Crônica do Pássaro de Corda

Crônica do Pássaro de Corda Haruki Murakami




Resenhas -


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Ronaldo.Barbosa 12/01/2019

Mais um ótimo livro de Murakami
Trata-se de uma tradução tardia, já que o livro é de 94/95 e somente traduzido em 2017. São quase 800 páginas, mas a história é tão envolvente e criativa que a leitura flui com facilidade. Quando se vê, o livro já terminou e fica o desejo (pelo menos para mim ficou) de que a história continuasse por mais e mais páginas, não pela sensação de incompletude, e sim, pelo prazer que a leitura proporcionou.
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Kezices 06/05/2023

"Crônica do Pássaro de Corda" foi a primeira obra que li do escritor Haruki Murakami. Antes só tinha assistido ao filme "Drive My Car" (baseado em outra história dele, um conto).

O domínio de Murakami com o desenvolvimento narrativo e com o crescimento gradativo da trama é notável.

Na história, aos poucos as linhas entre o conceito convencional de realidade e fantasia se misturam. Elementos que à primeira vista podem parecer prosaicos ou detalhes ajudam a compor simbologias importantes no livro.

O autor é muito hábil em criar imagens vivídas para o leitor. E a construção de personagens, incluindo as secundárias, e o retrato da sociedade, são muito bem executados.

Há também referências históricas sobre o Japão  (como, por exemplo, a invasão da Manchúria, crimes de guerra, Segunda Guerra Mundial, etc) e o impacto e traumas atravessando gerações.

A (re)construção da identidade é outro elemento presente na obra.

Ao iniciar a leitura, eu não esperava os rumos que a história tomou - o que foi excelente. Gostei do livro!
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douglaseralldo 04/02/2018

RIC. RIC. 10 CONSIDERAÇÕES SOBRE CRÔNICA DO PÁSSARO DE CORDA, DE HARUKI MURAKAMI
*Resenha completa no Listas Literárias

1 - Intensamente simbólico e repleto de metáforas e filosofia, Crônica do Pássaro de Corda se constrói sob as névoas do estranho e do insólito numa narrativa que se agarra aos leitores como algum material simbiótico, e nos leva diretamente a uma dimensão entre o real e o irreal, um espaço-ambiente capaz de habitar todas as nossas dúvidas;

2 - Todorov estudou e delimitou o gênero fantástico ao tempo da incerteza. Mais do que incertezas, este romance de Murakami é o campo do incerto, e quem sabe das ilusões, que gradualmente vão esgarçando as linhas fronteiriças das certezas de seu narrador-protagonista Toru Okada, que mergulhado numa longa jornada habitada por personagens estranhíssimos e acontecimentos inesperados e surreais cria a sensação de uma existência não-real em que começa a ter dificuldade de discernir o que pertence ao real ou ao onirismos do "irreal". Tais incertezas, aliás, em muitos casos perdurarão compartilhadas pelo leitor, que em muitos momentos se verá dividido entre o acontecimento insólito e a manifestação sobrenatural do inexplicado explicável por tudo aquilo que não podemos compreender, de modo que tudo isso mexe com o próprio leitor;

3 - Mas de maior importância que a realidade ou não das experiências de Okada, é o próprio caminho por qual ele percorre do início ao final de sua crônica. Narrado em grande parte pela voz em primeira pessoa de Okada, mas ampliado com outras vozes que se somarão às crônicas, de um princípio bastante comum, apenas permeado com o fastio de uma vida comum e trivial, o estranho como se fosse fios de névoa que lentamente vão dançando por sobre a história, de repente, quando o protagonista e também nós, leitores, nos vemos envoltos por sombras pantanosas de acontecimentos surreais que escondem por trás de suas camadas muitas mensagens....
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isis 23/06/2022

bon iver- wash
wash- bon iver
''Climb
Is all we know
When thaw
Is not below us
No, can't grow up
In that iron ground
Claire, all too sore for sound''
isis do futuro, você ainda lembra do que esse livro fala? por que eu acho difícil vc lembrar dos inúmeros capítulos dentro do poço e jamais esquecer os relatos de guerra, sinto que eu mesma poderia contar eles como se fossem meus, com tantos detalhes é possível ter certeza que tudo aconteceu ontem a tarde. Eu já esqueci boa parte para falar a verdade, esperava mais desse livro, vc sabe. Foi difícil passar cada página com esse personagem tão vazio quanto seu poço. Sei lá pode ser bobagem mais ele é tão sem graça e eu amo personagem sem graça. Toru nem tentou se defender para mim e me fazer gostar dele, que era só uma pequena impressão, 82917137 paginas se passarem e eu ainda nao sabia quem aquele cara ele, poderia ser tanta gente que acabou não sendo ninguém. E sim das 5 mulheres presentes no livro 4 ele teve algo sexual relacionado, o que é uma surpresa boa até você sabe. Assim como a música escolhida essa livro me dá uma profunda melancolia.
Como pode um livro de 790 páginas não me gerar mais nenhum comentário, não consigo pensar mais em nada que não seja uma parte que o personagem principal é citado, sem ele esse seria um livro que pudesse ser por mim, lembrado.
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Lucia 14/11/2019

Dotado de muitas reflexões
Esse livro é fascinante e foge do óbvio. Começa com a descrição detalhada de uma rotina pessoal e conjugal monótona, cuja reviravolta é repleta de mistérios. Como o protagonista diz em determinado momento: "Eramos jovens e não precisávamos de profecias. O próprio ato de viver já era uma espécie de profecia.". Porém, a profecia sempre esteve presente, e o livro vem para desenvolvê-la, de forma que o personagem entra de corpo e alma à algo maior, cujo sentido não se sabe e cuja razão encontra-se obscura até que seja feito o necessário. Acompanhamos a agonia e os raciocínios do protagonista, tentamos ajudá-lo (sem sucesso), excitamos nossa imaginação no momento em que ele nem sabe se viveu os acontecimentos na realidade física ou em algum lugar profundo de sua consciência. É junto dele que percebemos que as coisas começam a fazer sentido, e que o caminho a ser seguido é aberto perante nossos olhos, sem que se faça uma apresentação prévia de sua chegada. O livro acabou e me deixou anestesiada, não foi um final jogado, pra dar fim a história. Foi um fim sutil e ao mesmo tempo carregado de conteúdos. Entrou pra lista de livros interessantes.
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Kari 16/03/2020

766 páginas de literatura surrealista
Terminei ontem o 14º livro que li do Haruki Murakami e posso garantir que traz todas as características presentes nas outras obras do autor: amores por orelhas alheias, referências a músicas (embora poucas), gatos que possuem protagonismo na trama e menções a cidades conhecidas do Japão.
Trata-se da estória de Toru Okada, jovem desempregado que leva uma vida sem maiores ambições ao lado da esposa que, sem motivos, desaparece de casa. A partir daí, Toru conhece uma jovem esquisita que desenvolve um trabalho mais esquisito ainda (classifica as pessoas de acordo com a quantidade de cabelo), duas irmãs com nomes de ilhas que aparecem e somem quando querem, se envolve com seu cunhado corrupto, além de um ex tenente que lutou na guerra da Machúria.
Todos parecem não ter relação nenhuma, mas Murakami, com maestria, consegue criar um envolvimento entre todos os personagens, utilizando Toru Okada como foco central, bem como fazê-los retornar à estória quando o leitor pensa já tê-los esquecido.
Não indicaria para quem quer ler o seu primeiro Murakami (para isso tem Norwegian Wood e O incolor Tsukuru Tazaki e seus anos de peregrinação), porém se gostas de literatura surrealista e desse japa, taí uma ótima leitura para este ano.

Nota 0-5:4


site: @leyendo_a_los_que_leen
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Lêlivro@sêlivre 09/07/2020

É uma leitura envolvente e fascinante. Com Murakami compreendi que é preciso, por vezes, olhar para o buraco dentro de nós mesmos e deixar-se ser engolido pela escuridão, mesmo que nem todos têm o privilégio de enxergar no escuro.
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Radamila 19/10/2020

Primeiro livro que li desse autor. Alguns pontos ficam meio que em aberto, sem explicação, mas no todo é uma ótima leitura.
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jesusa02 14/12/2020

Brisa
Aquele tipo de livro que te leva a acreditar que está chegando perto da resolução, mas na verdade fica aberto a interpretação, uma explosão de dúvidas, teorias e reflexões que não te levam a conclusão específica.
É uma brisa muito doida, num momento o que era palpável em questão de poucos segundos se torna fantástico.
Tive dificuldades com a leitura, o que não aconteceu com o 1Q84, outra obra do autor.
Enfim, o livro é uma brisa que te remete a pensar sobre qual é o seu papel na sociedade, suas ações e questionar se o livre arbitrio, destino, sonhos realmente existem.
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Paul Law 16/12/2020

Um mundo oculto
Haruki Murakami é um escritor japonês que mora dos Estados Unidos. Fortemente influenciado pela cultura ocidental, tem um modo todo peculiar para escrever. Neste romance intitulado como Crônica do Pássaro de Corda ele deixa aflorar toda a sua capacidade imaginativa, criando um mundo (ou mundos) fantástico e intrigante.

A história começa com o desaparecimento do gato Noburu Wataya de Okada e Kumiko, um típico jovem casal japonês. Okada acabou de deixar o emprego de auxiliar num escritório de advocacia e ainda não encontrou uma nova profissão, ficando a sua cargo os afazeres domésticos. Kumiko é quem trabalha fora, numa revista. É dela a ideia de pedir ao marido que encontre o gato sumido, utilizando os serviços de uma detetive espiritual chamada Malta Kano. Como avançar da história, descobre-se que o sumiço do gato tem a ver com um problema mais complexo; que envolve outras pessoas e mundos. A esposa de Okada confessa traí-lo e deixa a residência, desaparecendo completamente. A vida de ambos corre perigo se Okada tentar reencontrar a esposa. É exatamente isso que o Pássaro de Cordas fará.

O livro de quase oitocentas páginas é um emaranhado de histórias sóbrias e pontuadas no tempo misturadas ao fantástico, sobrenatural. Não é clara a relação dos fatos, deixando ao leitor a tarefa de fazer relações. O conceito de "mundo dos espíritos" é fortemente explorado na obra. Um local sem tempo ou espaço acessível apenas pelos desenvolvidos espiritualmente. Coisas acontecidas neste além influenciam o mundo como conhecemos. O autor é criativo ao "dar vida" às personagens. Cada uma tem suas características peculiares; Creta Kano, por exemplo, é uma prostituta espiritual. Pessoas comuns e fantásticas perpassam pelos dias de Okada e o ajudam a descobrir o que verdadeiramente ocorreu com sua esposa e como ele poderá salvá-la.

Bem, o próprio personagem principal tem seus problemas. Ele não tem renda, não tem perspectiva de vida e encontra-se no fundo do poço. Passa um tempo de verdade no fundo de um poço e é isto que o faz "ser iluminado" pela verdade. Ou parte dela; uma chama que o faz buscar tudo. É que Okada tem certa sensibilidade... No final, ficamos com a impressão de ter lido uma história longa, bem contada e não tão bem amarrada. O ponto positivo é que o desfecho não é o esperado, fugindo do clichê das histórias do gênero; aqueles em que o cavaleiro salva a donzela.

Em suma, uma história não linear, fragmentada e longa, cujo final é original. Espaço, tempo e realidade são aspectos constantes em Crônicas do Pássaro de Corda, numa abrangência original e cativante. Fica a dica e a breve resenha, dado o tamanho da obra.

site: http://paullawblog.blogspot.com/2019/06/cronica-do-passaro-de-corda-haruki.html
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Ricardo 26/12/2021

Não será exatamente uma resenha
Porque eu ainda não sei se eu gostei desse livro e não sei exatamente se se o verbo "gostar" é o correto aqui.
Não sei como falar para quem nunca teve alguma experiência com esse tipo de literatura no qual eu ainda só encontro em "livros asiáticos", japoneses, e ainda assim tenho muito pouca experiência nessa literatura para oferecer uma noção do que desejo falar.
O livro tem um clima relativamente parado, até um certo momento parece que está perdido em uma história estranha ou simplória, mas a quem considerar que eu começou é chato (não foi meu caso), convido a manter a leitura até próximo das primeiras 200 páginas esse ainda é considerar que não vale a pena, então pare.
Lia algumas páginas por dia, gostava e continuava minha rotina, mas em um certo momento eu queria não parar de ler, por isso acho que ele pode ser uma opção interessante a quem prefere "literatura contemporânea" também.
Para quem gosta de sair de sua "zona de conforto", a sugestão do livro pode ser bastante proveitosa.
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Gisele 16/12/2021

Não sei como comentar sobre esse livro. Parece que nada faz sentido, mas tudo faz sentido de um jeito tão especial... Excelente leitura.
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K.Lima 14/04/2021

Esoterismo usado com bom gosto
"Quando abro um microondas fico tão espantado por ainda encontrar lá dentro a comida que acabei de colocar quanto ficaria caso essa comida tivesse se transformado em outra coisa". Parafraseei do livro porque não achei a frase. Acho que essa frase descreve perfeitamente o sentimento que percorre quem lê uma ficção com elementos esotéricos como essa.
Se usado com mal gosto, o esoterismo destrói a narrativa, já que o sentido das coisas passa a ser constantemente questionado; nesse caso, a narrativa perde seu encontro com a realidade, quem lê o livro passa a sentir-se como alguém que lê a descrição de um sonho. Quando usado com bom gosto cria-se uma experiência única, uma mistura de viver e sonhar. Difícil explicar mas Crônica do Pássaro de Corda é um exemplo perfeito disso.
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Thaís 04/06/2021

Até onde somos estrangeiros de nós mesmos?
O livro de fato é uma viagem, mas uma viagem gostosa e de uma escrita fluída entre o real e o surreal, que até então parece não ter sentido algum as simbologias presentes, mas ao logo dos capítulos, começam a fazer sentido, ou talvez damos o sentindo.

O gato, um dos símbolos, na minha opinião é o seu eu, e o ato de perder o gato, seria perde-se de si mesmo, gerando como consequências a sua separação e tantas outras transformações, levando-o ao fim do poço, que nesse caso não seria bem uma simbologia kkkkkk mas que o fez questionar-se, dialoga com a morte e o desespero (May) e só assim pudera sair dali e depois encontrar o gato.

Outra coisa muito legal que me chamou atenção, ainda na pegada real e surreal, é como ele mistura o mundo dos sonhos com fatos históricos, como exemplo a bomba e a segunda guerra, denunciando e anunciando os traumas causados.

Ainda não sei bem o porque do nome, o pássaro nunca foi visto por toru, nem por kumiko apenas ouvido, como uma espécie de presságio, que indica uma falsa ideia de comandar-se, de ter liberdade de si sobre si.
Em resumo, o livro pra mim fala sobre até onde somos estrangeiros de nós mesmos? Até onde conhecemos o outro de fato?
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Dave 13/03/2020

Novos personagens, novos contos
Uma viagem misteriosa de 600 e poucas páginas.
Murakami, como sempre, construiu um personagem
do qual você fica tão íntimo, que quase vivemos sua jornada em primeira pessoa.
Uma história que começa simples, acaba nos jogando num furacão de sonhos e diferentes realidades, e nos apresenta personagens secundários tão ricos, que cada história soa como um conto independente.

Lindo.

Maaaaas... Não recomendo para quem quer começar Murakami. Tente outros antes.
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