As alegrias da maternidade

As alegrias da maternidade Buchi Emecheta
Buchi Emecheta




Resenhas - As Alegrias da Maternidade


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Fabi 18/03/2021

?A alegria de ser mãe era a alegria de dar tudo aos filhos?
Até que ponto devemos seguir as normas culturais? O título da resenha já indica em que permeia o livro. Mas além disso, ele aborda tb uma cultura em torno da maternidade que, para nossa cultura, é muito diferente. Muitos trechos me emocionaram... e me revoltaram. Mas posturas culturais são assim. E só nos resta respeitar, não é? Sobre o desenrolar e o desfecho da história, de forma alguma culpo alguém. A culpa, para mim, é o choque entre as culturas e tb dos avanços tecnológicos e mundiais.
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Jan... 10/10/2020

As alegrias da maternidade, da autora nigeriana Buchi Emecheta, é daqueles livros da famosa série #livrosdavida#.

Buchi conta a história de Nnu Ego, a filha de um chefe tribal que chega na cidade grande, a Lagos dos anos 30, para se casar e realizar o sonho de ser mãe.

O título do livro e dos capítulos têm um tom bem irônico, pois a trajetória da protagonista não tem nada de "alegrias". Vivendo em condições precárias, ela luta para sustentar e educar os filhos, numa sociedade fortemente patriarcal, com regras rígidas em relação ao papel da mulher, que é sempre o de "servir e se submeter".

Apesar do livro retratar uma cultura e uma época diferentes da nossa, vários valores a respeito da posição das mulheres na sociedade ainda persistem fortemente nos dias de hoje. Uma mulher independente e forte é considerada "inadequada". Uma mulher sem filhos e sem marido é uma "fracassada". As cobranças da maternidade, da aparência e da juventude.
Além disso, o romance tem como pano de fundo a opressão da colonização britânica e suas consequências : miséria, racismo, destruição da cultura.
É um livro que nos faz conhecer uma cultura diferente, mas ao mesmo tempo não tem como não se identificar com as personagens femininas e repensar muitos conceitos.

"Só que quanto mais eu penso no assunto, mais me dou conta de que nós, mulheres, fixamos modelos impossíveis para nós mesmas. Que tornamos a vida intolerável umas para as outras. Não consigo corresponder a nossos modelos, esposa mais velha. Por isso preciso criar os meus próprios. "
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Laura.Bianchini 09/11/2020

As dores da maternidade
''Sempre que o assunto é fazer sacrifícios, todo mundo me lembra que sou a esposa mais velha, mas quando há alguma coisa a ganhar, me dizem para ficar quieta porque desejar uma coisa boa não combina com a minha situação.''

Foi um livro extremamente doloroso de ler.. Eu ficava toda hora pensando que eu não deveria julgar a história baseado na minha própria cultura, mas independente disso, é muito difícil ver a forma como essas mulheres são culpabilizadas por todos os males.
Apesar de todas as diferenças culturais, é um livro muito fluido e que provoca muitos sentimentos ao mesmo tempo, completamente apaixonante!
Luciana.Araujo 09/01/2021minha estante
Sabe, eu entendo ver pelo ângulo das nossas diferenças, mas talvez tenhamos muito.mais em comum com elas do que imaginamos...


Laura.Bianchini 12/01/2021minha estante
Com certeza!!!! Mesmo com toda a distância geográfica e temporal, existem muitas similaridades com o que passamos todos os dias.




Bia 16/11/2020

Conta a história de Nnu Ego, em 1934, Nigéria, ainda colônia britânica. Pesado, sofrido. O quao dificil a maternidade pode ser... dolorido demais ver a forma como as mulheres negras são culpabilizadas por todos os males.
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Roberta.Rozin 09/05/2021

Ficam os questionamentos
Li uma história de uma guerreira, que acreditou na maternidade acima de tudo.
Termino essa leitura com grandes questionamentos e um profundo sentimento de amor por essa personagem.
Uma leitura fluida, comovente, triste em muitos capítulos e que fez desabrochar a compaixão por todas nós mulheres em meu coração.
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Ellen Macedo 04/02/2022

As alegrias de ser mãe e mulher na Nigéria
Um livro necessário. A autora, por meio do romance, expõe o peso do papel social inferior imposto pela sociedade nigeriana às mulheres e as feridas abertas pelo colonialismo no país.
O romance poderia perfeitamente se passar no Brasil, daí vejo a facilidade de me conectar com o texto de Buchi Emecheta. Uma leitura profunda mas fácil e fluida, como é característica de grandes autoras. Amei!
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Thaís Furlan 17/07/2021

As agonias da maternidade
A história de Nnu Ego retrata o exato significado do ditado "Ser mãe é padecer no paraíso", abordando a cultura de que uma mulher só está completa quando atinge a maternidade e, de forma crua, mas sensível, expondo a luta de uma mãe pela vida, o sustento e a educação de seus filhos dentro de um casamento arranjado.
Com muita profundidade, constrói personagens consistentes, sendo possível acompanhar seu amadurecimento, nos sensibilizando e aproximando de cada um deles.
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Lia 05/06/2021

Uma mulher que viveu a tradição familiar onde uma mulher só tem valor se tiver filhos homens, onde a vantagem de ter filhas mulheres é o dote recebido pela família do noivo, onde a mulher é propriedade do seu marido. Uma mulher que viveu para não decepcionar seu pai, sua familia de origem e família do seu marido.
Uma cultura machista, injusta que ao se confrontar com uma outra se torna alvo de chacota e zombaria.

Termino a leitura com um sentimento de indignação e me perguntando onde se encontram As Alegrias da Maternidade.
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Sara Petrova 10/08/2020

Recomendo
Foi um livro que me proporcionou conhecimento cultural de um outro povo,
me fez sentir empatia,
me fez refletir sobre a minha vida e a cultura do meu povo,
e estou mais grata agora pela minha vida, por tudo que tenho e o que eu sou.
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Natália Tomazeli 30/06/2021

Nnu Ego e as muitas mães do mundo
"Deus, quando você irá criar uma mulher que se sinta satisfeita com sua própria pessoa? Um ser humano pleno, e não o apêndice de alguém?"

Sempre quando eu via esse livro sendo recomendado pelas pessoas (em sua maioria mulheres) achava que seria uma perda de tempo ler, afinal eu não tenho nenhuma afinidade com o tema "maternidade" e sempre achei que não tiraria nenhum proveito da leitura por causa disso.

Porém recentemente me surgiu a oportunidade de ouvir o áudio livro dele. Comecei ouvindo ele no app da storytelbrasil e quando meu limite de horas grátis para ouvir acabou, fui para a plataforma do spotify, que disponibiliza o livro também! E foi assim que tive meu primeiro contato com Buchi Emecheta e com "As Alegrias da Maternidade".

De cara, pude notar que minha ideia para esse livro estava completamente equivocada! É um livro muito rico em reflexões, mesmo para aquelas que não são mães. Na verdade, eu de meu local de "filha" consegui refletir muito sobre não só a Nnu Ego, mas sobre minha própria mãe também. Apesar delas viverem em culturas tão distintas, o peso da maternidade se mostra um elo em comum entre elas e penso que talvez com todas as mães do mundo. Na verdade, no início do livro, a protagonista ainda se encontra exatamente nesse lugar, de filha. E é muito intrigante acompanhar ela saindo dele para outros mil lugares, de esposa, mãe, avó...

A escrita da autora é fácil e encantadora. Apesar de tantos acontecimentos muito tristes que ocorrem no destino dos personagens, me vi presa a história do início ao fim. Queria entender a Nnu Ego e o resultado do que ela vai se tornando de acordo com a sociedade da qual ela está inserida. O quanto ela é a vítima mas também o quanto ela faz a manutenção disso, sem na maioria das vezes se dar conta. Ela erra e acerta e eu como leitora, pude acolher e compreender todas as nuances dela através do que a Buchi transcreve em sua obra.

Foi uma experiência de leitura muito enriquecedora, mais do que eu esperava e com certeza pretendo seguir lendo as obras da autora!
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Pâmela Cristina 16/01/2022

Com um titulo, que depois da leitura me parece sarcástico, As alegria da maternidade é um livro dolorido e que nos acerta com força. A autora traz a historia de Nnu Ego e sua luta por proporcionar o melhor a seus filhos.
Para mim que sou mãe, me fez em diversos momentos mergulhar na dor da protagonista, trazendo reflexões pós leitura. Simplesmente fantástico!
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Rose 17/09/2020

As Alegrias da Maternidade - Buchi Emecheta - A África do início do século passado seria diferente dos dias atuais?
"Quando as crianças se comportavam pertenciam ao pai; quando não eram da mãe."

Não julgue um livro pela capa ou mesmo pelo título. Essa foi a primeira lição que o livro As Alegrias da Maternidade de Buchi Emecheta me ensinou. O livro foi uma sugestão do clube de leitura Lendo o Mundo do qual faço parte. Leitura do mês de Agosto. Quando o livro ganhou na votação fiquei verdadeiramente decepcionada. Seu título não me interessava de nenhuma forma. Não sendo mãe e por não possuir esse sonho de maternidade que a maioria das mulheres possuem, imaginei que seria uma leitura monótono e pedante. Mais uma vez e para minha alegria, fui novamente surpreendida positivamente. Que livro precioso e totalmente necessário!

"As mulheres podem ser feias ou velhas, os homens nunca são."

"Pois afinal de contas era homem e, se uma mulher gostasse dele, ótimo, se não gostasse, sempre haveria outra para gostar."

A narrativa nos leva para as primeiras décadas do século passado e relata os costumes de uma sociedade patriarcal, tradicional e rural localizada em Ibuza na Nigéria. Uma das tradições dessa sociedade é a poligamia. Um homem poderia ter várias esposas, escravas e amantes. Conhecemos um pouco mais sobre os ascendentes da personagem principal, Nnu Ego. Seu avô materno e seus pais. E depois a narrativa foca em Nnu Ego e seus inúmeros desafios.

Nnu Ego, como mulher naquela sociedade, não possuía muitas opções. Seu único destino e maior sonho era ser mãe. Era o que sua família, sociedade e ela mesmo esperava e cobrava dela. Conhecemos uma sociedade em que a família escolhe os pretendentes no casamento, que a mulher deve e precisa gerar filhos, que deve e precisa gerar filhos HOMENS para garantir a linhagem e o nome do marido, que a mulher é totalmente responsável pela criação dos filhos, pelos cuidados da casa e pela honra da família.

"Você já ouviu falar em mulher completa sem um marido?"

"Todos os homens são egoístas. Homem é assim".

Uma mulher que não atendia a essas premissas, que não cumpria seu dever, era julgada, condenada e perseguida. A honra e respeito da família também eram afetados. O que gerava ainda mais pressão nas mulheres para que fossem muito férteis, boas mães e boas esposas.

"Deus quando você irá criar uma mulher que se sinta satisfeita com sua própria pessoa, um ser humano pleno, não o apêndice de alguém?"

"Os homens nos fazem acreditar que precisamos desejar filhos ou morrer."

Nnu Ego tem uma vida muito sofrida. Durante a narrativa, quando você pensa que não é possível piorar, piora. Problemas com marido, casa, filhos e financeiros. Senti muita dor e muita piedade por ela enquanto lia. Reconheci-me em Nnu Ego muitas vezes. Reconheci outras mulheres do meu meio social em diversos momentos. Reconheci como é difícil e desafiador ser mulher, em seu tempo e sociedade, mas ainda o é nos dias de hoje. Somos ainda cobradas rotineiramente para casarmos, sermos mães, sermos boas profissionais, mas ainda assim sermos esposas e mães perfeitas. Qualquer ato é julgado, mesmo quando somos vítimas de abusos e violência por familiares ou estranhos, geralmente a sociedade questiona nossos atos que possibilitaram que coisas assim acontecessem. Somos, mesmo trabalhando a mesma quantidade diária dos homens, totalmente responsáveis e escravizadas com os cuidados do lar. Somos cobradas diariamente para sermos lindas e impecáveis, mesmo após a maternidade, mesmo na velhice. Envelhecer não nos é permitido. Fios brancos nos homens são belos, na mulher é necessário tingi-los. Quando traídas a culpa também é nossa, pois não nos cuidamos o suficiente. Precisamos trabalhar, manter uma casa impecável e educar filhos que sejam exemplo. Somos culpadas quando não conseguimos gerar um filho ou quando escolhemos não os ter.

"Não era justo, ela achava, o modo como os espertos dos homens usavam o sentido de responsabilidade de uma mulher para escravizá-la na prática. Eles sabiam que nunca passaria pela cabeça de uma esposa tradicional como ela a ideia de abandonar os filhos."

Então, mesmo se tratando de uma narrativa fictícia de mais de um século atrás, ainda reconhecemos atitudes e cobranças de uma sociedade patriarcal e ainda muito cruel com nós mulheres. Reconheço que muito já foi conquistado, mas é inegável que ainda temos muito a conquistar. Que possamos ser mais livres e donas de nossas vidas, que possamos ser menos competitivas umas com as outras. Que possamos nos apoiar e nos unir cada vez mais. Que possamos reconhecer e lutar contra opressões de qualquer espécie. Que possamos andar e viajar sozinha sem sentirmos medo. Que possamos ser inteiras e não apêndices de ninguém. Que possamos criar e escolher nosso próprio destino e formas de viver. Que tenhamos cada vez mais espaço no mundo e na sociedade, para que possamos criar um mundo mais coerente com nossa essência. Que tenhamos mais voz e lugar de fala. Que nos ouçam e nos respeitem como iguais.

"Só que quanto mais eu penso no assunto, mais me dou conta de que nós mulheres fixamos modelos impossíveis para nós mesmas. Que tornamos a vida intolerável umas para as outras. Não consigo compreender os nossos modelos, esposa mais velha. Por isso preciso criar os meus próprios."
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Analu 05/05/2020

AS ALEGRIAS DA MATERNIDADE, de Buchi Emecheta (5/5) me deixou impactada até agora. Que leitura absurda me proporcionou Buchi Emecheta! A Nigéria foi trazida para os meus pensamentos graças à grandiosa Chimamanda, e agora pude conhecer a obra de maior repercussão de mais uma autora nigeriana.

Conhecemos a trajetória de Nnu Ego desde sua pré-concepção até seu fim. O relacionamento de seus pais é abordado, para logo em seguida desfrutarmos da companhia trágica da personagem durante sua vida, voltada para a maternidade. A cultura dos igbos, a presença britânica em solo nigeriano, os impactos e percepções da guerra dentro de um território colonial, e as mudanças que ocorrem tanto em Nnu Ego como ao seu redor é algo que enriquece tão grandemente um ser humano. Finalizo essa leitura, feita em audiobook pela assinatura do @scribd, com um sentimento que não sei definir. É uma história triste, com momentos bons e alguns sufocantes, trágicos, que doem a alma.

Quanto mais penso em Nigéria, mais eu quero conhecer seus autores e o que eles nos têm a contar. Com certeza, sua obra autobiográfica "Cidadã de segunda classe" já está dentre minhas próximas leituras.

site: https://www.instagram.com/analulendo/
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Jaqueline.Fernandes 01/08/2020

A história nos possibilita conhecer um pouco sobre vários aspectos da cultura nigeriana e impactos da colonização britânica. A personagem principal, está o tempo todo fazendo reflexões a respeito do seu modo de viver, de pensar e agir ao mesmo tempo em que desenvolve uma tarefa árdua: criar os filhos em um ambiente de incertezas e instabilidades.
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Raryka.Ribeiro 13/02/2021

Ser mãe é desejo de toda mulher?
Um livro que fala bastante sobre essa romantização que fazem da maternidade. Mostra que não é esse arco-íris todo que pintam.
Pra quem é mãe, sabe o quão difícil é, o quanto sofremos e como somos muitíssimo julgadas. Principalmente por aqueles que não tem ideia do que é a maternidade.
Será que ser mãe é realmente um desejo genuíno de todas? Ou é uma ideia que foi impregnada em nossas cabeças?
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