muito nas minhas graças. Dos que li do Gabo até agora, ele fica em último na lista dos que mais gostei, embora eu adore esse título (é bonito, né?).

O elemento fantástico, marca registrada do Gabriel Garcia Marquez, não fica de fora em Do amor e outros demônios, é claro. A história de Sierva Maria mistura as lendas contadas por sua avó quando ele era criança e um trabalho jornalístico que Gabo fez em um convento prestes a ser demolido, em 1949. Só ele sabe fazer a fantasia parecer realidade e a realidade parecer fantasia como ninguém.

Sierva Maria é uma menina de doze anos, filha de uma família decadente de uma longínqua aristocracia espanhola. Completamente negligenciada pelos pais, é criada pelos escravizados da casa. Isso significa que ela é criada tal qual os costumes africanos: religião, língua, cultura. Dá para imaginar que isso é um prato cheio para uma Colômbia colonial católica, não é? Junte isso com uma doença pouco conhecida e de sintomas assustadores como a raiva. Dá para adivinhar que nada vai acabar bem.

A menina é logo diagnosticada com possessão e sofrerá todos os mais terríveis “tratamentos” para ser curada dos “demônios” em um convento. O problema é que seu exorcizador vai se apaixonar por ela. O Padre Cayetano Delaura chega a conclusão que não tem nada de demônio na menina, como também de que a garota é o amor de sua vida. E eis o meu maior problema com o livro: esse “relacionamento” tosco entre uma menina de doze anos e um homem de trinta e seis. Acabou com a graça do livro para mim. Gabo, custava fazer Sierva Maria ter dezoito anos?

Outra coisa que não foi um problema para mim, mas sim um incômodo durante a leitura é a descrição da epidemia de raiva no local. Acho que ter passado por uma pandemia tão terrível quanto a de COVID-19, não me permitirá jamais ler sobre doenças contagiosas com alguma indiferença. A angústia e o medo de tempos assim estão gravados não só nas memórias, mas também nas entranhas de todos nós. Lembrar faz a gente sentir o gosto metálico no fundo da garganta de saber - e ser lembrado vinte e quatro horas por dia disso - que a vida é frágil e de que não se tem como negociar com a morte.

Não, não é um livro ruim. Tem tudo o que um leitor de Gabo ama: boa escrita, realismo fantástico, muito absurdo contado como coisa corriqueira, mas o relacionamento contado é um grandessíssimo de um equívoco.
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Lucas 25/07/2021

Misticismo, relações familiares, religião... As aleatoriedades como fonte de mais um livro incrível de Gabriel García Márquez
Uma moça solitária. A raiva canina. Um padre bibliotecário. Freiras x bispo. Um homem decadente. Uma mulher doente. Lendas africanas. Exorcismo.

Estes substantivos aleatórios podem ser considerados uma ementa de alguma obra feita por alguém com distúrbios que se propõe a escrever um livro. Mas quando se trata do colombiano Gabriel García Márquez (1927-2014), esta obra adquire ares de uma magnificência que só ele é capaz de transmitir.

Do Amor e Outros Demônios, lançado em 1994 quando o seu autor, laureado com o Nobel de Literatura em 1982, já estava com a "vida ganha", é mais um daqueles livros típicos de Gabo que partem de elementos abstratos e aleatórios para a montagem de uma narrativa que usa e abusa de uma criatividade cativantemente inigualável. O maior dos símbolos desta característica, o maravilhoso Cem Anos de Solidão (1967) possui tanto esta carga abstrata que o leitor pode perder-se diante de tantos personagens, muitos deles homônimos. Mas este ponto aliado a outros, como a incrível ação que marca cada linha (nos livros de Gabo, SEMPRE há algo acontecendo), faz do contato com a narrativa durante a leitura uma sensação jamais percebida em outro autor. Pessoalmente falando, é incrível como o passar dos anos e das obras lidas de Gabriel García Márquez (este foi meu quinto livro lido dele) só fortalece este encanto.

A obra aqui resenhada tem como preâmbulo de inspiração (e que é descrito numa espécie de prefácio da edição sempre bem-feita da Editora Record, que edita os livros do autor no Brasil) uma reportagem que o então jornalista Gabriel García Márquez fez em 1949. O anteriormente tradicional Convento de Santa Clara, situado na Colômbia, iria ser demolido para a construção de um hotel e o jovem jornalista foi incumbido de descrever a retirada dos restos mortais de vários personagens que estavam sepultados no edifício, muitos deles há mais de um século. Lá, ele se depara com o túmulo de Sierva Maria de Todos Los Ángeles, cujos restos mortais apresentavam de marcante uma imensa cabelereira, de "vinte e dois metros e onze centímetros" de comprimento.

Para alguém com a capacidade criativa de Gabriel García Márquez, que iria explodir anos mais tarde, tem-se nisso um "estalo" para uma história que prende a atenção da 1ª à 191ª e última página. Este relato, inclusive, revela um traço do seu estilo realista mágico: o apego ao decrépito, que ora serve como elemento cômico, ora serve para intensificar uma sensação mais repulsiva.

Inspirando-se nisso, Gabo volta ao período da Colômbia Colonial (aproximadamente em meados do século XVIII) para contar a história por ele concebida de Sierva Maria. Neste sentido, costumes dos escravos, Igreja Católica ultraconservadora, um convento das Irmãs Clarissas (que viviam e vivem até hoje em mosteiros enclausurados), um bispo simpático, entre outros elementos e personagens curiosos são esparramados nas linhas.

Destes outros personagens, destaca-se o pai de Sierva Maria, Dom Ygnacio de Alfaro y Dueñas, segundo marquês de Casalduero, cuja história de vida é uma síntese da mistura de cômico e trágico que o autor tão bem sabe fazer (a cena em que o marquês conhece seu futuro sogro é hilariante). Um fazendeiro decadente, ele é o grande "depósito" da famigerada solidão que Gabo coloca em todos os seus livros. Sua esposa, Bernarda Cabrera, por outro lado representa o decrépito e um pouco da devassidão, elementos também comuns ao estilo do escritor. Há também o médico Abrenuncio, que protagoniza várias passagens engraçadas e/ou cruas, o Bispo Toribio de Cáceres y Virtudes e sua sabedoria pontual, a abadessa Josefa Miranda, coordenadora do convento e com um eterno ranço do bispo... São tantos outros personagens que não é difícil perder o rumo em apresentar todos eles.

Mas é o padre Cayetano Delaura quem merece um parágrafo só para si. Fiel escudeiro do bispo e bibliotecário da Diocese, é quase instantâneo simpatizar com ele e sua personalidade. É ele também quem traz para si grandes agruras derivadas das dúvidas que abatem sobre a sua convicção na vocação. O padre também desenvolve um olhar radical sobre os que lhe rodeiam, mas que vai amainando com as suas experiências. Em termos mais concretos, até mesmo a eterna rivalidade entre ciência e religião é por ele trabalhada na narrativa. Se ele sofre as tentações do "pior demônio de todos" (será mesmo?), Delaura também condensa pra si os conflitos menos abstratos que Gabo quis descarregar em suas páginas.

Ademais, citar outros elementos ou personagens seria adiantar questões que são esplendidamente desenvolvidas pela narrativa sempre envolvente. A raiva canina citada no primeiro parágrafo, talvez o mais estranhos dos elementos lá expostos, é explicada logo nas primeiras páginas. Então, furtar-se de fornecer maiores detalhes aqui é um favor que está sendo feito ao futuro leitor.

Do Amor e Outros Demônios, como tudo que vem de Gabriel García Márquez é viciante, dinâmico, hilário, trágico, direto, divertido e triste: tudo isso se mistura, muitas vezes em duas ou três páginas consecutivas. Ler a obra é como estar envolvido por uma bolha mística, onde passado e presente, realidade e ficção, amor e ódio e o belo e decrépito se misturam, sem limites claramente definidos.
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Jubs 24/03/2021

Bom
Esse é do segundo livro de Garcia Marquez que eu li, o primeiro foi Cem anos de solidão, então acho que é difícil não comparar a experiência de leitura. Eu demorei muito mais pra ler esse livro e não prendeu muito minha atenção, vários momentos eu não entendi muito o que tava acontecendo. Acho que só relendo em outro momento pra ter uma ideia melhor do livro...
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