As Terras Devastadas

As Terras Devastadas Stephen King
Stephen King
Stephen King




Resenhas - As Terras Devastadas


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Juliani8 19/06/2023

E essa é a verdade...
Acredito que a coisa mais genial que um autor pode fazer é trazer a ideia central do livro para a experiência do leitor enquanto lê. Senti isso em alguns livros do Kafka e comecei a ter essa sensação neste livro do King. Roland quer chegar à Torre Negra, Eddie quer chegar à Torre Negra, Susannah quer chegar à Torre Negra e você também quer chegar à Torre Negra. Você fica viciado nessa ideia e quer saber o que ela é, porquê ela existe. Você quer desvendar esse mundo de Roland, tão estranho e ao mesmo tempo tão conectado com a realidade que conhecemos.
Quando eles avistaram a antiga cidade de Lud à distância, não pude deixar de sentir como se estivesse lendo o mágico de Oz com Dorothy e seus amigos de jornada chegando à Cidade das Esmeraldas. Apesar dos trechos mais monótonos da viagem, o livro tem um curso muito bom que equilibra desastres mais reais (como a contaminação por radiação) e misticismo (os meios de ação do ka e o ka-tet). Simplesmente viciante e muito bom, há muito tempo não me animava tanto com uma leitura.
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Fernanda631 05/07/2023

As Terras Devastadas (A Torre Negra #III)
As Terras Devastadas (A Torre Negra #III) foi escrito por Stephen King.
Roland e seu ka-tet seguem em sua jornada rumo à Torre Negra. Roland precisa lidar com as consequências de suas escolhas em uma busca por Jake e uma cidade chamada Lud onde eles se deparam com um estranho monotrilho.
Após todas as turbulências que passaram juntos, Roland, Eddie e Susannah seguem sua jornada no Mundo Médio. Mas em seus caminhos aparece um urso gigantesco chamado Shardik. Esse monstro está relacionado com os doze portais que possivelmente podem ajudar o ka-tet (um grupo de seres ligados pelo mesmo ka, pelo mesmo destino) chegar até a Torre Negra. Roland acredita estar enlouquecendo, pois sua mente está dividida por uma parte sua acreditar que o garoto Jake Chambers é uma invenção de sua mente, e a outra acredita que ele realmente existiu. Em Nova York, Jake vive o mesmo drama, pois uma parte de si crê que ele está morto, e após a sua morte ele teria sido transportado para o Mundo Médio onde morreu de novo, e a outra parte lida com a realidade de talvez isso nunca ter acontecido. Tudo isso porque Roland criou um paradoxo temporal ao impedir que Jake fosse morto na rua 43, quando Mort empurraria o garoto e este seria atropelado por um Cadillac.
Com isso, King divide a trama em duas partes. Na primeira o leitor acompanha o ka-tet no Mundo Médio e Jake em Nova York tentando encontrar alguma maneira de ambos se unirem. Além disso, o autor vai trabalhar mais sobre a história do mundo de Roland, e quanto mais as perguntas vão sendo respondidas, surgem mais perguntas ainda. Não dá pra contar o que acontece na segunda parte, mas posso adiantar que se você curte a exploração de novas terras e novas civilizações, vai achar muito instigante. Vai ser aqui que aparecem dois personagens relevantes para os próximos livros.
Os personagens principais são praticamente os mesmos dos 2 primeiros livros. Como O Pistoleiro serviu como introdução a história e A Escolha dos Três aquele prólogo introduzindo os personagens, é no terceiro livro que pode-se perceber a evolução deles. Mas vamos falar de um em especial. Eddie Dean, que foi apresentado como um viciado em heroína e se metia em muitos problemas por causa do irmão Henry. Por amar demais o irmão mais velho e viver na sombra dele, Eddie sentia-se retraído e incapaz de tomar grandes decisões. Ir viver em outro mundo onde não existe mais a sua droga, e ninguém pra dizer o que ele devia fazer ou não o ajudou a se tornar uma pessoa mais confiante. E claro, com o auxílio de Roland que neste livro tem um papel fundamental como tutor.
Aqui sim vemos a escrita do King tomando fôlego. Já mais maduro em sua pena, King consegue mostrar o que fez dele um dos maiores autores das últimas décadas. Uma escrita fácil, notadamente dinâmica e uma construção de personagens perfeita. Essas são as marcas registradas do autor. Ele dá personalidade aos personagens, fornece vivacidade mesmo a gestos simples. Vai ser nesse volume aqui que começam os links com outras obras do autor. É de pensar como a mente dele funciona. Como ele é capaz de organizar toda a sua insanidade e dar um sentido às suas criações? A narrativa é em terceira pessoa, com diversas subseções a cada capítulo, marcando os ângulos de "câmera" e os núcleos de personagem. Mesmo os capítulos sendo longos, a gente acaba não percebendo essa característica dada a velocidade como as coisas acontecem e a fluidez como a história é contada.
Como tornar personagens interessantes por vários volumes de uma série? Como fazer deles personagens a serem seguidos por tanto tempo? É aqui que o autor dá mais contorno a seus personagens, criando longos arcos de desenvolvimento. Depois de apresentar Eddie Dean, Susannah e agora o Jake, ele agora pisa no freio para divagar sobre o que move esses personagens. No começo deste terceiro volume, é lógico que ele vai se debruçar mais sobre Jake e sua relação com Roland. A experiência de Jake com O Empurrador é assustadora e marcante. Ao modificar as coisas, Roland cria um cenário com duas possibilidades. Mas, será que ao fazer isso, Roland não acabou causando algum tipo de desequilíbrio universal? O que torna Jake tão importante? Esses questionamentos se mesclam à própria agonia de Roland por ter deixado o personagem para trás lá no primeiro volume. A gente sente que isso abalou profundamente nosso pistoleiro, o que abriu espaço para ele aceitar a formação de um ka-tet. Mas, ele precisa seguir adiante. Nesse ponto, não sei se teria trazido Jake de volta. Isso porque de certa forma, a perda de Jake representou um ponto de virada para Roland fazendo com que ele pusesse suas decisões em perspectiva. Mas, okay, vida que segue.
Já Eddie e Susannah começam a desenvolver uma afinidade, algo que já havíamos percebido lá no primeiro volume. Para Eddie, Susannah é uma espécie de ambrosia, uma fruta dos deuses que lhe dá forças para reprimir os seus instintos auto-destrutivos. Começamos a ver flashes do que Roland viu no espírito de Eddie. E pouco a pouco vamos entendendo por que ele é tão importante para a jornada do pistoleiro. O espírito de redenção do ex-viciado se assemelha ao de Roland. Talvez dos três personagens, Eddie é o que mais consegue se relacionar a Roland. Pelas coisas que perdeu e pelas decisões que tomou. Já Susannah vai construindo um senso de propósito que vai tornando-a uma personagem riquíssima em detalhes. A junção de suas duas personalidades dá a ela uma perspectiva única sobre o mundo. Somos formados por um lado obscuro assim como por um lado bom. Ninguém é inteiramente bom ou ruim... isso seria puro maniqueísmo ingênuo. E é aprofundando o cinza de Susannah, mostrando que ela pode ser traiçoeira e maligna quando necessário, é que temos o melhor desenvolvimento de personagem até aqui. Quero muito ver o que King pretende fazer com ela.
Temos uma bela construção de mundo aqui com o aparecimento das terras devastadas, da cidade de Lud e da revelação das luzes que levam até a torre. King começa a traçar as bases para a construção de um épico que vai balançar as estruturas do universo que ele está criando. É incrível como ele conseguiu criar interesse no leitor nos dois volumes anteriores sem dar grandes detalhes sobre o que ele planejava na história. Apenas estávamos seguindo Roland por onde quer que ele fosse. Aqui não... através de alguns detalhes como a existência dos Anciãos, o passado dos Pistoleiros, as luzes que de alguma forma sustentam aquele mundo, o autor consegue fazer com que o leitor entenda que essa jornada vai levar a lugares obscuros, mas que ela é necessária no fim das coisas. E finalmente o aparecimento de um vilão dá um colorido especial a este terceiro volume. Blaine é assustador.
Podemos separar este terceiro volume em três momentos: a busca por Jake, a chegada a Lud e a interação com Blaine. Eu achei que a parte em Lud demorou mais do que o necessário. Aquele momento com os Pubes e os Grays serviu apenas para separar o grupo e criar momentos de tensão que acabaram não servindo tanto em um sentido maior da trama. Se era para mostrar mais o desespero de Roland em relação a Jake havia outras maneiras. Claro que os momentos finais com Blaine valeram o volume inteiro. O vilão consegue arrepiar... ele consegue fazer a gente se preocupar com o destino dos personagens. A sua mentalidade pervertida só poderia ter saído da mente de um autor como King. Ele tem talento para criar vilões torpes e malignos quando quer. Tem alguns momentos da jornada no monotrilho em que a gente fica agoniado com o desenrolar. Ainda ficou alguma coisa por ver no quarto volume em relação a Blaine, mas já fiquei animado demais.
As Terras Devastadas é um volume que criou aquela noção épica tão necessária à Torre Negra. Se antes sabíamos que a jornada de Roland seria perigosa, aqui ficamos sabendo quais são as apostas. O quanto essa jornada pode destruir tanto Roland como várias outras pessoas que não tem interferência direta no que está acontecendo.
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Rodrigo.Artioli 11/07/2023

Blaine é um saco!
Mais um ótimo volume da torre negra! Firmando o Ka-tet na busca de Roland pela sua importante Torre. Uma releitura prazerosa demais pra mim que ama visitar essa saga.
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Alves 20/12/2023

Aqui sim vemos a escrita do King tomando fôlego. Já mais maduro em sua pena, King consegue mostrar o que fez dele um dos maiores autores das últimas décadas. Uma escrita fácil, notadamente dinâmica e uma construção de personagens perfeita. Essas são as marcas registradas do autor. Ele dá personalidade aos personagens, fornece vivacidade mesmo a gestos simples. Vai ser nesse volume aqui que começam os links com outras obras do autor. É de pensar como a mente dele funciona. Como ele é capaz de organizar toda a sua insanidade e dar um sentido às suas criações? A narrativa é em terceira pessoa, com diversas subseções a cada capítulo, marcando os ângulos de "câmera" e os núcleos de personagem. Mesmo os capítulos sendo longos, a gente acaba não percebendo essa característica dada a velocidade como as coisas acontecem e a fluidez como a história é contada.
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Samantha.Facincani 27/12/2023

A Torre Negra - Volume III
Nesse terceiro volume, temos nosso querido Roland acompanhado de seus ?novos? amigos e futuros pistoleiros, Eddie e Susannah, os quais foram os seus escolhidos em ?A escolha dos três?. Agora eles também estão comprometidos com a busca pela Torre Negra, além de estarem apaixonados. Ademais, ainda precisam encontrar o terceiro integrante, Jake Chambers e trazê-lo para esse mesmo mundo para seguirem sua jornada em busca da tão desejada Torre Negra.

Essa é a premissa de ?Terras devastadas?. Durante essa busca por Jake, os três encontram muitos percalços, os quais os colocam no Caminho do Feixe de Luz. São 6 ao todo, conectando 12 portais (um em cada ponta de cada feixe) que limitam o Mundo Médio. Nesse Caminho, segundo o conhecimento de Roland (além de seu desejo ardente por ela), se encontra a Torre Negra no cruzamento dos feixes... o centro do Mundo Médio e talvez seja o centro de todo o Universo.

Em um desses portais, Jake consegue voltar para o Mundo Médio e novamente quando eles estão reunidos, os quatro continuam sua busca, levando-os a uma cidade que possui um trem que pode conduzi-los à Torre Negra, entretanto para que ele funcione é necessário que sejam decifrados enigmas de Blaine (capa do livro), o único computador remanescente da região.
Com muitos riscos e perigos ao longo dessa jornada, além de algumas reviravoltas, acompanhamos esse grupo, esperando que eles obtenham sucesso em sua jornada. Torcemos por eles e sofremos da mesma forma, já que eles enfrentam crises existenciais, psicológicas e físicas assim como nós? além de situações inimagináveis em nosso próprio mundo... é muito difícil não se solidarizar com o menino Jake ou com a baixa auto estima de Eddie, ou com o sofrimento de Susie durante a entrada de Jake de volta ao Mundo Médio.

Enfim, boa leitura! E tenha paciência? não estamos nem na metade dessa jornada!

??????
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Sérgio 29/12/2023

Muito bom dar seguimento à saga
Todo esse mundo construído por King, todos os mistérios, anacronismos, coincidências, magias, ka, khef e ka-tet são deliciosamente inteligentes e interessantes
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guidscunha 07/03/2024

Criativo, eletrizante e rápido (chu chu)
Como se já bastasse eu ter amado completamente os dois primeiros volumes de ''A Torre Negra''m ''Terras Devastadas'' me deixou devastado mesmo (ba dum tss).

Esse livro é incrível.

A gente conhece mais dos personagens tão queridos e principalmente entendemos um pouquinho mais sobre o que e como é o mundo médio. As aventuras acontecem rapidamente, num ritmo de leitura que eu achei perfeito.

Embora o desfecho fique em aberto, eu adorei a forma como tudo aconteceu e todo o entendimento no final do livro sobre a verdadeira situação das coisas me deixou ainda mais animado!

Começo agora ''Mago e Vidro'' à todo vapor!
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Thi 10/03/2024

As Terras Devastadas é o terceiro da saga "A Torre Negra". Uns dizem que é o melhor, para mim foi bem difícil, mas sempre gosto quando Detta Walker aparece. Susannah é a melhor:)
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Brenovis 21/03/2024

Que livro maravilhoso, e p*u no c* do Blaine
Meu livro preferido da saga até o momento fica entre A Escolha dos Três e As Terras Devastadas. Não achava que nada iria superar A Escolha dos Três, mas esse aqui se não superou, passou muito perto. Que livro! Quanta criatividade, todos os elementos que aparecem do nosso mundo e como aparecem são geniais, os personagens introduzidos são DEMAIS! Esse livro abre e muito o universo de A Torre Negra, com personagens interessantes demais, tão diferentes e únicos. Essa com certeza é a obra-prima do King.
Logo o começo com o urso, até o final com Lud e Blaine e a volta de um personagem super importante, quanto mais avança, melhor fica, e já cria enormes expectativas para o próximo livro.
Cada vez gosto mais desses 5 (contando com o maravilhoso Oi), QUE LIVRO! bora pro próximo
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Rafael2157 22/05/2024

Nem tudo é silêncio nos corredores dos mortos.
?Tudo parte do mesmo todo terrível, em decomposição, uma esfrangalhada teia tendo no centro a Torre Negra como uma incompreensível aranha de pedra.?
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Algodão_Doce 26/05/2024

Dupla realidade.
Quem diria que salvar alguém em uma realidade que não é a sua, poderia afetar tanto a sua realidade, como o que foi ou não real para você, em partes é o que está acontecendo com Roland nesse livro, ter evitado a morte do Jake no livro anterior, fez ele desenvolver uma dupla memória, uma onde ele viajou com um garoto, contou parte de sua história e o deixou morrer, e uma outra onde ele fez todo o caminho sozinho, até encontrar as pessoas da outra realidade através das portas..

E não para por aí, Jake tem a certeza que deveria estar morto, afinal ele morreu no nosso mundo e nasceu no do pistoleiro, e depois morreu novamenete, voltando para sua realidade, pois sua morte foi evitada.. Apesar de saber que morreu já duas vezes, ele busca morrer uma terceira e voltar para o mundo apocalipitico da torre negra, passa seus dias em busca de uma porta que se abra para o outro lado, para que assim possa voltar para o lugar onde ele julga pertencer, ao lado do pistoleiro e de sua busca.

Como se já não fosse o bastante, muita loucura eu diria, ainda encontramos um demônio dimensional, uma rosa mágica, uma casa assombrada, e muitas idas e vindas de nossos personagens. E ao seguir a viagem com encontros e desencontros, nos deparamos com uma sociedade rompida, um mundo quebrado, seres que vivem no subterrâneo e comando a superficie, e a terrível travessia no mundo médio.. onde por fim encontramos um trem genocida de suicida..
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