Debora 19/03/2014Eldest - Christopher PaoliniJá faz um longo tempo que li Eragon e só agora tive a oportunidade de ler a continuação, Eldest. O problema em demorar tanto tempo para ler foi que acabei esquecendo algumas informações o que me fez demorar a engatar na leitura desse volume.
O meu personagem favorito era Brom e como quem leu bem sabe, ele morreu. Então o que você faz quando o seu personagem favorito morre? Encontra outro! Eu escolhi o Murtagh. Eba! Agora posso ler em paz! Quem dera.
O livro começa logo depois do final de Eragon, o nosso Cavaleiro anda sobre os cadáveres da grande batalha que os Varden enfrentaram, no entanto a guerra está apenas começando. O início já é acelerado. Temos uma armadilha feita pelos Urgal que acabam matando o rei dos Varden e, supostamente, Murtagh também (e lá se vai meu personagem favorito). Mesmo sobre esse trágico acontecimento que pode causar grande instabilidade na política dos Varden Eragon é obrigado a partir com Arya para Ellesméra, a capital dos elfos, aonde poderá ter o treinamento adequado a um Cavaleiro de Dragão. Mas, ele mal sabe que muitas surpresas o aguardam.
Então, agora depois de ler Eldest escolho Saphira como minha personagem favorita e se o Christopher pensar em matá-la ou denegri-la teremos uma conversa MUITO séria :). O que falar sobre Eldest? Vou começar pelos personagens. Eragon não é mais mesmo, durante o livro em decorrência de seu treinamento ele vai mudando até chegar a um ponto em que sua aparência, pensamentos e atitudes mudam radicalmente. Ao final desse livro, e após mais uma épica e difícil batalha posso dizer que Eragon agora é em todos os sentidos e aspectos um verdadeiro Cavaleiro de Dragão. E eu amo esse novo Eragon.
Saphira está cada vez melhor. Mais companheira, mais sábia (sério gente, o que seria do Eragon sem os conselhos dela?!), mais sarcástica (adoro humor de dragão haha), mais poderosa. Em suma, ambos evoluíram muito nesse segundo volume, mas algo que só decaiu foi a relação de Eragon e Arya. Eragon está apaixonado pela elfa, mas é claro que ela só demonstra frieza e recusa qualquer flerte. Sinceramente, em alguns momentos eu fiquei com muita raiva dela e de sua arrogância élfica, o que me fazia gritar alto de frustração em diversas passagens (minha mãe me achando louca por gritar com um livro, provavelmente ela tem razão, mas...né)
Sobre a história em si. A escrita do Christopher é cativante e tão cheia de detalhes que não sei como ele consegue imaginar tudo aquilo. O modo como ele nos pinta o reino élfico é impressionante, no entanto algumas partes eu achei desnecessárias além de grandes demais. Algumas reflexões são exageradamente longas e muitas vezes fiquei entediada. Mas, as surpresas e belezas no decorrer da história compensam. Particularmente, a aparição de dois personagens que me deixaram de boca aberta, mas não vou falar porque seria um mega spoiler, só digo que Togira Ikonoka, O Imperfeito que é Perfeito não é exatamente quem eu pensava!
Não podemos esquecer o primo de Eragon, Roran. Afinal, o Império também não o esqueceu. Roran ganha grande destaque e capítulos nesse livro, sua vida é diretamente afetada pela situação em que Eragon se meteu e o Rei manda capturá-lo, o que acaba envolvendo todo o vilarejo de Carvalhal. Vou lhes dizer: eu quase dormia nas partes do Roran, exceto por algumas pequenas passagens e pelos capítulos finais que finalmente tornaram-se interessantes.
Em suma, é uma ótima leitura e funciona bem como continuação. Tem um ritmo moderado e os personagens evoluem de forma positiva e cadê vez mais a trama se fecha e as intrigas crescem, o final só te faz querer mais e mais desse universo e a cabeça de Galbatorix pelas maldades que ele continua cometendo. Só sei que Brisingr promete!
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