Falsa Acusação

Falsa Acusação T. Christian Miller




Resenhas - Falsa Acusação


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Neuli0 07/04/2024

Sempre denuncie...
Esse livro muito bem escrito, se inicia a partir da história real de uma jovem, Marie, que foi estuprada, mas que quando foi denunciar, a acusaram de estar mentindo e ele foca na premissa de que os policiais devem ser mais abertos à como as vítimas nem sempre reagem como o esperado de uma vítima de estupro. Também relata outros estupros feito pelo mesmo criminoso e como duas detetives muito boas, junto com outras pessoas da área policial, conseguiram prendê-lo. Além de um resumo da vida do estuprador, dos envolvidos na investigação e claro, das vítimas.

Dito isso, vamos falar primeiro sobre a Marie: Eu sei que ela tinha passado por uma coisa horrível, mas francamente, não consegui ter empatia por ela desde o início, pelo contrário, senti muita raiva. Ainda mais porque já tinha assistido a série "Inacreditável", que foi baseada nessa história e já estava ciente de tudo que ela fez.

Sobre as outras vítimas, eu me senti muito mal por elas, que talvez, não tivessem passado por isso, se a Marie tivesse ido até o fim com a acusação.
Elas foram muito fortes, corajosas e guerreiras indo atrás de justiça.

Em relação aos detetives que interrogaram Marie, eu entendo em grande parte do porquê deles agirem daquele jeito. Se as pessoas mais próximas da Marie não acreditavam nela, como eles acreditariam, sem nenhuma prova concreta do possível estupro? E a atitude dela só corroborou com as suspeitas deles.
Sendo assim, o policial fez certo em denunciar a Marie por falsa denúncia de crime, dando uma importante amostra do que aconteceria com quem fizesse com que a polícia perdesse tempo e dinheiro, além de o mais importante, colocasse um inocente na cadeia.

Entretanto, também acho que as pessoas envolvidas no caso, incluindo médicos, policiais, juizes, promotores e advogados de defesa, devem ser mais sensíveis ao que a possível vítima está passando e passou. Não se deixando levar por aparência, profissão, classe... Mas ao mesmo tempo, não se pode acreditar de imediato, sem uma investigação completa, sem provas concretas.

O livro é muito bom, mas para quem é sensível ao tema, não recomendo, mesmo não achando as descrições dos abusos explícitas.
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Ingrid 25/03/2024

Maçante
Apesar de ter um tema muito importante, uma vítima de estupro descredibilizada pela polícia, o livro é extremamente maçante. Foi escrito por duas pessoas, e isso é nítido, considerando que o livro tem duas narrativas. A história principal e um acúmulo de dados e procedimentos reais que são adotados em casos de estupro. Um tema fica cortando o outro durante todo o livro, o que torna a leitura extremamente cansativa. Fiquei revoltada com o tratamento que a Marie recebeu e em como isso não resultou em nada depois. A polícia, de certa forma, nunca pagou pelo que fez com ela, e a ineficácia deles só gerou mais vítimas. Me incomodou ter o ponto de vista do culpado, sinto que a história deveria ser somente sobre a Marie e sobre as vítimas.
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Luisa1001 11/02/2024

Um livro que te faz refletir, sentir a dor de ser mulher e sofrer junto com as vítimas. Os dados trazidos no livro complementam perfeitamente o enredo. A escrita é bem descritiva, me obrigando a fazer algumas pausas para me recompor. Mas eu recomendo muito
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Nana.Oliveira 15/01/2024

É perturbador imaginar pelo que Marie passou. Li depois de assistir à série na Netflix, então enquanto a gente vai lendo vai conseguindo identificar as cenas e dá um nó na garganta. O livro é bem escrito e impacta bastante. Considero uma leitura pesada pra quem tem gatilhos, o tema é pesado então leiam aos pouquinhos e façam atividades que vão te distrair sobre o peso dessa história.
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Beatriz Gaudio 17/12/2023

Silenciamento
Para nós, brasileiros, é sempre chocante quando descobrimos que em paises de primeiro mundo a justiça também pode ser falha.
Descobrir que uma mulher, devido sua condição de vida, passa de vítima à ré, se tornando assim, vítima também do Estado, é chocante.
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Ligiamx 03/10/2023

Primeiramente, acredite!
Procurei o livro pra ler depois que soube que foi inspiração para a série "inacreditável" da netflix. O livro e a série são muito bons, sendo que o livro nos traz mais alguns detalhes. O livro e a série servem pra nos ensinar a ouvir e acreditar nas vítimas de estupro antes de qualquer coisa, aprender que as vítimas reagem de maneiras diferentes ao trauma que sofreram e por isso não podemos fazer pré-julgamentos. E a polícia e todos os envolvidos na investigação devem passar por treinamentos constantes sobre assédio/violencia/estupro para não cometerem erros absurdos como foi no caso da Marie. Não é agradável, mas é preciso.
Como disse a detetive Stacy Galbraith, uma das detetives que solucionou o caso "as pessoas me perguntam por que trabalho com crimes sexuais e casos de abusos de crianças. Não é que eu goste de lidar com isso, mas alguém precisa fazer esse trabalho. E alguém precisa fazê-lo bem".
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Lady Addams 03/06/2023

Vítimas de estupros: precisamos falar sobre [gatilhos!]. Baseados em fatos reais
Confesso que esta é uma das resenhas de livro mais complexos, reflexivos, apavorantes, informativos e , sobretudo, NECESSÁRIO!!! A história de vida da sobrevivente é uma lição de força feminina, perdão e resiliência.
Na obra dos jornalistas T. Christian Miller e Ken Armstrong, de cunho investigativo e retrativo com uma história real (infelizmente), lemos sobre uma vítima de estupro que foi pressionada, desacreditada e constrangida pela própria polícia ao denunciar que havia sofrido violência sexual. Não obstante isto, a garota foi humilhada publicamente e "apunhalada" por quem deveria tê-la apoiado.
No livro, conhecemos a jovem Marie de apenas 18 anos, a garota possui um passado e histórico de vida complicado, órfã que passou por muito lares adotivos, mas que no final, sempre era retornada para as mãos do estado. Contudo, pelos inúmeros lares em que passou, Marie criou laços com duas "mães": Shannon ( que também foi vítima do mesmo crime) e Peggy. Estas, apesar de diferentes, mantiveram uma boa relação com a garota, com direito a encontros "familiares" e a conexão entre as duas citadas para tratar de assuntos sobre Marie. Todavia, aos 18 anos, Marie decidiu que não moraria em lares adotivos e receberia auxílio e preparação concedida pela assistência social para que a própria pudesse responder e ser responsável pela própria vida.
Já tocando a própria vida, Marie sofre o crime de violência sexual e cuida em denunciá-lo. Ela conta que foi imobilizada por um homem mascarado, ameaçada e estuprada em sua própria casa, como também seu agressor a obrigava fazer posições sexuais para tirar fotos íntimas, jurando que se fosse denunciado para a polícia, as publicariam na internet. Por fim, obrigou a jovem a se lavar após o abuso sexual, afim de evitar que encontrassem evidências do DNA do abusador no corpo da garota.
Quando já encaminhada a investigação pelo sargento Mason, o mesmo recebeu uma denúncia que acreditava que Marie esteja inventando a situação e para a surpresa do leitor, a denunciante é de uma das "mães" de Mary, Peggy. Esta ligou para a outra "mãe" Shannon, vítima de abuso sexual no passado, e juntas levantaram suspeitas sobre a história contada por Marie e denunciaram à polícia, informando que a denunciante sempre foi uma garota que precisava ser o centro das atenções, talvez fosse até uma personalidade histriônica, suspeita levantada apenas porque Marie era uma garota carente que sofreu abusos e desamparos durante toda a vida, expondo o passado de abandonos e complicações da jovem.
Com as já levantadas suspeitas, Mason entrevistou pessoas próximas de Marie, mesmo nenhuma afirmando que desacreditava na garota, o sargento junto com policial Rittgarn, resolveram fazer uma nova entrevista com a vítima, mas agora, por decisão precipitada e errônea, não seria questionada na posição de vítima, mas sim no local de suspeita de um crime.
Os dois policiais humilharam e constrangeram a depoente, usando o método da Técnica Reid que se apoia fortemente na abordagem da linguagem corporal. Vale ressaltar que a linguagem corporal e a indução de confessar algo, característicos de tal técnica, não são comprovados cientificamente, principalmente, se tratando de um caso de estupro, já que é notável - e ressaltado a todo momento no livro - que cada indivíduo reage de uma maneira única e particular. O capítulo do livro onde os oficiais de polícia induzem a vítima a confessar um crime que não cometeu é um verdadeiro alerta de gatilhos (me senti apavorada, sufocada e descontente). O leitor notará o uso de gaslighting pelos homens, manipulando Marie a ponto de duvidar da própria história vivida e em si mesma.
Ao conseguirem a falsa acusação, Marie acaba indiciada e condenada por , supostamente, ter mentido para a justiça. A menina de 18 anos, por sua vez, não tem mais forças para lutar contra o sistema, aceita a condenação que lhe foi imposta, onde teria que pagar uma indenização ao estado e fazer tratamento psicológico por causa da "mentira" inventada. Se já não bastasse o prejuízo judicial, a vítima foi ridicularizada nas redes sociais e colocada como um exemplo de falsa acusação de estupro pela mídia, acabando por ser isolada da casa de seus antigos lares adotivos e amigos.
O caso de Maire, como tantas outros de estupro, já podia ser considerado um "caso perdido". Entretanto, anos depois, em uma região próxima, a detetiva Galbraith começa a investigar o caso de outra mulher estuprada, o agressor invadiu a casa da mulher violentada, imobilizou-a , abusou sexualmente a vítima e tirou fotos íntimas com ameças de que se o denunciasse à polícia, as fotos seriam divulgadas. Galbraith acaba sendo informada pelo marido policial que na região vizinha já tinha sido registrados casos similares. Assim, Galbraith conhece a detetive Hendershot que relata os crimes similares: um homem mascarado invade a casa e imobiliza as vítimas, estupram elas por horas, tiram fotos das mesmas enquanto sofrem o abuso e usa as fotografias para ameaça-lás e, por fim, manda-as para o banho. Diante disto, as duas mulheres tinham certeza que estavam diante de um estuprador em série . O livro levanta a questão, inclusive, que é mais comum o número de estupradores em série do que assassinos em série.
Trabalhando juntas, acabaram descobrindo outros quatro estupros em outras regiões que tinham as mesmas características. A equipe de investigação interligaram as poucas evidências que eram apresentadas em cada caso e chegaram em um nome em comum: Marc O'Leary , ex veterano do exército.
Marc O'Leary , definido pelas investigações como um homem erudito, acabou-se descobrindo que era um verdadeiro estudioso do estupro. Sim, ele estudava a vítima, investigava e planejava uma forma de que a polícia não poderia descobri-lo, inclusive o fato de o porquê cometer os abusos em cidades diferentes: O'Leary confessou que sabia que as jurisprudências das cidades não conversavam entre si, seria uma chance quase remota de associarem os crimes. Além de um grande estudioso, descobriu-se através da apreensão do computador do estuprador que este era um viciado em pornografia, mantinha vários sítios da internet e pastas com as fotos íntimas tiradas durante os abusos sexuais, todas as vítimas dos trabalhos de Galbraith e Hendershot foram reconhecidas, exceto uma, Marie.
As duas detetives acabaram conhecendo a história e denúncia de Marie ao acaso por causa das fotos encontradas no HD do maníaco. Logo perceberam como a jovem garota foi humilhada e abordada de maneira escrota e errônea pelos responsáveis do cumprimento da lei. Não há o que se possa fazer para reparar o trauma do crime e a humilhação pública sofrida por Marie, o mínimo foi feito, como devolver a multa que foi paga e retratação dos responsáveis pelo caso. Entretanto, me chamou a atenção a resiliência e força de uma mulher tão nova e tão sofrida, Marie perdoo os que duvidaram de si e retomou sua vida, tornando-se caminhoneira.
O criminoso confessou todos os crimes cometidos e cooperou com a investigação, deixando apenas a resistência para uma pasta cryptografada de nome "canalha" em seu computador que nem mesmo os profissionais que trabalham no caso conseguiram quebrar o código para conseguir o acesso.
A obra, em si, é um belíssimo trabalho do jornalismo investigativo, uma história curiosa, cruel e real, tanto que a história de Marie também é adaptação da série "Inacreditável" na Netflix. Creio que se deparar com um caso como esse, faz-nos pensar que vítimas de estupros são descredibilizadas e envergonhadas pela sociedade misógina e que precisamos ser mais solidários e empáticos, precisamos também, de uma nova abordagem e cuidados com os sobreviventes de um crime tão horrendo.
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Izabel 17/03/2023

Uma leitura entediante, tinha muito detalhes desnecessários, não gostei da escrita. Li porque já tinha assistido à série e achei que seria bom.
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Adriane 23/01/2023

Tema importante
Eu acreditei que seria um livro policial e de suspense. Não foi. Mas me surpreendi com o tema importante e muito bem escrito. Cheio de detalhes e documentos.
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Thaliame 03/01/2023

Eu já conhecia a história através da série e achei que a leitura ia ser mais arrastada mas na verdade não foi. Gostei muito da forma como o livro foi escrito. O livro é cheio de informações úteis pra entender sobre todo o processo de investigação.
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Giuliana 25/09/2022

Falsa acusação..
Certamente um livro difícil de ler por detalhar o sofrimento de várias mulheres que sofreram estupro, violência sexual e até de quem foi desacreditada pela polícia, por quem deveria estar lá para proteger.
O livro traz várias estatísticas dos EUA e aqui no Brasil, infelizmente, não é diferente como vemos tantos casos noticiados na internet e na tv.
O livro é bom para ler e tomar consciência de que não é fácil para uma mulher passar por isso e pensar que tem tanta gente que ainda julga e acusa injustamente a vítima.
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lukov 29/07/2022

Muito bom para leitores de casos criminais
O livro conta sobre um estuprador em série e especificamente sobre uma vítima que foi acusada de estar mentido pelos policiais. A obra é fluída, faz você ficar preso até o final com as suas narrativas feitas pela visão das detetives, das vítimas e do estuprador. E além de darem detalhes sobre os casos, te informam sobre como o estupro é visto pela sociedade. O que nos fazem refletir sobre o quanto a vítima sofre nas mãos do criminoso e infelizmente nas mãos da comunidade que muitas vezes não acreditam no crime delatado. Se você tiver gatilhos com tais assuntos ou for uma pessoa sensível, não aconselho a lerem esse livro. Porém se você for como eu e amar livros sobre casos criminais, tenho certeza que gostará desse.
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Giulia.Varoni 04/07/2022

Simplesmente
Esse livro é muito bom pra quem gosta de crimes. Ele te deixa com raiva mas te joga uma risadinha em raros momentos, ele mostra uma realidade para muitas mulheres e também como pode ser a mente de um criminoso. Ele é bem pesado então cuidado! Mas recomendo muito pra quem gosta do genero.
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Dayane 29/06/2022

Baseado em uma história real
Os jornalistas T. Christian Miller e Ken Armstrong acompanham o trabalho incansável e a dedicação de duas detetives para colocar um estuprador em série na cadeia e dar voz às suas vítimas ? fazendo também uma análise da maneira ultrajante como as mulheres são tratadas quando denunciam casos de violência sexual. 
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Tamara Octaviano 08/06/2022

Falsa Acusação Uma historia verdadeira conta sobre crimes sexuais nos EUA e o sofrimento das vítimas de abuso sexual. Sofrem antes, durante e depois do acontecido. E além do sofrimento físico, tem o pior de todos, que é o descaso das autoridades nas investigações e tratar a vítima como mentirosa.
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