denis.caldas 14/02/2021Conhecer para respeitarMuito bom ler contos sobre a vida de pessoas que vivem em culturas diferentes da nossa, alhures, mas tem certas coisas que são universais, não é mesmo?! Interessante conhecer que, há racismo entre os próprios negros, por causa de religião, por causa de etnia, por causa da cultura, por causa de um simples nome próprio; isso sim é racismo estrutural, e não o que acontece aqui em Banânia, onde o racismo circunstancial está sendo ressignificado em racismo estrutural. Ops, desculpem, não tenho lugar de fala...
Alguns contos desnudam a realidade da vida, ao estilo de Bukowski, enquanto outros parecem sair do BBB21, onde a autora quer compensar a sua nova vida material e materialista tentando se justificar em algumas personagens; não adianta, miguxe, o paladar não retrocede... Onde o cristianismo é retratado de forma caricata, enquanto que as religiões animistas são a quintessência da antropologia, mas é claro, as personagens mais inteligentes não são nem uma nem outra...
E não cobre Chimamanda pelo best-seller Meio Sol Amarelo, porque, embora No Seu Pescoço também roda na Nigéria, em Biafra (geograficamente, e não politicamente) e nos EUA, tem outra pegada e nos traz novos aspectos para conhecermos. E, ao conhecermos, respeitarmos.