O Xará

O Xará Jhumpa Lahiri




Resenhas - O Xará


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Camila(Aetria) 12/12/2017

Todos viemos do Capote de Gógol
Esse foi o livro de fevereiro da TAG, quando o recebi veio um quentinho no coração, pois livro muito bonito. HAHAHA (a vida passa e a gente descobre que a metáfora de julgar um livro pela capa é péssima, já que livros bonitos fazem a diferença até pra ler melhor, não é?) Gostei ainda mais porque vinha com um livreto incluindo O Capote de Nikolai Gógol (que já apareceu aqui antes com o lindíssimo Avenida Niévski).

“Até agora não tinha ocorrido a Gógol que os nomes morrem com o tempo, que perecem assim como as pessoas.”
O Xará, Jhumpa Lahiri, p. 86

Eu não conhecia a autora, nem o livro, nem nada, por isso que gosto de imergir antes na revista que vem pra entender contexto, quem são as pessoas e só depois mergulhar na vida das personagens. Em tempos recentes me vi aprendendo mais sobre essa sensação de ser estrangeiro, de ninguém te aceitar como fazendo parte do país onde você nasceu. Não comigo, mas com amigos principalmente descendentes de asiáticos. Quando você tem um traço assim, quase nunca é considerado brasileiro de fato. Você é sempre de fora. Por mais que faça parte há tanto tempo quanto outras pessoas.

Isso acontece com Gógol Ganguli. Filho de imigrantes indianos, mas nascido já em território norte americano, ele nunca é aceito como tal. Ele sempre será indiano. Sempre será de fora. Ao mesmo tempo, quando ele vai para a Índia (já que seus pais se apegam à tradição, como forma de manter sua identidade no meio dessa massificação cultural que acontece nos Estados Unidos e outros países afins), também não faz parte de lá. Ele não nasceu, não cresceu ali, tem sotaque diferente, não sabe os macetes, os trejeitos, costumes, é um estrangeiro ali também.

Então ele faz parte de onde? Onde fica sua identidade?

“Pois Ashima está começando a se dar conta de que ser estrangeira e uma espécie de gravidez eterna – uma espera perpétua, um fardo constante, um sentimento contínuo de indisposição. É uma responsabilidade ininterrupta, um parêntese no que antes tinha sido a vida normal, apenas para descobrir que a vida anterior desapareceu, suplantada por mais complicado e exaustivo.”
O Xará, Jhumpa Lahiri, p. 65

A sensibilidade e o modo como tudo que acontece parece natural é lindo nesse livro. Você entende os percalços de cada uma das personagens, o modo como Gógol vê a si mesmo (e o problema que tem com seu próprio nome, tanto que o muda legalmente) não só perante seus pais, mas perante ao seu país, o modo como sua mãe, Ashima vê esse fardo de ser estrangeira, de lidar com uma cultura diferente, de manter as tradições vivas, o seu pai, Ashoke, que tem um tipo de dedicação linda à família, e homenageou o próprio filho com base no que sabia, os paralelos com as pessoas que aparecem no meio do caminho, sua irmã, os outros indianos, os americanos… É fantástico.

“Mas isso não é possível, Ashima e Ashoke pensam consigo mesmos. Essa tradição não existe para os bengalis, dar o nome do pai ou do avô a um filho, da mãe ou da avó a uma filha. Esse sinal de respeito na América e na Europa, esse símbolo de herança e linhagem, seria ridicularizado na Índia. Dentro das famílias bengalis, os nomes individuais são sagrados, invioláveis. Não são para serem herdados nem compartilhados.”
O Xará, Jhumpa Lahiri, p. 39-40 (Esse é um dos meus trechos favoritos)

Foi maravilhoso conhecer pedacinhos das tradições, nada explicado demais, tudo fica na exata medida do necessário. E acompanhar a família Ganguli por tantos anos é no mínimo emocionante.

Admito que em um determinado capítulo fiquei chorando por literalmente todas as páginas (ARGH). Tanto que mesmo já estando tarde decidi terminar o capítulo, senão ia chorar novamente quando voltasse ao livro. Esse é o nível de imersão que Jhumpa Lahiri te oferece.

Por mais que eu não goste muito desse excesso de adjetivação que aparece em alguns escritores da língua inglesa (gosto puramente pessoal), depois de um tempo acabei acostumando, e aí fluiu que foi uma beleza.

Todos viemos d’O Capote de Gógol… e Gógol Ganguli especialmente.

“Ele tem medo de ser Nikhil, alguém que não conhece. Que não conhece a ele.”
O Xará, Jhumpa Lahiri, p. 72

Aliás, um detalhe lindo é que por mais que Nikhil troque de nome, durante o texto ele sempre continua a ser Gógol. Ele nunca deixa de ser ele mesmo. Por mais que mude, por mais que viva, por mais que trilhe o caminho de construir sua identidade. Tudo isso ainda é ele mesmo.

site: http://www.castelodecartas.com.br/2017/12/12/o-xara-ogs-160/
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Julio.Argibay 06/01/2018

Gogol
Um bom livro. Já havia lido ou assistido uma estória semelhante a essa, em que o personagem recebe esse nome: Gogol. Muito interessante entrar nesse mundo dos indianos recém chegados nos EUA. Bem recomendado.
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Manu | @nemtudoeficcao 13/03/2018

Adorei!
Sabe quando você perde o hábito da leitura e por mais que queira ler algo, por mais que saiba que aquele livro é bom, não consegue reunir forças para somente sentar e ler? Foi o que aconteceu comigo e esse livro. Recebi ele em Fevereiro desse ano e, por duas vezes, peguei ele pra ler e acabei não conseguindo. E depois, quando terminei de ler, fiquei me perguntando porque demorei tanto.

O Xará foi escrito por Jhumpa Lahiri, filha de indianos e nascida em Londres, mas que se considera americana. A história do livro tem um pouco da história da própria Jhumpa: o protagonista, Gógol, é filho de indianos, mas nasceu nos Estados Unidos e carrega um nome Russo, homenagem ao autor favorito do pai.

O livro mostra a história da família Ganguli ao longo de mais de 30 anos, desde antes do nascimento de Gógol. Vemos como, durante toda sua vida, Gógol se sente incomodado com suas origens e rejeita o nome Russo, sem saber o real motivo do pai ter escolhido esse nome para ele.

Seu desconforto consigo mesmo e sua “mistura” de nacionalidades era tão grande, que ele passou não só a rejeitar o nome, mas também a cultura e tradição da sua família indiana. Ele não queria aquilo para si e tentava se reinventar, criar um outro de si. Alguém que, para ele, se encaixasse e de quem gostasse mais.

O livro é muito bem escrito e os detalhes muitas vezes me fizeram sentir parte daquela história também. Ao conhecer a história da família, acabamos por conhecer também um pouco da história das pessoas indianas. A família Ganguli faz viagens periódicas para lá e também têm reuniões com outros indianos vivendo nos Estados Unidos, assim podemos conhecer um pouco dos seus costumes e ver como era para eles viver em um país muito diferente do seu.

(Texto completo no blog)

site: https://nemtudoeficcao.com.br/2017/12/04/o-xara-de-jhumpa-lahiri/
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Olga 09/05/2017

O Xará
Inteligente, sensível e delicado.
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Laryssa Rosendo 14/01/2019

O xará conta a vida de um casal de imigrantes bengalis, que tem seus filhos nos EUA. E tentam repassar a estes, habitos da sua cultura indiana. Preponderantemente pela visão do filho, Gógol, o livro descreve a dificuldade de se enxergar como parte do meio, considerando a sua falta de reconhecimento tanto com a Cultura dos seus pais, quanto a própria que ele vive.

Em muitos momentos do livro da vontade de sacudir Gógol, pra ele deixar de ser tão mimado e não enxergar o esforço que seus pais fazem. No entanto, esses momentos servem pra nós fazer reconhecer os nossos próprios erros de ingratidão que podemos não enxergar durante a nossa vida.

Os capítulos que mostram a visão da Ashima, pra mim, são os mais emocionantes, por descrever a necessidade de se reinventar quando tudo o que você acredita ficou pra traz em uma realidade distante da que se tem.

Um livro incrível, que não cai no lugar comum e que deixa a gente órfão quando termina, querendo saber o que será que os personagens estão fazendo agora.
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Gabriela 27/03/2017

Gostei bastante da leitura. Já havia lido um artigo sobre a autora em alguma revista e tinha colocado este livro na minha lista de leituras futuras, portanto, fiquei satisfeita quando veio no kit da TAG. Não sabia bem o que esperar, pois pela descrição não parecia ser uma leitura que prende, mas, ao mesmo tempo, a revista TAG me deixou bem curiosa.

Nós acompanhamos a vida de Gógol Ganguli desde seu nascimento, aliás desde o dia em que seus pais se conheceram, até seus trinta e poucos anos. O foco está mais na forma como Gógol lida com o fato de ser filho de imigrantes indianos, mas nascido em solo americano. Ele fica meio dividido entre as tradições que seus pais tentam passar-lhe a todo custo e os costumes do país em que nasceu.

Não é daquelas histórias onde um grande acontecimento vai mudar a vida do personagem, o que não quer dizer que o livro seja parado. É interessante que, apesar de não ser daqueles livros que te deixam desesperada para ler mais, a história prende o leitor. Só posso atribuir isto ao talento da escritora em contar histórias, ela vai direto ao ponto e ao mesmo tempo consegue descrever bem a situação e os sentimentos dos personagens.

A autora criou personagens e situações bem reais, em nenhum momento eu pensei que a autora inventou aquela situação só para ter o que falar ou que alguém reagiu de forma exagerada, criando conflitos desnecessários. Foi tudo dentro da realidade, como se fosse com pessoas que eu conhecia. Ao longo do livro senti pena, raiva, tristeza e alegria com o que Gógol passava e fazia.

Fiquei interessada em ler outros trabalhos da autora e recomendo este livro para quem gosta de histórias com um ritmo menos acelerado e com foco na construção dos personagens e seus relacionamentos.

site: https://bibliomaniacas.blogspot.com.br/
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Te 30/01/2019

Cativante
Que livro lindo! Uma narrativa cativante que mostra o sujeito sem lugar no mundo, pois enquanto não der conta da sua história, das suas resistências, não conseguirá fazer laços duradouros e que o conectem consigo mesmo! E também porque a ideia de um lugar para retornar, um lugar para chamar de seu é subjetivo e não diz de nenhum limite geográfico
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Paulo Sousa 19/02/2019

O xará, de Jhumpa Lahiri
Lista #1001livrosparalerantesdemorrer
Livro lido 2°/Fev//8°/2019
Título: O xará
Título original: The Namesake
Autor: Jhumpa Lahiri (GBR)
Tradução: José Rubens Siqueira
Editora: Companhia das Letras
Ano de lançamento: 2003
Ano desta edição: 2004
Páginas: 336
Classificação: ???????
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"Isso não existe. Não existe um nome perfeito. Acho que deveria ser permitido aos seres humanos escolherem o próprio nome quando completam dezoito anos. Antes disso, pronomes" (pág 252).
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Em "O xará" acompanhamos a trajetória de mais de 30 anos de Gógol Ganguli, filho de pais indianos, ora egressos aos Estados Unidos. Sendo o primeiro filho do casal, Gógol, apesar de americano de nascimento, é, desde pequeno ensinado no doutrinamento, nos costumes e na língua do país de origem de seus genitores.
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O romance tem uma temática interessante, onde a escritora britânica Jhumpa Lahiri tece com maestria os resultados do choque cultural e identitário vivido por Gógol. A todo momento ele tenta se desvencilhar de suas raízes, procura assumir uma identidade americana, inclusive abolindo de seu círculo social o nome pelo qual o seu pai, Ashoke, o batizou, uma referência ao seu escritor predileto, o russo Nikolai Gógol. Para Gógol não é fácil sair da sombra de sua origem indiana, ele constrói uma nova imagem de si próprio, mas, ao perder o pai, ver seu casamento desmoronar e viver uma crise existencial, Gógol percebe que é inevitável acabar se apoiando no seio familiar, esse alicerce sempre presente e de onde buscou fugir sempre. O livro é uma ode de amor àquilo que somos. Vale!
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none 16/04/2019

Sensação estranha
Li essa estória porque no ano passado enquanto ingressei no clube de livros da TAG experiências literárias sempre observei críticas favoráveis, sendo um dos mais indicados dentre todos os livros recomendados pelos curadores. Eu não fazia parte da TAG quando o livro foi lançado, e ele estava esgotado no site do clube, procurei na estante virtual e encontrei em um sebo, por um valor bastante inferior ao cobrado pela TAG, sem a caixinha, a revista e o presente, mas em perfeito estado de conservação. Praticamente novo.
Não sou indiano, a cultura desse país e o idioma (os vários idiomas muito além do inglês oficial) são estranhos, mas me fascinam. O livro da Thrity Umrigar "A distância entre nós'' foi uma grata surpresa, e este "O Xará'' não foi diferente. Porque é um romance doce, discute um tema caro a literatura e a cultura atual, o feminismo (que não é o contrário do machismo, como muita gente apregoa), o multiculturalismo e o choque de gerações, culturas e países diferentes, temas também discutidos nos livros de Chimamanda Ngozi Adichie (o livro me recordou Americanah). Ok, o personagem é um homem, nascido nos EUA de pais bengalis indianos que saíram da Índia por motivos profissionais e pessoais (matrimônio). Esse protagonista chamado Gogol é cercado por mulheres, seja a mãe, a irmã, namoradas, esposa, e a autora dá voz a essas personagens. O drama pessoal por vezes curioso, por vezes trágico de Gogol tem esse tom familiar, carinhoso, que, muitas vezes estranhamos a forma como o protagonista enxerga o mundo, ele é um homem, tem suas preferências e sua vida particular não tão diferente de outros homens, mas ele é concebido sob o ponto de vista feminino. Se por um lado, não vemos o comportamento característico de um homem, não vemos o que somos habituados a ler sempre que deparamos com um escritor contando a vida de um personagem masculino da adolescência ao mundo adulto, isto é, clichês, e isso é um grande ponto para Jhumpa Lahiri. A literatura está saturada de autores homens contando em via de regra as mesmas coisas sobre a vida contemporânea sem a criatividade necessária para motivar a leitura. Não se trata de uma generalização, Mia Couto, por exemplo, tem o dom de contar belamente estórias de mulheres negras, sendo branco e homem. Gogol não gosta do nome que o seu pai lhe deu em homenagem ao escritor Nikolai Gogol e passa a usar outro nome para tentar fugir de um destino similar ao autor russo-ucraniano. Livro muito bem escrito, ótima estória, boas: tradução revisão e edição da TAG, Biblioteca azul. Recomendo.
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Natália | @tracandolivros 01/06/2019

O xará
Gógol Ganguli tem um nome russo, e um sobrenome indiano e é naturalmente americano. Seus pais são naturais da Índia, e logo após o casamento se mudaram para os Estados Unidos. O costume indiano é que a pessoa mais velha nomeei os filhos novos da família, e quando sua mãe estava grávida, mandou uma carta a sua avó pedindo nomes para a criança, porém essa carta nunca chegou. Assim na saída do hospital o pai dele o nomeia Gógol, seu autor favorito, sendo apenas seu nome temporário, até que chegue seu “nome bom”. O problema acontece na diferença das culturas, onde na indiana, eles registram seus filhos quando eles vão entrar na escola, já na americana a criança não sai do hospital sem dar parte no registro. Então para a surpresa dos pais, o nome de criação do seu filho acaba sendo o seu nome de registro, e essa não era a ideia deles.

Depois de todo esse problema, Gógol acaba passando por vergonhas conforme cresce, porque todo mundo pergunta o porquê daquele nome russo se ele é indiano, e quando mais velho perguntam se é daquele autor de “O Capote”. Assim, Gógol cresce odiando seu nome e sem sentir que ele pertence a ele, já que é o nome de outro.

Durante o livro vemos a vida de Gógol desde o seu nascimento até o seu amadurecimento. Neste livro encontra-se muito sobre a cultura indiana, isso foi o que me deixou mais encantada, porque é uma forma leve e fácil de aprender, e me permitiu viajar apenas estando sentada lendo. Também tem muito do medo de ser imigrante, e não conhecer a cultura, não saber como se portar e nem se vai conseguir se adaptar à ela. A saudade da família, que mesmo em visitas longas não é suprimida. Um livro sobre crescimento, sobre superar as dificuldades e procurar sua própria identidade.

site: https://www.instagram.com/p/Bf0zIo5gB3k/
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Carol | @carolreads 11/07/2019

O Xará
Sempre escutei falar muito bem desse livro mas não esperava curtir tanto! Achei a escrita da Jhumpa Lahiri muito gostosinha... já coloquei outras obras dela na listinha de desejos.

Em O Xará vamos acompanhar um período da vida de Gógol Ganguli, um americano filho de imigrantes indianos que ganhou esse nome graças a duas coisas: a conexão que seu pai sentia com o escritor russo Nikolai Gógol e a total falta de conhecimento de sua família dos costumes americanos.

Achei o livro muito envolvente... ao longo da narrativa, Gógol terá de lidar com o choque de culturas e com o constante sentimento de não pertencimento, afinal, apesar de americano foi criado nos costumes indianos. Além disso, estava tão presa na escrita da Jhumpa que fiquei com raiva do protagonista diversas vezes pela maneira como ele agia e fiquei super feliz quando ele finalmente passou a entender - e admirar a coragem - de seus pais.

Como já tinha comentado anteriormente não assino a Tag Livros regularmente, pego esporadicamente alguns livros que eu tenho certeza que vou gostar e que vão sair um pouco da minha zona de conforto. Além de ser superado as expectativas, essa edição de O Xará está MARAVILHOSA! Parabéns para a TAG!
.
E aí... quem já leu algum livro da Jhumpa Lahiri? Qual deles deveria ser minha próxima leitura?

site: https://www.instagram.com/carolreads
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lilianebello 29/04/2017

Gostei, mas sem emoção
Gostei muito da escrita da autora, muito fluida e bem amarrada. Ao mesmo tempo sensível e simples, faz a gente refletir sobre nossa relação com a família e sobre como tratamos nossos pais. Gostei das reviravoltas do enredo, pude sentir a angústia do sentimento de não-pertencimento versus o da negação das origens. Gostei sobretudo - e talvez ainda mais do que da própria história de Gógol - da presença discreta, porém marcante, de sua mãe. Que história de vida, a dela! Em minha opinião, uma história mais forte do que a do filho, na sua tarefa de se adaptar a uma cultura diferente, na qual os próprios rebentos estão plenamente inseridos e que não lhe parece adequada. A resignação em aceitar as mudanças e aprender com elas; a aprender a fazer coisas que nunca fez antes, a deixar de lado tudo o que conhecia e, no fim, não se sentir verdadeiramente pertencente a um ou a outro país. Uma personagem fantástica, embora coadjuvante. Mas, apesar de ter gostado muito da obra, confesso que esperava um pouco mais de emoção. As lágrimas ficaram entocadas.
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Matheus945 18/08/2019

Vale o trabalho todo que dá
Acabei de terminar a leitura e desceu uma lágrima que eu nem sabia que estava lá assim que li a última frase. A sequência de acontecimentos na vida do Gogol/Nilhil, que na maior parte são trágicos, vão moldando sua personalidade confusa.
Não consegui dar 5 estrelas pois em certos momentos eu fiquei realmente entediado com a escrita da autora, não tem nem uma "farofa" no meio tipo um diálogo pra dinamizar a leitura. Fica sempre na mesma nota do narrador onisciente. E fiquei entendiado por volta de 2/3 do livro, mas chegando na última parte eu não conseguia parar, mais pelos acontecimentos do que pela escrita em si.
Voltando pro protagonista, é muito interessante ver como ele se comporta sobre as origens dele, em maior parte do tempo renegando à elas mas chegando no último capítulo ele já está aceitando e vi um certo arrependimento da parte dele por algumas atitudes que teve. E tem muitos outros pontos que são interessantes, como os relacionamentos que ele tem durante a vida, especialmente a última, que tem um papel crucial na vida dele.
É um livro incrível e carregado de muitos pontos de discussão que se eu escrevesse tudo aqui ficaria gigante, mas, por hora é isso.
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Victor Vale 13/04/2017

De uma sensibilidade incrível o texto narra a história cotidiana, mas de acasos importantes de uma família construída em uma diferente cultura. Mas, muito mais que um relato de choque cultural, o livro mergulha na cabeça de diferentes personagens trazendo-os a uma familiaridade íntima. Entendemos as motivações, os anseios e os medos. da mesma forma que os textos do xará em questão: Nikolai Gogol. E como o célebre texto do auto, "O Capote", um texto também psicológico, percebe-se uma certa mediocridade nos personagens. Vidas que passam sem muitos acertos, onde a pouca conquista e celebrada em meio a perdas.
Ainda, como uma homenagem existem importantes peças de roupas dedicadas aos personagens, como: um vestido não tão bonito, um roupão antigo, entre outros.
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Marcia.Cristina 12/04/2017

O Xará
"Lembre que você e eu fizemos esta jornada, que fomos juntos a um lugar de onde não havia mais lugar algum para ir."
História leve que nos faz refletir sobre amor e família. Nos faz pensar que a vida é curta demais para não estarmos com as pessoas que amamos. É lindo ver a trajetória de Gógol na busca de sua identidade e seu amadurecimento.
O Xará nos faz viajar no tempo e no espaço, numa jornada deliciosa.
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