livrosepixels 24/04/2023Nós somos eles, e eles somos nósInterestelar foi um daqueles filmes que me conquistaram por inteiro. É um dos meus preferidos e vi muita gente por aí dizendo que ele seria o novo 2001. Provavelmente muitos amantes da sétima arte vão dizer "cê tá louco? 2001 é uma obra prima insuperável" e cá entre nós, não vou tirar o mérito do filme do Kubrick, afinal, revolucionou o cinema de sua época e até hoje é lembrado com um dos maiores clássicos de todos os tempos. MAS... eu particularmente prefiro o livro de 2001: a space odissey do que o filme. O filme é lento, cansativo e confuso em N momentos.
Voltando a Interestelar, ele é mais dinâmico, até expositivo de mais em algumas partes, mas se faz necessário. Adorei o filme, me emocionei com ele e assisto de novo volta e meia. Mas aí resolveram fazer uma adaptação do roteiro, o que tem lá seus problemas e já vou comentar quais são.
Quando se faz uma novelização, geralmente no livro são aprofundados aspectos que em filmes não são, como descrições de ambientes, pensamentos de personagens, etc. Em uma adaptação de roteiro, nada disso acontece. O que está na tela está no livro, com a diferença que em imagens é muito mais simples e fácil de manipular emoções do que em palavras. E quando falta esse "manejo" nas palavras, a história pode parecer fria e desconexa.
Apesar da nota que dei pro livro, na época em que eu o li (lá por 2018), ele não é uma história muito bem escrita não. O filme trabalha com sons, closes de câmera e jogos de luzes para nos motivar e encantar. Mas aqui em palavras, tudo fica frio e estranho, e não parece se tratar da mesma obra.
Faltou um pouquinho de ousadia de quem resolveu trazer o filme para livro em criar cenários, descrever pensamentos, sensações e emoções dos personagens, para tornar a experiência ainda mais vívida e impactante.
Mas fora isso, Interestelar (filme) continua e continuará sendo um dos meus filmes preferidos da vida.
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