O Xará

O Xará Jhumpa Lahiri




Resenhas - O Xará


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Aline Teodosio @leituras.da.aline 13/05/2021

Gógol Ganguli é filho de indianos, mas nasceu nos Estados Unidos. Por ter um contato direto com duas culturas completamente diferentes, Gógol enfrentou ao longo da vida muitos conflitos internos.

Neste romance de formação, temos um personagem principal que busca desesperadamente se encontrar, se encaixar. É a busca por um eu, por uma identidade, já que ele não se sente nem completamente americano e nem completamente indiano. Fico pensando no quanto deve ser mesmo difícil essa sensação de ser um estranho no ninho, tendo que se adequar à pátria em que nasceu, mas sem abandonar os costumes e valores de suas raízes.

Aqui, acompanhamos por meio de uma escrita sensível, boa parte da trajetória de Gógol, desde o seu nascimento, a escolha do nome, sua infância, adolescência, juventude e parte da vida adulta.

Por falar em nome, sim, Gógol faz alusão ao famoso escritor russo Nikolai Gógol. E a escolha desse nome foi por um motivo bem forte (vai ter que ler pra saber). Ponto alto que eu amo na literatura: esse é também um livro que fala de livros. Várias obras foram citadas: Orgulho e preconceito, O Hobbit, O Guia do mochileiro das galáxias, Crime e castigo, O vermelho e o negro, O grande Gatsby e, claro, obras de Gógol como Almas mortas, o Nariz e O Capote. (Aliás, agora preciso ler O Capote pra conseguir dormir em paz outra vez rsrsrs).
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Ana Rabelo 19/08/2020

Tão lindo!
Primeira leitura do clube do livro do meu Instagram @bookbyana
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LairJr 01/02/2022

Para mim senti uma forte marca de realismo em toda obra. Nada de historinha água com açúcar e finais felizes previsíveis. Ao contrário, percebemos a vida como ela verdadeiramente acontece: imprevisível, muitas vezes injusta, mas ao mesmo tempo bela e desafiadora.
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ElisaCazorla 15/08/2015

O descobrimento de si mesmo.
Que livro lindo. Para os leitores mais acostumados com a temática mais visitadas pelos autores indianos-ingleses-americanos podem até achar que esse livro trata de um assunto já batido: o filho de pais indianos que nasce e cresce em um país diferente e enquanto se desenvolve tem que enfrentar sua dupla realidade, as tradições dos pais e os novos costumes do país onde nasceu. Acho que isso não diz nada sobre a beleza do livro. A autora é sensível e nos emociona o tempo todo. O livro apresenta vários protagonistas que são amarrados pelo narrador de maneira impecável e deliciosa. Nos envolvemos com cada personagem e nos emocionamos com eles, sentimos medo com eles, sentimos saudades com eles, torcemos por eles.
Com esse livro embarcamos em uma aventura sobre o amadurecimento e descobrimento. Infelizmente, muitas vezes é tarde demais. Durante a leitura deste livro, tive que pedir alguns perdões enquanto ainda há tempo.
Não quero fazer uma relato do que se trata o livro. Quero apenas dizer que me fez voltar para o meu próprio passado e as minhas próprias descobertas e amadurecimento pessoal. Um livro belíssimo.
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@quixotandocomadani 25/08/2021

O livro fala sobre imigração, o quão é difícil para os estrangeiros mudarem de país, ficarem longe da família, novos costumes, cultura, língua. E também da crise de identidade de Gogol Ganguli, personagem principal.

Ashima e Ashoke Ganguli, são indianos, se casam e se mudam no final dos anos 1960 para os Estados Unidos. O livro conta o cotidiano de ambos, das dificuldades em se adaptar e tem início a história de Gógol, filho do casal, sempre dividido entre a cultura indiana e americana. (Por que sua comida, suas roupas e seu nome são tão diferentes?)

Ao longo do livro o foco narrativo muda de Ashima, Ashoke e Gogol, assim é possível enxergar a visão dos três, o que torna o livro muito fluido. Acompanhamos Gogol desde a infância, adolescência, amores, relacionamento com os pais e com seu nome... consegui enxergar como a busca por uma identidade (aquela coisa de pertencimento do ser humano) e a falta de referências podem nos afetar.


site: https://www.instagram.com/quixotandocomadani/
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Leituras do Sam 15/02/2017

Por ser de lá...
"Por ser de lá, na certa por isso mesmo, não gosto de cama mole, não sei comer sem torresmo..." Gilberto Gil

Durante a leitura desse livro, esta música não me saiu dá cabeça e do coração, talvez por ela ser uma espécie de hino daqueles que saíram do nordeste ou do interior para morar nas cidades grandes e O Xará está estruturado sobre a mesma base sentimental de quem deixa o seu "lugar".
Com uma escrita muito delicada, Jhumpa conta uma história de um casal indiano que vai morar nos EUA, onde os seus filhos nascem e constroem suas vidas. Gógol, o filho mais velho carrega um nome que não gosta e é através desse descontentamento com o nome que muita coisa sobre ser estrangeiro, não se sentir pertencente, ser sempre um deslocado no mundo vai sendo mostrada ao passo que as tentativas de fincar raízes em algum lugar vai ficando cada vez mais difícil.
O Xará me tocou profundamente, muito por ser nordestino e ter deixado aquelas terras muitos anos atrás, mas ainda não conseguir me sentir inteiro aqui em SP.
É um livro tocante, sobre muito mais do que fronteiras geográficas, mas sobre o que nos constroe.
Alex 19/02/2017minha estante
Legal. É assinante também


Leituras do Sam 20/02/2017minha estante
Sou sim Alex. Gostando bastante dá TAg


Lilly 21/02/2017minha estante
Peguei meu kit hoje , mais está muito lindo viu.




Laís 27/12/2021

?Pois Ashima está começando a se dar conta de que ser estrangeira é uma espécie de gravidez eterna- uma espera perpetua, um fardo constante, um sentimento continuo de indisposição?.
Uma das possibilidades do mundo contemporâneo é emigrar, o livro ? O Xará? de Jhumpa Lahiri, conta a história de Ashima Gaguli, Ashoke, que saem novos da Índia para casarem e estabelecer moradia no Estados Unidos.
Ashima demora a se acostumar com a vida na América do Norte, com poucos amigos, em casa o tempo todo, longe de sua estimada família,
?Pois Ashima está começando a se dar conta de que ser estrangeira é uma espécie de gravidez eterna- uma espera perpetua, um fardo constante, um sentimento continuo de indisposição?
O nascimento do primeiro traz para a história as dificuldades culturais quando se e imigrantes. O casal espera uma carta com o nome escolhido pela avó de Ashima, porém essa carta extravia e precisam escolher o nome os dois, para conseguir sair com a criança do hospital. O nome escolhido é Gogol, que faz referência um grande acontecimento da vida de Ashoke.
Durante o livro é possível observar toda a dificuldade de se estabelecer em outro país, principalmente com uma cultura tão diferente. Ainda podemos observar a dificuldade dos filhos nascidos em outro país de entender e valorizar a cultura dos pais.
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Juliana.Sallum 01/10/2022

O Xará
Uma história que se repete inúmeras vezes ao redor do mundo: filho de imigrantes que não se identificam com a cultura de origem dos pais e ao mesmo tempo se sentem descolados de alguma forma da cultura do país em que nasceram e vivem.
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Rosana Miyata 22/10/2022

Gostei muito da escrita da Jhumpa Lahiri, foi um livro que fluiu muito bem. A autora mostrou bastante da cultura bengali sem deixar a leitura maçante. O enredo é bastante atual e eu consegui me conectar com os personagens.

Fiquei com bastante vontade de ler o conto "O capote" de Nikolai Gógol, de tanto que ele é citado no livro.

O único porém que não me fez dar nota 5 foi o final que achei muito aberto, acho que caberia um epílogo.
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Paulinha 26/03/2023

A beleza simples do extraordinário
O autor vai acompanhar a vida de Gogol e seus pais, o dia a dia, como se constrói uma vida e um lar.

Não acontece nenhum grande drama, só acompanhamos um filho de imigrantes se sentindo o tempo todo deslocado, não consegue se ligar às raízes bengalis dos pais, nasceu na América quer ser americano.

Uma escrita linda que trata muito bem esse tema, estrangeiros, família, cada um lidando da sua maneira com as várias adaptações da vida. Vale a pena ler, muito tocante.
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Monique | @moniqueeoslivros 18/11/2021

O xará
{Leitura 31 - 2021}
O xará - Jhumpa Lahiri

Esse livro me tocou de uma maneira que eu nem consigo verbalizar direito. Que livro sensível e espetacular!

Gogol Ganguli ganha esse nome dos pais, imigrantes indianos que constroem a vida nos EUA. Seu pai é um grande leitor e fã de Gogol, principalmente de O capote.

O livro conta a história desse personagem, Gogol, do seu nascimento até a idade adulta. A infância, as viagens constantes a Calcutá pra rever os parentes distantes, a formação na escola e na faculdade, os romances e as suas perdas.

Entremeado a isso tudo, está a relação de Gogol com seu nome. Primeiro a identificação, depois a negação, e por último uma reaproximação, quando ele descobre os reais motivos do seu pai ter lhe dado esse nome.

E o que é um nome? Que valores ele carrega? Quais relações com o passado ele traz? Quando você é nomeado, você está sendo, você é alguém (ou se nega a ser). Gogol não é um grande herói, carrega em si muitos defeitos e dúvidas, mas é, com toda a certeza, um grande personagem.

Um dos livros mais lindos que eu já li. Que baita catarse! ???


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Flavia.Borges 13/06/2021

Livro conta a história de Gogol, seu nome, suas angústias, a expectativa dos pais, indianos, para ele e a irmã.
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Talita | @gosteilogoindico 10/09/2022

Um bom livro
Gógol: nome russo, origem indiana e nascido nos EUA. Ele e sua família vivem nos EUA. Um livro que narra sobre Gógol desde o seu nascimento até a fase adulta, intercalando com a história de sua família.
Há muitas referências à cultura indiana, o qual me agradou (adoro conhecer mais sobre outras culturas). Há referências da literatura russa, a qual inclui o nome do protagonista e cita obras do autor Gógol.
Outro ponto que me chamou muita a atenção é a questão da imigração. Gógol, principalmente, pois ele busca se identificar, buscar seu lugar de pertencimento. O seu nome o incomoda, e ele toma uma atitude quanto a isso.
Um romance de formação bem construído, personagens cativantes e mais uma vez uma história que me marcou. A literatura é incrível!
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Jacqueline 22/07/2019

Dos imigrantes de segunda geração e dos sentidos dos nomes próprios
A vivência da imigração na segunda geração é potencialmente mais intensa do que na primeira geração, pois o processo inicial da construção da identidade se dá em meio a essas contraposições (por vezes, choque) culturais.
Mas talvez a prova mais cabal de que somos constituídos pelos outros, pelas relações que vamos estabelecendo e pelos sentidos que vamos construindo é nosso nome:
como algo que nos singulariza tanto e que, de um jeito ou de outro, nos acompanha durante a vida toda, pode nos ser dado por outros?
Renata Firmino Wanderley 08/10/2020minha estante
Oiii! Se você tiver interesse em vender o livro me fala, por favor! Quero muito essa edição da TAG e tá esgotada na loja ?


Jacqueline 16/01/2021minha estante
Oi Renata, infelizmente não tenho interesse em vender não. Espero que vc já tenha conseguido comprá-lo.




Cleberson 24/02/2020

Para repensar sobre o que constitui nossa identidade
É o primeiro livro que leio dessa escritora filha de indianos e não poderia ter tido melhor impressão! Ela capricha muito na descrição de detalhes, seja sobre as pessoas ou sobre os ambientes. E não fica nenhum pouco cansativo, pois em cada momento ela explora uma característica diferente e as vezes até inusitada. Mal posso esperar para ler o outro livro dela que tenho aqui na minha estante!

Sobre o livro, "O Xará" chega a ser quase uma autobiografia, pois mostra as diversas dificuldades que as pessoas que emigram para países de culturas muito diferentes enfrentam. O livro mostra o peso que os nomes pessoais carregam e como eles exercem uma forte influência sobre nossa construção individual. Na cultura bengali, as pessoas recebem 2 nomes: um é o "daknam", que é o que apenas familiares e pessoas íntimas usam entre si; o outro é o "bhaloman", usado como identificação no mundo externo. Esse último chega a ser dado bem tarde, apenas quando as crianças são matriculadas na escola.

Mas no mundo ocidental não existe nada disso e uma criança precisa receber um nome antes de deixar o hospital. Meio no improviso, pois tinham adiado essa decisão, os pais Ashima e Ashoke, de origem indiana e que agora vivem nos Estados Unidos, decidiram batizar seu filho recém nascido como Gógol Ganguli, nome inspirado no escritor russo Nikolai Gogol (escritor do conto "O capote", citado no livro e que já li há alguns anos). O que vem depois disso vale muito ser conferido! "Tente lembrar para sempre [...] Lembre que você e eu fizemos essa jornada, que fomos juntos a um lugar de onde não havia mais lugar algum para ir".
Renata Firmino Wanderley 08/10/2020minha estante
Oiii! Se você tiver interesse em vender o livro me fala, por favor! Quero muito essa edição da TAG e tá esgotada na loja ?




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