@najara_lena 15/11/2018Resenha da saga todaHoje não vou falar sobre um livro e sim sobre uma saga inteira e a dinâmica vai ser um pouquinho diferente do que costumo fazer no blog. Como são quatro livros, vou seguir a sequência cronológica, mas bem espessados, e se você não quiser um spoiler pode parar de ler no primeiro resumo. Não tem como não liberar os fatos durante a narrativa, a história é extremamente dinâmica e riquíssima em detalhes.
Devo confessar que esta é a melhor saga que li nos últimos tempos, totalmente envolvente, cheia de criaturas apaixonantes e temerárias, cheio de ação e lógico romance. Até onde o amor é saudável? O quanto você está disposto a se sacrificar por um bem maior? Os livros são grandes, mas quando começam a chegar ao fim o sentimento é de desejar que os livros fossem maiores ainda.
Vem comigo caminhar pelo fantástico mundo de Sarah J. Mass em A Corte de Rosas e Espinhos.
O livro começa em uma terra humana miserável, um mundo sem esperança e sem futuro e neste cenário desolador temos a jovem Feyre, filha mais nova de um mercador falido e sem desejo de se reerguer. Para sustentar suas duas irmãs e sobreviver ela se torna caçadora. Ela teme os feéricos, criaturas que escravizaram a raça humana a milênios atrás, após uma guerra e após um tratado, hoje vivem além da muralha, mas mesmo assim aparecem em terras humanas para aterrorizar e matar.
Em um inverno particularmente mais rigoroso, Feyre se vê mais adentro da floresta para caçar, pois as presas estão cada vez mais escassas, e é aí que tudo acontece. Ela está caçando uma corça quando um enorme lobo branco surge também caçando o mesmo animal. E ela só tem uma alternativa, atirar no lobo branco para sobreviver.
Após matar o lobo, uma criatura bestial surge na cabana de Feyre e de sua família querendo reparação pela vida do lobo, que não era um simples animal, mas um Feérico. O Tratado humano exige uma vida pela vida perdida, e sem saída Feyre vai embora com a besta para suas terras magicas além do muro.
Chegando lá ele se transforma no Grão-senhor das terras da corte primaveril, e se chama Tamlin, contrário a tudo que Feyre imaginava , ela descobre uma terra em eterna primavera, e que o monstro que ela imaginava que Tamlin fosse não era nada disso, e toda aquela hostilidade contra ele vai se transformando em uma paixão que a consome.
Feyre se vê cercada de novos costumes, gentileza e carinhos e após anos vivendo uma vida miserável entrega seu coração a esta nova experiencia. Mas nem tudo são flores e com o decorrer da estória vamos vendo um cenário por trás da fachada que Tamlin apresenta, e uma força maligna cerca todo aquele reino primaveril.
E é aqui que traçamos uma linha, pois a partir deste ponto vão ocorrer spoilers, muitos deles. Não tem como dar continuidade a narrativa sem entregar o ouro. Então aí vão algumas considerações: Eu li os 4 livros 3 vezes (sim, isso parece maluquice), e me emocionei, sofri e chorei as três vezes. Então mesmo sabendo absolutamente tudo, valeu a pena a leitura. E por mais que eu conte um monte de coisa, sempre vão faltar fatos e personagens, pois a estória é extremamente rica. E por fim se você não leu e gosta de surpresas, e descobre tudo conforme avança na leitura, é aqui que nos despedimos porque o restante da resenha não é para você.
Se você mesmo com spoilers vai apreciar a leitura vem comigo continuar desvendando os mistérios desta terra mágica.
Vamos lá, após o evento da celebração da primavera, as forças do mal que espreitam se revelam. Entra em cena outro personagem, Rhysand, o senhor da corte noturna, o grão feérico mais poderoso do reino, e ele é controlado por Amarantha, uma rainha maquiavélica que escravizou as terras feéricas.
Tamlin vendo que não pode mais proteger Feyre da ameaça cada vez mais presente, a manda de volta para as terras humanas. Feyre por sua vez pressente que algo está errado e após não aguentar mais viver separada de Tamlin resolve voltar por conta própria para as terras feéricas.
Quando ela volta encontra tudo devastado. Amarantha levou Tamlin e destruiu a corte primaveril, e é neste momento que ela descobre que existe uma maldição, e por isso Tamlin a havia levado para suas terras, porque ela seria o condutor para a quebra da maldição, mas o prazo havia expirado e a chance se perdido porque ela não tinha sido capaz de falar que o amava.
Determinada a consertar a situação, ela segue para a corte de Amarantha, e quando chega lá descobre com horror toda a maldade que pode existir no mundo. Tamlin está lá catatônico, não demonstra mais ser a pessoa que ela conhecia antes, e apesar de seus esforços não é possível quebrar a maldição. Amarantha resolve brincar com Feyre e lê propõe um acordo, se ela vencer três provas ou resolver um enigma, a maldição será quebrada e o povo liberto.
Sem alternativa ela aceita o acordo e começam os jogos. Aqui neste ponto do livro o leitor fica rendido, se você tinha compromissos, esqueça-os. Você não vai conseguir parar de ler, e neste interim ressurge Rhysand (Rhy), a sim o lindíssimo e maquiavélico grão feérico da corte noturna, conhecido como a vadia de Amarantha, pois apesar de ser um prisioneiro também, ele serva a mesma.
Após uma prova particularmente difícil, Feyre está à beira da morte com o braço quebrado presa no calabouço, quando Ray surge e lhe faz uma proposta. Ele a cura e após ela vencer o desafio de Amarantha ela terá que passar uma semana por mês com ele na corte noturna pelo resto de sua vida. Mais uma vez sem alternativa ela aceita o acordo, e o acordo é tatuado em seu braço para que todos vejam.
Não havia cor alguma, apenas tons de escuridão, da noite. Aqueles olhos violeta salpicados de estrelas brilhavam, cheios de cor, de luz. Rhysand me deu um sorriso preguiçoso antes de inclinar o corpo para frente.
Eu me afastei, mas as mãos de Rhysand eram como grilhões. Não pude fazer nada quando sua boca tocou minha bochecha e Rhy lambeu uma lagrima. Sua língua era quente contra minha pele, e me assustei tanto que não consegui me mover quando ele lambeu outra trilha de água salgada, e depois outra.
Feyre consegue cumprir os desafios de Amarantha, mas a maldição não se quebra, e de forma ardilosa Amarantha consegue driblar o acordo e ataca Feyre para matá-la, e quando está quase morta, Feyre dá a resposta do enigma e a maldição se quebra. Mas para Feyre é tarde demais e ela morre.
Tamlin mata Amarantha, e gratos pelo ato altruísta de Feyre, os sete grãos feéricos mestres de suas terras, trazem Feyre de volta a vida a transformando em Feérica. Ela e Tamlin voltam para a corte primaveril e temos o final do primeiro volume.
Há, é aqui que você acha que chegou o felizes para sempre ...... pois prepare-se para surtar.
Feyre volta para a corte primaveril, mas depois de tudo que ela passou sob a montanha nos domínios de Amarantha, ela está quebrada, sua alma sofreu danos irreparáveis, e para ajudar Tamlin também mudou (para pior). Se tornou supre protetor, obsessivo, e chato minha gente. O comportamento dele está matando Feyre aos poucos, o amor que ele sente por ela se transforma em obsessão, e diante do altar já a beira de uma crise de pânico Feyre decide não se casar. E em meio ao desespero Rhysand surge diante do altar e resolve cobrar seu acordo e leva Feyre embora para a torre noturna.
Fayre passa a semana com Rhy sendo sua convidada e quando ela retorna a corte primaveril Tamlin pede que ela seja sua espiã. Como Feyre foi levada de suas terras, a paranoia dele aumenta e ele começa a limitar todos os movimentos dela.
Quando chega o próximo mês, Rhy novamente a leva e Feyre descobre que se sente mais livre e menos oprimida quando está na corte noturna cumprindo o acordo. Quando Feyre novamente retorna para a corte primaveril, Tamlin a prende em casa (literalmente), e aí todo o pânico, o sufocamento e o desespero dela explodem. Eis que mais uma vez Rhysand a salva.
Desta vez ele faz uma proposta a ela. A guerra se aproxima e ele quer que ela o ajude a acabar com o rei que ameaça aas terras feéricas. Feyre então decide que não quer mais voltar para Tamlin, e aceita a proposta do senhor da corte noturna e embarca em uma vida que ela jamais imaginou.
Fayre ganha uma família com os integrantes da corte noturna, e conforme trabalha com Rhy, seu coração e alma vão se curando dos horrores de sob a montanha e da vida que teve com Tamlin.
Com o decorrer do livro você vai descobrir que Rhysand e Feyre são parceiros, ligados por um laço místico, uma união maior que o matrimônio e que foi esta união que fez ela sobreviver no fim das contas no primeiro livro, mesmo com todo o drama que começa a cerca-los, e com todos os infortúnios, este laço se desenvolve e Feyre se apaixona por Rhy.
Ah, quero fazer uma ressalva aqui, J. Maas tem um dom incrível de construir a personalidade de seus personagens, e com o decorrer da narrativa você se pega em um conflito de sentimentos, eu particularmente acho lindo perceber como caminhamos em linhas tênues entre o amor e o ódio. A forma como ela faz esta construção de personagens, faz a gente passar de pura paixonite por um asco inquestionável, e o contrário também acontece, de puro desprezo ao respeito.
Tamlin, inconformado com a perda de Feyre se vende ao rei maquiavélico para tê-la de volta, (ai gente é de revirar o estomago esta cena). Feyre finge que volta doce e mansa para Tamlin, pois ela precisa fazer isso para salvar aqueles que ama, incluído suas irmãs, as quais o rei resolve fazer experimentos. O que Tamlin nem desconfia é que Feyre se casou com Rhysand e agora é a Gran-senhora da corte noturna, e que ela pretende destruir a corte primaveril.
E temos o final do segundo livro aqui A corte de Nevoa e Fúria.
Não preciso nem dizer que ela foi bem-sucedida, aqui surgem incontáveis personagens riquíssimos que deixam esta história mais desafiadora e irresistível, temos alianças, conflitos, juras de morte, o negócio fica tenso e no terceiro livro a guerra finalmente se desenrola.
Neste volume conhecemos mais a fundo os aliados e inimigos de Feyre e Rhysand, alianças que surgem até o inevitável conflito. Percebemos também mais a fundo os sentimentos dos outros personagens, eu costumo dizer que este livro é a cereja do bolo, e juro que quando a gente acha que nada mais pode acontecer J. Maas acaba com o coração da gente. Fiquei em prantos, quase que não dou conta de ler o restante do livro.
A guerra é sangrenta e brutal e você vai se pegar segurando o folego em cada novo capitulo.
Não vou resumir mais nada deste volume pois ele só faz sentido se você ler os outros dois primeiros, mas não se assuste com o tamanho dos livros, leia, esta é a única recomendação que posso dar.
E assim com o fim da guerra e novas alianças formadas temos a conclusão do terceiro volume A corte de Asas e Ruina.
E por fim este ano, foi lançado um volume fininho chamado A corte de gelo e estrelas. Eu juro que eu esperava mais um mega volume, mas não, este livro é uma espécie de conclusão. Após a grande batalha ele retrata o que aconteceu com alguns personagens, confesso que fiquei meio borocoxô, pois quando a gente lê uma história tão intensa e ela chega ao fim, lá no fundinho a gente quer que todo personagem viva o seu ?felizes para sempre?, e como você vai perceber neste livro isso não acontece, ficaram muitos traumas após a grande batalha e um dos casais que eu mais torcia para ser feliz não fica junto....buáááá.
Conclusão, este romance é uma verdadeira novela, vale a pena a leitura, prepare seu coraçãozinho para viver fortes emoções e se entregue a elas. Uma coisa que eu sempre achei muito bonita no romance entre Feyre e Rhysand é que, por mais que ele seja o parceiro dela, e exista um laço que os une, ele nunca deixou seus sentimentos se sobreporem aos de Freyre, com ele a escolha sempre foi dela, do início ao fim, mesmo que isso pudesse acabar com a vida dele, e ela Feyre teve que se auto conhecer, se quebrar em mil pedaços para se aceitar do jeito que é com todos seus defeitos e forças, e temos o Tamlin né gente, a prova que o amor pode ser uma coisa doentia e machucar, fazer mais mal do que bem.
Eu deixei de fora da minha narrativa muitos personagens deliciosos, como o Lucien, amigo de Tamlin, que tem um papel fundamental na transformação de Feyre, vocês vão ver até onde vai uma amizade, a história dele é uma delícia de acompanhar.
As irmãs de Feyre são um espetáculo à parte, a vida delas vira de ponta cabeça, vocês vão amar acompanhar todo o drama e magoa que se passa entre elas.
E eu vou parar por aqui porque se não está resenha vai virar uma narrativa extensa demais ...rs.
E não, eu não me esqueci da receitinha de hoje, apesar de estar com ressaca literária após concluir esta obra, eu consegui separar um trechinho para fazer uma guloseima para vocês ....
Então, bandejas de comida começaram a brotar, assim como o vinho e a conversa, e comemos sob as estrelas ao lado do rio. Eu jamais tinha experimentado comida assim: quente, exótica, temperada, picante.
Era como se a comida não preenchesse apenas meu estômago, mas aquele buraco constante em meu peito também.
_ Vivi no reino mortal e vivi em outras cortes, mas jamais provei comida assim. Comida que me faz sentir... desperta.
Então vamos fazer comida que aquece a alma. Hoje vamos fazer um prato salgado com uma pegada indiana que é o meu frango Masala com pão chapati.
Dicas e truques
Bom, o ingrediente principal é a Masala. E ai vocês que não o conhecem devem estar se perguntando que coisa é esta?? Bom, a melhor definição que achei foi na Wikipédia:
?Masala ou massala (em hindi: ??? ?????, transl. Garam masala) é um termo genérico originalmente utilizado na culinária indiana para descrever a mistura de duas ou mais ervas, especiarias e aromatizantes especiais, acrescentada em preparações de pratos geralmente fritos e por poucos segundos em ghee (manteiga clarificada) para realçar seu aroma.
Alguns exemplos de ingredientes utilizados são anis, cardamomo, pimenta-do-reino, canela, cravo, noz moscada e gengibre. Existem vários estilos comerciais, internacionais, nacionais, regionais e até mesmo caseiros (receitas de família) de garam massala, alguns mais suaves, outros mais pungentes, alguns sendo descritos mais segundo a sua cor, outros mais pelo seu aroma. São produtos geralmente distribuídos em forma de pó, mas os ingredientes podem ser adquiridos inteiros e triturados na hora do uso.?
Então aqui fica a critério seu se vai pegar os ingredientes e fazer sua própria Masala ou utilizar uma pronta, eu particularmente usei uma pronta.
Esta comida é estilo ?slow food ?, sugiro que faça de fim de semana com amor e carinho, pois vale muito a pena.
Utensílios
? Panela ou caçarola
? Chapa de ferro ou frigideira ante aderente
? Bowl
Ingredientes
? 1 Frango
? 1 kg de peito de Frango cortado em cubos grandes
? ½ kg de abobora cambotia cortada em cubos
? 2 copos de iogurte natural
? 2 colheres de manteiga clarificada (pode ser manteiga comum)
? 1 pimenta dedo de moca cortada em pedaços bem pequenos sem semente
? 1 xicara de cebolinha picada
? 2 colheres de Masala
? ½ colher de gengibre em pó
? 300 ml de água
? Sal a gosto
Modo de fazer
Na caçarola quente coloque a manteiga e refogue o frango, junte os temperos todos e a abobora, deixe o sal para ajustar no final, junte a água e deixe cozinhar em fogo baixo, quando a abobora desmanchar e começar a virar um creme junte o iogurte a cebolinha, mexa e espere abrir fervura, quando começar a borbulhar está pronto.
Pão Chapati
Ingredientes 2
? 1 xícara de chá de farinha de trigo
? 1 colher de café de sal
? 1 colher de sopa de azeite
? + ou - 1/2 xícara de água (as vezes não é necessário usar toda a água)
Modo de fazer
Em um bowl, coloque 1 xícara de farinha de trigo, 1 colher de sopa de azeite, 1 colher rasa de café de sal e 1/4 de xícara de água misture até formar uma farofa úmida e grossa.
Depois acrescente mais 1/4 de água, só que aos poucos, isso porque, talvez você não precise colocar a água toda, vai depender da umidade da sua farinha.
Acrescente água gradativamente. Vá misturando com a ponta dos dedos, até o ponto de uma massa compacta, que dê para sovar, porém ainda levemente grudenta. Não acrescente mais farinha, senão o pão ficará pesado.
Sove dentro do próprio bowl mesmo, dobrando amassando por 1-2minutos.
Em uma bancada enfarinhada. Faça um rolo com a massa e com a faca corte em pequenas porções.
Aqueça uma frigideira ou chapa de ferro.
Abra cada massa bem fininho, sempre polvilhando farinha para não grudar.
Leve direto a chapa quente ? não é preciso untar, asse por 30seg de cada lado e depois coloque direto na chama do fogão por mais 10seg de cada lado, o pão estufa, forma lindas bolhas, se divide como mágica, em dois lados.
E prontinho, você acaba de fazer uma comida deliciosa, deliciosamente temperada e inesquecível ... comida para aquecer a alma.
Sei que foi um textão, mas sinceramente acho que a história vale a pena, vejo vocês na próxima aventura ...
Kisses
NL