Ju 31/12/2021
Li os dois livros numa semana só e me identifiquei muito com a Fabi do 1º livro. Tudo bem que a escrita dela evoluiu MUITO no segundo livro e ainda tem um estilo muito "casual" ou "falado", mas eu vi na história dela, correndo atrás de um amor por anos (a mesmo tempo, 4) e de repente perceber que só você dava valor aquilo. Tudo bem que ela alcançou degraus que eu só sonhava galgar, mas eu me na inocência dela, no acreditar que o outro pode mudar pelo que a gente quer. E, não, as pessoas só mudam pelo que ELAS querem. Pode até ser por quem se ama, mas o querer é de quem decide mudar, não de quem quer que o outro mude. Diferente da Gabi, minha história -acredito eu- acabou antes que pudesse ser realmente algo, mesmo com tantos anos de dedicação.
Mas, ainda assim, acho que o livro da Fabi é importante pra mostrar o quanto é sujeito nos anularmos pelo outro, aceitar migalhas só pra não ficar sem nada. E ninguém merece isso.
E a Fabi nos deixa bem claro isso em seu segundo livro, quando ela mostra que a liberdade que ganhou, ainda que lá no fundo presa ao sentimento, a ensinou a voar. A ensinou quem ela pode ser e o quanto o mundo tem a oferecer a ela, ainda que ela não escolhesse ficar ou assim fosse sua escolha. A Fabi me ensinou, como a Jufa, que tem muito a gente conhecer nesse mundo, basta querer. E aí, sim, nos conhecendo, principalmente, sabendo que o que o mundo tem a oferecer só vale a pena se entendermos o que NÓS temos a oferecer a NÓS mesmas, nós podemos escolher compartilhar quem somos com o outro. Não adiante querer conhecer o outro e fechar os olhos pra saber quem somos, o que valemos a pena e que, sim, a nossa felicidade cabe a NÓS e a mais ninguém. Quem vier, que venha pra somar, transbordar. Porque a completude vive dentro de nós, quando nos permitimos conhecê-la.