Ley 09/08/2020Se o primeiro livro não me conquistou, esse aqui me deixou rendidaO primeiro volume da trilogia Tons de Magia teve um final fechado, então me surpreendi com o volume dois, que é bem maior. Acontece que eu acabei lendo Um Encontro de Sombras bem mais rápido. Gostei de como os eventos desenrolaram e ainda ansiei por mais.
Na trama, Kell e Lila estão separados, cada um seguindo suas vidas. Lila está vivendo uma aventura no mar, dentro do navio de Alucard, um novo personagem por aqui, ainda no mundo da Londres Vermelha. Enquanto Kell está preso a vida de Rhy, seu irmão, e aos deveres de ser o último Antari do qual se tem registro.
É complicado acompanhar a vida de Kell neste livro, porque há uma pressão enorme sobre ele devido aos acontecimentos ainda sobre o livro anterior. Existe uma certa desconfiança sobre ele por parte do rei, e da maioria da população.
Na história, um evento envolvendo competições de magia está se aproximando e ocorrerá na Londres Vermelha. Temos aí uma esperança de quem sabe Kell e Lila finalmente se reencontrarem após quatro meses longe um do outro.
A aproximação do evento não é o único grande acontecimento que está por vir. Há uma ameaça que aos poucos vai tomando forma, e que só temos uma noção do que irá acontecer depois de muitas páginas. Este livro serve como um prelúdio para a proximidade dessa nova ameaça.
Se no volume anterior tivemos insinuações sutis de que haveria um romance entre Kell e Lila, em Um Encontro de Sombras os sentimentos de ambos estão mais fortes, porém eles estão longe, e ainda há a questão de que os dois são cabeça dura demais para admitir isso.
Lila ainda continua sendo uma personagem feminina forte e dotada de determinação. Pouco sabemos sobre seu passado e acerca de seus muitos mistérios. Contudo, sua magia é um dos aspectos que conhecemos a evolução neste livro. Acredito que ela ainda terá um arco maior, mas pode ser mais a frente.
Os personagens secundários tomaram destaque, e pude ter um contato maior com eles. Acabei gostando muito de Alucard, um personagem novo, e Rhy, um personagem que aparece mais aqui. O livro tem representatividade LGBTQ+, assim como destaca outros temas igualmente importantes, como empoderamento feminino, etc.
A leitura me deixou empolgada, do tipo que eu não sentia há um tempo. Gosto de livros que tenham universos criados com originalidade, e encontrei isso aqui. Tudo do livro me cativou, até mesmo a tensão entre os personagens e o perigo. Isso me deixou curiosa sobre o que iria acontecer.
Acabei ficando com raiva em alguns momentos, entre outros sentimentos. Esse misto de sensações faz parte de como um livro consegue nos tocar, e acho imensamente importante que algo assim aconteça. Minha vontade era de gritar para todos para lerem esses livros. Eu espero que o próximo livro me deixe tão viciada quanto este.
Percebi que o volume anterior não me deixou assim tão empolgada, mas isso talvez seja porque ele era mais introdutório e frenético. Aqui, o livro é narrado na maioria do tempo na própria Londres Vermelha, da qual já temos familiaridade. E temos a visão de Kell e Lila, que são personagens maravilhosos.
A tortura do livro para mim foi realmente ansiar pelo reencontro de Kell e Lila. Vi muito mais demonstrações de magia neste livro, assim como um pouco mais da Londres Vermelha. Nem todos os personagens que apareceram foram do meu agrado, mas isso faz parte da trama.
Agora me resta esperar para ler o próximo volume. A autora conseguiu me surpreender ainda mais neste livro com sua genialidade incrível ao criar todo um universo cativante, personagens bem desenvolvidos, e atiçar ainda mais minha curiosidade por mais. Schwab já está dentre minhas autoras favoritas.
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