JESSICA53 16/12/2023
O MUNDO PRECISAVA SABER
? ?Trezentos e sessenta cadáveres a cada meia hora, que era o tempo necessário para reduzir a carne humana a cinzas, perfaziam 720 por hora, ou 17.280 cadáveres a cada turno de 24 horas. E os fornos, com assassina eficiência, funcionavam dia e noite. É preciso, entretanto, levar em consideração as valas da morte, capazes de destruir outros 8 mil cadáveres por dia. Em números redondos, 24 mil cadáveres eram eliminados diariamente. Um admirável recorde de produção... que diz muito a favor da indústria alemã.?
? ? Em menos de três meses, os alemães ?exterminaram? mais de 1,3 milhão de pessoas em Auschwitz-Birkenau.
Esperei esse livro entrar no KU para ler, mais desde o seu lançamento esse livro me interessou. Principalmente pelo fato dele ter sido lançado 1 ano após o fim da guerra, ou seja o seu relato estava bem recente, esse livro foi lançado antes de o diário de ANNE FRANK. Um relato cruel e triste, me peguei chorando em vários momentos.
Olga era estudante de medicina, e foi enviada aos campos com sua família em 1944 um ano antes da guerra acabar.
O marido era médico então eles tinham uma vida muito confortável. Eles sabiam da guerra mais não tinha noção nenhuma dos campos de concentração. Como ela relata a maioria dos civis da população não sabia.
Todo o seu relato é forte principalmente na chegada ao campo onde ela sem querer condena seus pais e seus filhos a morte direta na câmera de gás.
A força dessa mulher, a resiliência é uma inspiração. Em tempos de guerra, de egotista de falta de empatia de tanta futilidade, acredito que todos deveriam ler esse livro.
? ?Não sou capaz de me absolver da acusação de que fui, em parte, responsável pela morte dos meus próprios pais e dos meus dois filhinhos. O mundo compreende que eu não poderia ter adivinhado, mas, em meu coração, persiste o terrível sentimento de que eu poderia, de que eu deveria tê-los salvado.?
De todos os livros sobre holocausto que li, de todos os relatos que já vi. O de Olga foi o mais chocante. Ela consegue transportar o leitor para aquele momento é impressionante e angustiante ao mesmo tempo.