A Rainha de Tearling

A Rainha de Tearling Erika Johansen




Resenhas - A Rainha de Tearling


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Queria Estar Lendo 18/12/2017

Resenha: A Rainha de Tearling
A Rainha de Tearling é o primeiro livro da trilogia que leva o mesmo nome, e foi publicado aqui no Brasil pela editora Suma das Letras, que nos cedeu um exemplar para resenha. O romance de estreia da autora Erika Johansen é uma fantasia com uma protagonista feminina que não mede esforços para obter aquilo que quer: ser uma boa rainha e salvar o seu povo.

Kelsea foi levada para longe da Fortaleza quando tinha apenas um ano de idade, e permaneceu escondida por longos 17 anos enquanto era treinada em história, política e no que fosse necessário para garantir que viesse a ser uma boa rainha. Durante sua vida de isolamento a garota apenas conheceu o mundo através dos livros e dos olhos e histórias de seus dois tutores, as únicas pessoas com quem convivia. Ela não possuía uma família; por mais que amasse Barty e Carlin eles nunca foram seus pais de verdade, sua mãe havia muito que já estava morta e seu tio, o único parente vivo que ela possuía, queria garantir que a menina nunca chegasse viva até a Fortaleza, onde ele agora reinava como regente.

"Sou a rainha. Ninguém manda em mim. Isso é o que a maioria das rainhas pensa até o momento em que o machado desce."

Quando seu décimo oitavo aniversário chega a Guarda da Rainha bate à porta do chalé onde Kelsea vive escondida, e sua jornada rumo ao trono de Tearling tem seu início. Acompanhada de guardas que juraram proteger sua vida, ela precisa cavalgar em direção ao futuro e ao trono que a aguarda, mas não serão poucos os empecilhos que tentarão a impedir de chegar ao seu destino. Além de seu tio que a quer morta para que ele possa continuar como regente, a Rainha de Mortmesne também possui muito interesse em fazer com que a princesa nunca venha a se tornar rainha.

É em meio a perseguições, atentados contra sua vida e até mesmo sequestros que Kelsea faz seu caminho rumo à Fortaleza apenas para se deparar com algo terrível ao finalmente concluir sua jornada. Seu povo e sua terra foram esmagados, anos de um governo que não se importava com os mais pobres e que vivia sob a sombra de um poder maior acabaram fazendo de Tearling um reino fraco e vulnerável, seu povo escravo e subjugado. É em meio ao caos, a dor e ao horror que ela realiza seu primeiro ato como rainha, ainda nos gramados da Fortaleza: Kelsea vai libertar seu povo, mesmo que isso signifique ir a guerra com a Rainha Vermelha.

A Rainha de Tearling é um livro de fantasia que carrega sua magia em doses leves e pontuadas, ainda que ela exista e seja de extrema importância os elementos fantásticos se restringem a certos aspectos mágicos. A construção de mundo é muito interessante, tendo em vista que parte da premissa de que o mesmo se passe em um futuro onde povos da América, Europa e África descobriram novas terras após a longa Travessia, e ali decidiram morar, deixando no passado toda a tecnologia existente. Ou seja, tratasse de um livro com ambiente medieval mas que se estabelece numa linha temporal do futuro.

"Mas Tyler sabia que a história era tudo. O futuro consistia apenas nos desastres do passado esperando para acontecerem novamente."

Quanto a escrita o livro tem seus problemas de desenvolvimento durante as 100 primeiras páginas, onde existem muito mais perguntas do que respostas e o leitor ainda está se ambientando a história e seus personagens. Passado esse primeiro momento, muito comum em livros de fantasia, tudo começa a fluir de uma maneira muito mais rápida e interessante, criando uma necessidade de continuar a ler e entender como todos os fios soltos apresentados irão se juntar e onde eles irão nos levar, que história irão contar.

Um aspecto, porém, que me desagradou muito durante toda a leitura mas principalmente no começo foi o problema que a protagonista tem com a beleza. Cheguei a comentar no nosso Instagram que a Kelsea só "pensava em omi" e fui corrigida por várias pessoas. O que eu acho que as pessoas não entenderam, e talvez eu não tenha explicado direito, é que o fato da personagem não ter um relacionamento romântico ou um par em específico, não signifique que ela não fique pensando em homens. Logo no início do livro, por exemplo, quando ela conhece a Guarda da Rainha, seus primeiros pensamentos são em relação a beleza - ou não - deles, até mesmo sobre como um dos guardas era "muito bonito apesar da idade". E isso se estende por diversas situações, onde a narrativa sobre personagens masculinos sempre estão relacionados a aspectos físicos e estéticos. Mesmo sob ameaça de morte ela consegue tomar um tempo para pensar na beleza do seu sequestrador. E isso me irritou, e muito, principalmente porque não era a imagem vendida da personagem.

"- Todo mundo morre um dia. É melhor ter uma morte limpa."

Demorei algumas páginas para entender, no entanto, que isso não era culpa da personagem em si, mas sim da autora. Não é Kelsea quem tem um problema, mas Erika Johansen. Isso fica claro com o decorrer da história e como a personagem lida com a beleza; quando masculina, sempre a atraindo, mas quando feminina, causando inveja ou desconfiança. Este aspecto se dá, principalmente, porque a autora recorreu a certas técnicas clichês das quais já estou bem cansada e que acho um completo desserviço.

Eu explico: a mãe de Kelsea, a Rainha Elyssa, é branca, loira, linda, feminina, fútil e uma péssima rainha. Kelsea, por sua vez, é morena (negra?), acima do peso (gorda?), de traços comuns (feia?), inteligente, apaixonada por livros, aversa a futilidades (vestidos e jóias, sempre coisas relacionadas à feminilidade) e uma boa rainha. Colocando as características assim, lado a lado, fica claro como a autora buscou contrapor as duas personagens: onde uma é linda, é má rainha, onde a outra é feia, é boa pessoa e rainha. Assim, a autora não apenas peca ao caracterizar certos aspectos físicos de forma negativa, mas também ao expor a beleza de forma negativa. Poderia ser apenas representações e caracterizações destes personagens em específico e não um erro geral da autora? Poderia, não fosse o contraponto que as duas personagens estabelecem durante o livro inteiro, não fosse a relação que Kelsea tem com a beleza e a forma como os demais personagens comparar ela e a mãe, e, principalmente, não tivesse eu lido outras dezenas de livros que sigam a mesma linha de narrativa clichê e problemática.

"- Está preparada para morrer hoje?
- Estou preparada para morrer por esta nação desde o dia em que nos conhecemos, Pai dos Ladrões."

A Rainha de Tearling tem seus problemas, que devem ser discutidos, mas conta uma história que merece ser lida. Kelsea é uma personagem muito interessante, e seu caminho na luta por dar um futuro melhor a seu povo é longo e perigoso. E digno de ser acompanhado.

site: http://www.queriaestarlendo.com.br/2017/12/resenha-rainha-de-tearling.html
Puri Morais (@nocasoumabookaholic) 01/02/2018minha estante
to lendo, e gostando , indo pra pagina 178 , kkk eu gosto tanto do guarda Pen, espero que não morra.




@livrosmundofantastico 01/11/2017

O Poder Feminino
Kelsea foi criada pelos seus tutores Carlin e Barty em uma cabana longe de Tear, mas ela sempre soube da sua origem, era filha da rainha Elyssa e para salvar sua vida foi necessário deixa-lá longe do reinado. Ela foi criada sem saber nada do reinado e nem como sua mãe tinha falecido.

Quando completou dezenove anos, os guardas da rainha vieram busca-lá para assumir seu reinado e durante a sua viagem para Tearling descobriu que não ia ser tão simples quanto imaginava, pois seu tio Thomas iria fazer de tudo para mata-lá e não assumir o trono.

Com todo o apoio que teve dos guardas, principalmente Lazarus o Clava, Carrol e Pen ela passou a descobrir coisas de Tearling que era omitido pelos seus tutores e durante a viagem conheceu Fetch um assassino procurado, mas que lhe ajudou muito durante a jornada.

Quando assumiu o reinado Kelsea não imaginava que seria tão difícil, pois logo descobriu do tratado Mort assinado por sua mãe e a Rainha Vermelha do reino de Mortmesne, uma feiticeira muito perigosa que iria fazer de tudo para prejudica-lá e quando a remessa de pessoas não tinha chegando em Mortmesne ela começou a planejar uma invasão em Tearling.

Kelsea é uma jovem inexperiente mas de personalidade forte, com garrar, que iria fazer de tudo para ajudar seu povo mesmo que isso levantasse a ira da Rainha Vermelha.

A história é na terceira pessoa onde os personagens secundários ganham destaque em alguns capítulos. Além de ser uma distopia que relaciona com os fatos atuais, também aborda a politica do reinado e as decisões défices que precisam ser tomadas. Adorei a leitura onde as palavras se encaixam e prende o leitor, é uma história fascinante onde tudo vai se encaixando ao longo da leitura. Super recomendo!

Ansiosa para ler o segundo que já foi lançado.


site: https://mundofantasticodoslivros.blogspot.com.br/2017/11/resenha-rainha-de-tearling-erika.html
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Fernanda309 09/10/2017

O que achei de A Rainha de Tearling
EDIÇÃO: Estava prestes a comprar em inglês quando a Editora Suma nos surpreendeu com a capa mais lindas do mundo de todas as edições do livro. O trabalho da editora foi fabuloso, diagramação e revisão incríveis, e uma tradução e adaptação de texto como poucas já vi na vida (chegou bem perto da melhor tradução que já vi, a de Armada do Ernest Cline).
ESCRITA: Poucos diálogos, mas todos essenciais pra trama - a autora soube escolher as palavras pros personagens. Se parasse por aí seria bom, mas ela exagerou na parte "esse é um livro de fantasia que introduz um mundo novo" e descreveu desnecessariamente muita coisa. Cansativo. Capítulos com páginas e páginas de parágrafos de descrição. A escolha da escrita em terceira pessoa foi compreensível pra dar liberdade ao enredo, mas ela não é nenhuma Renée Ahdieh e sua escrita envolvente.
ENREDO: Gostei da forma como o toque de distopia mostra que nessa sociedade do futuro existem os mesmos problemas do mundo atual, e até alguns do passado, e eu penso que a humanidade está fadada repetir estes erros. Só teve uma única coisa que me surpreendeu, mas não era fundamental ao enredo, estava mais pra uma curiosidade legal.
PERSONAGENS: Tirando Kelsea, a protagonista, nenhum deles é profundo ou complexo. São bem previsíveis, na verdade. Kelsea começa chata e termina menos chata, mas deu pra ver o progresso dela de forma boa, com um bom ritmo. Deu pra gostar dela.
+ O livro me fascinou pelo título, porque sempre quero ler estórias envolvendo realeza e as típicas traições e reviravoltas. Li a sinopse e estava com as expectativas lá em cima - e de lá fui jogada. Eu sou muito escrota quando se trata do que está na moda, e sinceramente, esse politicamente correto de girl power deveria ter sido um anúncio. No fim, já vi séries que melhoram nos livros seguintes e espero sinceramente que A Invasão de Tearling desenvolva melhor o enredo, mas as expectativas? Não vou usá-las mais.

site: https://www.instagram.com/p/BaMR16zheqU/?taken-by=bookloverbrasil
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Renata 09/10/2017

A Rainha de Tearling - Erika Johansen
Kelsea Glynn é uma garota simplesmente comum. Porém tem seu diferencial: foi criada isolada do reino que nasceu para governar, Tearling. Além disso, nunca chegou a conhecer seus pais, o mais próximo que teve de uma família foram Carlin e Barty. Carlin sempre muito dura e rígida com as disciplinas aplicadas sobre Kelsea, mas dona de uma incrível biblioteca na qual Kelsea passava horas e horas. Já Barty era doce e amável, o responsável por ensinar Kelsea a caçar, montar a cavalo e até a lutar com uma adaga. O objetivo era prepará-la para ser uma boa rainha, aquela que precisava salvar Tearling das garras de seus inimigos.
A mãe de Kelsea, a antiga rainha, Elyssa, morreu envenenada (o culpado nunca revelado) e seu irmão, Thomas, tornou-se regente de Tearling enquanto a sobrinha não estava apta para governar — o que acabou sendo mais que conveniente para ele, que desfrutava de tudo o que a riqueza da Fortaleza poderia lhe oferecer e muito mais que isso. Ganancioso, Thomas permitiu que Tearling ficasse à mercê de Mortmesne, o reino da tão temida Rainha (e feiticeira) Vermelha. O desejo do regente era que as coisas permanecessem daquela forma: conforto e luxos para ele, sofrimento e miséria para o povo. Por isso, queria impedir de todas as formas que Kelsea assumisse seu lugar no trono. Mas apesar de todos os esforços, mesmo no último segundo na hora da coroação, nada conseguiu impedir que a legítima herdeira do trono, Kelsea Glynn, fosse coroada.
Assim que põe os pés na cidade, Kelsea já começa a fazer uma série de mudanças. Dessa forma, conseguiu conquistar o apoio dos governados e desagradou muitos nobres. A partir de então tudo começa a ficar mais perigoso e torna-se difícil confiar em qualquer pessoa — mesmo nos fiéis guardas que sua mãe designou para buscá-la de seu exílio, escoltá-la até a Fortaleza e cuidar dela como se fosse a própria Elyssa (coisa que Kelsea está bem longe de ser). À medida que Kelsea vai conhecendo as entrelinhas do reino que agora governa, vê que há muito a ser feito e busca sempre se distanciar ao máximo do reinado fútil e egoísta da mãe que nunca conheceu. Em meio a tudo isso, a jovem rainha — a quem todos chamam de Rainha Verdadeira — conta com um misterioso e duvidoso aliado, o fora da lei Fetch, que não está apenas na mente, mas também no coração de Kelsea.

Nunca tinha ouvido falar da trilogia Tearling. Apenas quando busquei saber mais sobre a história percebi o quanto esse livro poderia ser instigante. Muitos tratavam a série como uma "versão feminina das histórias de George R.R. Martin", o escritor de As Crônicas de Gelo e Fogo. Mas, avançando na leitura, percebi que essa comparação é um grande equívoco. Apesar de a história se passar em um cenário medieval, cheio de histórias de guerras, cavaleiros, foras da lei, reis/rainhas e seus tronos, o universo criado por Erika é bem diferente do de Martin.
Para começar, algo que não fica muito definido durante a narrativa é o tempo em que o enredo se passa, mas logo fica claro que se trata de uma distopia (porém, não esperem nada do que tem nas comuns distopias contemporâneas, como Divergente ou Jogos Vorazes). O cenário é um mundo criado muitos anos depois do nosso, chamado de Novo Mundo, onde o grande visionário que faz a tão famosa Travessia, perde tudo o que leva de mais avançado em tecnologia durante um naufrágio, fazendo com que o Novo Mundo se torne "antigo" e crie sua própria civilização partindo do nada.
O livro é narrado em terceira pessoa e seu foco principal é Kelsea. Porém, outros focos são trabalhados em torno de personagens secundários — especialmente daqueles que não têm nada a esconder, como a própria protagonista. A narrativa de Erika é muito detalhada e se torna arrastada em alguns momentos por descrever bem tudo o que se passa. Uma grande marca de sua escrita é a sensitividade com que trata cada um dos personagens, fazendo com que o leitor chegue a sentir praticamente a mesma sensação que eles — isso ajuda a criar uma proximidade maior com a história como um todo.

Uma das coisas que mais me chamou a atenção e impressionou na leitura foram os desmembramentos políticos, econômicos e sociais que Erika criou em torno da fictícia sociedade de Tearling — não só desta, mas também de seus arredores, como Mortmesne e Caden. A sensação é a de que todos esses reinos realmente existem ou existiram. Há todo um planejamento territorial, geográfico (com direito à descrição dos solos de cada região e fluxo dos rios). Erika praticamente está contando através deste livro de ficção, uma outra história da América, fazendo referências à "Nova Londres" e "Nova Europa". São pequenos detalhes que tornam uma fantasia mais real. Claro que não se pode esquecer da magia que todo o enredo contém: tanto a benevolente, que provém da própria rainha e sua linhagem — os colares com as safiras tear são a prova disso —, quanto a malevolente, vinda da Rainha Vermelha, aquela que tem mais de séculos de vida e continua governar Mortmesne através de uma poderosa magia negra.

Os personagens são o ponto alto da narrativa. Cada um deles tem sua particularidade e isso fez com que me conquistassem facilmente. Kelsea é a protagonista que muitos sonham em ver nos livros: a heroína corajosa, que tem inseguranças, mas enfrenta seus medos de cabeça erguida. Porém há uma particularidade nela que não se vê em muitas mocinhas por aí: Kelsea é descrita como "feia", com um rosto "comum", sem nada de atrativo além dos intensos olhos verdes. Além disso ela dá sinais claros de que foi bastante influenciada pela mescla da educação de Carlin e Barty. É uma leitora compulsiva, fruto das horas passadas na biblioteca de Carlin e também é cética com relação a crenças religiosas (mais uma herança da mesma). Mas a bondade e a compaixão que se tornam marcas de seu reinado, vieram do amável Barty.

Os personagens secundários também são muito bem trabalhados. É impossível não sentir o coração bater mais forte com o imprevisível Fetch. Ou não querer dar uns soquinhos no impotente — e tão cheio de mistérios — Clava, cuja fidelidade é digna de admiração, tanto quanto seu manejo de clava (daí seu apelido). E ainda se derreter com o encantador e espetacular esgrimista Pen, que, em minha opinião, serviria mais como um príncipe encantado que como um guarda-costas. Mas eles não são só flores. Thorne, um dos personagens mais fortes e um inimigo perigoso de Kelsea, pode despertar muitos sentimentos raivosos. Da mesma forma ocorre com Thomas, o regente — só que de forma diferente, pois ele é apresentado apenas como um covarde, mas a medida que a história avança, percebe-se como chegou a ser o que é. Isso é um diferencial muito bacana da escrita de Erika: seus personagens são profundos, cheios de conflitos, vícios e motivações. E claro que não se pode esquecer da Rainha Vermelha — que espero que esteja mais presente nos próximos livros —, um rival quase perfeita para a rainha Kelsea.

Puri Morais (@nocasoumabookaholic) 01/02/2018minha estante
TO QUASE na metade do livro e to amando o Pen.




Super Ci 23/09/2017

Resenha do Elefante Voador
“Pode chamar este livro de “Jogos vorazes dos tronos”. A história de Erika Johansen é uma mistura de fantasia medieval e distopia… Uma aventura divertida e viciante.” — Usa Today.
“A rainha Kelsea é a heroína mais corajosa e interessante desde Katiniss Everdeen.” — San Francisco Chronicle

Imagina receber um livro para resenhar e ler essas classificações logo na capa. Isso despertou muito a minha curiosidade! Finalmente tive a oportunidade (leia-se tempo) de ler A Rainha de Tearling e hoje vou dizer a vocês o que achei.

A Rainha de Tearling conta a história da jovem Kelsea, uma princesa que teve de viver escondida desde criança em uma cabana isolada, logo após a morte de sua mãe. Ela, seria a herdeira do trono por direito, mas não faltaria pessoas com desejo de governar que não pensariam duas vezes em acabar com a vida da garota.

Quando Kelsea enfim tem idade suficiente para assumir o trono de Tear, os Guardas da Rainha vão buscá-la e a levam em direção à Fortaleza Real. Ainda no caminho, eles são perseguidos por assassinos mercenários e suas vidas são colocadas à prova por diversas vezes. Nessa jornada deles, ficamos sem fôlego o tempo todo, a espera de que o pior aconteça a qualquer momento.

Ao chegar na Fortaleza, nós pensamos: pronto, o pior já passou. Errado. O pior está apenas começando. O lugar é governado por seu tio Thomas, o atual regente, que não está nenhum pouco disposto a ceder o trono para a sobrinha. O Regente tem muitos aliados perigosos e qualquer um na Fortaleza pode ser um inimigo em potencial.

Kelsea se depara com um reino oprimido por décadas. Para falar a verdade, acho que o que ela encontra ao chegar, não tem comparação a nada que ela já tenha imaginado. Nós leitores somos pegos de surpresa ao descobrir como as coisas funcionam em Tearling. Por esse motivo nossa heroína sente a necessidade de consertar imediatamente os estragos do último governo. Isso acaba despertando a fúria da Rainha Vermelha de Mortmesne, um reino vizinho que lucra muito com o atual sistema político de Tear.

No início, temos uma Kelsea insegura e cautelosa. Com o passar dos eventos, ela vai se tornando uma rainha corajosa, experiente e audaciosa. Ela, realmente corre atrás do que acredita ser certo mesmo que as consequências possam ser trágicas. Kelsea não foge da luta e não vai descansar enquanto não houver justiça para o seu povo.

Para isso, ela conta com o apoio de sua Guarda leal, e de sua intuição. Além do poder da Safira Tear que ela carrega consigo o tempo todo, que parece ter um misterioso poder de guiar suas ações e alertá-la do perigo. Conforme avançamos na leitura, percebemos que a joia é capaz de muito mais que isso…

No geral eu gostei muito da história apesar de ser um pouco densa. Confesso que demorei um pouco para ler, pois a narrativa não me prendeu a ponto de devorar a leitura de uma vez. Além de Kelsea, Erica Johansen nos apresenta a personagens fantásticos como é o caso de Clava, capitão da Guarda da Rainha, que é o grande responsável por manter a segurança de Kelsea e também aconselhá-la quando necessário. Outro personagem que gostei muito é Fetch, um misterioso ladrão/assassino que acaba cruzando o caminho da garota.

O livro é dividido em três partes: a primeira conta sua jornada a caminho da Fortaleza. A segunda, trata-se de quando ela já está em Tearling e precisa tomar suas primeiras decisões de governo e conhecer as pessoas que estão realmente ao seu lado. Já a última, na minha opinião a melhor, é quando Kelsea vai em direção ao perigo e luta para defender seu povo. O final é desesperador!

Achei a narrativa bem completa. Não deixa nada a desejar, nem nas descrições de cenários, personagens e ações (inclusive algumas descrições bem fortes), como nos diálogos. A autora nos faz sentir dentro da história e é como se a qualquer momento fosse aparecer alguém e cortar nosso pescoço por estar torcendo por Kelsea.

O engraçado, é que a história tem cara de medieval, tanto pelos sistemas políticos, como pelas armas utilizadas (espadas, arco e fecha, etc), pela forma em que vivem, pelos castelos e tudo mais. Mas na verdade, trata-se de uma distopia que acontece no futuro de nosso tempo. Como se, de alguma maneira, as coisas tivessem regredido. Confesso que isso confundiu um pouco minha cabeça haha

Achei a edição do livro muito bonita! A capa é belíssima e a diagramação muito bem executada. Para quem gosta de mapas, tempos mapa também ♥

Vale a pena lembrar que A Rainha de Terling vai ganhar uma adaptação para os cinemas que será estrelado por Emma Watson ♥ Como será que vai ficar o resultado? Estou super curiosa para conferir! Assim como estou curiosa para ler os próximos volumes da trilogia e descobrir o que acontece em seguida.

Resenha completa no Elefante Voador

site: www.elefantevoador.com
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MdL 22/09/2017

Resenha: A Rainha de Tearling - Erika Johansen
Bem, quando esse livro chegou, acreditem, eu comecei a ler no mesmo instante. Mas como sou uma pessoa que não tem vergonha na cara, só estou fazendo a resenha meses depois. Por isso que tive que dar uma relida, para não ter perigo de falar besteira para vocês. No geral, A Rainha de Tearling é um ótimo livro, a leitura superou minhas expectativas, ainda mais por não conhecer a autora. Os personagens são bem construídos, e esse início de trilogia promete uma sequencia com muitas reviravoltas e ação.
Apesar de ter sido criada de uma forma exclusa, Kelsey se tornou uma jovem forte e de um censo de justiça meio que incomum, por conta de seu histórico familiar. Em momentos que ela deixava os seus sentimentos aparecerem, víamos que ela estava confusa e com medo, por que apesar de ser treinada para tal função, ela nunca teve contato mais profundo com a realeza, ou com seu povo. No entanto, quando tinha de se mostrar que era digna de ser o que era, ela se mostrava uma lider nata, como se já tivesse nascido governando. Espero ansiosamente pelo lançamento do próximo livro, que, alias, será lançado aqui no Brasil em setembro.

site: http://www.magodoslivros.com.br/2017/07/resenha-rainha-de-tearling-erika.html
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Lari 13/09/2017

Resenha: A Rainha de Tearling
Kelsea ainda era uma criança quando foi levada por um soldado da Guarda Real para um pequeno chalé escondido no meio da floresta para viver longe do seu reino, aos cuidados de um casal de amigos da Rainha, Carlin e Barty. Contudo, quando completou 19 anos de idade, toda a Guarda aparece para levá-la de volta para se tornar a Rainha de um reino pobre e desprovido de todas as coisas que vocês conseguem imaginar.

Nesta viagem de volta, Kelsea passa por poucas e boas: discussões, brigas acaloradas com os guardas, perseguições e ainda é levada por um grupo que, mais tarde, descobre que são ladrões. Nesse meio tempo, Kelsea faz amizade com o líder do grupo e espero sinceramente que ele apareça nos próximos livros porque me apaixonei por ele, risos.

Nossa futura rainha tem uma grande missão pela frente em seu reinado, que começa com tirar seu tio Thomas — O Aproveitador, como eu resolvi chamá-lo — do trono em que ele se intrometeu. Pensem num personagem que fez de tudo para não deixar nossa protagonista ter o que é seu por direito. Mas, ao chegar na cidade, Kelsea consegue provar que não é uma criança ou adolescente birrenta e deixa toda a população esperançosa e ao seu favor.

Só para complicar um pouco mais, o Reino e os outros ao redor, são comandando pela Rainha Vermelha, a vilã da história, que obriga as cidades a mandarem um número x de pessoas para ela de tempos em tempos, incluindo crianças.

A Rainha de Tearling foi uma leitura diferente em relação às outras do mesmo gênero, com uma escrita mais adulta e personagens pés no chão que fazem o que bem entenderem sem hesitar. Isso me agradou bastante, já que em algumas leituras tenho a severa impressão de que as autoras interrompem as ações dos personagens no meio do caminho, como se tivessem repensado o futuro deles do nada, e isso me frustra constantemente.

Kelsea, apesar dos pesares, se mostrou uma mulher forte desde o começo. É claro que nos primeiros dias teve seus momentos de tristeza e relutância, já que ninguém lhe informou nada sobre como encontraria seu reino e pior, as pessoas ao seu redor nunca contavam tudo, como se fossem ser punidas se revelassem qualquer coisa. A protagonista também se mostra extremamente justa com o seu povo e, apesar de inexperiente, é muito inteligente e esperta.

Temos vários personagens secundários que finalmente não foram esquecidos pelo seu autor! Eles possuem seus capítulos com pequenos pontos de vista, onde podemos entender as suas ações e emoções em relação à Rainha e seu reino. Até a vilã teve seus momentos de glamour e eu adorei, já que, geralmente, os vilões não são explorados o suficiente.

A Rainha de Tearling é uma leitura agradável, com personagens fortes e bem construídos, senso de humor na medida certa, uma pitada de ação sem forçar demais e uma protagonista espetacular. Se estiver a procura de uma distopia ou fantasia, essa é a história certa para você. Depois dessas 352 que passaram voando, só posso dizer que estou super ansiosa pela continuação, A Invasão de Tearling, que será lançada em setembro pela Suma de Letras.

site: http://www.roendolivros.com.br/2017/08/resenha-rainha-de-tearling.html#more
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Leitora Viciada 12/09/2017

Resenha para o blog Leitora Viciada www.leitoraviciada.com
Erika Johansen teve a ideia de escrever a história da nação fictícia Tearling após sonhar com pessoas abandonando uma terra em ruínas em um barco. Assim surgiram os livros The Queen of the Tearling (2014), The Invasion of the Tearling (2015) e The Fate of the Tearling (2016). A Editora Suma, do Grupo Companhia das Letras, publicou em fevereiro de 2017 o primeiro volume da saga de fantasia A Rainha de Tearling, traduzido por Cássio Arantes Leite. Eu não conhecia a autora antes da Suma divulgar o lançamento, mas a premissa me atraiu bastante e a informação de que a atriz Emma Watson (que recomendou o livro em entrevistas) vai produzir (pela Warner Bros., e provavelmente protagonizar) a adaptação cinematográfica contribuiu ainda mais para eu ler A Rainha de Tearling.
PRimeiramente, é uma história de fantasia medieval com espadas e magia. Mas também é uma distopia, porque mostra que a humanidade já possuiu tecnologias e conhecimento que foram perdidos. É um futuro onde regredimos após uma catástrofe, não apenas tecnologicamente, mas também socialmente. O mundo é bastante sombrio.
O foco é a nação Tearling e sua nova governante, a protagonista Kelsea, herdeira legítima da rainha Elyssa. Kelsea não conheceu a mãe e não sabe quem é seu pai. A única coisa deles que ela carrega é a safira Tear, uma pedra presa ao colar que jamais retira do pescoço. Para proteger o futuro da nação, Kelsea foi retirada da Fortaleza Real ainda bebê, escondida em uma floresta por dezenove anos e criada secretamente por pais adotivos que a prepararam para ser não apenas rainha, mas uma boa pessoa. Após o falecimento da mãe ela precisa retornar ao lar, assumir o trono e reordenar toda uma nação. Seu reino não vive um momento próspero e está cercado por ameaças, especialmente vindas do vizinho Mortmesne, governado pela poderosa feiticeira Rainha Vermelha. O perigo está ainda mais próximo, pois Kelsea enfrenta a nobreza de Tearling, incluindo o próprio tio, o Regente, que viveu como um parasita, e a igreja. Ela corre risco iminente de morte enquanto tenta se impor e ganhar a confiança do povo.

Sorteio de um exemplar no blog de 12/09 a 03/10/2017.

Para ler toda a resenha acesse o Leitora Viciada. -> leitoraviciada.com
Faço isso para me proteger de plágios, pois lá o texto não pode ser copiado devido a proteção no script. Obrigada pela compreensão.

site: http://www.leitoraviciada.com/2017/09/rainha-de-tearling.html
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RoyalUnicorn 15/08/2017

"Rainha tear, você estará morta em uma semana ou será a monarca mais temível que este reino já conheceu. Não vejo meio-termo. "
A Rainha de Tearling um livro sobre empoderamento, sobre amizade feminina, sobre justiça, sobre compaixão e principalmente sobre como uma mulher pode salvar um reino.
Admito que eu estava desanimada com esse livro porém como em setembro lançará o segundo da trilogia aqui no Brasil, eu resolvi ler esse livro da Erika Johansen, não me arrependo dessa escolha.
A Rainha de Tearling conta a história de, Kelsea Glynn, uma menina que foi criada por pais adotivos, Barty e Carlin, sempre sabendo que aos 19 anos a Guarda da Rainha iria vir e escoltá-lá até o castelo, para sua coroação, sim Kelsea não é uma garotinha qualquer, ela é a herdeira do trono Tear, ela é a rainha que esperou 19 anos para assumir o trono e expulsar o temível regente, seu tio. Quando o dia chega Kelsea precisa enfrentar seus medos: Nunca mais ver os pais adotivos e sua biblioteca maravilhosa, já que livros são raros nessa distopia. Com o colar da safira azul marcando-a como a herdeira, ela parte com a Guarda tendo que enfrentar perigos, já que assassinos contratados pelo seu tio e pela Rainha Vermelha a perseguem.
A Rainha de Tearling chama a atenção por ser uma distopia medieval, como assim? Esse é um mundo pós-travessia em que os utópicos encontraram e construíram esses reinos, com esperança de um futuro melhor, não existe tecnologia, pólvora está extinta e livros são raros, a educação é tão miserável e o reino de Tear sofre todo ano mandando escravos para o reino de Mortmesne, para evitar uma invasão da rainha feiticeira que simplesmente tem um século de vida e parece jovem.
Esse é um livro que retrata uma rainha tentando proteger seu povo, uma adolescente sendo obrigada a pensar em estratégias e viver com o risco de suas decisões. Kelsea é uma personagem totalmente diferente, é alta e um pouco acima do peso além de ter uma beleza comum, esse livro mostra que a beleza não é nada, a rainha Mort tão bela mas tão arisca e cruel, a rainha Tear que de bela só tem o coração é justa e tem compaixão, a beleza não define uma pessoa.
A rainha de Tearling é um dos melhores livros que li na minha vida, favoritado e recomendado, mas lembrem-se: Se houver uma tempestade saiba que Kelsea está vindo e está brava.
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Jaíne 12/08/2017

"Muita coisa agora depende de uma garota, pensou, sombriamente. Deus planeja um jogo arriscado para nós."
A Rainha de Tearling, chegou ao Brasil com toda a sua majestade em janeiro de 2017, publicado sob o selo Suma de Letras, da Editora Companhia das Letras.
A obra, primeiro livro de uma trilogia, é o romance de estreia da autora Erika Johansen e terá em breve, sua adaptação exibida nas telas do cinema.

Kelsea foi criada isolada, numa cabana em um canto afastado do reino de Tearling.
Sem nenhum amigo além dos livros e tendo como única família um casal, que foi escolhido a dedo, para mantê-la longe das intrigas do reino que ela está destinada a governar. E distante de prováveis assassinos, é claro.
Filha da última rainha, que morreu há algum tempo e que em nada contribuiu para o bem-estar de Tearling, Kelsea, herdeira legítima do trono, terá que reivindicar sua coroa. No dia do seu décimo novo aniversário, a guarda da antiga Rainha (e agora sua guarda) bate a porta da cabana onde ela foi criada para levá-la de volta ao reino que ela está destinada a governar.
Um reino quebrado, cheio de desigualdades sociais, problemas e repleto de pessoas que ganhariam bem mais se a nova rainha nunca chegasse a se sentar em seu trono.
Mas Kelsea, está determinada a tomar sua coroa e transformar o reino de Tearling num lugar melhor. De posse da safira tear - uma misteriosa joia que vem sido passada de governante para governante há gerações-, e de uma guarda disposta a sacrificar a própria vida para protegê-la, ela adentrará nesse mundo caótico, onde há bem mais inimigos do que amigos, e que está sob a ameaça constante do Reino de Mortmesne, e de sua temida governante, a Rainha Vermelha.
Kelsea terá muitos desafios pela frente, mas o mais importante, é ela conseguir se manter viva para enfrentá-los.

Quando peguei esse livro em mãos, com toda a sua majestosa capa azul e li a seguinte frase no topo da capa: "A rainha Kelsea é a heroína mais corajosa e interessante desde Katniss Everdeen", tive dois pensamentos:
1°: que comentário audacioso!
2°: preciso ler para conhecer essa Kelsea de perto.

Embora, depois de ler, continue achando que foi audacioso ao extremo fazer comparação a Katniss, em nada me decepcionei com a trama desenvolvida por Erika Johansen.
Um toque medieval, com reis, rainhas e seus cavaleiros misturado a ficção.

Agora, algumas opiniões:
Achei o começo da história, que narra Kelsea sendo levada da cabana onde viveu até o reino que irá governar, um pouco "parado", TEM ação, mas não tanto quanto quando a protagonista de fato chega ao seu reino, aí sim, eu não conseguia mais desgrudar os olhos da história.
Se tratando do final, muitas coisas ficam em aberto, afinal, A Rainha de Tearling será uma trilogia, e a curiosidade que fica ao ler a última página...
Torcendo para que a continuação saia logo por aqui e torcendo para que o filme que será lançado, também não nos decepcione.
É uma boa história e um bom início de carreira para Erika Johansen, vamos ver o que mais vem por aí e o que mais nos aguarda no Reino de Tearling.

Essa foi a resenha de hoje, até a próxima galera!
E para ler a essa e outras resenhas, acessem:

site: mundodasresenhas.com.br
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Ivy (De repente, no último livro) 05/08/2017

Diferente e muito mais maduro que outras fantasias juvenis...
A Rainha do Tearling é mais um livro que desde a sua publicação estava desejando ler. No entanto, acho que o escolhi em um mal momento porque, em meio à uma ressaca leitora que não me permitia ler mais do que 20 páginas por dia, esse livro me custou a eternidade até terminar. Não o culpo... A história é muito boa. Se trata de uma fantasia original, com uma protagonista forte e uma ambientação impressionante. Os capítulos finais li em um instante e me impressionou bem. Seguramente, se não fosse por essa ressaca leitora que experimento de momento, o teria terminado em pouquíssimos dias.

A história tem um certo ar medieval, embora a sua época correta não seja detalhada. Se fala sim bastante do período da Travessia, quando William Tear descobriu o Tearling, um novo mundo, aonde ele recomeçou uma nova sociedade. Dá-se a impressão de que poderia tratar-se de tempos bem remotos... No entanto há elementos modernos que chamam a atenção na história, fala-se do continente americano (o que indica tratar-se de um tempo posterior ao descobrimento da América) e outros fatos também deixam entender que a história se passa em tempos bem mais recentes do que o imaginado de princípio.

Kelsea é uma moça de dezenove anos que não teve uma infancia normal. Sua única companhia foi a de um casal de idosos, Carlin e Barty, que a ensinaram tudo o que precisava para um dia herdar o trono do Tearling. Kelsea é a única herdeira da rainha Elyssa, a última governante do Tearling e a história justamente começa quando Kelsea recebe a notícia de que chegou o momento de assumir o trono e expulsar de uma vez o seu tio corrupto, Thomas, que desde a morte de Elyssa tem governado na condição de regente.
Logo, Kelsea descobrirá que as coisas não são nada fáceis e que os inimigos secretos que possuí são muito mais numerosos e perigosos do que seus inimigos declarados. E quando uma guerra contra a nação vizinha, os poderosos Mort e sua perversa rainha parece estar cada vez mais perto, Kelsea deverá encontrar a força e o valor que precisa para ser a rainha que todos esperam e ainda assim sobreviver.

A Rainha do Tearling é um livro que de imediato me chamou a atenção por sua linguagem, muito mais adulta do que qualquer outra fantasia juvenil que eu já havia lido. A autora fala sem pudores de temas que geralmente são ignorados em outras histórias, e seus personagens podem ter algumas atitudes bastante inesperadas. Sem dúvidas, Erika Johansen conseguiu tratar sobre temas diferentes nesta primeira parte e, surpreendemente, o faz sem tornar-se cansativa ou pesada. Aqui teremos à uma Armada Especial que perseguirá homossexuais, teremos uma Igreja poderosa e corrupta, dividida entre líderes nefastos e sacerdotes leais, teremos uma vilã que não apenas chama a atenção por sua já esperada crueldade, mas também por sua inteligência aguda, já que a autora nos dá a oportunidade de, em alguns parágrafos, conhecer alguns de seus pensamentos. E, por último mas não menos importante, teremos a uma protagonista tão intrigante quanto cada um dos malvados apresentados. Kelsea em princípio não se destaca muito, pode até se parecer à outras protagonistas de outras distopias, no entanto, capítulo após capítulo vai evoluindo, se convertendo não apenas em uma rainha hábil, mas também cruel, se necessário.
Eu gostei de conhecer essas dualidades de Kelsea, um personagem que deverá lidar com um grande acúmulo de poder nas mãos e, ao mesmo tempo, assume ao leitor as suas inseguranças, se mostra em momentos como ainda uma menina, ao admitir que sente feia, por exemplo. E quando a personagem demonstra as suas fraquezas, ela nunca o faz de maneira surreal, mas sim de forma madura e sutil, sem deixar-nos perder a paciência. Eu gostei dela porque reconhece seus pontos fracos, mas não permite que essas fraquezas se tornem maiores do que sua força e desejo de seguir adiante. Tem uma personalidade fascinante e os outros personagens secundários ao redor tampoco ficam atrás. A Guarda Real por exemplo, toda composta por homens mais velhos, com traumas, vícios, e muitas vitórias, parece em princípio ter aceitado o inevitável: a derrota. Porém, pouco a pouco, se convertem em um verdadeiro escudo, e através de suas batalhas, conduzirão o leitor pelas terras vastas do Tearling, uma nação castigada pela escravidão e pela mediocridade de seus governantes anteriores.

A narrativa de Erika Johansen alterna entre alguns personagens, porém no geral vai mais focada em Kelsea, embora possamos conhecer os pontos de vista de seu tio, da Rainha Vermelha a sua grande rival, e até mesmo de alguns dos guardas que adquirem um certo grau de importancia na trama, por suas atitudes ou omissöes.
Algo que não gostei no livro é que ele me pareceu um pouco largo demais para a história aprensentada, e os seus capítulos (que chegavam à mais de 30 páginas por capítulo) me pareceram eternos. Eu não gosto de livros de capítulos muito grandes e a leitura ficou bem cansativa talvez por causa disso, além de que algumas descriçoes do Tearling e do palácio me deixaram mais desanimada ainda.
Começamos a história bem à cegas, já que Kelsea não tem idéia de nada do que lhe espera, e embora haja sido treinada para ser rainha, ela pouco sabe sobre a situação real de seu reino, e quem são seus inimigos, e deverá descobrir pouco a pouco, vivenciando tudo na própria pele. E o leitor terminará por descobrir junto à personagem cada um destes detalhes.

Eu gosto desse ar de mistério que há na história, no entanto, fiquei com a sensação de que a autora dá voltas demais para finalmente nos revelar alguma coisa concreta, me parece que se passam várias páginas até que alguma coisa realmente aconteça e, tudo isso, somado à minha ressaca leitora, não deixaram a leitura fluir.
Mesmo assim, já tenho em mãos a segunda e a terceira parte da trilogia e espero pronto saber como seguirá a história, já que os elogios que escuto são muitos e realmente a escrita da autora parece evoluir até o final, além de que essa linguagem mais madura, adulta e centrada me agradou bastante.

site: https://aliceandthebooks.blogspot.com.br/2017/08/review-147-rainha-do-tearling.html
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Desireé (@UpLiterario) 30/07/2017

Simplesmente espetacular. (@UpLiterario)
Sabe aquele livro que é tão bom, mas tão bom que você vai lendo aos pouquinhos, torcendo para ele nunca mais acabar? Pois é, A Rainha de Tearling é esse tipo de livro.
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Imagine uma fantasia, com um cenário medieval, que acontece em um mundo distópico. Conseguiu imaginar? Não tem problema, basta apenas acreditar que esta é uma das melhores distopias que já foram escritas, com uma protagonista mais forte e determinada do que Katniss e Tris juntas.
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Aos 19 anos, Kelsea tem de deixar o lar de seus pais adotivos e retornar à Fortaleza Real, onde deverá ser coroada depois de tantos anos de exílio. Sua mãe, antes de falecer, a deixara escondida até o dia em que ela estaria pronta para retornar à Tearling e governar seu povo. Mas cumprir o plano de sua mãe pode se tornar mais difícil do que todos previam e seu governo, se chegar a existir, poderá estar fadado ao fracasso e ao esquecimento.
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Surreal e espetacular! Essas são as primeiras palavras que me vêm à cabeça ao terminar esse livro. Cada cena, cada cenário, cada personagem, todos fazem parte de uma verdadeira obra de arte, que tem como missão retirar o leitor deste mundo e levá-lo direto para Tearling, um reino fundado por um idealista, mas que, contudo, desenvolveu-se sem as bases e condições para que tais ideais fossem postos em prática.
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Além da ambientação perfeita e do toque de magia que nos surpreende a cada página, Kelsea é uma das melhores protagonistas que já li e deixá-la após a leitura vai ser um sofrimento sem proporções. A garota consegue assumir toda uma carga de responsabilidades de um dia para o outro, sem deixar a compaixão, a humanidade e, em certa medida, a ingenuidade da juventude atrapalhar seu caminho. Conseguimos ouvi-la, entendê-la e admirá-la ao longo de toda essa jornada e compreender que nenhuma outra mulher seria tão mais honrada do que ela para assumir o reino em frangalhos. Cada capítulo traz um novo problema a ser enfrentado, uma nova traição, um novo desalento e a persistência e coragem dela são de tirar o fôlego. Ela é incrível e, ao mesmo tempo, humana, com seus defeitos e imperfeições. E isso faz de Kelsea a melhor protagonista que você poderia esperar.
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Um lugar onde o impossível parece provável, embalada pela escrita madura, bela e coerente de Erika Johansen, que te deixará encantado logo nas primeiras linhas. Uma história emocionante e fantásticas, para ler e reler. Recomendo muito! Leitura Obrigatória!

site: www.instagram.com/upliterario
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Cah Snow 09/07/2017

A protagonista que você respeita
Já li esse livro a mais de 1 mês, mas tava com pouco tempo e tinha esquecido de postar a resenha rsrs, bom mas aqui está :
Esse livro conta a história de Kelsea, uma jovem de 19 anos, que foi levada de seu reino quando ainda era um bebe para um chalé afastado de tudo e de todos para ser protegida. Lá ela passou a vida inteira com seus pais adotivos a educando e treinando para ser uma boa rainha. No dia marcado, a Guarda da Rainha a vai buscar para leva-la devolta a seu reino, mas a viagem é muito perigosa, pois muitas pessoas gostariam de ve-la morta, como seu Tio Regente, que quer seu lugar no trono e a Rainha Vermelha, uma poderosa feiticeira que domina grande parte dos reinos.


Bom, apesar de eu ter amado o livro, admito que fiquei um pouco perdida no começo, sem saber se era uma distopia, fantasia ou era medieval e acabei descobrindo que é tudo isso junto. O livro é jovem-adulto e tem uma leitura mais pesada e alguns podem acha-lo um pouco massante, ainda mais por ser introdutório.
Pra mim o ponto alto da história foi a protagonista, que foge dos estereótipos, por não ser magra, adorar comer, ter a pele mais morena, não chamar atenção por ser bonita e descrita como " um rosto muito comum ". Além de ser uma protagonista muito forte, que sabe quais são suas responsabilidades e não foge delas. E isso me agradou muito, pois estava cansada de protagonistas boas mas que ficam com aquele mimimi de "ai, não quero ser rainha", "não sou boa o suficiente" e tals.. A Kelsea tem uma personalidade forte, sabe tomar decisões, não deixa as coisas na mão dos outros, faz tudo que acha melhor para seu povo, sabe dos riscos e sabe comandar com compaixão, mas sem ser inocente ou deixar de ser firme. As vezes ela chega até quase a arritar, por não gostar de ser contrariada, mas isso a torna ainda mais humana e real.
Outra coisa interessante é que a maioria dos personagens são mais velhos, e todos parecem ter algum mistério ou segredo sobre sua vida antes da Kelsea. e outro destaque vai para Clava, um dos melhores personagens e que faz parte da Guarda da Rainha. Ele é um guarda leal e apesar de bem sério, nos cativa com suas tiradas e seu jeito irritado kk. Ainda tem outros persongens interessantes, como Andalie, sua misteriosa e leal dama de companhia, seus pais adotivos, a perversa Rainha Vermelha, que pelo pouco que vimos parece ter uma história bem interessante, e Pen e os outros guardas de Kelsea.

O livro é narrado em sua maioria por Kelsea, mas alguns poucos capítulos por outros pontos de vista, que nos ajuda a conhecer outros personagens e outras perspectivas da história.
Ele praticamente não possui romance, nem nada do tipo clichê, apenas um pequeno interesse da Kelsea por outro personagem misterioso e interessante , mas que só dura algumas páginas e deve ser mais desenvolvido no próximo livro (mas espero que a autora saiba desenvolve-lo sem muito mimimi, pois no pouco tem que passaram juntos a Kelsea ficou só pensando nele e já ficou se preocupando muito com a aparência, o que ela quase não liga longe dele, mas apesar disso já shippo kk).

O foco desse livro é mais a política e a geografia dos reinos, principalmente de Tearling e Mortmesne, o reino da Rainha Vermelha. E confesso que estranhei um pouco o fato que a história gira mais entorno do governo da Kelsea, pois estou acostumada a ler histórias em que a protagonista vira rainha bem no final e daí vem o final feliz, mas aqui a história só começa realmente depois que ela se torna rainha e o que ela irá fazer pelo o reino.
A história do livro me lembra The kiss of the deception, e até que as histórias tem suas semelhanças, mas A Rainha de Tearling ainda tem uma protagonista e história mais forte. (Pelo menos comparando o primeiro livro)
Enfim, apesar de a leitura ser um pouco cansativa em alguns pontos, indico muito a leitura desse livro, se você gosta de protagonistas fortes, fantasia medieval e uma história bem construída, esse livro é perfeito para você.
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Taty Assis 30/06/2017

Kelsea foi enviada para longe de seu reino, de casa, quando tinha apenas um ano de idade. Criada por Carlin e Barty ela acabou sendo privada de muitas informações sobre seu passado, como também do passado de

seu reino. A única certeza que tinha era que quando completasse dezenove anos a guarda real viria buscá-la para que pudesse assumir o trono de Tearling, que era seu por direito, já que possuía a cicatriz em um dos braços e uma joia dada por sua mãe assim que foi enviada aos cuidados de Carlin e Barty.

Enquanto vivia isolada de tudo, Kelsea acabou encontrando refúgio nos livros e aprendendo um pouco sobre a história de Tearling. Ela sempre se sentiu isolada e não compreendia quais eram os motivos para sua mãe, morta há muitos anos, tê-la isolado do mundo, mas agora com sua nova realidade e responsabilidade, ela começava a compreender tudo.

Chegou o momento de Kelsea assumir o trono e ser a nova rainha de Tearling. Mas ela pouco sabe sobre seu reino e os perigos que vai correr por ser a nova rainha. Por anos seu tio, o regente, a procurou para eliminá-la, sem contar que também tem a Rainha Vermelha, que por muito pouco não invadiu Tearling anos atrás e deseja mais do que tudo, sua cabeça e as joias que possuí.

Assim que sai das imediações da cabana na qual cresceu, Kelsea começa a compreender o seu novo papel e a grandeza de tudo o que está acontecendo. Mas a verdade é que para chegar a Fortaleza ela correrá riscos, e talvez nem a guarda mais fiel, será capaz de livrá-la de seus perseguidores.

Kelsea acaba conseguindo chegar a Fortaleza, mas a situação de seu reino é deplorável. Ela descobre que sua mãe não foi nem de perto a mulher que imaginou que tinha sido e que as duas eram completamente diferentes. Sua mãe tinha sido uma rainha fútil, vaidosa, que colocou seu povo praticamente sob os poderes da Rainha Vermelha, já que, desde que Tearling foi praticamente invadida, como um tratado de paz, mais de duzentas pessoas eram enviadas todos os meses para que a Rainha Vermelha fizesse com eles o que bem quisesse. Quebrar o tratado é a primeira coisa que Kelsea faz como a rainha de Tearling, mesmo que sua decisão de acabar com o acordo, possa colocar seu reino em risco iminente.
"— Ainda não fui coroada, Lazarus. — Não interessa, Lady. Percebo a realeza que há na sua pessoa e nunca a enxerguei em sua mãe, nem um dia sequer na vida dela."

"... A nova rainha já provara que não era como o regente; ela se importava tanto com os humildes quanto com os nobres. Por isso, Thorne determinou que ela tinha de ser eliminada."

Se antes de assumir o trono Kelsea já tinha inimigos, com suas decisões e atitudes como rainha, acabou ganhando muitos outros. Mas se engana quem pensa que isso acabou abalando-a, pelo contrário, ela é muito forte e determinada. Não se sente intimidada, e quando decide algo não se retrai, nem quando discordam de suas decisões. Mesmo sendo totalmente inexperiente e desconhecendo muitas coisas sobre seu povo, ela não se intimida por ser uma rainha e ter que tomar decisões difíceis. A verdade é que mesmo não tendo total entendimento de como ser uma rainha, é como se ela tivesse sido preparada a vida toda para reinar, para ser uma rainha e lutar pelos seus, não importando as consequências que suas decisões acarretariam.

"[...] Pensou na Rainha Vermelha, na primeira vez em que a vira, um momento de tamanho horror misturado a anseio que ainda tinha o poder de gelar seu coração. Então pensou na garota, levantando-se do chão com a faca nas costas. Talvez ela conseguisse libertar todos do atoleiro que haviam criado. Coisas estranhas tinham acontecido na história de Tearling. Talvez ela fosse mesmo a Rainha Verdadeira. Talvez."

Suas decisões e lealdade para com seu povo serão testadas a todo momento, até que ponto Kelsea, a rainha de Tearling, será capaz de ir pelo seu reino e pelo seu povo?


A impressão que fica é que a história de A Rainha de Tearling se passa na era medieval, mas com as referências de coisas da nossa atualidade fica evidente que se trata de uma distopia futurística, mas que mostra como a sociedade em vez de evoluir, regrediu. Livros, ensinamentos, tecnologia, são coisas que já não fazem mais parte da Nova Londres, capital de Tearling.

Eu gostei bastante da história e da leitura, mas é um livro para se ler com calma, apreciando cada momento, já que a narrativa é rica em detalhes e com muita ação desde as primeira páginas.

Kelsea foi uma personagem e tanto! Foi muito interessante acompanhar sua força e garra. Ela é uma rainha empoderada, e foi incrível ver isso tão evidente em uma história sobre poder, traição e lealdade. Ama livros e fará o possível para propagar a leitura para seu povo. Sem contar que as joias que recebeu quando criança, serão essenciais para a excelência de seu reinado.

A Rainha de Tearling é o primeiro livro de uma série, e o que posso dizer é que já estou completamente ansiosa pelo segundo volume. Ficaram muitas perguntas sem respostas e, claro, ainda tenho muita expectativa pelo o desfecho.

Temos muita ação, magia, visões, traições, lealdade da guarda real, apoio, vingança, devoção... E espero encontrar tudo isso e muito mais nos próximos livros da série.

As notícias que temos é que o livro será adaptado para o cinema com Emma Watson. Já quero essa adaptação rsrs.

O livro é todo narrado em terceira pessoa, e com isso temos um vislumbre do que se passa com a maioria dos personagens. A edição é linda! A capa condiz muito bem com a história.

Recomendo!

"— Em que meu reinado está baseado? — Na justiça, Lady. Na compaixão. Se vai ser bem-sucedida, nenhum de nós sabe; sem dúvida é mais fácil manter o poder pelo medo..."
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