Assassinos da Lua das Flores

Assassinos da Lua das Flores David Grann




Resenhas - Assassinos Da Lua Das Flores


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Bruno236 25/01/2024

O semblante hediondo da conspiração (Resenha escrita por Iago Silva na Amazon)

Assassinos da Lua das Flores é um livro de fácil leitura, fluido, e fruto de longa pesquisa. Eu nunca havia ouvido falar do caso escabroso dos Osages, e a cada capítulo ficava mais chocado com a brutalidade - por parte de seus algozes - e o descaso - por parte das autoridades americanas - a que foram submetidos.

O livro é sabiamente divido em partes que funcionam como a toca do coelho, na qual você entra mais fundo e sempre descobre algo novo. De início somos apresentados ao povo Osage; depois, entendemos que algo errado está ocorrendo; a seguir essa coisa começa a crescer e crescer de tal modo que o governo federal precisa intervir; e por fim vemos a ?resposta? (ou seriam ?respostas??) para a coisa toda.

Algumas observações sem spoilers: todos os crimes cometidos contra os Osages só foram possíveis por 1) um país que primeiro tentou exterminar os índios e depois os colocou sob um sistema de curatela abusivo; e 2) o racismo enraizado até o último fio de cabelo na sociedade americana. O caso revela como um povo inteiro fica doente - e me refiro aos brancos, ditos ?civilizados? - quando não reconhece a humanidade e a dignidade em outros seres humanos.

O livro está bem revisado, com boa tradução, e vasta bibliografia.
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Andrezinho2 25/01/2024

é aterrorizante como a história está repleta de assassinato e genocídio contra os indígenas. há 5 séculos, dia após dia, o continente americano não prestou contas aos nativos, pelo contrário, só perpetuou e encontrou novas formas de desrespeitar, roubar e assassinar.
assassinos da lua das flores é apenas um exemplo entre vários. e como o autor nos mostra, entre vários, Hale foi um que conspirou contra os indígenas osages. foi descoberto, foi preso, mas que justiça foi feita? é de se pensar também que tipo de justiça é essa que foi criada em que punir vem primeiro de ressarcir, de confessar "olha, esse sistema que tanto amamos e defendemos enxerga vocês como um obstáculo contra o que chamamos de progresso".
e todos esses assassinatos e roubos só foram possíveis graças a decisão do estado em infantilizar os osages e não deixar que eles gastassem o dinheiro da forma que queriam. essa continuação de crimes só foi possível graças ao estado, que foi comprado por Hale e outros.

é possível a justiça quando o mesmo estado que mata um povo ser responsável por julgar os assassinos?
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Raylinne 25/01/2024

Ótimo!
O texto é muito rico de se ler, fácil interpretação e de escrita fluida. As últimas partes são as mais surpreendentes pois o mistério do início é facilmente interpretado ( para quem não conhece a história, claro). Eu gostei bastante. Quero ler mais livros deste autor.
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Juju 18/01/2024

O legado do terror dos osage
Em meados dos anos 1920 nos Estados Unidos, a nação indígena osage estava entre os povos mais ricos do mundo. Detentores de uma grande fortuna advinda da exploração de petróleo em suas terras férteis - no estado de Oklahoma -, os índios levavam uma vida confortável a abastada. No entanto, o rastro do dinheiro atraía a sua cota de predadores perigosos. Naquela época, o preconceito enraizado aliado à ganância fazia com que o homem branco utilizasse de suas artimanhas para tentar controlar, dissuadir e roubar os bens daqueles que consideravam "intelectualmente inferiores". Assim, teve início o período que ficou conhecido na cultura osage como o "Reinado do Terror". Em todos os cantos, osages decendentes e principalmente os de sangue puro eram convenientemente assassinados e o objetivo principal de seus algozes era certamente colocar as mãos sujas no dinheiro e nas terras que não lhes pertenciam. Deste modo, figuras importantes e de autoridade faziam vista grossa e escolhiam ignorar, até compactuar com os atos nefastos perpetrados em suas terras. O grande contigente de mortes aterrorizou os osage que exauriram seus recursos para encontrar e punir os responsáveis. Foi somente quando o recém-criado FBI de J. Edgar Hoover - ainda em seus primeiros e vacilantes passos - se envolveu nessa terrível história que algumas respostas puderam ser obtidas. A verdade que se revelaria afinal, era muito mais complexa e assustadora, uma série de conspirações de gelar a espinha.

David Grann escreve para a popular revista New Yorker e já abordou temas variados como a gangue Irmandade Ariana, a caçada a uma lula gigantesca e a morte de um renomado especialista em Sherlock Holmes. Em 2017, Grann publicou Assassinos da Lua das Flores que foi alçado ao renome após ter sido adaptado para as telas por ninguém menos do que Martin Scorsese. É quase certo de que o filme com duração de 3 horas e 28 minutos, vá concorrer ao Oscar. O elenco é recheado de talentos como Leonardo Di Caprio, Robert De Niro, Brendan Fraser, Jesse Plemons e a atriz revelação, - que provavelmente vai levar o Oscar por Melhor Atriz - Lily Gladstone. Em minha honesta opinião, foi um dos melhores títulos lançados para o cinema em 2023.

Tendo assistido primeiro ao filme, naturalmente eu posso afirmar que fiquei muito curiosa para ler a obra que o baseou. E fico feliz em declarar que ela consegue ser ainda melhor, mais completa e incrivelmente tocante. É fascinante a quantidade de informações que o autor consegue nos transmitir através de uma narrativa ao melhor estilo de um romance policial: fluída, objetiva e precisa. A pesquisa deve ter lhe consumido alguns bons anos, pois é realmente apurada e factual, true crime em sua melhor essência. Mais do que apenas atestar os fatos e contar sobre a tragédia que se abateu sobre os osage, David Grann também dedica algumas boas páginas para falar-nos sobre a cultura, os costumes e o legado desse povo que um dia já foi tão grande. De quebra, o leitor ainda tem a oportunidade de vislumbrar como se deu a ascensão do FBI através de uma figura importantíssima que foi a responsável por solucionar o primeiro caso da agência: os assassinatos osage. Inicialmente um apêndice do Departamento de Justiça que englobava agentes da nova e velha guarda (a exemplo dos Texas Rangers), o FBI utilizava-se de inovadoras tecnologias para a época e métodos científicos mais apurados, o que lhes permitiu avançar e criar um sistema de investigação mais completo, preciso e eficiente que continuou evoluindo até se tornar a referência mundial que é hoje.

Ao concluirmos essa leitura, fica bastante evidente que esta é uma triste história real sobre a ganância humana, especialmente a ganância do homem branco que desde os primórdios da civilização sempre se julgou superior em todos os quesitos, subjugando, devastando e aniquilando todo e qualquer indivíduo que se interpusesse em seu caminho. O que aconteceu com os osage foi de uma crueldade, uma covardia sem limites. E mesmo que aos olhos da lei americana esse crime tenha sido solucionado e os responsáveis castigados, para muitas famílias os mistérios e o legado de tristeza, horror e sangue permanecem até os dias atuais, uma vez que este não era apenas um caso isolado e centenas de indígenas foram vitimados ao longo dos anos por múltiplos perpetradores que nunca chegaram a ser descobertos. David Grann é nobre e empático ao dar voz, atribuir nomes, rostos e se propor a contar ao mundo os fatos que por anos permaneceram às sombras, esquecidos, apagados e que para sempre serão uma mancha feia e nefasta na história dos Estados Unidos.
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Janise Martins 16/01/2024

Assassinos da Lua das Flores

É pesquisa, história, investigação… junto com a leitura vem um misto de emoção e sentimentos. É interessante a formação do FBI, mas é desesperador a quantidade de assassinatos e corrupção. O que a ganância faz com o ser humano sem caráter, é inominável.

Quando Tom White assumiu as investigações dos assassinatos de índios da tribo Osage, ele e sua equipe disfarçada e infiltrada, começaram praticamente do zero, e o trabalho foi difícil em todas as etapas, porque muitos eram comprados para que a verdade não viesse à tona.

A quantidade de morte é tão assustadora quanto a quantidade de gente corrupta. A injustiça praticada é vergonhosa e dolorosa. É uma história cruel com uma pesquisa é excelente.

E foi isso.

Bjoo.



site: https://janiselendo.blogspot.com/2024/01/assassinos-da-lua-das-flores.html
Andrezinho2 19/01/2024minha estante
comecei a ler ontem e não consigo parar, mt bem escrito. e o filme também é extremamente desconfortável, cada morte q vai aparecendo a gnt sabe q vai ter mais e mais


Janise Martins 20/01/2024minha estante
O pior de tudo é saber que é baseado em fatos. Mexe muito por dentro com a gente.




Vini 13/01/2024

Se você gosta de conhecer sobre a história ou crime real, o livro vale a pena.
David Grann entrega um relato meticulosamente pesquisado de uma terrível conspiração generalizada contra a nação indígena Osage em Oklahoma. O autor centra a história do livro em uma família Osage, que teve seus membros familiares mortos covardemente de causas que vão desde as estranhas e ambíguas até às obviamente violentas.

Os Osage apareceram muito nos noticiários na época. Na década de 1870, eles foram expulsos de terras ancestrais para uma reserva em Oklahoma considerada imprópria para cultivo ou qualquer outra coisa. Décadas mais tarde, os Osage descobriram que a reserva ficava no topo de alguns dos maiores depósitos de petróleo dos EUA, um acaso que, na década de 1920, teria rendido mais dinheiro do petróleo do que o valor combinado de todas as corridas do ouro do Velho Oeste. Os Osage estampavam os noticiários como sendo as pessoas mais ricas dos EUA.

A ganância bateu na porta do primeiro povo norte americano. É aqui que a terrível história do pecado original dos EUA, a opressão sistemática e o assassinato do seu primeiro povo, se torna sombria. Pois se os brancos esperassem herdar os direitos de terra, eles teriam que se casar com alguém da tribo e depois desejar que seu cônjuge rico morresse. Ou fazer com que morram, muitas vezes depois de terem vivido durante anos com o marido ou a esposa Osage. Os Osage começaram a morrer envenenados, assassinados cruelmente, mortos misteriosamente e suas casas foram explodidas do nada. Os noticiários da época começaram a pingar sangue, o extermínio ao primeiro povo norte americano estava descontrolado.

Quando um petroleiro branco, Barney McBride, foi recrutado por Osage para pedir às autoridades federais que investigassem essas mortes, ele também foi morto: esfaqueado e espancado, depois despido. Em 1925, nenhum dos assassinatos havia sido resolvido e o número de mortos estava subindo o suficiente para que o resto da América começasse a prestar atenção. Jornais nacionais relataram o que foi chamado de “Reinado do Terror”, a “Maldição Negra” dos Osage.

“Assassinos da Lua das Flores” traz um recorte da história estadunidense muito importante, mas extremamente forte. Ao ler o livro, eu fiquei chocado com a falta de limite que a ganância e o quanto a nação Osage foi usurpada com tudo isso. O livro entrega uma leitura quase que o thriller policial, em vários momentos eu esqueci que o livro era sobre uma história real. Toda a trama da investigação se mistura com a história da família Osage de Mollie Burkhart. A leitura do livro foi magnética, eu não conseguia parar de ler.

O livro soa como o enredo de um romance policial, graças ao brilhantismo de David Grann. O autor soube entregar um mistério real cheio de camadas. Como repórter, ele é obstinado e exigente, com uma capacidade singular de descobrir e incorporar diários, depoimentos e livros obscuros, sem nunca deixar a trama afundar. Como escritor, ele é generoso de espírito, disposto a dar até mesmo aos personagens mais obscuros o benefício da dúvida.

David Grann ilumina um capítulo esquecido da história americana, e com a ajuda de membros contemporâneos da tribo Osage, traz na páginas de seu livro uma conspiração doentia que vai muito mais fundo do que aqueles quatro anos de horror.

“Assassinos da Lua das Flores” é uma assustadora história real de ganância e racismo no desenvolvimento do oeste americano. Aqui tem uma daquelas verdades difíceis de ler e aceitar. É difícil explicar a profundidade dessa leitura, senti muita raiva e incrível injustiça. Se você gosta de conhecer sobre a história ou crime real, o livro vale a pena.

site: https://www.estantedovini.com.br/post/assassinos-da-lua-das-flores-resenha
Eduardo1685 13/01/2024minha estante
Resenha incrível! Quero muito ler esse livro.
Você viu o filme e tem uma opinião sobre a adaptação?


Vini 13/01/2024minha estante
Obrigado! Leia o livro, pois ele é muito interessante. O filme é muito bom também, assista. Obviamente, o livro é mais completo e preciso do que o filme, mas os dois merecem o tempo investido.




Carlos.Pery 09/01/2024

Leitura necessária
Histórias como essa precisam ser conhecidas por todos, mas especialmente pelos jovens, para que não permitam que ela se repita em outros contextos.

Impressiona o massacre ocorrido com o povo Osage sob a vista do próprio governo e como, por pouco, essa parte da história americana não foi enterrada nos poços de petróleo da região.

Temos algumas histórias parecidas em nosso país que precisam ser contadas com urgência, com o mesmo nível de cuidado e respeito que foi dispensado por David Grann em relação aos Osages.

Para aqueles que viram o filme de Scorsese, a parte 3 do livro ("Crônica Terceira: O Repórter") ajuda a compreender a amplitude do massacre.
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Jessica1248 06/01/2024

Um livro que todos deveriam ler!
Um livro fascinante que explora os primeiros anos do FBI e narra a história da tribo Osage, marcada pela maldição relacionada ao petróleo.
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Moya2 02/01/2024

Uma triste realidade escondida nas trevas do passado
David Grann faz mais um excelente trabalho investigativo, mas desta vez, sem precedentes.
Ele escava documentos e reconta a história quase apagada da tribo dos Osages, desde quando foram empurrados em direção às poeirentas terras improdutivas de Oklahoma.
Terra desprezada pelos brancos e que por ironia do destino levou os índios a uma vida de riqueza inimaginável.
Deste ponto em diante, os brancos tentam de todas as formas tomar as rédeas da situação e assumir o controle de tudo.
Numa história repleta de injustiças e subjugações do povo indígena, o ser humano branco e ?desenvolvido? novamente mostra suas caras, como em episódios anteriores de aniquilação e selvageria desenfreada em busca de poder e dinheiro.
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jael 30/12/2023

Excelente livro
Na questão histórica, o livro é muito fascinante para mostrar a história desse povo e como ela quase foi apagada da memória coletiva. O livro é um resgate e traz de volta à discussão todas as atrocidades cometidas contra os povos norte-americanos. Em especial, neste caso, os osages.

Assassinos da lua das flores é indicado para quem gosta de história e das obras de True Crime, que estão em alta hoje em dia. Uma grande parte do livro é ir descobrindo aos poucos, junto com as investigações, toda essa grande conspiração.

A leitura é muito fluida, com várias curiosidades, e o livro é bem curto. Apesar de serem 392 páginas, boa parte são fontes, e mostra como o livro é muito bem embasado.

Para uma resenha completa, confira minha resenha no site Amor Por livros.
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Erica 28/12/2023

Espetacular
Muito bem escrito! Pesquisa brilhante!
E que história cruel! É doloroso ler sobre o que aconteceu com os osages e como foram tratados com insignificância.
A impunidade e o descaso, tantos crimes orquestrados e, ainda assim, saber que foram considerados apenas uns poucos...
Triste como essa história foi esquecida, mas não é difícil entender como, ainda hoje, acontece o mesmo...
Vale muito a leitura!!
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Raquel 27/12/2023

Assassinos da lua das flores
Esse livro é perfeito pra quem não está acostumado a ler não ficção.

Eu amo true crime, mas na literatura eu sempre passei longe, porque não tenho costume de ler não ficção, é um tipo de leitura que não rende pra mim.

Mas tudo mudou com esse livro, estava ansiosa para ver o filme, e alguns dias antes vi um vídeo da Paloma Lima, onde ela dizia que não seria uma boa experiência assistir o filme e depois ler o livro, então arrisquei começar a ler, e eu adorei!

É bem profundo em relação a investigação, quem gosta desse tema vai amar esse livro, ele é cheio de fotos e referências que ajudam a entender a cultura dos osages, e toda a ambientação da época.

Espero gostar do filme, mesmo sabendo que ele não é 100% fiel ao livro.
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Vitor 23/12/2023

Jornalismo e Literatura
Antes da estreia do filme, busquei ler o livro e me familiarizar com a história. Como jornalista, fico muito impressionado com o trabalho de apuração e troca de informações do autor, além é claro da prosa que ele costura com os dados e ainda assim consegue dar vitalidade e emoção ao núcleo de toda essa tragédia.
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