Nessa 29/04/2024Surpreendente"O Vilarejo", de Raphael Montes, é uma jornada pelos recantos mais sombrios da mente humana. Com seus sete contos, cada um representando um dos pecados capitais, o livro nos leva a explorar os abismos da natureza humana de maneira surpreendente
Começando com "Gula", fui totalmente pega de surpresa pelo final arrepiante. Nunca imaginei o desfecho que estava por vir, e isso me deixou completamente chocada.
Em "Inveja", as reviravoltas continuam, especialmente quando a protagonista toma uma decisão chocante, indo além do que eu esperava.
"Soberba" foi uma das que mais me enfureceu, especialmente quando a verdade por trás das ações da personagem principal é revelada. A forma como a história se desenrola é impactante e perturbadora. (Quando Helga espanca o Mobuto lembrando das palavras do homem em sua porta, sobre o que o Mobuto era, mas na vdd estava mesmo era descrevendo os atos da Helga. Nossa...)
"Luxúria" me deixou sem palavras. No entanto, o final inesperado me fez gritar de surpresa, mostrando que a vingança pode ser mais complexa do que parece.
Em "Preguiça", a atmosfera sombria se intensifica à medida que a trama avança. O desfecho trágico não foi o que eu esperava, deixando-me com um sentimento de tristeza.
"Ganância" é um conto que, apesar de menos surpreendente, ainda brilha pela maneira como a narrativa nos faz sentir raiva do contador e da avó.
"Ira" foi um dos pontos altos do livro, especialmente pela forma como a história se fecha em um círculo completo. O ciclo de violência e ódio presente na narrativa é angustiante, mas ao mesmo tempo brilhantemente executado.
O prefácio, por sua vez, foi o toque final que solidificou minha admiração pela habilidade narrativa de Montes.