No seu pescoço

No seu pescoço Chimamanda Ngozi Adichie




Resenhas - No Seu Pescoço


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Lara.Dias 28/02/2021

Eu gosto muito do estilo de escrita da Chimamanda e do fato de que eu sempre tenho que parar a leitura para fazer pesquisa, uma árvore que não conheço, uma comida típica, um autor citado...
Todos os seus contos são atravessados pela questão da colonialidade, um bom exemplo disso são os contos "a historiadora obstinada" e "jumping monkey hill" que apresentam críticas escancaradas , lembro da Afamefunda rindo da freira que disse "as tribos primitivas não tinham poesia" ou da Ujnwa gritando com o sul africano criticando os comportamentos subalternos; ou contos que apresentam críticas mais sutis, como o irritante marido da Chinaza em "os casamenteiros" ou com os conflitos vividos pela Akunna em "no se pescoço".
Outros dois traços importantes é sobre a questão do imigrante, do sentimento de se sentir estrangeiro, da sensação de não pertencimento, não mais do lugar de onde veio, nem do lugar em que se está. E sobre a condição da mulher, uma vez que a cultura igbo é uma cultura também muito machista; isso fica bem claro nos contos "a cela um", "réplica", "amanhã é tarde demais". Este último, que é bastante pesado e um dos meus favoritos, diz assim: " apesar de ter só dez anos, você soube que algumas pessoas podem ocupar espaço demais apenas sendo: que, apenas existindo, algumas pessoas podem sufocar as outras."
Meus contos favoritos foram: "uma experiência privada" (gostei muito como ela trabalhou a questão do tempo, o presente, o passado e o futuro se enlaçando); "fantasmas" ( importante entender o que foi a guerra civil nigeriana e a criação do estado de biafra); "jumping monkey hill", "amanhã é tarde demais" e "a historiadora obstinada" esse último foi o que me fez chorar.
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denis.caldas 14/02/2021

Conhecer para respeitar
Muito bom ler contos sobre a vida de pessoas que vivem em culturas diferentes da nossa, alhures, mas tem certas coisas que são universais, não é mesmo?! Interessante conhecer que, há racismo entre os próprios negros, por causa de religião, por causa de etnia, por causa da cultura, por causa de um simples nome próprio; isso sim é racismo estrutural, e não o que acontece aqui em Banânia, onde o racismo circunstancial está sendo ressignificado em racismo estrutural. Ops, desculpem, não tenho lugar de fala...

Alguns contos desnudam a realidade da vida, ao estilo de Bukowski, enquanto outros parecem sair do BBB21, onde a autora quer compensar a sua nova vida material e materialista tentando se justificar em algumas personagens; não adianta, miguxe, o paladar não retrocede... Onde o cristianismo é retratado de forma caricata, enquanto que as religiões animistas são a quintessência da antropologia, mas é claro, as personagens mais inteligentes não são nem uma nem outra...

E não cobre Chimamanda pelo best-seller Meio Sol Amarelo, porque, embora No Seu Pescoço também roda na Nigéria, em Biafra (geograficamente, e não politicamente) e nos EUA, tem outra pegada e nos traz novos aspectos para conhecermos. E, ao conhecermos, respeitarmos.
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Poly 09/02/2021

Vale a pena mas...
Não é o melhor livro da autora. Alguns contos são bons, outros muito bons, outros fiquei meio sem entender. Mas de qualquer jeito, como qualquer livro da autora, as páginas são sempre carregadas de emoção e de uma outra visão de mundo: a cultura, envolvendo costumes, alimentos e até cheiros que permeiam a escritura de Chimamanda é sempre cheia de aprendizados.
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Poly 09/02/2021

Vale a pena mas...
Não é o melhor livro da autora. Alguns contos são bons, outros muito bons, outros fiquei meio sem entender. Mas de qualquer jeito, como qualquer livro da autora, as páginas são sempre carregadas de emoção e de uma outra visão de mundo: a cultura, envolvendo costumes, alimentos e até cheiros que permeiam a escritura de Chimamanda é sempre cheia de aprendizados.
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Senhorita_morland 07/02/2021

É um bom livro, o mais interessante é o contato cultural que ele proporciona com a África. E consegue ser muito mais que isso , mostra um choque cultural entre oriente e ocidente , com temas tão complexos que nos fazem refletir.
Super recomendo
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Isa 06/02/2021

O que acontece quando a sua vivência se encontra com a do outro...
Esse livro reúne contos baseados em situações cotidianas com uma descrição profunda sobre sentimentos, relacionamentos e traumas humanos. O livro aborda temas importantes como: a questão dos imigrantes, racismo, privilégio social, apagamento cultural, machismo, colorismo, intolerância religiosa, etc. Alguns contos não possuem um final claro e definitivo da maneira que as pessoas podem esperar (o que eu particularmente gosto), mas são muito bem escritos e marcantes. Meu conto favorito foi "Na segunda-feira da semana passada".

"À noite, algo se enroscava no seu pescoço, algo que por muito pouco não lhe sufocava antes de você cair no sono."

Gatilhos: assédio sexual, relacionamento abusivo, aborto espontâneo.
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carol.pinheiro 03/02/2021

Contos inesquecíveis
Não tem como esquecer os contos que tem nesse livro. É só isso que eu quero falar.
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Felipe 29/01/2021

Que livro incrível!!!
Praticamente todos os contos desse volume são ótimos, com destaque para 3 que eu achei incríveis:
"Uma experiência privada" - No qual, duas mulheres se escondem numa loja abandonada, para fugir de uma onda de violência (o termo usado no Ocidente seria, terrorismo) e acabam conversando e descobrindo as inúmeras diferenças entre suas vidas. Uma veio dos EUA com a irmã para visitar sua tia no Norte da Nigéria, a outra vive no local e está acostumada com os constantes ataques. É impressionante a sutilidade com que a autora vai tecendo a narrativa, e pontuando criticas sociais, políticas e religiosas.

"A embaixada americana" - Uma personagem, se vê obrigada a ir até a embaixada dos EUA na Nigéria para pedir asilo político, porém, o que ela encontra lá, são pessoas que estão desesperadas e iludidas com o "sonho americano", ao mesmo tempo em que retrata a indiferença dos norte-americanos, aliada a burocracia para se conseguir uma permissão de entrada no país, além da extrema violência aplicada pelos oficiais do exército, com relação aos nigerianos que estão há horas na fila.

"A historiadora obstinada" - Uma história surpreendente da trajetória de uma família, que tem sua vida mudada, por conta dos efeitos do colonialismo europeu, e da "reeducação" que foi imposta para uma grande parte da população no sul da Nigéria.

Recomendo muito a leitura!!!
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Aila Cristina 28/01/2021

No seu pescoço e um universo de reflexões
O livro é composto por 12 contos que, carregados de sensibilidade e emoções, me envolveu do início ao fim. A leitura dessa obra fluiu bem. Escolhi esse livro para participar do desafio "Semeando leitura - Desafio 21 dias" realizado pelo Setor da Biblioteca do IF Baiano Campus Santa Inês. Por isso, coloquei como meta a leitura de um conto por dia e sempre que terminava, fica com o gostinho de quero mais. Os contos abordam questões culturais de dois "universos", falam de corrupção, das relações políticas internacionais, de guerras e conflitos étnicos-religiosos, relações familiares e imigração. Também narram situações de forte desigualdades sociais em diferentes contextos e as questões de gênero tem espaço de destaque nas narrativas. Algumas pontos me chamaram bastante atenção, como por exemplo, a mestiçagem, colorismo e preconceito racial, as diferenças culturais (Nigéria e EUA), principalmente como é apresentado os hábitos alimentares, e idealização de valores e concepções ocidentais sobre a África e os africanos. Uma idealização do que seria África e também do que seria os EUA para os africanos. É interessante como a autora vai mostrando a construção de uma única visão sobre a África - construída pelo ocidente, ao menos tempo que apresenta outras questões como o ativismo em torno da luta pró democracia na Nigéria, o diálogo entre a África atual e os costumes tradicionais, os reflexos da colonização e choque de culturas. Meus contos favoritos foram "Jumping Monkey Hill", "Embaixada americana", "Os Casamenteiros" e "A historiadora obstinada". Principalmente esse último, pelo processo de retorno as origens por meio da educação. Recomendo a leitura desse livro para quem gosta de literatura africana e narrativas curtas.
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Domi 27/01/2021

No seu pescoço
Sinopse: "Nas narrativas que compõem ?? ??? ????????, encontramos a sensibilidade de Chimamanda Ngozi Adichie voltada para a temática da imigração, do preconceito racial, dos conflitos religiosos e das relações familiares. Combinando técnicas de escrita convencional com experimentalismo, a autora parte da perspectiva do indivíduo para atingir o universal, ao explorar os laços que ligam homens e mulheres, pais e filhos, África e Estados Unidos, também como alegoria do eu para o outro."

Os contos que mais me impactaram foram ?A embaixada americana? e ?Amanhã é tarde demais?:

? O primeiro trata de uma mulher que precisa sair da Nigéria para fugir da perseguição política sofrida por seu marido, mas ela se recusa a usar a morte do filho como motivo para conseguir um visto.

? Já o segundo conto, assim como o conto que dá nome ao livro (No seu pescoço), é narrado em segunda pessoa, o que me fez sentir na pele o sentimento angustiante das personagens. Em ?Amanhã é tarde demais? é apresentada a história de uma menina que sente-se preterida por sua avó e seus pais, os quais privilegiam o neto/filho, esse sentimento de rejeição e invisibilidade geram consequências graves para a família.

? ? ?

Alguns dos trechos que destaquei:

"Ikena, eu me dei conta então, é um homem que carrega consigo o peso do que poderia ter sido." [p. 74]

"e dirigi para casa pensando nas vidas que poderíamos ter tido e nas vidas que tivemos." [p. 79]

"Não queria que ele fosse à Nigéria, que a acrescentasse à lista de países que ele visitava para admirar-se com as vidas dos pobres que jamais poderiam admirar a vida dele." [p. 135]

"Como você pode amar alguém e ao mesmo tempo querer controlar o nível de felicidade que é permitido à pessoa?" [p. 166]

"Apesar de ter só dez anos, você soube que algumas pessoas poderiam ocupar espaço demais apenas sendo; que, apenas existindo, algumas pessoas podem sufocar as outras." [p. 209]

"Havia uma nova gravidade nele, como se subitamente houvesse descoberto que era obrigado a carregar um mundo pesado demais." [p. 225]
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Vanessa 25/01/2021

Tens minha admiração
A escrita é tão sensível e necessária. Esse é meu primeiro real contato com a autora, mas já sei que vou querer ler tudo que esta mulher colocou a mão. Só não dei cinco estrelas porque não foram todos os contos que me chamaram muito a atenção, mas recomendo sim. Afinal, se esse foi o primeiro livro de contos que ela escreveu e já tem toda essa qualidade, imagina o resto.
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Ivy 24/01/2021

que leitura!
eu não gosto muito de livro de contos mas com esse foi diferente. a escrita de chimamanda me prendeu do início ao fim com suas críticas sociais e políticas. to prontissima pra ler todos os outros livros dela, sem dúvidas.
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Ingrid 23/01/2021

Dessa vez, nenhuma surpresa ao terminar o livro e pensar que, mais uma vez, a obra de Chimamanda é maravilhosa. O conto Jumping Monkey Hill foi um dos mais marcantes para mim, principalmente por causa do meu afeto com a literatura e com a fácil relação entre a vida da personagem e de tantas e tantas mulheres pelo mundo. O final deste conto em específico me arrepiou de uma forma que poucos livros fizeram. O conto A Embaixada Americana não tenho nem palavras para dizer como me senti ao ler. É triste, pesado, causa dor e raiva, e deixa claro os objetivos da escrita da Chimamanda. Uma coletânea impecável.
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floresfaria 21/01/2021

Um livro real de início ao fim, trazendo contos que nos fazem refletir sobre nossos próprios preconceitos, suposições e ignorâncias. Todos os contos são bem construídos e cativantes, e com certeza deve fazer parte da lista de livros que todo mundo deve ler ao menos uma vez na vida.
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Beca Nolêto 20/01/2021

Fui pela autora
Alguns contos são muito bons, mas outro não foram tão atrativos assim. A vantagem é que aguçou minha curiosidade para aprender um pouco mais sobre a história da Nigéria, mas, definitivamente eu não sou uma pessoa para livros de contos...
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