A estrada

A estrada Cormac McCarthy




Resenhas - A Estrada


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Maíra 15/10/2023

Li esse livro achando que seria mais um livro clichê de apocalipse. Porém, por mais que a história se passe em um mundo caótico, pra mim o principal foi a relação de pai e filho. De como o pai tenta proteger o menino e sua inocência, em um mundo caótico. É um livro rápido de ler e muito interessante.
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Mathias Vinícius 02/10/2023

Um comentário sobre: A Estrada
Cormac McCarthy chegou para ficar no dentro do espaço dos meus autores preferidos. É isso!

Gostaria de começar esse comentário dizendo que: McCarthy foi capaz de esculpir uma nova moldura, talvez um novo padrão, para o que hoje temos como noção de um futuro pós-apocalíptico. A literatura pós-apocalíptica floresceu no século XX, especialmente após as grandes tragédias das Primeira e Segunda Guerras Mundiais, que forneceram inspiração para muitas histórias. A Guerra Fria, com a ameaça de destruição nuclear global, também influenciou autores a explorar o que poderia acontecer em um mundo totalmente devastado. Por isso, muitos dos romances e contos pós-apocalípticos mais famosos datam do século XX, e novas adições a esse gênero continuam sendo publicadas regularmente.

Temos como protagonista um homem e uma criança, pai e filho, dos quais, em momento algum, conhecemos os nomes. Mas afinal, de que vale ter seus nomes em um mundo devastado, coberto por poeira e cinzas, com árvores carbonizadas, construções em ruínas e estradas que não levam a lugar nenhum? Essa história vai além de ser uma crítica às decisões que os governos tomam hoje e que, futuramente, podem levar à destruição da sociedade. Como um pai pode criar seu filho em um mundo que não existe mais e em que a todo momento a iminência da morte é certa? Este pode ser um tratado sobre a fidelidade da paternidade, o medo de deixar seu bem mais precioso em um ambiente desolado e à mercê daqueles que restaram no mundo, agora conhecidos como os caras maus e os caras de bem.

As constantes batalhas sobre o pouco de moral que ainda resta nessa situação são travadas nesse palanque sombrio e sem holofotes. Apesar de todo o medo e preocupação que o romance transmite, ele também retrata a esperança e o amor redentor que podem advir desse vínculo paternal, um amor intenso e abnegado que às vezes é irrestritamente religioso e de tom enervante em uma paisagem pós-apocalíptica árida. “Nesta estrada não há homens inspirados por Deus. Eles se foram e eu fiquei, eles levaram consigo o mundo. Pergunta: Como faz aquilo que nunca será para ser diferente daquilo que nunca foi?”

Pela falta de identificação dos personagens, é possível enxergar naquela situação aquilo que deveria ser individual passa a ser coletivo. Muitas pessoas passam por inúmeras situações assim todos os dias; elas não vivem, mas precisam sobreviver nesse sistema falho ao qual estamos todos subjugados. É uma jornada de dois companheiros que precisam um do outro a todo momento, enquanto o pai se despe de suas lembranças para colocar a vida do filho como prioridade, “Ele carregara sua carteira até que ela fizesse um buraco nas calças. [...] Algum dinheiro, cartões de crédito. Sua carteira de motorista. Uma fotografia de sua mulher. Espalhou tudo por cima do pavimento. [...] Arremessou a peça de couro, enegrecida pelo suor, dentro da floresta, e ficou sentado olhando para a fotografia. Então colocou-a sobre a estrada também e se levantou e seguiram em frente.”; por sua vez o menino uma espécie de farol, que guia as motivações do pai em busca de alcançar os caminhos que levam ao sul do país, para que assim possam escapar do inverno que se aproxima.

“Quando ele acordava na floresta no escuro e no frio da noite, estendia o braço para tocar a criança adormecida ao seu lado. Noites escuras para além da escuridão e cada um dos dias mais cinzento do que o anterior. Como o início de um glaucoma frio que apagava progressivamente o mundo.[...] No sonho do qual acordara ele andava a esmo numa caverna onde a criança o levava pela mão. A luz deles brincando sobre as paredes úmidas de rocha calcária. Como peregrinos numa fábula engolidos e perdidos nas entranhas de alguma besta de granito.” Como não associar esse trecho ao mito da caverna de Platão? De fato, a experiência com a realidade é comparada à experiência de observar sombras projetadas no fundo de uma parede em uma caverna, enquanto a verdade é a experiência que só é possível caso a fonte de luz seja alcançada fora desse buraco na terra, ao invés das falsas projeções na pedra. Ao encontrar essa luz solar, que a princípio é dolorosa e depois purificadora, o resultado, talvez, não seja agradável para os demais. No que restou desse mundo, a ausência de luz solar pode ter acontecido devido ao resultado de um grande desastre ambiental que parece ter impedido o acesso à verdade.

Para finalizar, gostaria apenas de falar um pouco mais sobre as figuras bíblicas que envolvem a narrativa como um todo. É inegável a comparação da condição do homem/pai com o que acontece a Jó, talvez até uma releitura dessa história biblíca, principalmente nas repetições, melancolias e indagações que ocorrem ao longo de todo o romance. A reflexão sobre a trajetória de uma pessoa que é levada a negar a sua fé e a perder a sua integridade diante de todo o caos que essa desolação proporciona. Até o fim da história, os personagens estão desamparados e beirando a morte. Para aquele homem, não há um Deus a quem ele possa rezar, ou pelo menos, ele não é capaz de acreditar nisso, enquanto o menino é incentivado pelo pai a conversar e rezar para um Deus afim de reunir forças para continuar vivendo. “Ele tentava falar com Deus mas a melhor coisa era conversar com seu pai e falava com ele e não se esquecia. [...] Disse que o sopro de Deus era o seu sopro ainda embora passasse de homem para homem ao longo do tempo.”


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Rogersique 16/09/2023

Primeira vez que me decepciono com um Pulitzer
O livro poderia entregar muito. O contexto é interessante. Um mundo pós apocalíptico, onde a ameaça é o ambiente e as outras pessoas.
Infelizmente o livro não emociona, não traz emoção nenhuma, nem medo, nem tensão, nem dó dos personagens.
Apenas uma cena me fez sentir algo, quando eles encontram a mulher grávida.
Os diálogos não evoluem, os personagens não são tão bem desenvolvidos.
O livro saiu de lugar nenhum e foi para lugar nenhum.
A leitura passou bem, mas pelo simples fato de buscar um final, um entendimento maior, reviravolta, que não tem.
Depois que terminei refleti. O livro fica num círculo eterno, deles andando, sofrendo, tendo poucos diálogos, procurando comida e daí começa tudo outra vez.
Vim nas outras resenhas buscar a grande reflexão que eu poderia ter perdido e percebi que não existe, era só isso mesmo.
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Marcello.Buzon 20/08/2023

Tedioso
Comecei a ler o livro depois de assistir uma resenha, essa pessoa dizia que o livro trataria, de forma sutil, sobre coisas sobrenaturais. Bom, se este livro tem algo sobrenatural só pode ser a repetição que autor faz ao descrever a jornada dos protagonistas.
Bom, pelo menos me rendeu umas frases e reflexões interessantes, mas foi só.
Mike27 21/08/2023minha estante
Estava pensando em pegar ele pra ler! ?


Marcello.Buzon 22/08/2023minha estante
Eu achei péssimo rs


AdrianoBiLL 31/08/2023minha estante
Eu também achei muito ruim.




Aline Guedes 12/08/2023

(...)
Não tenho certeza de como me sinto após o final dessa leitura, mas posso dizer como me senti durante ela.

Me senti comovida e com medo quase o tempo todo. E me questionei tanto... Como podemos acolher uma criança numa situação dessa? Como protegê-la, e fazê-la se sentir segura, quando você não se sente assim? Como manter a esperança de alguém, quando é óbvio que não é realmente possível garantir o dia de amanhã?

Sei que meus questionamentos não valem apenas para situações pós-apocalípticas, mas valem para qualquer situação de vulnerabilidade. E isso me tocou de um jeito que não sei descrever bem ainda.

A sensibilidade dos diálogos, tão curtos, mas que diziam tanto, foi o que mais gostei. Aqui, entendi o quanto o autor é bom.

Esse é um daqueles livros que me faz querer ter um bom plano para o fim do mundo, mas esse em especial me fez pensar que é bom manter minha terapia em dia também, porque eu provavelmente morreria por estar parada na estrada perdida em meio a dilemas morais, éticos e emocionais.
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Ogaiht 28/07/2023

O Fim do Mundo
Cormac McCarthy é considerado o maior autor da literatura americana atualmente e após sua morte me senti impelindo a ler sua obra. Decidi começar por esse A Estrada, que parece ser uma obra ?menor? do autor.
No livro presenciamos a estória de um homem e seu filho, tentando sobreviver a um tipo de apocalipse. O mundo está morrendo. A narrativa não explica exatamente o que aconteceu ao planeta, mas sabemos que os animais morreram, o céu está sempre cinza, há terremotos, as florestas estão pegando fogo e árvores estão caindo. Nesse cenário desolador, vemos a jornada de um pai e seu filho rumo ao sul dos Estados Unidos, fugindo do inverno rigoroso do norte. A estrada é longa e perigosa, pois além de se preocuparem em conseguir comida, devem se preocupar com os humanos sobreviventes que aderiram ao canibalismo.
A narrativa é bem objetiva e os diálogos bem secos. A premissa é bem interessantes mas não há um desenvolvimento de enredo ou de personagens. O livro possuiu uma adaptação cinematográfica com Viggo Mortensen, Charlize Theron e grande elenco e belo visual e funciona bem melhor que o livro.
De qualquer forma é uma leitura fácil e fluida, que se tivesse tido um pouco mais de desenvolvimento poderia ter se tornado uma grande história.
Vagner 28/07/2023minha estante
Eu li esse ano Meridiano de Sangue e pretendo ler esse nesse ano! Altas expectativas porque adorei o filme




Cleia 27/07/2023

Maravilhoso!! Amei essa leitura, primeiro pq gosto muito de histórias pós-apocalípticas, segundo: o livro além de te fazer caminhar em um cenário de extrema destruição tanto do planeta como da humanidade, ele me fez entrar em uma viagem pra dentro do ser. Uma jornada no desespero em momentos de escuridão, e glória nos de acensão.
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AdrianoBiLL 23/07/2023

A premissa é interessante mas o livro é péssimo.
Realmente a sinopse do livro vai te deixar muito curioso, principalmente se você gostar de temas como um mundo pós-apocalíptico.

Este é aquele típico livro que tem tudo para dar certo, pois a história parece ser interessante, é uma temática que sempre me agrada, porém a forma como toda a história foi contada é simplesmente horrível.

Ao terminar o livro eu cheguei na conclusão que a história é desinteressante, é vaga, é rasa, não engrena, não te prende, parece que os personagens não avançam, parece que eles estão sempre andando em círculos. O tema fim do mundo poderia ter sido melhor explorado.

O livro não possui capítulos, o que deixa a leitura ainda mais cansada. A falta de capítulos faz uma grande diferença na história que está sendo contada. Sem falar que a história acontece no meio do nada, pois não temos nenhuma localização, nenhuma noção de região, absolutamente nada mesmo.

A leitura não é boa, pelo contrário, é muito cansativa, monótona, enfadonha, desgastante, desinteressante. Os diálogos são vagos, sem sentido, pois chega a irritar o tanto de "Está Bem" que tem nas conversas entre o homem e o menino.

A empatia com os personagens é zero, a química é zero, a nossa preocupação é zero. Em nenhum momento eu consegui me conectar com os personagens para assim poder sentir o peso daquele sofrimento, para que aquela história de fim do mundo realmente me abalasse. Definitivamente os personagens são todos desinteressantes.

O único momento em que eu fiquei abalado e incomodado, foi na parte onde o menino encontra aquele bebê naquelas condições. Ali me deu um nó na garganta e uma profunda tristeza. Mas também só ali, nem nos acontecimentos finais eu me senti impactado ou triste, que eu acredito ter sido o principal intuito.

"A estrada" foi um livro que me decepcionou muito, pois eu realmente achava que iria gostar da história, dos personagens, que ao final eu iria ficar impactado. Mas definitivamente nada disso aconteceu, pelo contrário, eu quase abandonei a leitura e fiquei aliviado quando o livro terminou.

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Gustavo Rafhael 17/07/2023

Primeiro livro que leio de Cormac McCarthy, e não foi uma experiência legal.
O livro não tem uma premissa definida, tudo fica muito aberto, a história não desenrola. personagens totalmente sem nenhum carisma, diálogos muito ruins (está bem? está bem.), enfim, a história sai do nada e vai para lugar nenhum.
Muitas coisas me incomodaram durante a leitura: a falta de nomes dos personagens, a falta de uma localização geográfica, os diálogos pobres, e até mesmo a falta de coerência com a realidade (como por exemplo: o homem e o menino sobreviverem a neve e chuva apenas com uma cobertinha e uma lona).
Porém, apesar de tudo isso fiquei curioso para chegar ao final e ver se o autor entregaria os porquês que explicariam um pouco de tudo que se passou, mas para minha surpresa (ou não) ele não prometeu nada e não entregou nada mesmo.
AdrianoBiLL 23/07/2023minha estante
Concordo plenamente com você. Sobre este livro nós temos praticamente a mesma opinião.




Vini 15/07/2023

A Estrada
Cormac McCarthy nos apresenta um livro extremamente incômodo e ao mesmo tempo brilhante.
Em um mundo pós apocalíptico completamente devastado em cinzas (o que nos faz perceber que foi purgado em fogo) um homem tenta desbravar as desventuras da sobrevivência para salvar seu filho, sendo que a maior adversidade da história é em manter a pureza desse menino em meio ao corrompimento do mundo, que em alguns trechos do livro é retratado de forma barbara e cruel.
É perceptível os vínculos religiosos dessa história, que se faz presente em vários momentos da narrativa, mas a mais evidente é a presença da trindade (pai, filho e espírito santo) ao longo da história, além da própria inversão de papéis entre pai e filho.
O livro peca em desenvolvimento das personagens e talvez em maiores explicações do ambiente ao qual estão inseridos. Mas isso não reduz o impacto dessa leitura. Recomendo!
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Thamires.Tecila 14/07/2023

O livro conta a história de um homem e seu filho tentando sobreviver em um mundo pós-apocaliptico. Eles caminham, enfretando frio, fome e falta de recursos. O cenário é bem desolador, cinzento, frio, inóspito. Além dessas adversidades, eles também precisam se preocupar com outros sobreviventes.
Não é uma história que contém vários enredos e acontecimentos marcantes, mas a ambientação é fantástica. A todo momento parecia que eu estava lá com os personagens, passando fome, frio e medo. Mesmo quando eu não estava lendo, a história ficava sempre na minha cabeça, e acredito que vai continuar por um bom tempo, mesmo depois de terminar a leitura.
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Clodoviews 24/06/2023

Detalhes
Autor gosta de colocar detalhes viu. Lembra bastante roteiro de filme. No mais achei bem legal e ainda tentando entender o final. Recomendo
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thelescene 19/06/2023

Vazio, solitário e vasto
A Estrada do Cormac McCarthy foi um dos pouquíssimos livros que me emocionaram de verdade. Cru, visceral sem muito rodeios em sua escrita o escritor nos pega de baixa guarda diversas vezes sem muito esforço nos mostrando uma história que mostra o pior (e o melhor) do ser humano.
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