Miniaturista

Miniaturista Jessie Burton




Resenhas - Miniaturista


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Mariana 07/07/2017

Miniaturista
Não se iluda. Nada é o que parece.
O livro é bom, com uma escrita de época que não deixa a desejar. Mais não se engane. Ele começa morno na primavera e so esquenta no começo do inverno.
Não espere muito suspense e esteja preparado pra um drama bem construído, onde se nota nós pequenos detalhes a força das mulheres de uma época que como em tantas outras eram subjugadas.
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Ariane 07/07/2017

Bom
Achei a história um pouco confusa. Começa com o mistério da miniaturista e suas miniaturas misteriosas e no final parece que esse assunto fica meio esquecido, não é como se ele fosse o centro da história que ao meu ver girou em torno de Johannes e sua irmã Mirian. Mas no geral é um livro bom, todo o drama que envolve a família e os acontecimentos que se seguem após a chegada de Nella me prenderam ao livro. Personagens cativantes que no começo você odeia e no final está morrendo de amores e chorando por eles.
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Aventura de aprender 06/04/2017

Esse livro aparentemente é um suspense de mistério, mas está mais para um romance histórico. Só que mesmo assim os elementos de suspense estão bem presentes e apesar das descrições super detalhadas e do começo ser um pouco lento a leitura é bem agradável. Outra coisa que me chamou bastante atenção é o forte conteúdo religioso no pior sentido da palavra. Seria eufemismo eu dizer que senti vontade de vomitar.

“Quando conhecemos realmente uma pessoa, Nella, quando enxergamos além dos gestos mais amáveis, dos sorrisos, quando vemos a raiva e o medo patético que cada um de nós esconde, então o perdão é tudo. Todos nós precisamos desesperadamente disso. E Marin… Marin não sabe perdoar.”

“— Vocês duas estão fazendo muito barulho — adverte Marin. — Por favor, lembrem que as pessoas estão sempre olhando.”

Petronella (Nella) morava em um vilarejo chamado Assendelft com sua família em boa situação financeira, mas o pai se envolve com jogos e morre deixando a família endividada. Pensando em garantir o futuro da filha, a mãe arranja seu casamento com um comerciante rico chamado Johannes. Eles se casam às pressas e a mudança é marcada para meses depois. Só que, como diz na sinopse, o casamento não se concretiza porque ele nem a toca. Na primeira parte do livro vemos sua frustração que só aumenta quando recebe a tal casa de bonecas pra ter com o que se ocupar.

Entretanto, depois dessa parte um a um os segredos começam a ser desvendados. Não posso falar muito aqui para não dar spoiler, mas tanto Nella quanto nós veremos que nada é o que parece. No meu caso não causou tanto espanto porque como conheço o puritanismo calvinista já esperava por aquele tipo de coisa. Quanto ao segredo do miniaturista vi muitas críticas de que não ficou bem explicado, mas pelo menos pra mim a explicação foi clara e brilhante.

"Ao me mostrar minha própria história, reflete Nella, a miniaturista se tornou autora dela. Gostaria muito de poder recuperá-la."

Como eu já disse, o que me deixou mais chocada foi o comportamento protestante puritano antigo. Conhecemos isso atualmente com o nome de legalismo. Da mesma forma que os fariseus, as pessoas buscam aprovação de Deus e da sociedade através da obediência às leis, muitas vezes extra-bíblicas e pouco (ou nenhum) espaço há para o Amor a Deus e ao próximo. O resultado disso é: todos aparentando bondade e santidade, mas com as vidas podres e caindo por dentro. Pessoas que dizem amar a Deus, mas no fundo apenas têm medo e raiva d’Ele. Até mesmo o pastor demonstra satisfação ao ver os pecados das pessoas sendo revelados. Vizinhos que espionam uns aos outros pra enxergarem nos outros os pecados que tentam esconder em si mesmos. Realmente muito triste...

"Acaso pode sair água doce e água amarga da mesma fonte?"

“— Você coloca essa fantasia de manhã, Pieter Slabbaert — diz Johannes. — E você também, Frans Meermans. E ambos escondem seus pecados e suas fraquezas em uma caixa sob a cama, e esperam que, deslumbrados com suas vestes, nos esqueçamos deles.”

Outro ponto interessante é o desprezo pelo catolicismo que eles chamam pejorativamente de “papistas” e o quanto a religião juntamente com o Estado queriam controlar até mesmo o que as pessoas comiam! Parece que Nella era católica em sua cidade natal porque teve uma hora que ela diz que o sacerdote da infância dela e os pastores de onde estava concordavam em que homossexualismo é uma abominação. E como eu, também ficou muito triste com a falsa religião calvinista que eles seguiam e teve muita piedade deles entendendo que só teriam a oportunidade de redenção através do sofrimento porque é através dele que poderiam conhecer a si mesmos por trás da aparência de falsa santidade e piedade. Jesus poderia libertar, mas jamais toda aquela opressão religiosa que mais fazia piorar tudo!

“— Quando conheci você — começa ela, desesperada para se livrar daquela tristeza —, não se importava com a Bíblia, com Deus, com culpa, pecado nem vergonha.
— Como sabe que eu não me importava?
— Você não ia à igreja, se irritava com as orações de Marin, e comprava muitas coisas. Comia bem, desfrutava os prazeres que podia ter. Era seu próprio deus, arquiteto do seu destino.
Ele sorri, gesticulando para as paredes ao redor.
— E veja só o que construí.”

Vejam o trecho de um culto:

“O pastor Pellicorne se posiciona diante do púlpito. É alto, tem mais de cinquenta anos, barba bem feita, o cabelo grisalho, curto e elegante, o colarinho largo e de um branco brilhante. Sua aparência sugere que ele tem um grupo de criados atentos. Pellicorne não perde tempo com introduções: — Hábitos abomináveis! — brada ele, se dirigindo aos cães e às crianças, aos pés que se arrastavam e ao monte de gaivotas do lado de fora. O silêncio cai sobre o recinto, todos os olhos voltados para o pastor, menos os de Otto, que baixa a cabeça, concentrado em seus dedos entrelaçados. Nella olha para Agnes, cujos olhos estão erguidos na direção de Pellicorne, como uma criança fascinada. “Ela é tão estranha”, pensa. Em um minuto tão loquaz e arrogante, no outro tão infantil e empenhada em impressionar. — Em nossa cidade há muitas portas fechadas, e não podemos ver o que há atrás delas — continua Pellicorne, duro e impiedoso. — Mas não pensem que podem esconder seus pecados de Deus. — Os dedos finos apertam a beirada do púlpito. — Ele os descobrirá — sentencia, acima das pessoas. — Não há nada escondido que não vá ser revelado. Os anjos do Senhor olharão pelas janelas e pelo buraco da fechadura de seus corações, e Ele os julgará por seus atos. Nossa cidade foi construída sobre um pântano, nossa terra já sentiu a ira de Deus antes. Triunfamos, trouxemos a água para o nosso lado. Mas não descansem agora… Foi a prudência e a boa vontade para com o próximo que nos ajudaram a triunfar. — Sim — grita um homem na multidão. Um bebê começa a chorar. Dhana solta um ganido e tenta se enfiar debaixo da saia de Nella. — Se não segurarmos firme as rédeas de nossa vergonha — diz Pellicorne —, voltaremos todos ao mar. Sejam honrados em favor de nossa cidade! Olhem dentro de seus corações e pensem em como pecaram contra seu vizinho, ou como seu vizinho é um pecador! Ele faz uma pausa de efeito, ofegante em sua retidão. Nella imagina a congregação abrindo as costelas de todos, olhando a confusão pulsante em seus corações pecadores, espiando cada um dos corações antes de fecharem seus corpos. No canto da igreja, um estorninho bate as asas. “Alguém deveria deixá-lo sair”, pensa ela. — Eles sempre ficam presos — sussurra Cornélia. — Não permitamos que a fúria do Senhor nos machuque outra vez. — Há diversos grunhidos de concordância vindos da congregação e, a essa altura, a voz de Pellicorne está ligeiramente trêmula de emoção. — É a cobiça. A cobiça é o vício que temos que combater… a cobiça é a árvore e o dinheiro é sua raiz profunda! — O dinheiro também comprou esse seu belo colarinho — murmura Cornélia. Nella fica sem ar, tentando não rir. Ela arrisca um olhar para Frans Meermans. Enquanto a atenção da esposa está voltada para o púlpito, ele observa os Brandt. — Não devemos nos enganar achando que dominamos o poder dos mares. — Pellicorne modula sua voz em um sussurro insistente, tranquilizante, antes de tocar na ferida. — Sim, a generosidade de Mamon se mostrou para nós, mas um dia irá afundar a todos. E onde vocês estarão nesse dia fatídico? Onde? Atolados até o pescoço em doces açucarados e tortas de frango gordurosas? Cercados de sedas e colares de diamantes? Cornélia suspira. — Quem dera — comenta. — Quem dera… — Cuidado, cuidado — alerta Pellicorne. — Esta cidade floresce! O dinheiro dela lhes dá asas para voar. Mas ele é um jugo em seus ombros e vocês deveriam perceber o hematoma que cria em volta do pescoço. Marin estreita os olhos com força, como se fosse chorar. Nella torce para que seja apenas um tipo de êxtase espiritual, uma entrega ao poder das sagradas palavras de advertência de Pellicorne. Meermans ainda está olhando. Marin abre os olhos e percebe isso, então seus dedos apertam ainda mais o livro de Salmos. Ela se mexe no assento, o sofrimento estampado no rosto de cera. A garganta de Nella está seca, mas ela não ousa tossir. Pellicorne está chegando ao clímax e os corpos da congregação se aproximam, tornando-se mais compactos, alertas. — Adúlteros. Homens do dinheiro. Sodomitas. Ladrões — grita o pastor. — Tomem cuidado com todos eles, procurem por eles! Avisem seus vizinhos se a nuvem do perigo estiver se aproximando. Não permitam que o mal atravesse a porta de sua casa, pois, uma vez que o vício chega, é difícil acabar com ele. O chão sob nossos pés se desintegrará, a fúria de Deus cairá sobre nossa terra. — Sim — diz o homem na multidão. — Sim! Dhana late, cada vez mais agitada. — Quieta — sussurra Cornélia. — O que vocês podem fazer para expulsá-lo? — brada Pellicorne, voltando à carga total, os braços abertos como o próprio Cristo. — Amor. Amem seus filhos, pois eles são as sementes que farão esta cidade florescer! Maridos, amem suas esposas, e, mulheres, sejam obedientes, por tudo que é bom e sagrado. Mantenham suas casas limpas, e suas almas seguirão o exemplo! Ele termina. Há suspiros de alívio, sons de concordância, um despertar e esticar de pernas. Nella começa a ficar zonza. A luz brilha nas lápides. Sejam obedientes. Maridos, amem suas esposas. Você é a luz do sol que atravessa a janela, sob a qual me posto, aquecido. Minha querida. O bebê chora outra vez, e Nella e Marin olham ao mesmo tempo enquanto a mãe tenta, sem sucesso, silenciá-lo, afastando-se da congregação e saindo pela porta lateral da igreja. Nella segue o olhar de Marin, ambas fitando com inveja o breve quadrado de dourada luz do sol proporcionado pela saída da mulher. Neste intenso novo mundo de Amsterdã, nesta igreja fria da cidade, uma hora de adoração parece um ano.”

site: https://aventuradeaprender.webs.com/apps/blog/show/44469866-miniaturista
Jenny 04/05/2018minha estante
Esperava mais do desfecho... será que a série que fizeram responde algumas das nossas perguntas? Espero que sim rs! Gostei muito das reviravoltas com o Johannes, Marin e Otto, mas esperava uma explicação melhor das razões que motivaram a Frans Meermans e principalmente a Miniaturista. Que capitulo foi aquele com o tal do Lucas Windelbreke (pai da Petronella miniaturista)?? No momento em que pensei que viria alguma explicação... ele não explica nada. E a bonequinha da Nella com a Agnes? Quais eram as mensagens da miniaturista para os Meermans? Enfim... muita coisa não foi respondida, não pelo menos pra mim que terminei o livro com a sensação de não ter entendido a estória... uma pena. Do mais gostei da escrita e do enredo, não esperava uma estória de amor como muitas aqui se queixaram da ausência de "romance" no livro. Em resumo eu gostei e avaliei com 3 estrelas, mas...


Aventura de aprender 18/11/2018minha estante
O que eu entendi é que a Miniaturista tinha mesmo um dom para ver as coisas. Como eu sou cristã acredito nesse tipo de coisa e já experimentei na minha vida. Não funciona em todos os casos, mas talvez ela era uma enviada de Deus para aquele lugar. Você viu que não era só a Nella que recebia né? Várias mulheres da cidade também. Só que ninguém falava nada.




Rafaela.Seabra 02/03/2017

Miniaturista
O tipo de livro que te prende a partir do primeiro capítulo. É aquele mistério que só te faz descansar depois que vc acaba de ler. Li em ebook, na telinha do celular, confesso que não gosto MT desse tipo de leitura, e que as vezes até me faz desistir de ler o livro, pois acho cansativo de certa forma, mas com esse livro... Torci e chorei pelos personagens, a história é realmente muito envolvente. Só posso dizer que fica um mistério no ar, mesmo o livro tendo acabado, é como se algo ficasse por sua conta. Vale a pena a leitura!
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Paraíso das Ideias 09/02/2017

Um suspense bem feminino

Esse

é mais um dos livros da Intrínseca que conheci no evento desse ano e que fiquei louca para ler, já faz um tempinho que tenho me aventurado no suspense, e Miniaturista me pareceu ser uma boa pedida, e confesso que não me arrependi, apesar de nem de longe ter sido como eu esperava.


"TODA MULHER É ARQUITETA DA SUA PRÓPRIA SORTE."



Petronella Oortman, mas conhecida como Nella, é uma jovem sonhadora e encantadora, quando a mesma aceitou se casar com Johannes, planejou inúmeras coisas, mas desde a cerimônia ela já devia ter percebido que algo estava bem errado. A cerimônia foi uma coisa bem simples e nada convencional, e logo depois seu marido partiu, como um bom comerciante Joahness precisava viajar, e assim o fez.

Alguns dias depois Nella finamente chegou na casa de seu marido e agora seu mais novo lar, mas ao chegar sua decepção foi a maior possível. Nella descobriu que não seria dona de seu lar, já que o mesmo já era comandado por sua cunhada Marin, ainda por cima, parecia impossível que seu casamento se consumasse já que seu marido vive viajando e eles dormem em quarto separados. Portanto quando Nella recebe como presente de casamento de seu marido uma casa de bonecas que é a réplica perfeita da sua, ela não vê outra opção a não ser se distrair com seu novo brinquedo, ela encontra um anuncio de miniaturista e encomenda suas primeiras peças, mas para sua surpresa, o artesão lhe manda peças que não foram encomendadas, mas que são idênticas as existentes na casa. Aparentemente o miniaturista sabe tudo que acontece na casa, e Nella vai descobrir que ele também sabe o que vai acontecer, nesse suspense perfeito onde um suposto estranho sabe todo tudo que acontece em sua casa, Nella começa uma busca desenfreada por respostas, não só para ela, mas para salvar sua mais nova família.

O livro é repleto de suspense, Nella é a personificação perfeita das mulheres submissas dos séculos passados, com apenas 16 anos ela se casou com um homem de 30 para salvar sua família da falência causada pelo vicio de seu pai, quando enfim chega a sua nova casa, seus únicos objetivos são: se deitar com seu marido, cuidar da sua casa e gerar filhos. Claramente a autora faz uma crítica pesada a postura feminina da época, já que, Marin, sua cunhada, possui uma postura completamente diferente da dela, solteirona e perspicaz, Marin não se importa com a opinião alheia, apenas com sua família e sua aptidão para negócios.

Quando o miniaturista começa a mandar peças idênticas as da casa, mas que não foram encomendadas toda a trama começa de verdade, segredos começam a ser revelados e Nella começa a conhecer um lado de sua nova família, nem um pouco agradável, só que pior que isso, é o fato do miniaturista parecer prever tudo o que irá acontecer na casa.


"Alguém andou espionando a vida de Nella e a desequilibrou. Se esses objetos não foram mandados por engano, então o berço é uma zombaria de seu leito nupcial nunca visitado e do que começa a parecer uma virgindade eterna."


Os personagens foram muito bem desenvolvidos, e por mais que no inicio Nella seja uma jovem imatura e sonhadora, todos os acontecimentos no decorrer do trama a tornam uma mulher madura e sensata, e acima de tudo guerreira, capaz de coisas inimagináveis para salvar sua nova família. Marin sem dúvida, é o elo mais forte de toda a corrente, e todos os personagens secundários são de extrema importância para o enredo.

Com uma trama cheia de suspense e magia, Miniaturista me conquistou logo nas primeiras páginas, o jeito sonhador e divertido de Nella é cativante e encantador, a escrita da autora flui de forma rápida e leve, os acontecimentos e revelações são bem conectados fazendo com que as cenas se liguem sem deixar pontas soltas.

Apesar de ter esperado um final mais explicativo, confesso que gostei da trama, todas as mensagens passadas para o leitor por trás do contexto é incrível, e se souber abrir bem os olhos durante a leitura vai se ver repensando ações feitas e aquelas que deixamos de fazer por medo de algo. Até onde somos donos do nosso destino? Quando deixamos de escolher nosso caminho e aceitamos que outro nos guie?


"Ao me mostrar minha própria história, reflete Nella, a miniaturista se tornou autora dela. Gostaria muito de poder recuperá-la."


Com certeza uma leitura que super indico, com uma capa linda o livro é bem trabalhado e possui uma edição impecável, capa linda e revisão perfeita, diagramação confortável e história inebriante, uma leitura que vale muito à pena.


"O HOMEM TOMA POR BRINQUEDO TUDO QUE VÊ."

site: http://paraisodasideas.blogspot.com.br/
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Kelly 09/02/2017

Um suspense bem feminino

Esse

é mais um dos livros da Intrínseca que conheci no evento desse ano e que fiquei louca para ler, já faz um tempinho que tenho me aventurado no suspense, e Miniaturista me pareceu ser uma boa pedida, e confesso que não me arrependi, apesar de nem de longe ter sido como eu esperava.


"TODA MULHER É ARQUITETA DA SUA PRÓPRIA SORTE."



Petronella Oortman, mas conhecida como Nella, é uma jovem sonhadora e encantadora, quando a mesma aceitou se casar com Johannes, planejou inúmeras coisas, mas desde a cerimônia ela já devia ter percebido que algo estava bem errado. A cerimônia foi uma coisa bem simples e nada convencional, e logo depois seu marido partiu, como um bom comerciante Joahness precisava viajar, e assim o fez.

Alguns dias depois Nella finamente chegou na casa de seu marido e agora seu mais novo lar, mas ao chegar sua decepção foi a maior possível. Nella descobriu que não seria dona de seu lar, já que o mesmo já era comandado por sua cunhada Marin, ainda por cima, parecia impossível que seu casamento se consumasse já que seu marido vive viajando e eles dormem em quarto separados. Portanto quando Nella recebe como presente de casamento de seu marido uma casa de bonecas que é a réplica perfeita da sua, ela não vê outra opção a não ser se distrair com seu novo brinquedo, ela encontra um anuncio de miniaturista e encomenda suas primeiras peças, mas para sua surpresa, o artesão lhe manda peças que não foram encomendadas, mas que são idênticas as existentes na casa. Aparentemente o miniaturista sabe tudo que acontece na casa, e Nella vai descobrir que ele também sabe o que vai acontecer, nesse suspense perfeito onde um suposto estranho sabe todo tudo que acontece em sua casa, Nella começa uma busca desenfreada por respostas, não só para ela, mas para salvar sua mais nova família.

O livro é repleto de suspense, Nella é a personificação perfeita das mulheres submissas dos séculos passados, com apenas 16 anos ela se casou com um homem de 30 para salvar sua família da falência causada pelo vicio de seu pai, quando enfim chega a sua nova casa, seus únicos objetivos são: se deitar com seu marido, cuidar da sua casa e gerar filhos. Claramente a autora faz uma crítica pesada a postura feminina da época, já que, Marin, sua cunhada, possui uma postura completamente diferente da dela, solteirona e perspicaz, Marin não se importa com a opinião alheia, apenas com sua família e sua aptidão para negócios.

Quando o miniaturista começa a mandar peças idênticas as da casa, mas que não foram encomendadas toda a trama começa de verdade, segredos começam a ser revelados e Nella começa a conhecer um lado de sua nova família, nem um pouco agradável, só que pior que isso, é o fato do miniaturista parecer prever tudo o que irá acontecer na casa.


"Alguém andou espionando a vida de Nella e a desequilibrou. Se esses objetos não foram mandados por engano, então o berço é uma zombaria de seu leito nupcial nunca visitado e do que começa a parecer uma virgindade eterna."


Os personagens foram muito bem desenvolvidos, e por mais que no inicio Nella seja uma jovem imatura e sonhadora, todos os acontecimentos no decorrer do trama a tornam uma mulher madura e sensata, e acima de tudo guerreira, capaz de coisas inimagináveis para salvar sua nova família. Marin sem dúvida, é o elo mais forte de toda a corrente, e todos os personagens secundários são de extrema importância para o enredo.

Com uma trama cheia de suspense e magia, Miniaturista me conquistou logo nas primeiras páginas, o jeito sonhador e divertido de Nella é cativante e encantador, a escrita da autora flui de forma rápida e leve, os acontecimentos e revelações são bem conectados fazendo com que as cenas se liguem sem deixar pontas soltas.

Apesar de ter esperado um final mais explicativo, confesso que gostei da trama, todas as mensagens passadas para o leitor por trás do contexto é incrível, e se souber abrir bem os olhos durante a leitura vai se ver repensando ações feitas e aquelas que deixamos de fazer por medo de algo. Até onde somos donos do nosso destino? Quando deixamos de escolher nosso caminho e aceitamos que outro nos guie?


"Ao me mostrar minha própria história, reflete Nella, a miniaturista se tornou autora dela. Gostaria muito de poder recuperá-la."


Com certeza uma leitura que super indico, com uma capa linda o livro é bem trabalhado e possui uma edição impecável, capa linda e revisão perfeita, diagramação confortável e história inebriante, uma leitura que vale muito à pena.


"O HOMEM TOMA POR BRINQUEDO TUDO QUE VÊ."

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Beta 26/01/2017

Não espere por uma história de amor...mesmo que em alguns momentos exista cumplicidade entre os personagens.
A história aborda diversos aspectos como preconceito, a vida difícil das mulheres naquela época.
O final me surpreendeu. Mas terminei com uma sensação de que algumas perguntas não foram respondidas.
Aventura de aprender 29/01/2017minha estante
O que você não entendeu? Eu acho que entendi tudo, embora tenha ficado realmente chocada.




may.eggert 24/01/2017

Miniaturista te prende
Poucos livros me levam madrugada a dentro na leitura. O cansaço e o sono geralmente me levam a terminar a leitura em dias a fio. Isso não aconteceu com Miniaturista. Em determinado ponto da leitura nos envolvemos tanto com a história de Nella e por tudo o que ela passa durante seu crescimento e para sobreviver que não vemos a hora de que tudo chegue a um fim. E um fim inesperado. Miniaturista é o primeiro romance de Burton, mas espero que ela continue escrevendo. Com certeza mais livros bons virão desta escritora.
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Pablo 20/01/2017

O livro que fica na promessa...
O livro se passa na Holanda do final do século XVII e conta a história de Nella, uma jovem do interior que se casa com Johannes, um bem-sucedido mercador de Amsterdã.
Nella pensava que esse casamento lhe traria uma vida de conforto e felicidade, mas ao se mudar para a casa do marido, percebe que seus sonhos estão longe da realidade. Johannes é pouco presente, está sempre viajando a trabalho, e a irmã dele, Marin, controla todo e qualquer aspecto da casa. Oprimida e dominada por incertezas, Nella recebe de presente do marido uma miniatura da casa em que mora. Assim que contrata um Miniaturista para mobiliar a casa que recebeu de presente, Nella impressiona-se ao receber peças que não pediu, mas que além de representar a realidade de sua vida, parecem refletir coisas que ainda estão para acontecer.

Sobre as partes positivas, posso dizer que a ambientação é incrível. Dá pra perceber que a autora fez uma grande pesquisa para que todo o cenário em que a história se passa fosse absolutamente realista. Crença e comportamento da população, vestimentas, moedas. Cada mínimo detalhe do cenário foi ricamente detalhado.

Infelizmente, esse nível de detalhes não é de suma relevância para a história contada. Isso deveria ser apenas a cereja no topo do bolo. Mas não adianta haver uma ótima e linda cereja, se o conteúdo do bolo não é muito bom.
Não que o livro seja ruim, mas o tempo todo a autora faz parecer que a história é maior, melhor e mais complexa do que realmente é.
Cria mistérios e mais mistérios, e muitos deles não dão em absolutamente nada. O principal deles, o Miniaturista que dá nome ao livro, é completamente descartável para a história. É usado única e exclusivamente como analogia para os estados de espírito da protagonista.
O maior problema do livro está justamente na farsa que a autora traz em não ser simplória. Ela finge estar lidando com uma história grandiosa e complexa, e com seus enfeites e malabarismos, atrapalha uma história que poderia ter sido muito mais divertida de se acompanhar.





site: https://www.instagram.com/opablogimenez/
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Lorena 17/01/2017

Na Holanda do século XVII, Petronella Oortman casa-se com um rico comerciante de Amsterdã para quitar as dívidas deixadas pelo pai. Com a melhor das expectativas, Nella muda-se do interior da Holanda para Amsterdã, acreditando que o arranjo lhe daria uma vida melhor do que o destino da mãe.
Ao chegar em sua nova casa, Nella conhece sua cunhada Marin, e aos poucos enxerga a mulher intrigante que controla toda a casa de forma opressiva. Ela também conhece Cornelia e Otto, os empregados da casa, que possuem um estilo peculiar. Onde está o marido de Nella? Johannes Brandt, provavelmente, navegando. Omisso de suas obrigações como recém-casado, deixa Nella à deriva dentro de sua nova casa esperando por mais que um cumprimento.
Desta forma, Johannes compra de presente de casamento uma miniatura da casa em que vivem, e a encarrega de mobiliá-la e cuidá-la como bem entender. Logo Petronella encontra um miniaturista e solicita por carta algumas peças específicas para a casa. Curiosamente, o miniaturista começa a enviar peças que não foram solicitadas, perfeitamente elaboradas, que condiziam com os móveis da casa, porém, mais do que tudo isso, previam acontecimentos naquela curiosa casa.
Publicado no Brasil em 2015 pela Editora Intrínseca, a arte da capa do livro é maravilhosa, descreve a casa e seus personagens, a impressão é de qualidade e não deixa a desejar em nenhum aspecto.
O romance de Jessie Burton está mais para drama familiar e mistério, do que propriamente romance. A história é contada por partes, não é um enredo contínuo. Assim o livro acaba tornando-se mais intrigante à medida que a leitura passa.
A tensão dos acontecimentos é muito bem construída. A descrição da época também não deixa a desejar: preconceito, a Igreja controladora, submissão e hipocrisia. O que faltou para muitos leitores foram os mistérios e dúvidas deixados pela metade. As revelações tiveram poucos detalhes, abrindo espaço para o leitor imaginar e tirar sua própria conclusão sobre um enredo tão intrigante.


site: https://bibliofila.wordpress.com/
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Érika dos Anjos 26/12/2016

Romance travestido de mistério
Com uma capa lindíssima, o livro ‘Miniaturista’ é o romance de estreia da inglesa Jesse Burton. E, apesar de ter uma história um tanto confusa, o livro traz personagens interessantes, cheios de nuances, um mistério razoável e mostra uma realidade pouco conhecida da Holanda do século XVI, onde o preconceito é reinante.
O livro conta a história de Petronella Oortman, que é obrigada a casar com num negociante de Amsterdã para ajudar a saldar as dívidas deixadas pelo pai. Ao se mudar para a casa do seu marido, ela descobre uma realidade completamente diferente da que estava acostumada, com uma cunhada mandona (Marin), uma criada altiva (Cornelia), um faz-tudo que é uma incógnita (Otto) e, é claro, um marido (Johannes) bem diferente do que imaginava.
Como presente de casamento, ela ganha uma gigantesca Casa de Bonecas que é a verdadeira réplica da casa onde moram e, mesmo não gostando do presente, busca um miniaturista para compor o ‘brinquedo’. Porém, ao que parece, esse profissional sabe muito mais da vida dos habitantes daquela casa do que julga nossa vã filosofia.
O enredo de todo o livro é pontuado pela questões e aflições vividas por Nella após sua chega em Amsterdã, com isso, o leitor vai descobrindo junto com a protagonista que toda a família possui muitos segredos. Porém, alguns deles podem transformar a vida de todos.
Em si, o desfecho deixa um pouco a desejar, pois acaba deixando o suspense pouco amarrado e se transforma em um romance familiar, bem ao estilo Danielle Steel. Mesmo assim, acabamos nos envolvendo com os dramas da família Brandt e torcemos para que tudo acabe bem.
Vale também ser destacada a extensa pesquisa feita pela autora, que descreveu com minúcias a sociedade holandesa da época, suas peculiaridades e seus retrógrados pensamentos. Além disso, os detalhes de viagens marítimas, das docas e de como os negócios eram feitos naquele tempo também são bem interessantes.
Como sempre, a leitura é válida. Mas, não se deixe enganar pelo título ou pela descrição de mistério. Os dramas e as ‘cascas’ de cebola de cada um de nós são o que norteiam o livro.

“— As lareiras estão acesas — comenta Nella. — Mas não faz a menor diferença. Vocês perceberam isso?
— É porque nosso estoque de lenha diminuiu — explica Otto.
— Não faz mal algum conhecer o frio — retruca Marin.
— Mas a experiência sempre precisa passar pelo sofrimento, Marin? — pergunta Nella.
Todos se viram para Marin.
— No sofrimento conhecemos verdadeiramente a nós mesmos — sentencia ela”.


site: quotadas.blogspot.com.br
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Raquel Lima 19/12/2016

Mágico até na leitura
Um livro interessante. Sua leitura nos transporta para um momento mágico, sem espaço-tempo, a miniatura da vida sendo construida parece que também nos transporta para este momento entre um futuro e um presente. A escrita é intensa, mas sem grandes impactos, simplesmente a vivemos. Durante toda a história a atmosfera gelada era algo que transcendia suas páginas, nos envolve em brumas de frio, tristeza e sofrimento.
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Ray 02/12/2016

Obra-prima
Quando comprei esse livro eu ja sabia que iria gostar, mas não tinha ideia do quanto! É um livro de mistérios e segredos que te prendem do início ao fim e além. Você se envolve na trama, querendo descobrir qual é a dessa miniaturista e quais são os segredos que ela quer revelar para a Nella.

A narrativa é leve e ao mesmo tempo rebuscada, cheia de detalhes que invocam o cenário de Amsterdã do século XVII. Me senti vivendo nessa época durante a leitura!

Com um final impressionante, não tenho medo de dizer que Miniaturista foi um dos melhores livros que li em 2016, um ano que eu estava viciada em Jojo Moyes e fantasia! Se você estiver procurando um livro surpreendente e diferente de tudo o que já leu, dê uma chance a essa linda obra da Jessie Burton! ??
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