O Feiticeiro de Terramar

O Feiticeiro de Terramar Ursula K. Le Guin
Ursula K. Le Guin
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Ursula K. Le Guin




Resenhas - O Feiticeiro de Terramar


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Ley 15/10/2023

é um bom livro
O Feiticeiro de Terramar foi um livro publicado em sua língua original em 1968. Essa informação me assustou porque não imaginava que a fantasia era tão antiga. Também tive outro pensamento, de que a escrita poderia ser mais densa, mas apesar de ter encontrado uma escrita objetiva, ela é rápida e nada densa, como outras fantasias complexas.

Ged veio de uma ilha simples, e ainda criança demonstrou interesse pela magia aprendendo sobre as possibilidades dela com uma tia. Mas Ged também é impulsivo. Ele possui uma enorme quantidade de poder, facilidade em aprender, seu potencial é imenso, mas suas escolhas podem ser perigosas. O protagonista passa um tempo com seu primeiro mestre, mas acha que o aprendizado é lento demais e embarca para uma escolha de magia.

É nesse lugar que Ged passa mais tempo, conhece mais pessoas, nem todas garantindo um laço de amizade. Com o tempo, ele percebe quão grande pode ser seu poder, mas comete erros nessa jornada. Depois de um estopim na escola, Ged assume novos riscos, e passa a ser perseguido por seu antagonista.

Até 30% da história, Ged aparenta ser um personagem impulsivo, com pensamentos egocêntricos e cheios de fome do saber. Ele não é mau, mas quando insiste em algo, vai até o fim, mesmo se isso for algo perigoso. E em suas rivalidades, ele se apresenta como implacável. Após um incidente, tudo muda, até mesmo a forma de aprendizado do personagem. Ao invés de termos um Ged corajoso e prodígio, ele se torna mais cauteloso, também ciente do grande mau que agora o persegue.

A maior jornada do protagonista tem início aí, com acontecimentos cheios de aventura ocorrendo nesse meio tempo. O livro é bem curto, pouco mais de 200 páginas, mas como acontece muita coisa, a sensação que tive é que se passaram muitos anos e é um livro mais extenso. E se tratando do protagonista, tudo ocorre antes dele sequer chegar aos 20 anos.

A escrita do livro é objetiva, poupando detalhes e proporcionando um panorama geral. Não sei se é possível se apegar de verdade aos personagens por haver um tipo de narrativa sem trazer tanto sentimento. Até os diálogos são menos frequentes. O sistema de magia é muito interessante, nada difícil de compreender. E se você já leu O Nome do Vento, vai notar uma semelhança absurda com esse livro.

Cheguei a pensar que um livro seria inspirado no outro, mas quando vi que O Feiticeiro de Terramar foi publicado em 1968, percebi que O Nome do Vento que pegou bastante inspiração. Isso me fez comparar as duas obras, mas a semelhança permanece até a universidade e o sistema de magia, quanto ao resto, destoa bastante.

Ainda sobre o universo de O Feiticeiro de Terramar, o livro cita que há inúmeras ilhas, e a quantidade pode ser observada no mapa. Ged se aventura por vários lugares em sua trajetória, e o leitor pode ir acompanhando enquanto isso. O mundo, no livro, também cita diferenças raciais. Inclusive, o protagonista é negro, e ele passa boa parte da infância na sua região. Quando visita lugares com pessoas de pele clara e as vê, é interessante acompanhar sua reação.

O livro foi publicado anteriormente no Brasil, mas passou um tempo fora de circulação e sem o terceiro volume confirmado. Pouco tempo atrás, a editora Morro Branco anunciou a compra dos direitos da trilogia. Então agora temos os três livros publicados em uma edição totalmente nova e em capa dura.

A história é rápida, então pode ser lida em um dia. Apesar de não ter sido um livro que amei, reconheço que tem potencial, mas acredito que irá continuar com o mesmo esquema de narração, objetiva e superficial em alguns momentos. O interior do livro me surpreendeu. Por fora, a estética é simples e linda, mas por dentro há diversas ilustrações de Charles Vess, que acompanham a história.

site: https://www.imersaoliteraria.com.br/2023/05/resenha-ciclo-terramar-o-feiticeiro-de.html
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Allife 06/01/2021

Terramar
Realmente um livro de fantasia fora do padrão. É nítido que o Patrick se inspirou nesse livro para compor diversos elementos do livro o nome do vento. Gostei mto e na expectativa dos próximos.
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PedroMeerholz 12/10/2022

Muito bom
Achei a história bem detalhada e bem contada durante todo o livro, mas acho que o final poderia ter sido um pouco melhor.
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Lê__ 20/06/2022

Não é só um livro de fantasia!
O livro O Feiticeiro de Terramar, é narrado em terceira pessoa e conta a história do jovem feiticeiro Ged. Ao longo do livro, acompanhamos a jornada de autoconhecimento de Ged e seu processo até se tornar feiticeiro.
Ged, assim como outros personagens do livro é negro, e essa representatividade me deixou muito feliz!!
Amei conhecer a escrita da Úrsula e queria que o livro fosse mais conhecido!!
Por ser um livro de fantasia, o livro tem uma certa tendência a muitas descrições, mas nada que atrapalhe.
Acredito que esse livro não seja só um livro de fantasia, já que a gente consegue tirar muitos aprendizados a partir da leitura :)
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Kamonmila 07/05/2022

Diferente do que eu esperava!
Apesar dos clichês de fantasias épocas, a guerra aqui é contra si mesmo. Nosso protagonista começa sua história dono de uma arrogância sem fim, e acaba se dando mal por isso. É então que o acompanhamos em uma saga contra si mesmo e desbravamos com ele as aventuras de ir até o fim do mundo apenas para se encontrar.
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bayer_yago 01/04/2020

O feiticeiro de Terramar
Adorei esse livro,como a busca do personagem principal levou ao seu amadurecimento e como ele cresceu como pessoa e como mago.
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Moony 06/02/2023

Ela escreve como se estivesse pintando um quadro
Fantasia sempre foi e será meu gênero literário favorito, e sempre volto a Terramar pra me lembrar do que ela deveria ser.

Ao contrário da maioria esmagadora do que é publicado hoje em dia, que trata a literatura como um mero produto, Ursula em nenhum momento recorre a batalhas mirabolantes, violência gráfica, militarismo e reviravoltas surreais para desenvolver a história que quer contar. Nem mesmo no final ela abusa desse artifício.

Cada capítulo é uma pincelada serena no cenário que ela quer nos revelar: um mundo em que o protagonista está em busca dele mesmo, mas só consegue cumprir sua missão após compreender todos os poucos personagens que estão ao seu redor --- pessoas simples, sem posses, cujo brilho de viver está na cooperação e na gratidão.

Quando Ged, nada mais que um desajeitado dos confins do mundo, chega à imponente Roke, é recebido com desprezo e zombaria por sua falta de modos: “Ouvi dizer que as boas maneiras fazem o sujeito”, diz Jasper, como quem não quer nada. Mas Jero, que está se empanturrando da comida não-tão-boa-assim da escola, dá a deixa do que Ursula quer nos avisar aqui: “Pelo menos não é ilusão, como tantas coisas por aqui; enche a barriga.”

E “O Feiticeiro de Terramar” de fato enche a barriga. Tudo que parece despropositado aqui tem um propósito. Os silêncios; os momentos extensos consertando barcos, ruminando através da fome e da incerteza; as passagens de rituais cotidianos, dividindo uma boa conversa com um amigo, cobrem quase inteiramente a narrativa, pois são esses momentos que compõem a nossa vida. São os momentos reais. Os embates mágicos surgem como pequenos cristais aqui e ali, como se existissem apenas pra aplacar a fome do leitor por conflito.

O conflito aqui é muito sutil. Isto porque o vilão de Ged é ele mesmo. Ao descobrir os horrores da morte na colina de Roke, descortina-se para ele o horror que é uma vida sem propósito, em que ele não é senhor de si. E um homem que não é senhor de si está sujeito a todo o resto, a uma sombra que sempre estará à espreita para consumi-lo.

Ponto alto para a magnanimidade e sensibilidade de Le Guin ao construir uma história inteiramente protagonizada por pessoas pretas, remando contra a maré suja dos anos 1960. Ao contrário dos orcs negros e deformados do contemporâneo Tolkien, aqui os agentes da maldade são sempre pessoas brancas. E, como a autora revelou posteriormente, isso não foi coincidência, embora todas as editoras à época tenham estampado um Ged alvo como a neve nas capas contra a sua própria vontade.
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Enio Myrddin 16/11/2020

Eu simplesmente amei e não tenho nenhuma crítica negativa além de observações que são muito bem entendidas ao ler o posfácio. Você percebe que ela já tinha uma consciência muito alta como autora, e cada escolha foi pensada para ter um efeito.

O fato de ele ser "corrido" é por ter sido encomendado como um livro pra crianças e adolescentes. Ela usa uma técnica de escrita em que corta tudo que não é importante e achei isso perfeito para dar uma dinâmica maior à história, como as tradições de histórias contadas oralmente, em que a passagem de tempo é dada aos pulos. A gente não precisa saber tudo que ele fez sozinho em alto mar, e até me cansa livros que são detalhistas de mais (sim tô pensando em SdA).

A primeira parte do livro ensina sobre as consequências da vaidade. Depois trata sobre sombras.

O tempo todo que lia sobre o homem e a sombra eu percebia como isso era uma forma de contar sobre as jornadas que nós enfrentamos com nossos demônios internos. E eu tinha esperança que o final não fosse uma grande luta, mas uma conciliação, uma lição que temos que aprender. Não me decepcionei.

E isso leva ao fato do livro não ser sobre lutas. Ela fala isso no posfácio, era um livro pra garotos brancos heteros acostumados a essas histórias de capa e espada. Um universo masculino, mas ela queria contar uma história diferente. Uma história sobre uma jornada por sabedoria, não conquista. Senti que isso pôde trazer riqueza as narrativas do gênero que vieram depois dela, mostrou que o mundo masculino pode ir além de luta e guerra.

A sutileza com que ela trata todas as questões é de uma genialidade. Ela não podia enfrentar diretamente as grandes questões então fez como o protagonista dela e usou de muita inteligência e artimanhas.
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Patricia Lima 02/05/2019

O Feiticeiro de Terramar
Eu gostei muito do livro, porque é aquele tipo de fantasia com um mundo novo criado, com um sistema de magia próprio, e com um personagem que vai sendo construído no decorrer da narrativa.

Nesse primeiro livro pelo menos ele é muito voltado pra essa construção do personagem, porque o Ged sai numa jornada pra enfrentar esse mal que ele mesmo causou, então é uma jornada de autoconhecimento, por isso o foco principal nesse primeiro livro é o personagem e não o mundo em si.

Mas mesmo assim a gente consegue explorar várias coisas sobre Terramar nesse primeiro livro como o sistema de magia, por exemplo, como ele funciona, que pra quem já leu o nome do vento, é o mesmo esquema baseado no poder das palavras, a invocação de poderes através dos nomes das coisas.

Tem um dragão na história e eu adoro isso, e com certeza achei incrível toda essa parte.

Uma coisa muito importante nesse livro é que nós temos um protagonista negro, a maioria dos magos em Terramar são negros, e isso foi um marco incrível se contar a época em que esse livro foi escrito.

O livro é muito curtinho então nós temos muitas coisas acontecendo bem rapidamente, a escrita da autora não é detalhada, ela é bem objetiva que se você piscar é capaz de perder alguma coisa, então eu achei a leitura bem frenética, você não consegue largar o livro porque sempre tem uma nova aventura.

Então por todas essas coisas eu fiquei muito empolgada pelos próximos livros, apesar dele não ter um gancho no final, o livro tem uma história bem fechadinha com uma conclusão bem satisfatória.
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Thiago Araujo 31/01/2021

Mal acostumado
Acostumado com Fantasias mais densas, com roteiros mais detalhados, Le Guin vai justamente na direção contrária com o Feiticeiro de Terramar.

Narrativa rápida, sem grandes rodeios ou reviravoltas, faz o livro ser lido bem rápido.

Não é ruim, mas não foge do lugar comum, embora tenha sido fonte bebida por outras obras, como o próprio Nome do Vento, de Rothfuss.

Vale muito a leitura por conta desse contexto e para conhecer um pouco mais da brilhante Le Guin.
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Hayra.Oliveira 04/07/2020

"Infinitas são as discussões dos magos"
Esse livro me foi apresentado por um amigo logo depois de eu ter lido O Nome do Vento e apesar da narrativa da Úrsula K. Le Guin ser bem simplória quando comparamos ao Patrick Rothfuss, é inegável admitir que esta obra de fantasia não merece o devido respeito.

Ursúla Guin dá a sua bela contribuição para a fantasia medieval pura e sem rodeios com a história de um mago e a sua jornada rumo ao autoconhecimento, que segundo a própria autora "é a vitória que significa o começo de uma vida" .

O vasto universo criado nos instiga a conhecer mais sobre Terramar e descobrir os caminhos que levam Ged até a descoberta do seu próprio ser.

Se você gosta de literatura de fantasia medieval então eu recomendo que leia esse livro para entender a base e referência que influenciou tantos outros clássicos mais atuais.
Garrot 08/07/2020minha estante
Oi, boa tarde eu comprei o feiticeiro de terramar a algum tempo ( ainda não li ), mas eu gostaria de saber pela sua experiência de leitura, na sua opinião qual é melhor, O nome do vento ou O Feiticeiro de terramar ?
(Obs: eu ainda vou comprar O nome do vento) é isso e obrigado ?


Hayra.Oliveira 08/07/2020minha estante
Olá, eu honestamente gostei muito mais do livro O Nome do Vento.
A narrativa do Patrick Rothfuss é muito mais rica e densa do que a da Ursula, porém você precisa levar em consideração que o livro da Ursula foi escrito muitos anos antes e é percursor e inspiração para obras como O Nome do Vento.
A Ursula tem uma abordagem mais simples, porém com margem para discussões profundas (principalmente no seu segundo livro do Ciclo Terramar - As Tumbas de Atuan).


Hayra.Oliveira 08/07/2020minha estante
Aconselho você a ler primeiro o Feiticeiro de Terramar e depois ler O Nome do Vento


Garrot 08/07/2020minha estante
Entendi, obrigado ?




Mateus 19/11/2016

Serei breve , porque no momento estou sem tempo. Quando comprei o feiticeiro de terramar estava ciente de duas coisas: primeiro que o livro estava envolto no manto das grandes "hypes" contemporâneas e segundo, que o público alvo era infanto-juvenil. Como estou acostumado a lidar com essas duas questões, resolvi me aventurar e tentar controlar as minhas expectativas frente a uma nota tão alta no skoob e resenhas tão positivas. O fato do livro ter apenas 175 páginas me decepcionou instantaneamente. Muitos dos meus livros preferidos são curtos, mas esse número em si é alarmante e me parece ser incabívei para uma história bem estruturada/ desenvolvida. No entanto, prossegui afastando esses meus preconceitos e fui adiante. ME DECEPCIONEI. MUITO. As promessas foram muitas. Até hoje me espanto fortemente lendo as resenhas positivas daqui do skoob. Sou acostumado a ler de tudo, inclusive literatura alternativa que , as vezes, a ninguém mais agrada. Mas não se trata disso. Na minha humilde opinião, realmente estive diante de um livro raso, pouco estruturado. Com soluções de narrativa pobres e superficiais. Uma história boba. Talvez o fascínio do mesmo se limite ao fato de ter sido um dos pioneiros no gênero, mas de resto, é um livro óbvio e limitado, pouco interessante , e que mesmo no campo de "jornada de conhecimento" tem pouco a oferecer! Sinceramente, o posfácio escrito pela autora me pareceu mais intrigante do que a obra toda em si. Não recomendo, e me pergunto sinceramente o que andam lendo por aí... meu respeito aos gostos divergentes.
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Lu 11/11/2021

Apesar de parecer clichê, o feiticeiro de terramar é a criação do esteriotipo já que todas as histórias de fantasia derivaram dela. Eu amei todos os personagens e os significados atrás das metáforas que vem do livro. Ele fala sobre arrogância, equilíbrio, auto conhecimento, paciência. Os personagens são diversos ( principalmente para um livro publicado nos anos 60) e verdadeiros. Meu único problema foi com a narrativa, ou a forma de escrita da autora que é cansativa, e faz um livro de 170 páginas parecer ter 500. Por mais que ela vá direto ao ponto, o livro tem pouquíssimas diálogos e as vezes é confuso e tedioso. E é por isso que tirei a pontuação. Apesar disso, foi uma leitura Interessante.
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Milena.Saleh 04/10/2023

Fantástico
Sumariamente, o livro trata de um garoto que descobre ter habilidades mágicas e decide aprimorá-las, aprimorando também seu caráter no caminho. Parece familiar, não?
Pois quem ler este livro verá na hora que ele inspirou Harry Potter. Só que Ursula Le Guin tem sua forma de ver e narrar o mundo que é única a ela - os livros mais lindos que já li são de sua autoria - , e seu senso de dever, que a faz inserir assuntos que considera importantes, apesar de indigestos, em suas histórias. Não é o tipo de ficção de que nada se aproveita além do entretenimento. Essa série irá marcar para sempre quem decidir lê-la, e fortemente recomendo que o façam.
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