spoiler visualizarAna Cecília 18/05/2022
novo gênero literário: tédio academia
a história secreta tem uma premissa difícil de ignorar: um estudante entra para um seleto grupo de grego na universidade, mas um bacanal e um assassinato mudam tudo. ok, incrível, vai rolar um bacanal! só que tudo que conhecemos é da visão da pessoa que não está envolvida no bacanal, nem no primeiro assassinato, nem nos dá detalhes do segundo assassinato, nem descobre coisas de modo empolgante. richard é o personagem mais chato que já conheci. ele fica na margem, mesmo quando está envolvido nas cenas empolgadas, ele só observa, é raso, aliás, TODO MUNDO AQUI É RASO, a donna tartt só pensa que são profundos, tadinha. não dá pra se apegar em ninguém já que nem chegamos a conhecer alguem. você pode se apegar em camilla, a única mulher do grupo, mas ela é passiva e simplória, sua trama podia ser muito dramática considerando que ela pratica incesto com o irmão gêmeo, tem casos com todos os outros garotos, esteve no bacanal, participou dos dois assassinatos, mas a gente nunca descobre nada sobre ela além de que todo mundo quer pegar ela, que ela fugiu em algum momento, e só.
uma vez descreveram o livro como ruim demais pra ser bom, mas bom demais pra ser ruim, eu não sei se concordo, pra mim ele é só ruim e ponto. uma premissa incrivel dessas, um cenário cinzento, pessimista, e tudo que donna tartt consegue entregar são personagens falsamente profundos, sem motivação suficiente pra NADA, um professor bananão demais pra convencer o leitor de que é O Maior Professor do Mundo, e mil questões que poderiam ser revisitadas com um olhar de um editor, mas que parece não acontecer por confiarem demais na autora. donna tartt prometeu e não me entregou, e não tenho a mínima vontade de ler algo mais dela.