No seu pescoço

No seu pescoço Chimamanda Ngozi Adichie




Resenhas - No Seu Pescoço


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carlos 20/01/2021

Perfeito
Perfeito d+ te amo Chimamanda.
A braba
A lenda
Histórica
Sensacional.
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Clara 18/01/2021

?Eu me pergunto por que nunca ninguém mencionou, em todos esses anos desde a guerra, que Ikenna Okoro não estava morto. É verdade, nós às vezes ouvíamos histórias de homens que tinham sido considerados mortos e que reapareciam meses, ou até anos, após janeiro de 1970; (...) Mas nós quase nunca falávamos da guerra. Quando o fazíamos, éramos implacavelmente vagos, como se o importante não fosse o fato de havermos nos encolhido em abrigos cheios de lama durante os ataques aéreos, após os quais enterrávamos corpos queimados com manchas cor-de-rosa; ou o fato de havermos comido casca de mandioca e visto as barrigas de nossas crianças inchar de desnutrição; mas o fato de havermos sobrevivido. Era um acordo tácito entre todos nós, os sobreviventes do Biafra.?
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Emmanuele.Machado 15/01/2021

Sou suspeita pra falar quando se trata de Chimamanda, mas essa é mais uma obra da autora cheia de reflexões necessárias e uma escrita impecável.
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fev 13/01/2021

Chimamanda: QUE MULHER! QUE ESCRITORA MARAVILHOSA.

Esse livro de contos da Chimamanda é magnífico. Ela explora personagens que eu nunca pensei que ela trabalharia e trabalha com inúmeros assuntos nos 12 contos presentes no livro. É simplesmente fantástico.

Os meus contos preferidos foram:

- A cela um
- Uma experiência privada
- Na segunda-feira da semana passada
- Jumping Monkey Hill (5 estrelas)
- No seu pescoço (5 estrelas)
- O tremor
- Amanhã é tarde demais
- A historiadora obstinada (5 estrelas)

Não tem como não se apaixonar pela literatura de Chimamanda. Esse mulher escreve maravilhosamente bem. É prazeroso.

Super indico o livro de contos. Vale super a pena.
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Cris 13/01/2021

Cultura, História, Nigéria
“O tanzaniano disse que ela sabia passar bem a atmosfera de Lagos, os cheiros e os sons, e falou que era incrível como as cidades do terceiro mundo se pareciam.” Pág.123

Este foi meu primeiro contato com a escrita da Chimamanda e já fiquei encantada. A autora é uma ótima contadora de histórias.
O livro é uma imersão na cultura africana, especialmente da Nigéria onde os contos se passam.

Este é o primeiro livro de contos da autora. Todos os 12 contos trazem histórias de mulheres vivendo em diferentes períodos da história nigeriana. Acredito que pra quem conhece melhor a história da Nigéria, muitos contos fazem mais sentido. Mas pra quem não tinha pré conhecimento da história deste país, como eu, só serve para aguçar a curiosidade sobre este povo.

Muitas destas histórias se passam também nos EUA, e acredito que foi a intenção da autora mostrar como é a vida dos imigrantes nigerianos que vão para lá.

Alguns temas são recorrentes nestes contos. Nós vemos os contrastes entre pobres e ricos. A posição da mulher na sociedade. A violência, a injustiça e a fome. A família, amor, homossexualidade. A religiosidade e a fé.

Eu amei a escrita da autora, ela apresenta contos tanto em primeira, terceira e até segunda pessoa. Adorei a forma como ela faz uma crítica que fica nas entrelinhas, ao nos mostrar histórias na maioria das vezes tristes e que nos fazem refletir, e que nos mostra uma realidade muitas vezes semelhante à nossa. Impossível não se identificar com os dilemas destes personagens.

Nem preciso dizer que todos os livros da autora a partir de agora fazem parte da minha lista de desejados.

A cela um - é a história de um jovem que é preso e que passa a contar para os familiares a realidade da prisão. Uma história crua e muito triste.

Réplica - a história de uma mulher que mora nos Estados Unidos com a família, enquanto o marido divide seu tempo entre a família, e a empresa na Nigéria. Narra bem o ponto de vista da esposa que se sente abandonada pelo homem que ama.

Uma experiência privada - Duas mulheres de etnias diferentes se abrigam em meio a uma onda de violência na cidade. Mostra os dois lados de religiões diferentes e vidas diferentes.

Fantasmas - um professor aposentado reencontra um velho colega que acreditava-se estava morto. Ele conta o seu lado da história, e como conseguiu sobreviver à Guerra. Uma história de muitas lembranças do passado.

Na segunda-feira da semana passada - uma mulher começa a trabalhar como babá em uma casa nos EUA e começa a imaginar uma nova vida para si. Tem um final bem melancólico.

Jumping Monkey Hill - Este foi um dos contos que mais gostei. Uma escritora está em uma workshop de escritores, e enquanto ela tenta lidar com os colegas participantes de diversos países africanos, vamos vendo um conto narrado dentro da história.

No seu pescoço - Este é o conto que dá título ao livro. É a história de uma jovem mulher nigeriana que vai tentar a vida nos Estados Unidos, porém, começa a questionar muitas coisas. Uma história contada de forma diferente, gostei muito.

A embaixada americana - em uma época de um governo totalitário, uma mulher tenta buscar asilo nos EUA, e vemos os seus pensamentos enquanto ela enfrenta a fila na Embaixada Americana. Uma história muito triste, que toca o coração.

O tremor - Este também está entre os meus favoritos. Uma mulher nigeriana que mora nos EUA recebe a visita de um homem que também é seu conterrâneo e eles desenvolvem uma amizade muito bonita em que ambos aprendem muito sobre o outro e sobre a vida.

Os casamenteiros - neste conto vemos a realidade de um casamento por conveniência. Ao mesmo tempo, também vemos como muitos imigrantes tentar apagar sua cultura para se misturar e se adaptar à cultura norte-americana. Muito bom.

Amanhã é tarde demais - Esta história é narrada em segunda pessoa e conta uma história que foi uma das que menos simpatizei. Uma mulher relembra a história de sua infância ao lado do irmão e do primo. Bem triste.

A historiadora obstinada - Este é um conto que se passa em uma época bem mais antiga, quando a Nigéria passou pela colonização europeia. Vemos os conflitos entre os clãs e como a religiosidade e costumes dos povos foram alterados. Muito bom também.

“Você não riu. Você não sabia que as pessoas podiam simplesmente escolher não estudar, que as pessoas podiam mandar na vida. Você estava acostumada a aceitar o que a vida dava, a escrever o que a vida ditava.” Pág. 131


site: http://instagram.com/li_numlivro
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Laide.Lizzi 12/01/2021

Contos
Nesse série de contos Chimamanda nos mostra a cultura e muitos outros temas que giram em torno da sociedade nigeriana, tais como: machismo, religião , política a disporá que até hoje seu povo sofre ao sair da Nigéria e, quando alguém volta ocidentalizado é como se tudo e todos fossem pessoas inferiores. Ela nos conta como os nigerianos dão mais valor à cultura estrangeira, do que a de seu próprio país. O que chama atenção em sua escrita é como ela aborda esses temas de forma compreensível e leve. Chimamanda aponta a relevância de valorizar a cultura, como o colonialismo afetou e ainda afeta o pensamento das pessoas. Em sua escrita ela busca denunciar por meio da literatura os temas que aborda e que lhe é tão caro, como a importância do feminismo. Descolonizar o pensamento africano no que se refere aos costumes ocidentais, como se fosse um resgate a cultura africana.
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Sté.Souza 10/01/2021

Escrita perfeita.
A Chimamanda arrasa na escrita. Ela é perfeita.
Cada conto é um mais perfeito que o outro.
Recomendo demais.
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Eveline 07/01/2021

No Seu Pescoço, de Chimamanda Ngozi Adichie
Era comum uma literatura mundial dominada, quase que exclusivamente, pelas produções de homens brancos, elitizados e pertencentes a países ditos soberanos. Sendo assim, os repertórios de leitura e visões de mundo por aqueles que tinham acesso aos livros eram construídos sob uma limitada realidade literária. Como prejuízo, os trabalhos que fugiam ao parâmetro dos brancos eram dados como inexistentes.

Ir de encontro e ganhar espaço em uma literatura colocada como tão restrita foi o que a Nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie fez com os seus escritos. Uma escritora negra, mulher e natural do continente Africano, com títulos carregados de preconceitos, abalou as estruturas pré-estabelecidas e revolucionou com as temáticas abordadas em suas obras, as quais são, dentre tantas outras, sobre o machismo, imigração, violência, racismo, desigualdade de gênero, colonialismo, relações familiares.

No Seu Pescoço, um livro que compila 12 contos, Chimamanda coloca todos os temas acima dentro de múltiplas realidades cotidianas do povo Nigeriano. Esse livro foi publicado pela primeira vez em 2009 e hoje é um grande referencial da literatura africana. Essa obra conta com uma linguagem fluida, a qual colabora para que as histórias sejam devoradas rapidamente. Contudo, isso não acontece porque os enredos são simplórios, pelo contrário, damos de cara com personagens complexos e peculiares.

Os contos deste livro têm em comum o protagonismo por partes de mulheres negras e alguns têm a presença de um narrador em segunda pessoa do singular. A meu ver, tais marcas de escrita são essenciais para dar visibilidade a grupos historicamente preteridos e estabelecer um elo de proximidade entre a história narrada e o leitor. Nesse sentido, narrar usando o pronome ‘você’ é nitidamente uma invocação para o leitor se colocar no lugar do personagem e imaginar se todos os acontecimentos estivessem acometendo a si.

A potência das palavras da Chimamanda me tocou em todas as narrativas traçadas nos contos, mas o penúltimo me rasgou emocionalmente de uma forma bem mais pungente. “Amanhã é tarde demais” traz a vida de ‘Você’ e de seus familiares. A relação, já conflitante, da família se torna insuportável com a morte do ‘queridíssimo’ Nonso, irmão da protagonista. Ao longo da trajetória de ‘Você’, a acompanhamos sendo subestimada e com os seus talentos reduzidos a um futuro casamento, especialmente por parte da sua avó paterna. Em cada mínimo detalhe, desde subir no topo de uma árvore até à porção de uma comida, Nonso é sempre priorizado. Não à toa, é incutida no interior de sua irmã uma aversão em relação a essa preferência fragilmente fundamentada no fato dele ser homem.

A fúria de ‘Você’ também tomou o meu ser e em momento algum consegui julgá-la pelos acontecimentos desencadeados pela sua aversão. O meu incômodo foi despertado mais em relação ao seu pai que se mostrava uma figura paterna ausente e a cultura na qual estavam emergidos, que carregava como consequência o machismo alimentado por essa família. Eu destaco como bem marcante a cobra que surge, carregando o mesmo nome do conto, e supostamente assusta Nonso. Ela apaga não só esse garoto, mas uma possível vida mais cheia de carinho e reconhecimento para ‘Você’. O final se dá de forma surpreendente, o qual arranca lágrimas não apenas da protagonista, como as minhas também.

Ler, não só esse conto como a obra completa, é essencial para que as portas da literatura feminina, negra e africana sejam cada vez mais escancaradas e valorizadas pelo seu potencial. A leitura desse livro, bem como de qualquer obra da Chimamanda, é parada obrigatória para todos(as) que querem expandir os horizontes como leitor e ser humano. Assim, isso contribui para que a literatura mundial não tenha como molde os limites dos privilégios dos grupos dominantes.
Thássya 08/01/2021minha estante
Sua resenha está incrível Eveline, parabéns!


Eveline 08/01/2021minha estante
Obrigada, maravilhosa!


Wendy 08/01/2021minha estante
Parabéns pelo excelente trabalho, Eveline! ??????


Rebeca 08/01/2021minha estante
Parabéns, Eveline! Excelente resenha!!


Eveline 08/01/2021minha estante
Muito obrigada, Rebeca e Wendy. É recíproco!


saramabela 09/02/2021minha estante
Belíssimo!




Camila.Schvanz 06/01/2021

Importante ler autoras negras, africanas e valorizar a literatura que foge da norma : elite branca de escritores. Contos interessantes e que valorizam a identidade cultural.
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Alcione.Ferreira 03/01/2021

A Chimamanda é necessária.
Primeiro livro que li da Chimamanda. Fiquei presa em cada conto, a escrita é muito fluida, as personagens muito interessantes! Cada história nos convida a muitas reflexões, não terminam no ponto final,sobre a racialização do cotidiano.
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Raquel 30/12/2020

Grata surpresa
O poder de Chimanda de nos transportar e nos colocar dentro de cada conto é indescritível.
Vale a pena.
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Raissa 29/12/2020

Chimamanda é uma autora incrível que me deixou paralisada do começo ao fim. ?No seu pescoço? é um livro que todo mundo deveria ter na cabeceira da cama em algum momento da vida. O livro, com 12 contos com finais em aberto, aborda de uma forma muito precisa assuntos e lutas tão presentes é necessárias hoje. Com uma crítica sociopolítica muito forte, os livros de Chimamanda são a referência que todos deveriam, ao menos, ler um capítulo.
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@lendoaos30 28/12/2020

"Você não sabia que as pessoas podiam simplesmente escolher não estudar, que as pessoas podiam mandar na vida. Você estava acostumada a aceitar o que a vida dava, a escrever o que a vida ditava."
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O que falar de Chimamanda? Faltando apenas da leitura de “Americanah” para ter lido todas as suas obras, fica difícil fazer uma resenha para um livro dela e não mencionar as palavras “genial”, “incrível” e “maravilhosa”. Com “No Seu Pescoço” não teria como ser diferente. Composto por 12 contos, o livro traz elementos comuns que formam a essência da escrita e da vida de Chimamanda, autora nigeriana que hoje vive nos Estados Unidos: guerra, imigração, religião, casamento e as imposições dessas realidades às vidas de suas personagens.
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Esses temas são lindamente trabalhados por Chimamanda, que tem um poder com as palavras que impressiona. Através delas conseguimos sentir o que suas personagens sentem, perceber seus medos, suas alegrias, sua força, suas tristezas e dificuldades, além de conhecer, de forma bastante didática e real, a história da Nigéria. Em dois dos contos, inclusive, a autora utiliza a técnica da narrativa em 2ª pessoa, colocando “você” como o personagem principal, fazendo com que “você” viva tudo aquilo, sinta tudo aquilo, seja tudo aquilo.
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As histórias desse livro são cativantes e antes que você perceba tem vontade de ler mais e mais. Cada conto vai trazer uma narrativa diferente, mas de algum modo relacionada às outras, como se os personagens e as histórias fossem parte de uma grande rede em que todos estão interligados, mesmo que não tenham uma relação direta entre si. Aí reside a mágica da escrita de Chimamanda, que definitivamente é uma das melhores escritoras atuais: suas palavras transbordam sentimento, realidade, vida. Se você nunca leu nada da autora, sugiro começar com esse livro, e garanto que não há como não se encantar com Chimamanda Ngozi Adichie.


site: https://www.instagram.com/lendoaos30/
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Paskally | @booksdapaska 21/12/2020

booksdapaska
No seu pescoc?o - Chimamanda Ngozi Adochie

Composto por 12 contos que abordam va?rias questo?es sociais, o que ja? e? certo de encontrar nos livros da autora. Neste, percebi que Chimamanda da e?nfase a questa?o da imigrac?a?o nigeriana para os Estados Unidos em va?rias perspectivas diferentes, como: Uma nigeriana com mestrado que so? consegue emprego como baba?, um nigeriano que casa com uma americana para conseguir o greencard, depois casa com uma nigeriana e exige que ela absorva toda a cultura americana, esquecendo a sua, uma nigeriana que vem para a casa de parentes em busca do sonho americano, pore?m sobre abusos, um marido que mante?m a fami?lia nos EUA e uma amante na Nige?ria, dentre muitas outras situac?o?es.

Esse livro me fez lembrar de outro da mesma autora: O perigo de uma histo?ria u?nica, porque os contos mostram basicamente isso, a visa?o limitada que temos de outros pai?ses e culturas. Os nigerianos viam nos Estados Unidos um oa?sis de oportunidades e os americanos viam a A?frica como um continente onde so? havia fome e pobreza. E nenhuma das duas formas e? uma verdade absoluta, ha? oportunidade e ha? pobreza, mas tambe?m ha? muitas outras coisas nas duas culturas e nenhuma deve ser considerada melhor que a outra, apenas respeitada.
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Gilmar 12/12/2020

Boas reflexões.
Primeiro livro que li da autora, nos primeiros contos, não gostei muito, por mais que continha toda uma reflexão social, mas as histórias considerei arrastadas, contudo mais para o final do livro os contos conseguiram ser mais envolventes e despertar a empatia pelos personagens. Talvez não tenha sido a melhor escolha começar por esse livro da autora, mas Hibisco Roxo já está na tbr, enfim, de qualquer forma uma leitura necessária.
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