Anna Karênina

Anna Karênina Leon Tolstói




Resenhas - Anna Karenina


949 encontrados | exibindo 226 a 241
16 | 17 | 18 | 19 | 20 | 21 | 22 |


Karina 25/02/2023

História como sonhos: despreocupação com a falta de lógica
Que livro brilhante! Narrativa instigante, prosa viciante e personagens inesquecíveis. Sem dúvida uma obra-prima atemporal.

Tô muito feliz de ter decidido dar uma chance aos clássicos que fogem à minha zona de conforto. Foi o meu primeiro contato com a escrita de Liev Tolstói e definitivamente não será a última. Já tô imaginando o prazer que será ler o próximo.

Eu amei quase tudo nesse livro. Me apaixonei pela Anna, amei as reflexões do Liévin e fiquei fascinada com a ambientação e a retratação da época.

A prosa é simplesmente brilhante. Poética, empolgante e marcante. Sério, eu amei a escrita do autor e acho que nunca poderei pontuar isso o suficiente. Por ser um calhamaço, e um clássico, ainda mais, imaginei que iria ser uma leitura cansativa e arrastada, mas a escrita excepcional me deixou tão presa que, sempre que estava lendo, era uma luta pra parar.

Mas, nem tudo são flores. Confesso que esse livro poderia ter facilmente umas trezentas páginas a menos e que certos momentos são maçantes e desnecessários. Mas a narrativa me prendeu tanto que mesmo esses momentos foram passageiros, logo me via imersa na história uma vez mais. Além disso, alguns pontos da cultura russa e da política da época me falharam, não consegui acompanhar. Mas esse é outro ponto que não me motivou a gostar menos desse livro.

Enfim, recomendo para todos que querem sair da zona de conforto e se espaldar num calhamaço, mas definitivamente não recomendo aos iniciantes. Ótimo livro.
comentários(0)comente



Marcus 25/02/2023

Mais do que um drama, amplo retrato da sociedade czarista
Finalizei a leitura após 40 dias. Apesar de escrito há mais de 140 anos, não conhecia além de alguns fatos da história. E o desfecho me surpreendeu e impactou. Não sei dos detalhes, li apenas que o fim do romance, que vinha sendo publicado em capítulos na revista Ruskii Véstnik (O mensageiro russo), desde janeiro de 1875, não teve seu final lá por conta de um desentendimento entre Tolstói e o editor Mikhaíl Katkov. O desfecho só foi conhecido na edição completa livro, em 1877.

O fascínio de uma obra tão longa assim é a maneira como a narrativa vai envolvendo os leitores. Há momentos de alívio, revolta, indignação, tristeza e até toques de humor. Além do suspense sempre presente por conta da expectativa do desfecho da história.

Mas a obra de Tolstói vai muito além. Entre as afetações das convenções sociais, estão sempre em cena a pesada burocracia do país e a ineficiência de cargos ocupados por aristocratas improdutivos. Em meio à trama, há considerações sobre religião, política a vida dos camponeses da Rússia, os mujiques e suas relações trabalhistas com os donos de terra. O autor faz um relato sem julgamentos sobre as instituições russas e os personagens.

Tolstói é considerado um dos criadores do recurso do monólogo interior, em que o fluxo de pensamentos dos personagens, e o que eles estão sentindo, aprofundam o lado psicológico do romance e aproxima os leitores das emoções das pessoas.

Ele também é um exímio narrador, quando por exemplo descreve em detalhes e emoções uma corrida de cavalos em que Vronsky participa, ou na troca de olhares e meias frases entre Liévin e uma camponesa. É um momento brilhante da obra, quando nada é dito claramente entre eles, e tudo é compreendido. Liévin a propósito, traz traços biográficos do próprio Tolstói, que também pediu sua amada em casamento em um jogo de palavras usando cubos com letras. Uma das sequências mais singulares da narrativa.

Vale uma atenção especial na leitura: além do nome, as pessoas aparecem com mais de um apelido. Kitty, por exemplo, também é Ikatierina, Katierina, Katia e Katienka. É curioso, e logo a gente se acostuma. Uma garantia: a satisfação da leitura é proporcional ao tempo que se dedica a Anna Kariênina.

site: https://www.youtube.com/@BichodePrata
comentários(0)comente



Gabi 24/02/2023

Tava com altas expectativas para essa leitura, a escrita foi mais tranquila do que eu esperava, considerando quando o livro foi escrito. Achei interessante a construção das histórias, mas terminei sentindo que ou faltou alguma coisa, ou apenas não entendi o que o autor queria. Gostei, mas esperava mais.
comentários(0)comente



marquessjuh 23/02/2023

Nuances da psiquê humana
Assustei-me com a quantidade de páginas que me deparei quando abri o livro no Kindle, mas a leitura foi muito leve e tranquila.
Gostei bastante do livro, parece que estamos vivenciando a história de alguém conhecido, histórias atemporais.
Há partes do livro que dizem que foram semelhantes à vida do autor, como a parte em que Liéven pede Kitty em casamento.
Um livro surpreendente, cada personagem cheio de riqueza de detalhas e expressões... E apesar do nome, a história não gira majoritariamente na narrativa de Anna Kariênina, que por sua vez, torna-se o epíteto da passionalidade, não descreverei mais , pois darei spoiler.
Enfim... Recomendo a leitura mil milhões!!!
comentários(0)comente



Ana 23/02/2023

A minha vontade de ler Anna Kariênina surgiu, serei honesta, quando a Companhia das Letras o colocou entre as opções do mês para os parceiros e eu fui procurar saber um pouco mais sobre o livro. Essa obra é claramente um clássico que mostra o cenário da Rússia no século XIX e que causou muito espanto na época em que foi publicado, pois a sua história central gira em torno da personagem Anna, que se envolve em um caso extraconjugal, tema que sempre será tabu, independentemente da época retratada.

A trama é dividida em oito partes que acompanham Anna Kariênina e outro personagem central, Liévin — que curiosamente se encontram apenas uma vez durante as 818 páginas de história. Anna é uma mulher deslumbrante, que chama atenção por onde passa, enquanto Liévin é um homem quieto, que gosta do campo e tem um desejo enorme de se casar. Apesar dessa curiosidade que citei anteriormente, os dois personagens estão totalmente ligados por questões familiares, o que, para mim, é um dos pontos principais de Anna Kariênina.

A protagonista Anna surge logo no início do romance para tentar salvar o casamento do seu irmão mais velho, Oblonsky, cuja traição com a preceptora dos filhos foi descoberta pela esposa, Dolly (que obviamente acaba perdoando o marido por questões de comodidade). Anna é casada com o Conde Alexei Karenin, o que não a impede de se apaixonar perdidamente pelo Conde Vronsky, que acaba sentindo o mesmo por ela. Obviamente os dois se envolvem e, com exceção das partes voltadas à Liévin, tudo gira em torno do relacionamento entre Anna e Vronsky.

Assim como várias outras pessoas que tiveram contato com esse livro, a impressão que eu tive é que o que levou Anna a se envolver com outra pessoa foi a necessidade de amar alguém verdadeiramente — apesar de o romance com Vronsky ter começado apenas pela aparência dele. Acredito que para conquistar isso, a personagem acabou tomando decisões extremamente egoístas sem realmente parar para pensar no tamanho da besteira que ela estava fazendo. Eu sinceramente só conseguia sentir ranço da Anna, porque ela simplesmente queria que todos aceitassem como uma coisa normal a traição. E sim, todo mundo sabia o que estava acontecendo.

Eu não acho aceitável as pessoas usarem traição com a desculpa de "preciso ser feliz", mas o caso de Anna é muito pior porque, apesar de o Conde Karenin realmente não amá-la, a gente consegue perceber que há ali uma relação de muito respeito. É claro que raramente os casamentos naquele contexto eram firmados por amor, mas, para mim, nunca vai justificar as atitudes da protagonista. O mais engraçado é que ele tenta abrir os olhos da esposa, mas ela só consegue vê-lo como um monstro que, na minha concepção, ele não é.

Apesar disso, os capítulos com foco em Anna foram muito mais satisfatórios para mim do que os do Liévin, não por ele ser um homem acomodado com a sua vida, mas por várias partes em que ele fala sobre economia, agricultura e várias outras coisas das quais, naquele momento, eu não tinha o menor interesse. Não que fosse uma linguagem difícil ou técnica demais, mas para mim só foram um monte de informações que não fariam falta nenhuma caso fossem retiradas, por exemplo.

O que fez, sinceramente, eu me interessar por esse livro foi o fato de narrar um adultério envolvendo uma mulher, e não um homem. Quer dizer, se você parar para pensar, quando um homem trai, arranjam milhares de justificativas para não enxergarmos aquilo como um erro, mas como um deslize ou algo do tipo. Agora, quando uma mulher é inserida nesse papel, a gente consegue ver claramente como as opiniões mudam. Repito, eu não concordo com as ações da personagem em Anna Kariênina, mas é um fato que nos faz refletir bastante.

Para quem tem interesse em ler Anna Kariênina, mas tem medo da linguagem por ser um livro de Liev Tolstói, não se acanhe: não tem nada de difícil nesse livro. Provavelmente esse foi um dos pontos que mais me agradou fora do contexto da história em si, que é um espetáculo.

site: https://www.roendolivros.com.br/
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Tatinha 21/02/2023

Inesquecível!!
Quanto personagem bem construído!! Que livro completo!! Política, amor, religião, agricultura? Confesso que exagerou em algumas coisas e o desfecho não foi como eu esperava! Mas, incrível!!
comentários(0)comente



Júlia 21/02/2023

O que dizer de Anna Karienina? Bom, foi a primeira obra de Tolstoi que li, depois de várias referências a ele em leituras recentes. E só posso dizer que amei! Tolstoi tem, de fato, uma capacidade surreal para entender e expressar no enredo todas as emoções e sentimentos comuns ao universo feminino, surpreende muito que Anna Karienina não tenha sido escrito por uma mulher!

Sobre a história? por mais antipáticos que sejam alguns personagens é difícil sentir total repulsão por qualquer um deles, pq eles simplesmente retratam inquietações, hipocrisias e conflitos reais, agem de forma humana, como se a história não existisse só no livro. É só parar para observar a partir da perspectiva de cada um no contexto. Aqueles que traem, que são traídos, que julgam, que são julgados, tem atitudes não distantes daquelas que nós mesmos tomamos hoje, mas em proporções e realidades completamente diferentes. São relações humanas. Conflituosas.

Quanto as duas histórias principais narradas, de Anna e Liev, achei a trama de Anna mais interessante. Liev fala sobre conflitos relacionados especialmente a fé (espiritual, política, existencial), mas sinto na de Anna a expressão crua dos sentimentos, a pura contradição que somos. Não deixo de imaginar a relação dela com Vronski um tanto abusiva, muita insegurança. E apesar das 800 páginas do livro, a leitura segue tão fluida que quando vimos nossos personagens já amadureceram, não eram mais aqueles das primeiras páginas (ou não!?). Como falei sobre o contexto da história, não posso deixar de colocar minha indignação sobre como a sociedade tratava e enxergava as mulheres e questionar o que podemos fazer pra desconstruir a cada dia os preconceitos e tabus ainda persistentes?

Enfim, apenas leiam, vale a pena!
comentários(0)comente



Pathy 21/02/2023

🤬 #$%!&
Nmrl chorei mds não tinha esse direito sério ele não tinha esse direito. Muito bom, muito bom msm, eu fiquei sem palavras. Leiam pfv gnt leiam e msm nas parte maçantes vale muito a pena
comentários(0)comente



Marcella Fleury Berquó 21/02/2023

Complexidade digna de um gênio, mas foi demais para mim.
Ler "Anna Kariênina" é uma jornada. Sua leitura não foi a das mais agradáveis pra mim, tirando algumas partes que eu fiquei completamente rendida à genialidade de Tolstói, claro. Anna e Vrônski são pessoas insuportáveis, assim como Aleksei Kariênin, os únicos com os quais eu criei simpatia foram Dolly, Kitty e Lióvin. Vale destacar que a importância que o romance tem é inegável. Ele é construído com tamanha complexidade de cenários, personagens, discussões religiosas, políticas e sociais, E A AGRICULTURA etc. que 800 páginas me deixaram cansada e desejando terminar ele o quanto antes. É, com toda certeza, um dos maiores romances já escritos, principalmente quando lidamos com a questão familiar, mas infelizmente muitas partes não me prenderam e eu me obrigava a fingir que estava gostando e entendendo certas discussões e por fim me rendi ao fato de que eu simplesmente não entenderia tudo no livro.
comentários(0)comente



arlete.augusto.1 20/02/2023

Surpreendente
Fiquei surpresa com o quanto a leitura é agradável e a história envolvente. Apesar de ser bem conhecida, com diversos filmes feitos, fiquei cada vez mais curiosa em saber por onde Tolstoi me levaria. Para um livro de 850 páginas, li bem rápido e sem tédio. Interessante a forma como a sociedade russa é relatada, fica bem claro a hipocrisia reinante, a profunda desigualdade social, os profundos preconceitos arraigados numa elite que se julgava superior, mas era profundamente corrompida. Lógico que existem ideias ultrapassadas, que nada têm a ver com o tempo atual, mas isso não ofusca a leitura. As personagens são muito bem construídas, com todas as suas idiossincrasias.
Não dei 5 estrelas, em razão do último capítulo, que não gostei, achei bem ruim inclusive.
No geral, adorei e recomendo, é uma leitura bem menos desafiadora do que eu esperava.
comentários(0)comente



Marcos Aurélio 20/02/2023

Anna. Uma história de amor ou loucura?
Eu já havia gostado de Tolstói em: "A morte de Ivan Ilitch".

Mas Anna Karênina é maravilhoso. Precisei entender o período em que o livro foi escrito, para compreender porque foi extremamente descritivo em algumas partes.

Anna é uma personagem polêmica e controversa. Particularmente gosto de pessoas com coragem de se entregar ao amor, à vida. Sua relação com Aleksei Aleksândrovitch era difícil. Meu senão é quanto as relações afetivas dela os filhos, Serioja e Annie.

Uma história muito bem construídas, personagens estruturados, relações sem arestas.

Stiva é um fanfarrão. Dolly é para ele apenas mãe de seus filhos. Gostei especialmente de Lióvin e Kitty.

As sociedades petersburguense e moscovita estão a postos para apedrejar quem se atreva a viver fora dos padrões estabelecidos no século XIX. Sobretudo, se uma mulher ousar fazê-lo.

Anna quer viver a paixão avassaladora despertada pelo jovem e galanteador Conde Vrônsky. Mas estará disposta a pagar o preço das lâminas afiadas das mulheres que a rodeiam?

Encantadora aos olhos masculinos. desprezada pelas mulheres que muitas vezes desejam o mesmo que Anna, mas não tem coragem de viver.

"A maioria das jovens mulheres com inveja de Anna e há muito fartas de a verem apelidada de justa rejubilavam e esperavam apenas a confirmação da reviravolta da sua imagem na opinião pública para descarregarem nela todo o peso do seu desprezo. Já estavam a preparar as bolas de lama que ele iriam atirar quando chegasse o momento".

Qualquer semelhança com a sociedade atual, não é mera coincidência. E Tolstói nos mostra os efeitos que o "cancelamento" pode ter sobre uma pessoa. Apesar de parecer forte, Anna foi alvo daquele que é o maior mal que se pode cometer com alguém, o desprezo.
comentários(0)comente



Memy.ble 19/02/2023

Um dos melhores.
Anna Karenina é sem dúvidas um dos melhores livros que já li, tenho vontade de ler mais obras do autor
comentários(0)comente



Paula 16/02/2023

É por isso que eu leio livros
Me identifiquei muito com as divagações do Levin. A conclusão final dele sobre por que estamos aqui e sobre religião é o que eu penso também. Acho que Tolstoí nao quis ser tão explícito e incluir a conclusão óbvia de que não importa se vc é católico, budista, islâmico, que todas as religiões revolvem ao redor do mesmo valor, o bem, e basta a pessoa agir de acordo.
comentários(0)comente



Natália 15/02/2023

"[...] cada família infeliz é infeliz à sua maneira."
Em ?Anna Kariênina?, Tolstói mostrou-se um grande mestre. É fascinante como, em toda a obra senti uma mudança repentina de sentimentos e opiniões para cada personagem.
Anna Kariênina, foi uma mulher que sofreu injustiça da parte da sociedade por seu caso amoroso mas, no fim, se mostrou extremamente manipuladora, obsessiva, vaidosa a um ponto que é difícil não sentir por ela algum tipo de incômodo, com suas suspeitas amorosas e a necessidade de ?controlar? através da aparência e cortesia Vrónski e outros.
Além da situação de Anna, há uma grande dança de famílias, Tolstói traz para os leitores temas que envolvem política (fim da servidão, Guerra Sérvio-Otomana, direitos e posição das mulheres fora do casamento), religião, e claro, o próprio casamento.
Destacar que, não é só Anna Kariênina que se relaciona com outras pessoas fora do casamento aqui e é explicito que, quando Oblónski faz o mesmo, não é julgado de tal forma a arruinar a sua vida.

É um livro fantástico, que foi muito além do que eu imaginei.

Recomendo.
comentários(0)comente



949 encontrados | exibindo 226 a 241
16 | 17 | 18 | 19 | 20 | 21 | 22 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR