spoiler visualizarCarolina.Aguiar 20/08/2023
Um livro muito rico e denso, além do enredo principal o autor detalha o cenário que levou ao ponto de destaque. Outro coisa positiva é a forma com que foi escrito, a narração é feita com base não só em pontos de vista variados, mas como se tivesse sido baseada em livros anteriores, escritos por pessoas que vivenciaram os eventos e fica por conta do leitor escolher o que lhe parece mais verídico, apesar de indicar uma possível verdade.
Agora eu vou seguir relatando minha opinião a respeito da monarquia de Aegon I à Aegon III.
Gostei do governo Aegon o conquistador, ele queria a paz de um reino que vivia em guerra, perdoava os inimigos, visitava os aliados e ouvia as queixas do povo. Rhanys doce, mas esperta conquistava o povo usando os bardos e já fazia justiça pelas mulheres. Os dornenses foram espertos e engenhosos, sob comando de Meria Martell, cada um luta com o que tem, não vi desonra, uns tem dragões, outros tem armadilhas.
Aenys foi bondoso, mas não era firme e tomou decisões que custaram o destino de alguns filhos, por ter se submetido aos septões. Seu irmão Maegor de fato foi cruel, a única coisa boa que fez foi queimar a igreja.
Jaehaerys seguiu os passos do avô, tão justo quanto imponente. Tinha sabedoria e capacidade de regência. A rainha Alysanne apesar de acolhedora, sabia se posicionar e ser firme quando necessário, de maneira sagaz ajudava o povo, e com as audiências de mulheres fez mudanças. Rhanys a irmã mais velha deles e favorita do conquistador, de espírito livre a princípio, se tornou amarga devido aos pesares que viveu.
Jaeharys e Alysanne tiveram tantos filhos, uma pena que só restaram 3 antes da rainha morrer. E dois antes do rei. Os primogênitos Aemon e Baelor eram muito capazes, mas nenhum chegou a reinar.
Infelizmente a escolha do conselho pro sucessor desconsiderou a herdeira por direito Rhanys, neta de Aemon em função de ela ser mulher. O reinado de Viserys, filho de Baelor, foi de certa forma pacifico, mas marcado por conflitos internos, e o rei acabou cego pro real tamanho da discórdia que foi criado entre quem ele escolheu pra herdeira, sua filha Rhaenyra e os filhos de sua segunda esposa, Alicent hightower.
Rhaenyra foi usurpada, e em sigilo os verdes tramaram pra o irmão dela aegon, tomar a coroa.
Mas também foi condecorada rainha em pedra do dragão e uma guerra se travou. A princípio ela tinha boas intenções, queria poupar os irmãos, mas depois de tanta traição e perdas, ela perdeu a mão durante o reinado em porto real e acabou se voltando contra as pessoas que a ajudaram a se erguer, paranoica, isso foi a ruína dela. Mas pior do que isso, ela não tinha mais o amor do povo, subestimando-os, ela sequer ousou ir tentar conte-los e o custo foi o último dos seus filhos com Laenor Velaryon, além de seus dragões.
Muitos cavaleiros que deram a vida na dança deveriam ser lembrados de Roddy Ruína à Addam Velaryon. Baela e Rhaena não ficaram atrás do pai Daemon em termos de bravura, ele caiu derrotando o arrogante sobrinho Aemond, enquanto sua filha deixou o "rei" aegon debilitado. Rhaena conseguiu finalmente chocar um dragão e se juntou a revolta contra o Reinado do usurpador.
Covarde e facilmente manipulado, Aegon II não tinha a lealdade da corte. E nobres, aliados da linhagem de Rhaenyra, continuram leais até depois de sua morte, o jovem Benji Blackwood, Alys Black, casa tully e Frey venceram a última batalha, uma batalha ganha por meninos e mulheres. E o serpente Marinha desferiu o golpe final dentro das muralhas do castelo.
Aegon III, filho de Rhaenyra e Daemon Targeryen, foi coroado e tomou como esposa Jaehara, filha de Aegon segundo, unindo novamente a casa da Dragão. Foi lindo o retorno do irmão de Aegon III, Vyserys, quando Aegon junto a nova esposa Daenara Velaryon, foram surpreendidos por Ally Velaryon, que resgatou Viserys, que há muito tinha se perdido. Eu amei a dinâmica entre os irmãos, tão diferentes. O livro terminou amargo com a amargura de Aegon ofendendo uma mão que havia sido boa.