Ana Cristina 27/03/2023
Vivíamos para resistir e resistíamos para viver.
"Olhando para trás, também quero esquecer. Também anseio pelo sol, a paz e a felicidade. Mas quero que o mundo leia e decida que nunca, nunca se deve permitir que isso volte a acontecer. Mesmo enquanto escrevo minhas últimas palavras, rostos surgem à minha frente e, em silêncio, pedem que eu conte as histórias deles também. Posso resistir aos homens e às mulheres, mas há os fantasmas dos bebês... os pequenos bonecos de neve.
Eu tinha, então, duas razões para viver: primeiro, trabalhar com o movimento de Resistência e me manter em pé o máximo que podia; segundo, sonhar e rezar pelo dia em que seria libertada para contar ao mundo: ?Foi isto o que vi com meus próprios olhos. Não devemos permitir que isso jamais aconteça outra vez!"
Uma das leituras mais difícil, tudo que sabia ou achava que sabia sobre o Holocausto não chega nem perto o horror... Por vários momentos precisei fechar o livro para digerir, pensar em tudo que aquelas pessoas passaram às atrocidades cometidas e ainda hoje ter pessoas que defendem ou não acreditam no que aconteceu...
Muitas informações que nem fazia ideia que tinham acontecidos, pessoas que sabiam e contribuíam e não estão nos livros de história.
Tudo tão doentio, me recuso a acreditar que ainda hoje temos defensores, julgamos ser a raça "humana" onde está a humanidade?
?Aqueles que não conseguem lembrar o passado estão condenados a repeti-lo?
Não podemos esquecer e principalmente não podemos deixar outro Hitler acender.