Annie 21/09/2021minha estanteOlá Jorge, eu acabei de terminar a leitura e acabei por cair aqui na sua resenha. Terminei de ler os três, e sinceramente, não vi esse problema com as questões religiosas como você.
Vamos falar um pouco de história, no mundo de Lyra, é como se fosse a Londres de 1700 e 1800, onde as pessoas viviam de forma precária e os estudiosos eram sim perseguidos pela igreja católica, visto que a visão do mundo em que Lyra está emergida, é um mundo científico e intelectual, da para entender porque todos a volta dela são sim contra os pensamentos e ações da igreja, já que são pessoas perseguidas.
Vemos ainda um tanto de modernidade nesse mundo de Lyra, onde algumas, não todas, mas algumas mulheres podem ser inteligentes sem serem discriminadas, mas não muda o fato de que o mundo de Lyra é um mundo como a França da Revolução Francesa. Onde a igreja determinada tudo e comandava a todos.
Podemos ver a clara diferente entre ela e a Mary, não sei se você se recorda, mas a Mary deixa claro que ela ainda acredita em algo, ela sente fanta desse algo, ela só está confusa se está lá ou não, pois perdeu seu propósito, ela se viu em um ambiente em que era imposto nela vontades e depois viveu em um mundo em que ela escolhia as coisas, e em ambos se via solitária. Ela passou a ver o bem e o mal de forma diferente, e se você souber um pouco sobre os ensinamentos de Jesus, ela fala algo muito similar ao que Jesus disse. Ninguém é 100% bom ou 100% mal, nós agimos bem e mal as vezes, mas isso não significa que devemos ser condenados, pois o que vale é o que está em nosso coração. Eu acho que, mais no terceiro livro, trás essa reflexão, você não precisa se obrigar a frequentar um templo religioso para ser bom, basta agir de forma boa.
Enfim, só queria acrescentar nessa sua crítica a este ponto do livro, pois acho o debate interessante, eu só não vi isso que você disse, sabe.