O Xará

O Xará Jhumpa Lahiri




Resenhas - O Xará


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Laryssa Rosendo 14/01/2019

O xará conta a vida de um casal de imigrantes bengalis, que tem seus filhos nos EUA. E tentam repassar a estes, habitos da sua cultura indiana. Preponderantemente pela visão do filho, Gógol, o livro descreve a dificuldade de se enxergar como parte do meio, considerando a sua falta de reconhecimento tanto com a Cultura dos seus pais, quanto a própria que ele vive.

Em muitos momentos do livro da vontade de sacudir Gógol, pra ele deixar de ser tão mimado e não enxergar o esforço que seus pais fazem. No entanto, esses momentos servem pra nós fazer reconhecer os nossos próprios erros de ingratidão que podemos não enxergar durante a nossa vida.

Os capítulos que mostram a visão da Ashima, pra mim, são os mais emocionantes, por descrever a necessidade de se reinventar quando tudo o que você acredita ficou pra traz em uma realidade distante da que se tem.

Um livro incrível, que não cai no lugar comum e que deixa a gente órfão quando termina, querendo saber o que será que os personagens estão fazendo agora.
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@garotadeleituras 20/01/2019

Uma bela reflexão sobre identidade cultural
Depois do casamento arranjando entre as famílias, Ashima e Ashoke Ganguli se mudam para os Estados Unidos. Divididos entre a cultura americana e a bengali, Ashima luta diariamente para manter seus costumes como forma de manter laços com a Índia. Com o nascimento de seus filhos, Gogol (em homenagem ao escritor russo predileto do marido e íntima relação com sua vida americana), e Sonia, criados na América surge os conflitos entre os costumes e tradições.

Enquanto os pais lutam para preservar seus hábitos antigos, os filhos constroem seus caminhos divididos pela aceitação de uma nova cultura ocidentalizada e a marginalização na sociedade onde vivem. Existe uma nítida ilustração em "O xará" de como pode ocorrer embates culturais entre diferentes gerações de uma mesma família, e a importância do lar e da familia, já que esta muitas vezes pode se tornar o microcosmo do indivíduo.

Que escrita linda e sensível, a Jhumpa Lahiri. Nunca tinha lido nada da autora e, talvez por isso não tinha grandes expectativas. Desde o início, ela compõe a saga do seu personagem de forma que o leitor seja imerso no universo cultural, bem como se torne empático com os sentimentos de exclusão e a constante busca pelo tal "pertencimento de lugar" tão almejado por Gólgol, que na procura pelo "encontrar-se" em tantos mundos nos quais é apresentado, aprende a conviver com a solidão, a estranheza do seu nome russo, os costumes bengalis da família, a sociedade americana, a frustração e as perdas dos vários ciclos vividos no caminho para a aceitação.
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Uma grata surpresa em 2018, que entrou na listinha das melhores leituras do ano. .
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"Lembre que você e eu fizemos essa jornada, que fomos juntos a um lugar de onde não havia mais lugar algum para ir." (p. 218)
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Te 30/01/2019

Cativante
Que livro lindo! Uma narrativa cativante que mostra o sujeito sem lugar no mundo, pois enquanto não der conta da sua história, das suas resistências, não conseguirá fazer laços duradouros e que o conectem consigo mesmo! E também porque a ideia de um lugar para retornar, um lugar para chamar de seu é subjetivo e não diz de nenhum limite geográfico
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Paulo Sousa 19/02/2019

O xará, de Jhumpa Lahiri
Lista #1001livrosparalerantesdemorrer
Livro lido 2°/Fev//8°/2019
Título: O xará
Título original: The Namesake
Autor: Jhumpa Lahiri (GBR)
Tradução: José Rubens Siqueira
Editora: Companhia das Letras
Ano de lançamento: 2003
Ano desta edição: 2004
Páginas: 336
Classificação: ???????
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"Isso não existe. Não existe um nome perfeito. Acho que deveria ser permitido aos seres humanos escolherem o próprio nome quando completam dezoito anos. Antes disso, pronomes" (pág 252).
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Em "O xará" acompanhamos a trajetória de mais de 30 anos de Gógol Ganguli, filho de pais indianos, ora egressos aos Estados Unidos. Sendo o primeiro filho do casal, Gógol, apesar de americano de nascimento, é, desde pequeno ensinado no doutrinamento, nos costumes e na língua do país de origem de seus genitores.
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O romance tem uma temática interessante, onde a escritora britânica Jhumpa Lahiri tece com maestria os resultados do choque cultural e identitário vivido por Gógol. A todo momento ele tenta se desvencilhar de suas raízes, procura assumir uma identidade americana, inclusive abolindo de seu círculo social o nome pelo qual o seu pai, Ashoke, o batizou, uma referência ao seu escritor predileto, o russo Nikolai Gógol. Para Gógol não é fácil sair da sombra de sua origem indiana, ele constrói uma nova imagem de si próprio, mas, ao perder o pai, ver seu casamento desmoronar e viver uma crise existencial, Gógol percebe que é inevitável acabar se apoiando no seio familiar, esse alicerce sempre presente e de onde buscou fugir sempre. O livro é uma ode de amor àquilo que somos. Vale!
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none 16/04/2019

Sensação estranha
Li essa estória porque no ano passado enquanto ingressei no clube de livros da TAG experiências literárias sempre observei críticas favoráveis, sendo um dos mais indicados dentre todos os livros recomendados pelos curadores. Eu não fazia parte da TAG quando o livro foi lançado, e ele estava esgotado no site do clube, procurei na estante virtual e encontrei em um sebo, por um valor bastante inferior ao cobrado pela TAG, sem a caixinha, a revista e o presente, mas em perfeito estado de conservação. Praticamente novo.
Não sou indiano, a cultura desse país e o idioma (os vários idiomas muito além do inglês oficial) são estranhos, mas me fascinam. O livro da Thrity Umrigar "A distância entre nós'' foi uma grata surpresa, e este "O Xará'' não foi diferente. Porque é um romance doce, discute um tema caro a literatura e a cultura atual, o feminismo (que não é o contrário do machismo, como muita gente apregoa), o multiculturalismo e o choque de gerações, culturas e países diferentes, temas também discutidos nos livros de Chimamanda Ngozi Adichie (o livro me recordou Americanah). Ok, o personagem é um homem, nascido nos EUA de pais bengalis indianos que saíram da Índia por motivos profissionais e pessoais (matrimônio). Esse protagonista chamado Gogol é cercado por mulheres, seja a mãe, a irmã, namoradas, esposa, e a autora dá voz a essas personagens. O drama pessoal por vezes curioso, por vezes trágico de Gogol tem esse tom familiar, carinhoso, que, muitas vezes estranhamos a forma como o protagonista enxerga o mundo, ele é um homem, tem suas preferências e sua vida particular não tão diferente de outros homens, mas ele é concebido sob o ponto de vista feminino. Se por um lado, não vemos o comportamento característico de um homem, não vemos o que somos habituados a ler sempre que deparamos com um escritor contando a vida de um personagem masculino da adolescência ao mundo adulto, isto é, clichês, e isso é um grande ponto para Jhumpa Lahiri. A literatura está saturada de autores homens contando em via de regra as mesmas coisas sobre a vida contemporânea sem a criatividade necessária para motivar a leitura. Não se trata de uma generalização, Mia Couto, por exemplo, tem o dom de contar belamente estórias de mulheres negras, sendo branco e homem. Gogol não gosta do nome que o seu pai lhe deu em homenagem ao escritor Nikolai Gogol e passa a usar outro nome para tentar fugir de um destino similar ao autor russo-ucraniano. Livro muito bem escrito, ótima estória, boas: tradução revisão e edição da TAG, Biblioteca azul. Recomendo.
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Natália | @tracandolivros 01/06/2019

O xará
Gógol Ganguli tem um nome russo, e um sobrenome indiano e é naturalmente americano. Seus pais são naturais da Índia, e logo após o casamento se mudaram para os Estados Unidos. O costume indiano é que a pessoa mais velha nomeei os filhos novos da família, e quando sua mãe estava grávida, mandou uma carta a sua avó pedindo nomes para a criança, porém essa carta nunca chegou. Assim na saída do hospital o pai dele o nomeia Gógol, seu autor favorito, sendo apenas seu nome temporário, até que chegue seu “nome bom”. O problema acontece na diferença das culturas, onde na indiana, eles registram seus filhos quando eles vão entrar na escola, já na americana a criança não sai do hospital sem dar parte no registro. Então para a surpresa dos pais, o nome de criação do seu filho acaba sendo o seu nome de registro, e essa não era a ideia deles.

Depois de todo esse problema, Gógol acaba passando por vergonhas conforme cresce, porque todo mundo pergunta o porquê daquele nome russo se ele é indiano, e quando mais velho perguntam se é daquele autor de “O Capote”. Assim, Gógol cresce odiando seu nome e sem sentir que ele pertence a ele, já que é o nome de outro.

Durante o livro vemos a vida de Gógol desde o seu nascimento até o seu amadurecimento. Neste livro encontra-se muito sobre a cultura indiana, isso foi o que me deixou mais encantada, porque é uma forma leve e fácil de aprender, e me permitiu viajar apenas estando sentada lendo. Também tem muito do medo de ser imigrante, e não conhecer a cultura, não saber como se portar e nem se vai conseguir se adaptar à ela. A saudade da família, que mesmo em visitas longas não é suprimida. Um livro sobre crescimento, sobre superar as dificuldades e procurar sua própria identidade.

site: https://www.instagram.com/p/Bf0zIo5gB3k/
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Carol | @carolreads 11/07/2019

O Xará
Sempre escutei falar muito bem desse livro mas não esperava curtir tanto! Achei a escrita da Jhumpa Lahiri muito gostosinha... já coloquei outras obras dela na listinha de desejos.

Em O Xará vamos acompanhar um período da vida de Gógol Ganguli, um americano filho de imigrantes indianos que ganhou esse nome graças a duas coisas: a conexão que seu pai sentia com o escritor russo Nikolai Gógol e a total falta de conhecimento de sua família dos costumes americanos.

Achei o livro muito envolvente... ao longo da narrativa, Gógol terá de lidar com o choque de culturas e com o constante sentimento de não pertencimento, afinal, apesar de americano foi criado nos costumes indianos. Além disso, estava tão presa na escrita da Jhumpa que fiquei com raiva do protagonista diversas vezes pela maneira como ele agia e fiquei super feliz quando ele finalmente passou a entender - e admirar a coragem - de seus pais.

Como já tinha comentado anteriormente não assino a Tag Livros regularmente, pego esporadicamente alguns livros que eu tenho certeza que vou gostar e que vão sair um pouco da minha zona de conforto. Além de ser superado as expectativas, essa edição de O Xará está MARAVILHOSA! Parabéns para a TAG!
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E aí... quem já leu algum livro da Jhumpa Lahiri? Qual deles deveria ser minha próxima leitura?

site: https://www.instagram.com/carolreads
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Matheus945 18/08/2019

Vale o trabalho todo que dá
Acabei de terminar a leitura e desceu uma lágrima que eu nem sabia que estava lá assim que li a última frase. A sequência de acontecimentos na vida do Gogol/Nilhil, que na maior parte são trágicos, vão moldando sua personalidade confusa.
Não consegui dar 5 estrelas pois em certos momentos eu fiquei realmente entediado com a escrita da autora, não tem nem uma "farofa" no meio tipo um diálogo pra dinamizar a leitura. Fica sempre na mesma nota do narrador onisciente. E fiquei entendiado por volta de 2/3 do livro, mas chegando na última parte eu não conseguia parar, mais pelos acontecimentos do que pela escrita em si.
Voltando pro protagonista, é muito interessante ver como ele se comporta sobre as origens dele, em maior parte do tempo renegando à elas mas chegando no último capítulo ele já está aceitando e vi um certo arrependimento da parte dele por algumas atitudes que teve. E tem muitos outros pontos que são interessantes, como os relacionamentos que ele tem durante a vida, especialmente a última, que tem um papel crucial na vida dele.
É um livro incrível e carregado de muitos pontos de discussão que se eu escrevesse tudo aqui ficaria gigante, mas, por hora é isso.
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Jaina 25/01/2020

Lindo e triste.
O nome e o significado dele para a formacao da identidade de um filho de imigrantes nos EUA... A dor, os dramas e a insegurança humana... O livro é mais ou menos sobre isso.
Surpreendentemente bom!
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@gezaine_ 28/03/2020

É o segundo livro que leio da autora e mais uma vez me encantei com sua escrita. Um belíssimo romance de formação, simples, sensível e tocante.
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Marília 09/03/2024

Esse é um daqueles romances de formação. É bom porque descobrimos um novo aspecto da cultura bengali.
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fev 13/01/2021

#LeiaMulheres #MulheresParaLer

Fui surpreendido por essa leitura de O Xará da Jhumpa Lahiri.

Apesar da escrita da autora ser direta sem firulas eu acabei gostando e emocionando em várias partes. O Xará é um romance de formação em que autora vai falar sobre imigração, família, lugar de não pertencimento e desenvolvimento do ser humano. E acredito que foi exatamente isso que me fisgou. Fora, é claro, as inúmeras passagens sobre ritos e cultura indiana. É uma leitura em que conseguimos aprender bastante sobre o outro.

Viver em família, não ser como os pais querem ou querer fazer do mundo deles é uma coisa que pode fazer parte da vida de várias pessoas e acho que isso acaba conversando com vários leitores. O livro pra mim é sobre isso. Sobre famílias e o choque de novas culturas.

Enquanto lia alguns trechos do livro me vinham à cabeça imagens da série Master Of None do Aziz Ansari. Principalmente os episódios dele com os pais. A série e o livro conversam bastante. Fica a dica para quem conhece um ou outro.
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Brilhadori 08/01/2023

A hostoria mostra a vida de Gógol, filho de pais indianos que se mudaram para os Estados Unidos após se casarem. Gogol recebe esse nome em homenagem ao escritor russo preferido de seu pai, e enquanto cresce se irrita com esse nome, assim como tambem se irrita com várias diferenças entre o país que está crescendo e a cultura de seus pais.
Um livro envolvente que trás a oportunidade de conhecer novas culturas e como são construídas.
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Camila de Almeida 20/07/2023

Sinopse da editora:
"O protagonista de O xará, Gógol, sente-se perdido entre duas culturas: a dos Estados Unidos, onde nasceu e vive, e a que veio da Índia e nos corações de seus pais, imigrantes em busca de oportunidades em território americano. No novo país, sua mãe logo começa ?a se dar conta de que ser estrangeira é uma espécie de gravidez eterna ? uma espera perpétua, um fardo constante, um sentimento contínuo de indisposição?. O romance acompanha a família Ganguli em suas constantes viagens, físicas ou espirituais, entre tradições e costumes, entre a Índia e os Estados Unidos, entre o passado e o presente."
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Renata.Mieko 27/10/2023

Amei!
Um livro sobre o conflito pessoal que temos com as nossas próprias famílias.
Além de mostrar como os imigrantes tem problemas que nem imaginamos.
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