Assassinos da Lua das Flores

Assassinos da Lua das Flores David Grann




Resenhas - Assassinos Da Lua Das Flores


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luke - among the living. 04/08/2023

Posso dizer com segurança que ´´Assassinos da Lua das Flores´´ foi uma das melhores coisas que li em 2023.

Li na intenção de estar preparado para o longa do Martin Scorcese que será lançado ainda esse ano, e acabei recebendo uma história mais louca, brutal e intensa que muitos filmes.

História essa totalmente embasada e repleta de fontes (até me assustei com a quantidade). História essa que merece visibilidade, para que não caia no esquecimento.

Pela memória dos osages que perderam suas vidas devido a ganância do homem branco.

Ah, e eles falam do FBI também.
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Guilherme Vechiato 25/07/2023

Ouro negro e vermelho de sangue
Me interessei pela leitura do livro após saber que Martin Scorsese iria fazer uma adaptação da história e Leonardo DiCaprio estaria nela, mas confesso que me surpreendi muito com o que acabei lendo.
Antes da falar da história preciso elogiar a escrita do autor, que fez uma pesquisa enorme e você percebe isso, pois existem diversas notas no livro, onde ele explica sempre da onde ele tirou determinada informação, é incrível. Realmente o trabalho histórico é exemplar.
A minha experiência foi muito boa, mesmo sendo uma história muito triste. O livro te deixa preso com essa teia de conspiração e assassinatos contra o povo Osage.
É incrível o descaso que existia com os Osages, desde a retirada deles de suas terras, as mudanças constantes, até que no local que foi escolhido para eles terem paz, o que realmente encontraram além de petróleo, foi a morte.
O livro se inicia com uma morte e é através dela que algo maior vai se desenrolando e coisas inacreditáveis acontecem, sem ninguém se importar.
Sei que estamos cercados de histórias no passado e no presente onde uma minoria é massacrada por pessoas com poder, mas quando você lê e entra de cabeça em uma situação específica, que é algo que o livro faz, parece que você sente o descaso e a tristeza desse povo.
As marcas desses acontecimentos não ficaram lá no passado, existem até hoje nas gerações dos osages, e esse é um ponto muito interessante que o autor faz.
Temos também a história inicial do FBI, esse foi um dos primeiros casos que a organização "solucionou", é uma parte história interessante, pois entendemos as dificuldades de resolver esses crimes em uma época onde a tecnologia era quase inexistente.
É uma história que não pode ser esquecida e esse livro existirá para que as pessoas lembrem o que as pessoas são capazes de fazer por dinheiro e poder.
Estou muito interessado na adaptação que chega em Outubro, tenho certeza que será um grande filme.
Nota ????
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Rolando.S.Medeiros 19/07/2023

Killers of the Flower Moon: Doloroso Massacre nas Colinas Osages — 4.0/5.0

A adaptação deste livro tem potencial para se tornar um dos melhores filmes da década. The Killers of the Flower Moon, com direção e roteiro do Scorcese, estreará em outubro. O episódio da história americana (re)contado pelo David Grann no livro já é surpreendente por si só, e o famoso diretor terá pouco a acrescentar em termos de pesquisa e reviravoltas narrativas. Preparem-se também para um gigantesco "BASEADO EM FATOS REAIS", que deveria ecoar a cada "não pode ser" proferido pelo leitor/espectador, pois sim, aquilo aconteceu; mais um hediondo crime cometido pelos Estados Unidos contra nativos da América.

David Grann fez um trabalho muito interessante em retratar essa história em uma sequência narrativa, sempre embasado em algum documento, perscrutando por todo tipo de arquivo — fiz questão de colocar o método de trabalho dele no fim da resenha, e você poderá checar.

Scorsese precisará apenas fazer sua mágica; a adaptação pede uma “romantização das minúcias”, aplicada no que é uma seca prosa de não-ficção baseada em arquivos. Será "o diabo nos detalhes": capturar a essência da tribo Osage e sua religião, o movimento da cidade, as minúcias das pessoas em seus espaços privados, e as pistas em cada olhar ou descula. Pelo trailer, me parece que ele ainda tentará passar um tom de suspeita geral, da perspectiva dos Osages para com todos os brancos, suscitada em algum momento do livro mas não explorada. A pesquisa já está feita, a narrativa está ali à disposição do diretor, falta apenas a criação do espetáculo, da atuação e da representação visual — o seu olhar para aqueles fatos.

Ponho minha mão no fogo que a história contada pelo David Grann, originalmente em três partes, com suas luzes e sombras (a parte subsequente jogando alguma luz na anterior), será unida pelo Scorsese em uma linha única. No livro, o que fica suspenso na primeira parte e a gente descobre só na segunda, provavelmente no filme será apresentado em sequência contínua, eliminando completamente, talvez, a terceira parte, na qual o autor aparece com sua voz própria de pesquisador e escritor. O que é, no entanto, revelado na terceira, a grande conspiração, talvez seja unido às outras duas. As três horas de duração me são uma forte pista para tal assunção.

Indo para um outro aspecto, esse é um daqueles casos em que conhecer as minúcias da história de antemão pode prejudicar a apreciação artística dessa tragédia real, desenrolada como uma narrativa. Se eu soubesse mais sobre esse episódio sujo da história dos Estados Unidos, provavelmente teria gostado menos do livro, é bem verdade, mesmo com a crueza com que o hábil jornalista conta a história. Portanto, se você está curioso para ler o livro primeiro, eu aconselho que faça o inverso. Aguarde o filme. Inclusive, o filme tem muito potencial para superar o livro — justamente pela aproximação e romantização. Deixe o livro para depois.

A história trata d’os Osages, uma importante tribo indígena da América do Norte, que a partir do início do Século XIX foram gradualmente forçados a ir cedendo terreno e abrir mão de sua terra para os Estados Unidos, "O chefe osage declarou que seu povo “não teve escolha: deviam assinar o tratado ou ser declarados inimigos dos Estados Unidos", como resultado, perderam mais de cinquenta mil quilômetros de terra. Foram, ainda, movidos para o Kansas; passando algum tempo, são mais uma vez de lá retirados e agora movidos para as “Terras Indígenas”, atual Oklahoma, onde se estebelecem "de vez", em quatro cidades-postos: Pawhuska, Hominy, Fairfax, e Gray Horse.

No início do século XX, já nessas terras quaisquer, uma reserva considerada sem valor, uma perfuração da terra, para a surpresa de todos, cospe uma cascata de ouro — ouro negro. Descobriu-se petróleo na nova reserva Osage. Inteligentemente, alguns anos antes, um dos líderes Osages, havia feito um acordo de que tudo encontrado na nova terra, seria pertencente a Nação Osage, e assim toda a tribo passou a cobrar e receber pelos poços perfurados e pelos barris que enchiam na foz do petróleo que não parava de jorrar. Essa terra, propriedade da tribo, fez, a partir do lucro que indústria petrolífera lhes proporcionava, todos os Osages ricos. Ricaços. E a história se espalhou por todo o país por meio de diversos jornais, num misto de preconceitos e exageros típicos dos jornais.

Entretanto, numa ironia do destino, retomando o bonito prólogo e implicando no título da obra:"Em maio, quando os coiotes uivam sob uma lua enorme, plantas maiores, como o coração-roxo e a margarida-amarela, começam a despontar entre as menores, roubando-lhes luz e água. Os talos das flores se quebram, as pétalas saem flutuando pelos ares e em pouco tempo jazem sepultadas sob a terra. É por isso que os osages dizem que maio é o mês da lua que mata as flores".

É nesse simbólico mês de maio, que dois Osages — contemplados na lista de beneficiários do lucro do Petróleo — são encontrados mortos, num curto espaço de tempo. Mortes violentíssimas. E daí, meu amigo, é ladeira abaixo. É se vertiginar e boquiabrir-se todo o tempo. É bang-bang de faroeste, mortes violentas e mortes por envenenamento; detetives privados e federais, prefeitos, xerifes, corruptos e não-corruptos; tramoias gigantescas, traição em todos os aspectos, maldade generalizada, e uma conspiração muito maior do que aquela que foram desvelando inicialmente…

"Este livro se baseia principalmente em fontes primárias e materiais inéditos. Entre eles encontram-se milhares de páginas de arquivo do FBI, depoimentos secretos a grandes júris, transcrições de audiências judiciais, declarações de informantes, diários de detetives particulares, documentos de indulto e liberdade condicional, correspondência privada, um manuscrito inédito de que um dos detetives é coautor, entradas de diários, registros do Conselho Tribal Osage, relatos orais, relatórios de campo do Escritório de Assuntos Indígenas, atas do Congresso, memorandos e telegramas do Departamento de Justiça, fotos de cenas de crimes, testamentos, relatórios de curadores e confissões dos assassinos. "


site: https://linktr.ee/rolandosmedeiros
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Marina516 10/07/2023

Meu namorado, muito fã do Scorcese, comprou o livro para conhecer a história do filme que vai ser lançado em Outubro.

Essa é minha primeira leitura de jornalismo investigativo e eu gostei demais desse livro.

É muito triste ler os acontecimentos e lembrar que é uma história real sobre o massacre dos índios Osages. David Grann faz um ótimo trabalho em manter o mistério até o final.

Recomendo muito a leitura e não vejo a hora de assistir ao filme.
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Nelson.Junior 03/07/2023

A incrível, triste e sombria origem do FBI
A origem do FBI, contada no livro, vem de uma onda de assassinatos de índios Osages na década de 1920. Devido a concessão de terras indígenas onde haviam reservas de petróleos, os Osages recebiam sua parte da concessão, com isso o governo dos EUA decidiu que os Osages não eram responsáveis suficientes para fazer o que bem entendesse com seu dinheiro. Com isso, criou-se uma forma de curadoria para que, um curador, "cuidasse" das reservas de um Osage e com isso designar quanto um Osage deveria receber de seu montante total do banco. Então, assim surgiu um extermínio Osage afim de que apenas os curadores e outros interessados pudessem ficar com todo o dinheiro da comunidade Osage.
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Luciana 01/07/2023

Um trabalho jornalístico bem feito dentro do que foi possível devido a situação de envolveu muitas pessoas, interesses e poucos documentos.

A história em si é revoltante, nojenta e cruel.
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Del 14/06/2023

Chocante e assustador
Um excelente trabalho de pesquisa pra recontar o horror dessa trágica página da história dos Estados Unidos. Os povos originários sempre sendo disamados pela ganância do homem branco que sente-se de forma superior aos sujeitos não-brancos. Triste ver a quantidade de pessoas jovens que tiveram suas vidas ceifadas devida a ganância. Interessante destacar o quão o governo foi negligente. O sistema de curatela era algo extramemente imoral e absurdo.

?A história é um juiz impiedoso. Põe a nu nossos erros trágicos e nossos tropeços ridículos, expõe os segredos mais íntimos, manipula o poder da experiência como um detetive arrogante que parece saber o fim de um mistério desde o começo.?
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Fátima Lopes 11/06/2023

Homens brancos mancomunados contra indígenas, contando com a conivência de políticos e autoridades para roubar e matar... Parece o Brasil , mas aconteceu nos Estados Unidos, país que gosta de se colocar como guardião da liberdade e da justiça.
O autor faz um estudo minucioso e interessante do que ocorreu com os ricos membros da tribo Osage e chega à amarga conclusão de que uma grande parte dos crimes continua impune .

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andrezitojones 10/06/2023

?A voz do sangue do teu irmão clama a mim desde a terra?.


Sem dúvidas uma das histórias mais tristes que já li. E o pior de tudo é que, ainda hoje, o povo indígena não tem uma minuto de paz, em lugar nenhum do mundo. Aqui no Brasil principalmente. Maldito seja o dia em que o homem branco resolveu sair de casa pra atormentar o resto do planeta.
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Adriana Scarpin 21/05/2023

Livro muito bom, muito bom mesmo, o Grann faz um trabalho de pesquisa excelente e é incrível como ele consegue trazer essa história, até então praticamente esquecida, para o século XXI.
Claro que a minha razão de ler foi o filme novo do Scorsese, mas pelo que já li sobre o filme meu medo é dar de cara com um Ernest Burkhart demasiado romantizado já que ele é interpretado pelo Di Caprio, essa pessoa não merece isso. Mas vou esperar pelo filme pra falar qualquer coisa.
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Edu 14/05/2023

Jornalismo em ótima forma.
Uma investigação/reconstituição jornalística sobre os assassinatos dos índios Osages que eram donos de reservas de petróleo em 1920 nos EUA.

Na mesma pegada dos podcasts True Crime, vamos descobrindo, estupefatos, as artimanhas dos brancos para tomar as terras e os dinheiros dos índios.

A reconstituição dos eventos é minuciosa com datas, fotos e documentos, sem deixar a leitura maçante. Há tensão, suspresas(talvez) e desfecho indginante.

Vale a leitura, principalmente se você curte o estilo do livro.
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spoiler visualizar
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Marcone989 27/04/2023

Uma trama de conspiração envolvente.
Nos anos 20 o FBI inicia suas investigações sobre a morte de membros da tribo Osage o que se desenvolve a partir daí é um espiral conspiratória, com reviravoltas impressionantes, o preconceito, a ganância, a falta de empatia, acompanhar cada passo das investigações é instigante. O modo como o autor nos conduz diante dos fatos faz com que a leitura seja prazerosa a ponto de não querermos mais parar. Ele se aprofunda não somente no caso em si, como também na cultura Osage, e no que está em seu entorno. A terra forneceu subsistência, abundância, mas a ganância consome mais que o necessário, destrói o que está em seu caminho. As flores ao luar estão manchadas de sangue inocente.
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Juluzsg 26/04/2023

Não se deve esquecer que a história não foi construída com flores
Não tem como ler essa história sem se sentir mal, sem uma indignação constante, um aperto no peito. É difícil ler toda a história de como as tribos nativas foram tratadas. Aqui foi somente a história de uma nação, mas quantas não tiveram o mesmo destino brutal em diversas partes do mundo.
Além da história de uma comunidade dizimada pela ganância dos descendentes dos europeus na América, é também sobre famílias que se viram durante gerações sofrendo com a falta de justiça, com o medo de um passado que ainda se faz tão presente.
Esse livro e o livro "O sol é para todos" da Harper Lee, mostram uma face tenebrosa da história dos EUA, que a justiça nunca foi a mesma para indígenas e negros. Será que hoje superamos essa história?
Me faz questionar sobre as diversas tribos indígenas brasileiras que vem sendo dizimadas e tem sua cultura tratada como se fossem uma forma de humanos menos desenvolvidos. Quando vamos aceitar que não existe um modo de vida único? Quando respeitemos os territórios que originalmente são indígenas?
No Brasil não estamos longe de realidades como essa. Basta observar os discursos sobre a mineração nas terras indígenas, o que acontece com os Yanomami. Espero que cada pessoa que tenha realizado essa leitura comece a se questionar sobre esses temas que ainda são tão atuais e pensem nos interesses dos povos originários ao se defenderem políticos e políticas públicas.
Por fim, espero que o filme do Scorsese traga ainda mais visibilidade para esse tema. Iniciei a leitura por interesse no filme. Achei o título e a temática muito interessante e fiquei surpreendida com o que encontrei, e por isso recomendo muito essa leitura.
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Ale 02/04/2023

"Esta terra está empapada de sangue " Reinado do terror
Investigação jornalística de qualidade!
A triste e real história da Tribo Osage que se tornou um dos povos mais ricos do mundo no início do séc. XX, após a descoberta de petróleo em suas terras.
Com o decorrer da história vamos vendo no que a ganância é capaz de transformar o ser humano.

Inúmeros assassinatos misteriosos, corrupção, conspirações, discriminação, medo, silêncio, e a impunidade dos crimes.
Leitura necessária!!!

"É difícil falar do que aconteceu durante o Reinado do Terror. Muitos osages perderam a mãe, o pai, uma irmã, um irmão, um primo. Essa dor nunca desaparece ".

"Os que sobreviveram a um índio assassinado não têm direito a que se faça justiça por crimes passados, nem mesmo a saber quem matou seus filhos, suas mães e seus pais, irmãos e irmãs, seus avós. Só podem fazer suposições... exatamente como eu fiz".

"Um corpo de jurados formados por doze brancos seria capaz de punir outro branco por matar um índio?"

"Nos primeiros diários missionários, os osages eram muitas vezes referidos como "o povo mais feliz do mundo" [... ]. Eles tinham uma sensação de liberdade porque nada lhes pertencia e eles não pertenciam a nada. Mas a Nação Osage estava no meio do caminho dos propósitos econômicos dos europeus [...] e a vida tal como era outrora a conheceram nunca mais seria a mesma."

"Acreditar que os osages passaram incólumes por sua provação é uma ilusão. O que foi possível salvar foi salvo, e nossos corações se alegram com isso. O que acabou é valorizado porque é o que fomos um dia. Reunimos o passado e o presente nas profundezas de nosso ser e enfrentamos o amanhã. Ainda somos Osages. Vivemos e envelhecemos por nossos ancestrais".
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