Naty Alves 06/05/2024
Nos céus de fantasia
Um dia já faz alguns bons anos estava olhando as prateleiras de uma biblioteca então li de repente numa lombada escura o título "A história sem fim" e logo tive uma lembrança de quando era criança e vi uma das minhas primas lendo o mesmo livro em outra edição. O fato é que minha irmã já me havia contado a respeito do filme que assistia quando criança. E então eu puxei o livro e li. " Este livro estava no porão de uma escola agora está na sua mão" imaginem a emoção? Qual estória este meu novo pequeno amigo me contaria?
E foi então que fiz minha primeira leitura (mas, não a única ainda bem) da jornada de Bastian Baltazar Bux por fantasia e sua busca "A grande busca" a dele a de atreiu para salvar fantasia e a nossa na tentativa de crer no impossível, em um mundo onde pouco se lê, se ouve, ou se crê.
Como posso explicar a você? E dizer que essa não é apenas uma estória de fadas ou bruxas, duendes, criaturas estranhas, onde o bem e o mal é diferente mas capaz de coexistir num mesmo universo porque um não existe sem o outro. Assim, como o mundo fantástico não pode existir sem o nosso porque estão intimamente ligados enquanto houver contadores de estorias, e poetas capazes de derramar suas emoções no papel, assim como leitores dispostos a fazer o que querem dessa narrativa, e enfrentarem por si sós as consequências dela. E essa é também uma reflexão sobre Buling, luto, e a coragem de amar e de nos despojar de si mesmo para isso.
Fiquei surpresa o quanto de camadas pude enxergar aqui, como Bastian foi corajoso, irritante, egoísta, altruísta, sonhou e realizou, e errou.
Pra mim a imperatriz criança foi a personagem mais enigmática boa ou má? Talvez um pouco se ambas porém sempre justa pois Bastian aprendeu que o poder é a dádiva mais perigosa de todas.
Nem preciso dizer que voar nas costas de Falkor o dragão da sorte é um dos maiores sonhos literários só preciso perder o medo de altura.
Mas isso é outra história será contada em outra ocasião