Resenhas - Duas Narrativas Fantásticas

Eduardo 17/12/2023

Impossível não fazer um paralelo com a bíblia ao ler o sonho de um homem ridículo, pois tal utopia seria o éden, mas a serpente, ou o diabo, aqui é o homem, que com sua ganância e egoísmo, criam o pecado original.

Karime 15/12/2023

Dostoiévski ?
1. A dócil

Vemos a narrativa de um homem em luto pela perda de sua jovem esposa, ele nos conta resumidamente a forma que a conheceu e como a mesma o deixou o deixando à mercê de um mundo vazio e solitário.

Ele é um Penhorista e a conhece em meio às necessidades dela e a miséria ao qual ela vive, ele fica encantado pela beleza e a inocência a e logo o mesmo se casa com ela que parece não ter muitas opções. Ele tem 41 anos e ela 16 e em meio a descobertas da personalidade de cada um, ambos são levados a momentos difíceis na relação e em um determinado momento ele se vê tentando corrigir os erros passados enquanto a banha com seu amor a perdendo para um suicídio difícil de aceita e entender.

"O pêndulo bate insensível, repugnante. Duas horas da madrugada. As suas botinhas estão junto da cama, como que esperando por ela... Não, é sério, quando amanhã a levarem embora, o que é que vai ser de mim?"

2. O sonho do homem ridículo

O Sonho de um Homem ridículo e atemporal, nos mostrando as misérias da vida e de como a humanidade se perdeu e sempre se perdera em meio a maldade que assola a todos.

"A morte é uma mera travessia. Não o adeus final, mas um até breve. "

"A consciência da vida está acima da vida, o conhecimento das leis da felicidade está acima da felicidade".

Caroline 12/12/2023

A obra mais realista e mais verdadeira de todas que escreveu
Essa foi a primeira obra do Dostoiévski que eu li na vida e eu surpreendentemente gostei, a leitura é bastante difícil se você não estiver acostumado, mas me prendeu do início ao fim

Esse livro é tão subjetivo que eu consegui interpretar vários e vários assuntos, o peso do amor que nem todos podem aguentar, melancolia, insignificância,e acho que o suicídio é o mais destacado

Com certeza o mais fantástico dessas narrativas foi o quão é semelhante a realidade

ianalivs 12/12/2023

A melancólica sobre viver
A maioria dos livros, histórias, contos do dostoievski, tem essa mesma pegada esse fascínio pela morte, principalmente quando ela mesma é feita por suas próprias mãos, no primeiro conto não tava muito afeiçoada a pessoa dele, porém acho que mostra toda a tortura e angústia do amor que nos foi ensinado como ele mesmo diz, nos dois contos é basicamente sobre isso.

a estrutura das narrativas muito boas e bem feitas, são duas narrativas que se completam, sensacional!!!!

Georgiana Maia 10/12/2023

Sempre uma experiência enriquecedora
Dostoiévski é um dos maiores autores da literatura universal não por exagero ou superestima. A complexidade e profundidade das suas reflexões são sempre atuais e aqui não é diferente.

Mesmo em contos tão pequenos, ele consegue nos impactar.

Raissa 21/11/2023

"Que tistreza"
Ambas as narrativas são super pesadas, pois o tema central é o suicídio (algo que estava sendo recorrente naquela época). Não quero falar muito aqui porque é bem melhor saber dos detalhes durante a leitura, mas posso garantir que são duas histórias de dar um nó na garganta (mesmo sendo curtinhas), além de promoverem muitas reflexões sobre o sentido da nossa existência... Simplesmente impecável!

jackpveras 03/11/2023

Uma dose dupla de Dostoiévski, por favor...
Eu sempre achei que a Dócil e o Homem Ridículo formariam um dos pares (suicidas) mais incríveis da literatura mundial. Pena que, mesmo criados pelo mesmo escritor, eles nunca se viram, nunca se esbarraram e nem sabem da existência um do outro.
A Dócil não tem nada de dócil, e o Homem Ridículo é ridículo ao extremo.

Ela foi lá, loucamente, pulou de uma bruta altura e se esborrachou inteira no chão, deixando apenas uma "mancheia" (mão cheia) de sangue que saiu pela sua boca no instante trágico do choque entre corpo e solo.
Ele apenas trouxe uma lição de altruísmo e mudança de fortuna aristotélica em seu destino e no fado humano.

Entre a docilidade da mocinha e a ridicularidade do rapaz, eu bato palmas convulsivas e espasmódicas para Fiódor (o cara) Dostoiévski.

Letícia 28/10/2023

É como se as palavras do autor conseguissem entrar em frestas da nossa alma, revelando sentimentos cruéis e obscuros que preferimos esconder e reprimir.
Ele certamente conseguiu transcrever esses recortes da essência humana, sejam bons ou maus.
É o meu primeiro contato com a obra de Dostoiévski e me impressionei demais. Certamente vou reler em breve.

Nzinha 27/10/2023

Meu primeiro russo concluído
NÃO COMETAM O ERRO POR COMEÇAR POR CLÁSSICOS GRANDES, como crime e castigo...

Esse foi o meu primeiro clássico concluído e eu fiquei bem satisfeita com a tradução desta edição.
É um livro bem rapidinho, passa uma mensagem forte e para loucos como eu, te deixa obcecado.

wtflaurete_ 21/10/2023

Diferente.
Gostei muuito de A dócil, mas a segunda narrativa foi um pouco maçante p mim. a escrita de dostoiévski sempre me prende entao espera gostar mais da segunda, mas perto do final eu cheguei ate a dormir KKKKKKK
fiquei triste, achei q ia gostar mais, mas vou reler em outro momento menos corrido.

Mih Vicxin 21/10/2023

Fantástico
Não esperava muito dessas duas narrativas, não estava esperando uma história toda cheia de reviravoltas e intrigas e apesar de tudo cheia de amor, foi oque me fez ler ate o fim, querer saber o que acontecia a eles, não esperava um final assim mais fiquei satisfeita

v de vanisse 01/10/2023

Curtinho
Achei bom. Das duas histórias apresentadas, a minha favorita foi O Sonho de um Homem Ridículo. Dá pra ler em um dia e dar uma choradinha. Gostoso demais.

Tommesmo 30/09/2023

Gostei muito dos contos, pois ambos abordam um tema bastante delicado e complexo. Sobre o primeiro conto, adorei os personagens, apesar de ser uma história curta, foram bem construídos e únicos. Em suma, esse primeiro conto é excelente, deixou-me realmente ansioso para descobrir os acontecimentos futuros e entender o que levou a tal tragédia. Quanto ao segundo conto, simplesmente adorei. Amei as metáforas e a simplicidade e complexidade do protagonista.
Não escreverei mais, pois estou cansado neste momento.

Francine122 14/09/2023

Obrigada, Dostoiévski
Sobre a "A Dócil", comentei quando finalizei a novela no meio do livro. A maneira como a insegurança secreta e as frustrações inevitáveis da vida se transformam em possessividade, cegueira, ciúmes e tormento é magnífica (pra quem lê, não pra quem sente). Além disso, as referências a outros indispensáveis literários, como "O Último Dia de um Condenado" de Victor Hugo e "Fausto" de Goethe, demonstram a minuciosa maestria de Dostoiévski. Ele excede no sórdido e faz com que você se entregue, exigindo doses de benevolência para saciar a derrota. Trata-se da derrota da alienação. Não é um exagero dizer que após ler qualquer obra dele, passamos a analisar as coisas de forma distinta. Talvez de maneira mais triste, talvez de forma mais tolerável. Isso depende de quem lê e de como o faz.

AGORA, SOBRE O NIILISMO DE "O SONHO DE UM HOMEM RIDÍCULO", ESTOU SEM PALAVRAS! Que leitura desagradável! Sinto um aperto no peito, um desconforto profundo. Sou ridícula, assim como o protagonista. A diferença é que em mim não resta esperança alguma. Nenhuma. A redenção pós-êxtase onírico é bela. Não deveríamos apenas aprender sobre o amor, mas amar, não é mesmo? A questão da vaidade, da perdição, da ambição... É tudo arrebatador. Não que eu tenha ficado surpresa com a maldade humana, longe disso, mas fiquei afetada. Eu não busco consolo e tranquilidade nessas leituras, mas esse desfecho, não por ignorância, emana uma sensação de dúbia, de indecência, como se fosse um: "É isso, boa noite". No entanto, eu senti o desespero, por causa da responsabilidade individual. Terminei o livro há alguns dias e ainda o mantenho em pensamento, em um estado de torpor. É difícil expressar a decepção que sinto. Quando ele afirmou "Eu sou a origem do pecado do mundo", acreditem se quiser, um sorriso tenebroso se formou em meu rosto. Não de orgulho por ele, mas pela crença na capacidade de Dostoiévski de tornar brilhante qualquer perturbação do coração, que rege os sonhos dos quais eu preferiria nunca ter acordado.
Com o livro surgem, inevitavelmente, reflexões sobre o ser humano vivendo sua essência, contemplando o intelecto e o prazer do homem. Depois, vêm as trivialidades, o desprezo, a dor e, por fim, Sodoma e Gomorra. O que faço agora? Leio outro como se nada tivesse acontecido? Penso e não chego a conclusão alguma? Não posso deixar que o conhecimento sobre o livro supere o próprio livro. Enfim, que lama!

Rhaua.SOUZA 26/08/2023

Cirúrgico.
As narrativas são, sem dúvidas, FANTÁSTICAS, Fiódor é muito cirúrgico na hora de fazer o leitor parar e pensar naquilo que é colocado no livro... Mas tem um ponto que eu fiquei com muita curiosidade, o que aconteceu com a menina? Com a mãe dela?
Às vezes eu paro para pensar que essa menina é a espiritualidade dele, a tentativa dela não deixar ele se matar... Enfim, fantástico.