Amar e Ser Livre

Amar e Ser Livre Sri Prem Baba
Sri Prem Baba




Resenhas - Amar e ser livre


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Let 28/05/2023

O amor não é unificar
O amor é liberdade.
Amar e ser livre nos mostra o quanto a cura individual dos nossos traumas é importante, para depois estarmos abertos ao outro ser.
Quando o outro ser chegar, saber vivenciar a singularidade e a individualidade.
Darás amor e liberdade, e receberá um novo relacionamento.
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Márcia 21/05/2023

Muito bom
Uma nova forma de enxergar os relacionamentos. Perceber o egoísmo com que vivemos os relacionamentos.
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monihauschild 23/04/2023

Eu fui ler esse livro com expectativas de ser uma coisa, mas não era bem oq eu esperava?
O livro é muito bom para quem busca sobre esse conteúdo, sobre relacionamentos amorosos e pessoais.
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Carina 19/04/2023

Amar e ser livre
Livro legal para quem está em busca do autoconhecimento, mais um degrauzinho pra completar essa infinidade de perguntas e respostas que temos dentro de nós? os porquês das coisas acontecerem repetidamente em nossas vidas. Valeu a leitura.
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LeLe 08/04/2023

Amar é ser livre
Cara não tava em sintonia com esse livro não e é por que gosto de livros de autoaajuda. Mais esse tava muito fora da curva. Não tinha muita aproveitamento, em alguns capítulos ficou sem uma explicação. Então fiquei perdida de como aprofunda na leitura.

O livro:
fala sobre a qualidade amorosa e o desenvolvimento das relações amorosas, mostrando que um relacionamento feliz vai além da realização pessoal.

Uma frase que eu achei linda
Ninguém pode curar nossas feridas, a não ser nós mesmo.??
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JoAo 26/03/2023

Comprei esse livro em um "camelo de livros" e não gostei
Confesso que pulei muitas parte desse livro , para mim é uma loucura o autor dizer que as crianças usam máscaras com medo de negarem comida a ela.

E pior foi o fato de ele querer a todo momento espiritualizar a sexualidade .
Tathi (@Doidosporserieselivros) 26/03/2023minha estante
Meu Deus que viagem esse negócio das crianças




Luiza Cazarine 20/03/2023

Gostei muito do livro e da temática em si, no entanto, tem alguns pontos que não concordei com o autor e não acredito ser aplicável na minha vida
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Miriam172 21/02/2023

Gostei muito desse livro porque ele associa liberdade à uma profunda conexão dentro do casamento. Que a gente só é livre quando nosso eu mais profundo encontra com o eu profundo do outro sem máscaras, disfarces ou fugas. O que muitos chamam de "liberdade", ele chama necessidade de variedade. E fala muito explicitamente que quando sentimos atração por outra pessoa, que ao invés de correr para realizar esse desejo, devemos refletir sobre o que naquela pessoa nos chama a atenção e porque eu tô sentindo falta disso especificamente. Que essa reflexão sim é que vai fazer o relacionamento aprofundar e não a fuga para a variedade.
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Dímitra Alectoridis 17/02/2023

Amar É ser livre!
As relações íntimas existem para nossa evolução. Buscam o nosso reencontro com dores da infância para que possamos vencê-las. O mais lindo disso é que Deus nos convida ao autoconhecimento em companhia de um parceiro, um amigo, com quem podemos dividir intimidade, amor e liberdade. O objetivo final é encontrar o amor divino através dessa relação humana tão negligenciada e deturpada pela sociedade.
Essa obra indica que o caminho pode ser difícil mas, mesmo os pequenos passos são vitórias no contexto da eternidade!
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Rhuan C. S. 31/01/2023

Esperava mais.
Início interessante mas maçante no decorrer da leitura, embora o livro tenha poucas páginas. Quando começou a misturar com coisas relativas ao divino, não suportei. Fui pulando e lendo as partes que me interessavam para não perder mais tempo. Infelizmente não rendeu como eu esperava.
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kathrein.oliveira 30/01/2023

Um livro estranho...
No começo achei muito bom , fez muito sentido pra mim, falava como os nossos traumas infantis prejudicam a nossa experiência com amor e relacionamentos.

Porém no final achei que ficou titilele demais pra mim hahahahha. Mas é um livro bom. Embora "propósito" do mesmo autor seja muito melhor.
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bettinacesario 27/01/2023

Coragem
"Ao reconhecermos nossa verdadeira identidade, nos tornamos livres para ser quem somos". Mergulhe com coragem, olhe para sua criança interior, entenda suas feridas e lembre-se: cada um de nós carrega seus próprios traumas.

Coragem para se resgatar.
Coragem para amar.

"Amar requer uma grande coragem, a coragem de ser humilde. Somente com muita coragem você pode ser humilde. Todo orgulhoso é um grande covarde, pois o orgulho é uma armadura que serve para impedir a revelação."

Se pudermos chegar à compreensão do amor verdadeiro, que é incondicional e desinteressado; se pudermos amar à Terra e a todos os filhos dela, teremos realizado o propósito maior da vida.
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Ivad 19/01/2023

Bom?
"Ao conhecer alguém, abra-se para o novo."
O livro fala de autoconhecimento, amor, liberdade e sobre como os relacionamentos podem influenciar no seu presente e futuro. Bom para nos questionar mais sobre comportamentos nocivos que insistimos em repetir. (Ler de mente aberta)
Gostei do livro apesar de não concordar com tudo, ainda mais com o histórico do autor (ex. Abuso)
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Moitta 23/09/2022

Minhas notas do livro
Um importante ponto a ser compreendido é que não há separação entre o que ocorre dentro e o que ocorre fora de nós — o externo é reflexo do interno. O que ocorre no macrouniverso é um reflexo do microuniverso e vice-versa.

A transformação é inevitável, mas o sofrimento pode ser evitado. A dor da mudança é inevitável, mas o sofrimento é desnecessário.

Amar requer uma grande coragem, a coragem de ser humilde. Somente com muita coragem você pode ser humilde. Todo orgulhoso é um grande covarde, pois o orgulho é uma armadura que serve para impedir a revelação. Para amar, você terá que se tornar extremamente suscetível. Terá que lidar com uma profunda fragilidade, terá que expor seus pontos mais vulneráveis.

A paixão pode iniciar o processo de união entre duas pessoas, porém raramente ela permanece em um relacionamento longo. Isso porque a paixão tem como objeto uma fantasia, uma idealização do outro. Projetamos no outro sonhos e aspectos não integrados de nossa própria consciência, em geral, traumas de infância. Em outras palavras, nos apaixonamos por uma ilusão. Por exemplo, se ainda não integrei algo relacionado ao abandono materno e encontro alguém que, de alguma maneira, me lembre minha mãe, vou projetar no outro a esperança de ser acolhido e vou me apaixonar por ele. Isso ocorre porque o ser humano busca reencenar as cenas traumáticas da infância na idade adulta com a esperança de curar as feridas ainda abertas. Para isso, buscamos parceiros que contêm o melhor e o pior dos nossos pais. Porque, no fundo, existe uma esperança mágica de que desta vez será diferente. É um mecanismo que tenta reparar o passado.

A pessoa movida pela paixão acredita querer o bem do outro, mas não é assim. A paixão é egoísta. O querer bem nada mais é que uma estratégia para ter suas expectativas atendidas, para curar as feridas do passado.

Portanto, uma das principais causas da complexidade nas relações, e o que impede que elas tenham o devido lugar na nossa vida, é justamente o desconhecimento a respeito da origem da dor em nós mesmos.

Todos nós passamos por esse processo. É impossível se desenvolver neste plano sem traumas. Porque, para o próprio bem da criança, os pais precisam colocar limites. A questão é a forma como os limites são colocados. Se for com amor e consciência, a criança vive uma dor momentânea, mas não sofre um trauma capaz de impedir a reunificação mais tarde. Quando os limites são colocados com estupidez e violência, um trauma profundo pode ser criado.

Essa dor gerada pelo rompimento com a nossa essência é tão profunda, que é como se um buraco se abrisse dentro de nós. Experimentamos um grande vazio criado pela ausência do verdadeiro eu. E para lidar com isso, iniciamos um processo de negação e de amortecimento. Tentamos preencher esse vazio de diversas maneiras, e começam a surgir necessidades simbólicas, ou seja, falsas necessidades que servem para suprir uma carência. Então, começamos a arranjar doenças, compulsões e infinitas distrações. Começamos a querer ser muito importantes, reconhecidos e respeitados.

A negação é outra filha da repressão. A partir dela, nascem as máscaras e muitos outros mecanismos de defesa, entre eles, as matrizes do eu inferior: a gula com todas as suas manifestações de voracidade; a preguiça, que é a paralisação diante do que precisa ser feito devido aos sentimentos negados e presos no sistema. A paralisação pode ser ativa (um workaholic pode ser um preguiçoso que faz muitas coisas, menos o que precisa ser feito); a avareza é o desejo de acumular e de se proteger atrás do que se tem; a ira, que em sua forma passiva é indiferença e em sua forma ativa é violência, ou simplesmente o desejo de machucar; o orgulho e seus desdobramentos (vaidade, vergonha, arrogância, autoimagem, complexo de inferioridade e superioridade); a luxúria, que é usar a energia sexual para ter poder sobre o outro; o medo, incluindo a dúvida, o ceticismo e todos os tipos de pânico; e a mentira, desde a mais grosseira que você conta para o outro com o objetivo de se promover, até o autoengano, que é não saber quem é você.

Mas entre essas manifestações da natureza inferior, o medo se sobressai. A pessoa reprimida vive com medo — medo da vida. E uma das manifestações do medo é a insegurança; ela não acredita no seu poder. Ela pode ter dons maravilhosos, mas não os reconhece. Se formos atrás do medo, encontraremos a repressão. Encontraremos esse ambiente no qual você foi impedido de ser você mesmo. Do medo, nasce a ansiedade, entre outros sintomas.

Até agora, nós vimos como a repressão deu origem à negação e a todos os mecanismos de defesa e máscaras. Isso ocorreu por meio de uma interferência no fluxo da energia vital, que foi impedida de seguir seu curso natural rumo à espontaneidade, tendo que ficar contida.

Nesse ponto em que a energia vital é bloqueada, na verdade, ocorre uma espécie de divisão. O fluxo da energia, que naturalmente se orienta em direção ao amor e à união, continua presente, porém uma parte dele passa a se mover na direção contrária. Ocorre uma distorção.

A corrente de energia vital dividida passa a se mover em duas direções opostas dentro de nós. Uma parte segue seu curso em direção ao amor, à união e à construção (positividade), e outra passa a se mover em direção ao ódio, à separação e à destrutividade (negatividade). Isso significa que tanto a criação quanto a destruição nascem da mesma fonte de energia — positividade e negatividade são expressões da mesma força. Essa divisão dá origem a algo que todos nós experimentamos e que eu chamo de “prazer negativamente orientado”, “intencionalidade negativa”, “prazer no desprazer” ou, simplesmente, “sadomasoquismo”.

Essa energia distorcida se manifesta através das matrizes do eu inferior que citei anteriormente. Ela gera destruição e pode ser voltada tanto para o outro quanto para nós mesmos. Isso é o que comumente é chamado de “maldade”, que nada mais é do que o resultado dos mecanismos de defesa que desenvolvemos para nos protegermos da dor dos traumas que vivemos na infância. Quanto maior a maldade, maior a dor. Esse é um ponto que precisa ser realmente compreendido, pois a chave para a libertação está na compreensão da origem da maldade, ou eu inferior.

Tudo aquilo que entendemos como violência, ignorância, competitividade, mesquinhez e crueldade nesse mundo são um pedido de socorro, um grito desesperado. A pessoa que está vibrando na maldade está sentindo uma grande dor. Tudo o que ela quer é acolhimento. Ela quer um olhar de aceitação e de amor.

Se, de alguma forma, a pessoa está sendo canal da maldade, é porque ela carrega uma dor que ainda não foi aceita e dissolvida, o que significa que uma parte dela está separada e precisa ser integrada. Integração é sinônimo de unificação. Essa é a meta: unir as partes que se encontram separadas. E o que impede a integração é justamente a negação da maldade.

Uma boa pista dentro dessa proposta de estudo é observar as situações negativas que se repetem no decorrer da sua história. Se uma situação desagradável se repete, provavelmente, existe uma relação disso com o momento em que a energia vital foi distorcida dentro de você. Esse bloqueio da energia gera o que na psicologia chamamos de “fixação”, ou seja, a psique fica fixada nesse ponto e isso funciona como um imã que atrai essas situações. Então, quando menos espera, você cai novamente no mesmo buraco. Se você procurar, você encontrará nesses episódios os mesmos elementos do momento do bloqueio da energia, ou seja, eles são uma reedição do momento original, no qual você foi excluído, humilhado ou rejeitado. E como já vimos, isso ocorre porque existe uma esperança de que a cena seja diferente.

Isso porque no momento em que a energia vital é distorcida e passa a se mover em direção à destruição, o prazer se conecta ao sofrimento.

O laço entre a corrente vital (prazer) e o sofrimento pode ser tão forte que algumas pessoas têm a sensação de que irão morrer se abrirem mão de certos padrões negativos. Um exemplo claro disso são os vícios, mas isso também pode se manifestar na dificuldade de ganhar dinheiro ou de realizar-se profissionalmente. Isso ocorre porque a identificação com determinado aspecto do eu inferior é tão forte, que a pessoa, inconscientemente, acredita ser aquele aspecto. Então, abrir mão desse determinado aspecto é o mesmo que morrer.

se existe uma situação negativa se repetindo em sua vida, é você quem escolhe estar nessa situação, por mais que tudo indique a você que a culpa é do outro. Você é o único responsável por tudo que acontece na sua vida. Portanto, sempre que você se perceber correndo freneticamente atrás de um objetivo que se distancia em vez de se aproximar, tornando-se quase impossível de ser alcançado, atente para a possibilidade de haver um desejo deliberado pelo negativo agindo dentro de você. Enquanto não toma consciência desse desejo, você continua andando em círculos e alimentando a crença de que é uma vítima indefesa.

Para termos satisfação plena, nos sentirmos realmente inteiros na vida, será necessário ter coragem para encarar as insatisfações e finalmente encontrar o desejo pelo negativo que gera tal dificuldade.

Eu sei que esse ponto de conhecimento é realmente difícil de ser compreendido, mas ele é concreto como uma pedra. Eu estou falando de matemática psíquica: a dor só existe porque você quer e não quer uma coisa ao mesmo tempo.

A vítima que nos habita está constantemente repetindo para si mesma a seguinte sentença: “se eu for suficientemente infeliz, vou provar para o mundo que ele não deu para mim o que eu queria ter recebido”. Esse prazer na dificuldade é uma verdadeira entidade, um eu da vingança, que, por sua vez, é um eu do ódio que foi ativado no momento do bloqueio da espontaneidade. Mas esse ódio se voltou contra nós mesmos. E, assim, seguimos prisioneiros dessa autossabotagem.

Veja com clareza o prazer que existe em resistir, o prazer de seguir na mão contrária daquilo que conscientemente você quer. Você quer harmonia dentro de uma relação afetiva, quer uma relação confortável, alegre, amorosa, quer amar e ser amado. Mas quando menos espera, está desrespeitando e machucando o outro e criando situações para ser desrespeitado e machucado por ele. Então, se já pode identificar essa contradição dentro de você, sugiro que, nesse momento, você amplie sua percepção a respeito dessa parte que não quer. Invoque a Verdade, Deus ou simplesmente seu coração e pergunte--se: “quem em mim deseja sofrer?”. Procure ampliar sua consciência a respeito desse “eu” em você que está comprometido com a guerra.

O próximo passo é tomar consciência do estrago que essa escolha está causando na sua vida e na vida de quem está ao seu redor. Quando puder fazer isso, você estará pronto para interromper o círculo vicioso. A interrupção só é possível quando ocorre esse “clique” interior, quando você consegue dizer a si mesmo: “sou eu que estou escolhendo seguir na mão contrária. Estou escolhendo dizer ‘não’. E, se estou dizendo ‘não’, também posso escolher dizer ‘sim’”.

A autorresponsabilidade é a pedra fundamental que sustenta o caminho da autorrealização. Sem ela, a evolução não é possível. Lembre-se que nós estamos onde nos colocamos.

Mas esse processo não se dá assim, racionalmente. O perdão não pode ser racional. Podemos até tentar estabelecer empatia intelectualmente, mas isso não tem o poder de nos libertar. Para realmente integrar, o que é sinônimo de perdoar, é preciso entrar em contato com as emoções guardadas, com a tristeza e com a raiva. É preciso entrar em contato com o plano de vingança desse eu que se sente machucado e rejeitado.

Ao olhar de fora, com um certo distanciamento, você consegue perceber que não há vítimas. Ou se há, somos todos nós. Então, não faz sentido querer se vingar.

Enquanto não houver consciência de que existe prazer em odiar e ser odiado, não conseguiremos, de maneira alguma, nos libertar desse ódio e de todas as suas consequências. Como vimos, essa distorção ocorreu exatamente no momento em que fomos impedidos de sermos nós mesmos, quando a energia vital foi impedida de seguir seu fluxo natural. Assim, nasceu o prazer negativamente orientado.

Mas devemos prestar atenção para não cairmos na armadilha da culpa. Não se cobre por não ter essa gratidão. Não se condene por sentir raiva. Mais vale uma raiva verdadeira do que um sorriso falso. Nunca se esqueça disso. Somente a verdade liberta, a verdade em todas as suas manifestações.

O karma é uma lei inexorável — ele se cumpre. Mas ele é uma dívida de aprendizado, não de sofrimento. Ou seja, tais padrões vão se repetir até que a entidade aprenda o que tem que ser aprendido, o que não significa que tenha que sofrer no processo, embora isso ocorra quase sempre.

O principal obstáculo para a libertação é a negação da imperfeição. Temos vergonha de nossas imperfeições, mas há que se ter disposição de aceitá-las para poder derrubar os muros que nos aprisionam, para abrir o coração. Somente assim será possível sair da construção que criamos para nos proteger, essa máscara.

Como já vimos, dentro do ser humano existe um profundo anseio pela unidade. A força erótica é um tremendo poder de fusão. Queremos experimentar a união. O programa da força erótica é conduzir-nos para a experiência do amor.

quem em você está se relacionando com o outro? Por quê? Para quê? Essas perguntas levantam questões importantes para as quais não damos a devida importância.

Por mais importante que seja o relacionamento com o outro, ele é somente uma passagem. Em algum momento da nossa jornada, teremos que aprender a ficar sozinhos. O relacionamento com o outro, mesmo o mais maduro e perfeito, é somente um portal para um tipo de conhecimento que nos permite enxergar a verdade.

Quando aponta o dedo para o outro e diz: “você é culpado pela minha miséria!”, você faz com que ele entre no inferno para tentar ser amado. E o outro cai nesse inferno justamente por ainda estar identificado com a criança ferida que tem necessidade de amor exclusivo. Alguns fazem qualquer coisa por uma migalha de atenção. Portanto, a carência é o alimento da codependência.

Qualquer ação com o objetivo de provar algo a alguém, ou a nós mesmos, nasce da carência.

E, no nível mais profundo, é esse medo de desaparecer e fundir no oceano que nos faz continuar sustentando as camadas que impedem a chegada da energia ao coração.

Essas são apenas algumas formas de exercer poder sobre o outro e de eternizar o círculo vicioso do sadomasoquismo. A principal característica da luxúria é esse jogo: ora somos o sádico, ora somos o masoquista. Esses papéis se alternam na relação.

É fácil saber se estamos utilizando essas energias da forma alinhada com o Universo ou se as estamos distorcendo. Há um indicador muito claro para sabermos se temos ódio e medo por trás de nossas ações: a culpa.

O sofrimento é uma mola propulsora e um guia para o trabalho de transformação. Aos poucos, vamos nos dando conta de que onde há sofrimento, há trabalho a ser feito, há segredos guardados, há tesouros a serem desenterrados.

A esta altura do nosso estudo, já compreendemos que ao nos movermos em direção à força sexual, inevitavelmente, virão à tona sentimentos negativos, porque a energia da sexualidade guarda uma espécie de memória de dor, nos pontos em que foi reprimido na infância.

A fragilidade nas nossas relações é fruto da inconsciência sobre a nossa própria sombra, pois o fato de não conseguir enxergá-la faz com que vejamos somente a sombra do outro.

A fórmula para essa transformação, o caminho para finalmente refazer o elo entre sexualidade e espiritualidade é o mesmo que já traçamos no capítulo anterior: purificar nossos corações, livrar-nos do medo e do ódio. Enquanto houver desejo de humilhar e dominar o outro, enquanto ainda quisermos castrar a espontaneidade do outro, não haverá possibilidade de união.

Então, o que caracteriza a maturidade é o fato de poder assumir responsabilidade pelo seu medo, pela sua incapacidade de amar e ser feliz. Imaturidade é você precisar acusar o outro por isso. Estando maduro, você vê a sua responsabilidade nos conflitos, por mais que o outro esteja equivocado.

Quando falo que é preciso purificar o seu sistema, estou me referindo a esse processo de integração das partes separadas da personalidade.

O outro sempre vai apertar os botões que precisam ser apertados para revelar onde está a fixação da nossa mente, ou seja, onde estamos aprisionados. Nós escolhemos os relacionamentos justamente para usufruir dessas chances.

O que determina quão avançados estamos é nossa capacidade de assumir responsabilidade, pois somente através dessa maturidade podemos perdoar e agradecer.

Quanto maior a humilhação ou a dor que você esconde de si próprio e do mundo, maior o medo e, consequentemente, maior o isolamento.

o princípio feminino se manifesta como a receptividade e a aceitação, mas quando distorcido, transforma-se em submissão ou dependência. Já o princípio masculino, quando puro, se manifesta como força criadora e poder de realização. Distorcido, porém, ele se expressa como violência e agressividade.

A técnica é uma ponte, mas a ponte não é a nossa casa. Em algum momento, vamos precisar ir além da técnica.

É preciso estar sempre atento às armadilhas do ego. Em um certo estágio da jornada, realmente será necessário nos abstermos dos objetos que estimulam os sentidos, dentro de um trabalho para disciplinar a mente. Mas se a pessoa ainda se encontra em um estágio em que carrega sintomas de repressão sexual, esse recolhimento do mundo pode fortalecer a repressão.

Eros é a paixão, ela vive do mistério, do desvendamento constante da alma.

A principal desculpa usada para não realizar a integração da sombra, geralmente, é a mágoa e o ressentimento. Tomados por esses sentimentos, nos fechamos e perdemos a admiração pelo outro. Assim, aos poucos, eros morre de fome, e nós acabamos indo procurar outra pessoa. Ou ficamos com a mesma pessoa, esperando a morte chegar.

A honestidade, quando é fruto da consciência amorosa, não machuca. A verdade, quando nasce do coração, sempre se expressa com gentileza e compaixão.

Fugir do mundo e das relações é uma forma de forçar o amadurecimento e também de reforçar a repressão sexual. Costumo dar o exemplo da criança que brincou o suficiente com o brinquedo e já não quer mais brincar. Ela não deseja brincar, mas também não se opõe ao brinquedo. Isso é uma transcendência. Mas se o brinquedo está ali e você ainda tem vontade de brincar, mas deixa de fazê-lo por alguma razão e até se opõe a ele, isso é repressão. Nos dois casos, o resultado visível é o mesmo: não brincar. Mas ao reprimir o desejo, ele aumenta, porque tudo que é proibido é desejado.

É possível que, em algum momento, precisemos fazer um período de austeridade inteligente, ou seja, talvez, precisemos fazer um esforço consciente e renunciar a alguma coisa (um apego, um mau hábito). Nesse caso, não seria uma fuga, mas sim um exercício de descondicionamento da mente viciada, que nos ajudaria a ampliar a consciência e a preparar o campo para a verdadeira renúncia. Renunciar não é fugir. Não é possível transcender o mundo fugindo da vida, mas sim vivendo a vida. Vivendo com presença e consciência, mas vivendo.

Nossa tendência ao encontrar alguém é imediatamente inserir a pessoa dentro do nosso sonho, das nossas expectativas. Isso só gera frustração e encerra a possibilidade de sabermos o que o outro tem a oferecer.

Tenho dito que a prova final dentro da universidade dos relacionamentos é poder deixar o outro livre, inclusive para não nos amar. Essa é a iniciação final. E somente poderemos chegar nisso despertando o amor dentro de nós.

Iluminação é unidade — você não pode se iluminar carregando partes separadas, isoladas, trancadas em negação. Quanto mais maduro você se torna, mais unido ao outro você fica. Você se une a tudo e a todos.

O que te liberta é o perdão que nasce da compreensão da sua responsabilidade na situação negativa.

Então, não importa o tamanho do erro do outro, o que importa é você olhar para a sua responsabilidade. Qual é o seu aprendizado? Por que você precisou viver tudo isso? Porque você criou essa situação destrutiva para si mesmo?

Ao desistir dos jogos de acusação, você não precisa mais dizer “não” para se vingar do “não” do outro.

Se existe vínculo afetivo e energia sexual envolvida, existe projeção.

Eros se recolhe quando ocorre o casamento nos moldes antigos, porque nele existe uma tendência à acomodação, e com ela, uma aparente perda do mistério. O que faz eros se recolher é você achar que não há mais nada para descobrir no outro. Ao acreditar que já sabe tudo sobre o outro, você perde o interesse e a motivação de se descobrir através dele. Isso ocorre normalmente porque a relação esbarra em algum ponto, alguma questão interna, que faz você se sentir desprotegido. Esse ponto é alguma coisa que você prefere não revelar porque sente vergonha, assim você se fecha.

Então, para resgatar eros, é preciso, em primeiro lugar, resgatar a confiança e a admiração, e para isso, você precisa admitir suas mágoas e ressentimentos. Eros vive na intimidade, portanto, na falta de intimidade, ele morre. Se você quer ressuscitar eros, é preciso dar um passo em direção à intimidade. É necessário que você tenha coragem de falar das suas mágoas e ressentimentos, mas não com o objetivo de acusar o outro, e sim com o objetivo de se mostrar, de assumir seus medos, suas inseguranças, suas imperfeições, para resgatar a confiança da relação.

Um fechamento natural de relacionamentos no sentido da alma seguir sua jornada? Sim. Isso ocorre quando se termina um ciclo de aprendizado na relação. Nesse ponto, você se desliga e seu coração se abre para a uma experiência de pura amizade.

Então, quando a alma está pronta, essa finalização ocorre espontaneamente.

Não há como lutar contra o ciúme, assim como não há como lutar contra a inveja, o medo, a raiva... Porque a escuridão não tem existência própria; ela é somente a ausência da luz. O ciúme é uma expressão da escuridão. Então, o que você pode fazer é aumentar sua percepção a ponto de iluminar a compreensão e ver a insensatez do ciúme; a ponto de perceber quão sem sentido é atuar nele.

Mas antes de chegar nesse estágio de ampliar a percepção para poder iluminar essa escuridão, você talvez precise conhecê-lo melhor. Compreenda que o ciúme não tem absolutamente nada a ver com o outro; ele tem a ver somente com você. Por mais que tudo conspire a favor dessa crença de que o outro é responsável pelo ciúme; isso é uma ilusão, pois o ciúme é pessoal e nasce da sua insegurança. Ele nasce pelo fato de você não confiar em si mesmo.

Quanto maior o ciúme, maior é o sentimento de impotência que você carrega. E quanto maior o sentimento de impotência, maior a necessidade de conhecer os aspectos da sua personalidade que estão trancados em negação. Então, permita-se conhecer esses aspectos — abra-se para o autoconhecimento.

Então, se pergunte: quem estou projetando em todas essas pessoas? Nos namorados, filhos, pais, irmãos, amigos... Quem eu quero que seja meu escravo? Quem você quer que fique debaixo dos seus pés te servindo? De quem você está se vingando?

Amar implica em enxergar o outro; em se colocar no lugar dele e sentir sua necessidade. O egoísmo não vê o outro; ele só se preocupa consigo mesmo. E o egoísmo está associado ao ódio. Se puder olhar profundamente para esse egoísmo (e para essa preguiça), você encontrará um grande ódio (em relação ao outro e em relação a si mesmo). É esse ódio em relação a si mesmo que te impede de realizar aquilo que te faz bem e age através da autopunição e do sentimento de não merecimento.

Procure sempre lembrar que as relações destrutivas de hoje são reedições da sua ferida infantil; é você recriando o passado no momento presente para tentar mudar alguém; para tentar fazer com que as coisas sejam diferentes dessa vez, pois você ainda tem esperança de ser amado por aquela pessoa que não te amou.

Quando pode identificar esse egoísmo, esse ódio e esse medo, você está perto de uma mudança. A partir daí, você está perto de tomar consciência do seu desejo pelo negativo. O que, em outras palavras, é o mesmo que identificar o seu “não” para aquilo que conscientemente você quer. Esses são os pactos de vingança que nascem do passado não integrado.

Conscientemente, você quer ter uma relação verdadeiramente amorosa (...), porém você atrai justamente o contrário, pois existe uma parte em você que, inconscientemente, deseja o oposto.

Todos os processos terapêuticos preparam o caminho para essa experiência, mas nem sempre o trabalho é bem-sucedido, porque muitas vezes o núcleo está muito protegido. Às vezes, o pacto de vingança que protege o núcleo é tão poderoso que nenhum raio de luz consegue entrar.

Parece estranho: se Deus já sabe tudo o que eu preciso, porque eu preciso pedir? Porque tem uma regra que é respeitada por deuses e demônios que é o livre-arbítrio, e os espíritos da ordem divina jamais podem te forçar a nada. Podem dar suporte para as suas escolhas, mas elas têm que vir de você.

Tenho dito que o último estágio dentro da escola de relacionamentos, ou a última prova dentro desse curso, é você deixar o outro livre, inclusive, para não te amar, se ele não quiser. Você só chega nisso através do amor. Só o amor permite esta liberdade, só o Ser em você é livre desta maneira, só o Ser em você ama desta maneira, porque a característica básica do ego é a possessividade; o que caracteriza o ego é exatamente a ideia de eu e de meu. Esse amor é um florescimento, esse desapego é um florescimento, essa liberdade é um florescimento.

Vá atrás de conhecer essas suas crenças; vá atrás de conhecer essa insegurança, que é a raiz da possessividade, a raiz do apego e do ciúme. E pouco a pouco, vai transformando isso; vai transitando dessa ideia de um eu separado, inseguro, incapaz, que precisa ter, ter e ter para se sentir forte, para poder ser.
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