Livro do Desassossego

Livro do Desassossego Fernando Pessoa
Richard Zenith




Resenhas - Livro do Desassossego


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Maitê 15/12/2021

Uma leitura bem difícil e cansativa. Não sei dizer se gostei de ter lido. Se a leitura foi de fato prazerosa. É um livro que fiz inúmeras marcações, com vários trechos muito bonitos e com reflexões preciosas, mas em sua grande maioria, eram desconexões aleatórias, de um grande mal estar, um desassossego, que afeta também a nos leitores.
_cxmlly 29/09/2023minha estante
Olá, vc está vendendo ou trocando?




oariellucas 28/11/2021

Perfeito...
Fernando Pessoa é um escritor surpreendentemente fantástico. Sou apaixonado desde a 8° série quando fiz um trabalho sobre suas crônicas. Amo demais assim como amo este livro!
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Iasmim.Almeida 26/11/2021

O desassossego da alma.
O livro do desassossego, perdoem-me a redundância, nos causa um desassossego e uma inquietação, na medida em que viramos as páginas, e nos deparamos com os pensamentos mais profundos, as inquietações mais latentes e os devaneios mais singelos de Bernardo Soares, vulgo, Fernando Pessoa; o próprio. Escrito em fluxo de pensamento esta obra nos causa sensações e sentimentos ora tranquilos, ora inquietantes e até mesmo "estranhos. É uma obra completa, na qual, podemos vislumbrar Bernardo Soares, em toda às suas faces e 'pessoas'. O livro do desassossego respira um sonho e aspira possibilidades dele, na mesma proporção em que expressa o desejo latente e real do sonhador em abster- se do real, do factual, do concreto. É um livro tão único e tão intenso que causa uma sensação de sonambulismo, na medida em que enveredamos pelos devaneios, pelas emoções, e pela compreensão singular do mundo pela óptica do nosso protagonista. É um livro para ser lido em pequenas doses, tamanho é o nível de desassossego causado. Contudo, é uma extraordinária! Recomendo demais!
_cxmlly 29/09/2023minha estante
Olá, vc está vendendo ou trocando?




Filippini 22/11/2021

"Tenho uma espécie de dever de sonhar sempre, pois, não sendo mais, nem querendo ser mais, que um espectador de mim mesmo, tenho que ter o melhor espetáculo que posso. Assim me construo a ouro e sedas, em salas supostas, palco falso, cenário antigo, sonho criado entre jogos de luzes brandas e músicas invisíveis"
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Aline 15/11/2021

A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida...
Um livro lindo e profundo... Repleto de pensamentos, frases soltas e até fatos do cotidiano que nos mostra a poesia de viver.
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KKbarros82 20/10/2021

"Deus sou eu"
Ler Fernando Pessoa é uma experiência ímpar. Meu primeiro contato com autor, apesar de amar poesia, não foi pelos versos, mas sim por essa obra tão enigmática.

O "Livro do Desassossego" trás a prosa de Fernando Pessoa ao mundo. Prosa essa pouco conhecida, mas de um domínio grandioso. Sua escrita é de um verdadeiro artista das palavras. O seu domínio ao escrever e da própria língua portuguesa faz da sua escrita em prosa, pura poesia.

Nos seus Desassossego, Pessoa transita do real ou irreal. Do singular a dualidade. Seus temas vão da sua visão da rua dos Douradores à sua noção de mundo sonhado. Tristeza, tédio e desilusão com a vida também são temas recorrentes e marcantes do seu livro.

Mas o tédio e o nojo que a vida trazia ao autor encanta e trás incômodo ao ler. Tristeza é indiferença com a realidade e o mundo faz de Fernando Pessoa uma pessoa melancólico, ou melhor triste como o próprio escritor enfatizou:"Eu não sou pessimista, sou triste".

Pessoa era um argonauta da vida. Um espectador passivo e isso é bem perceptível em seu Desassossego com a existência humana. Existir era incômodo.

Não há mais descrição possível sobre seu livro que seja satisfatória com a requintada escrita desse autor português. Sua leitura deve ser degustada com parcimônia. Devagar até chegar ao ponto onde o leitor perceberá ao folhear que viveu "a vida inteira" em algumas páginas.
re.aforiori 23/10/2021minha estante
Maravilha ver Pessoa sendo merecidamente enaltecido!
Este que, entre todos os poetas, é meu poeta favorito!

???




Marilda 18/10/2021

Opinião e Fragmentos
A obra mais em prosa do poeta.
“Talvez o meu destino seja eternamente ser guarda-livros, e a poesia ou a literatura uma borboleta que, pousando-me na cabeça, me torne tanto mais ridículo quanto maior for a sua própria beleza.”
Amo!
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Procyon 11/10/2021

O Livro da Inquietação:
Esta é uma das maiores e mais sublimes obras de Fernando Pessoa, sendo esta, em prosa, assinada pelo seu semi-heterônimo, Bernardo Soares, o ajudante de guarda-livros, em Lisboa. O romance, biográfico e poético, fora publicado, sumariamente, em 1982. O livro é de todo fragmentado, e parece, em um primeiro momento, uma espécie de estudo da essência da consciência humana - entre muitas outras coisas. Bernardo Soares, de todo este um semi-heterônimo particular, é determinado, pelo próprio Pessoa, da seguinte maneira: "é um semi-heterônimo porque, não sendo a personalidade a minha, é, não diferente da minha, mas uma simples mutilação dela", escrevendo em uma carta, em janeiro de 1935. E talvez se deva ao temperamento de Soares, soando próximo ao do próprio poeta, soando deveras enigmático em seus escritos.

As inúmeras contradições que o eu eu-lírico expressa, no que se demonstra nas contradições, mas, afinal, no que se baseia o homem se não em um ser absolutamente contraditório? No que se fundamenta o ser infeliz que, a todo e a qualquer instante, está prontamente disposto a mudar? A mudança é a evidência mais pura da realidade. Se te é possível perceber a própria mudança, tu és vivo; sim, plenamente vivo. Aquele que muda-se é aquele que não contenta-se com o que é, e nem espera ser algo no futuro: aquele que muda é aquele que age, é o ser vivo legítimo. Quem não vive não abstém-se do sossego. Aquele que não sente o incomodo da vida é aquele que está morto, ignóbil, e inutilmente embriagado com o amor, com a devoção.

O livro é incômodo, e isso o faz de plena sabedoria, que faz o cérebro de qualquer leitor, minimamente atento, dilatar-se e remoer-se de dor (e isto de tanto pensar-se: o sonho causa a dor; o sonho de pensar aquilo que não se pensava, o sonho desejar algo impossível; o sonho resulta em desejo, e o desejo resultado na dor). Das inúmeras vezes em que li algum um trecho deste livro sem devidamente lhe dar a clara e devida atenção, voltei-me a lê-lo de novo e de novo. Pode ser cansativo o processo, mas o processo de pensar e absorver o seu conteúdo vale a pena. O que é a vida se não um processo incômodo de aprendizado? O aprendizado machuca, e isso faz da vida valer a pena ser vivida. Ler este livro é como se injetassem mil alfinetes em seu crânio; é como se lhe deixassem embriagado em um gelo frio e desconcertante.

"Ler é sonhar pela mão de outrem. Ler mal e por alto é libertarmo-nos da mão que nos conduz. A superficialidade na erudição é o melhor modo de ler bem e ser profundo."

"Tenho sonhado demais": sim, demasiadamente; tenho sonhado como nenhum louco jamais sonhou antes; os belos devaneios que me dizem respeito, os sonhos auréolos que não lembro mais; tudo que eu sonhei ontem esquecerei amanhã; tudo que é real em mim é passageiro, pois até mesmo o sonho passa, portanto até mesmo o sonho é real - perfeitamente real. Em seu Exame de Consciência: "viver a vida em sonho e falso é sempre viver a vida. Abdicar é agir. Sonhar é confessar a necessidade de viver, substituindo a vida real pela vida irreal, e assim é uma compensação da inalienabilidade do querer viver." Parece um infectante ultraje que a obra faz em mim próprio, transfigurando-me a uma alma mais sóbria e lúgubre que a de costume; acostumando-me a sonhar o real, ao não ser fútil a ponto de abster-se da solidão, não tendo receio de dizer coisas secamente trágicas. Não tenho sonhado demais, tenho vivido demais. A vida passa, e perco meu tempo sonhando; sim, o tempo, esse mesmo tempo que passa e não volta mais. O tempo que vem e vai, sem nenhuma misericórdia nefasta; totalmente justo é o tempo, que não possui a justiça de sentir pena de algo concreto. O tempo é isso.

"Adia tudo. Nunca se deve fazer hoje o que se pode deixar de fazer também amanhã. Nem mesmo é necessário que se faça qualquer coisa, amanhã ou hoje."

O autor, o modesto autor, ajudante de guarda-livros, também faz aqui sua devota paixão pela Língua Portuguesa (outra identificação), de maneira tão bela que só a prosa poderia permitir. Como ele mesmo diz: "A minha pátria é a língua portuguesa. Nada me pesaria que invadissem ou tomassem Portugal, desde que não me incomodassem pessoalmente. Mas odeio, com ódio verdadeiro, com o único ódio que sinto, não quem escreve mal português, não quem não sabe sintaxe, não quem escreve em ortografia simplificada, mas a página mal escrita, como pessoa própria, a sintaxe errada, como gente em que se bata, a ortografia sem ípsilon, como o escarro direto que me enoja independentemente de quem o cuspisse."

No diário, na sonolência de Pessoa, Soares demonstra os seu sentimentos, o seu desespero, a sua desesperança e o seu pessimismo de forma demasiado profunda através de pesadas entradas, pelos seus escritos íntimos e complexos, que tornam, o livro inacabado, ser, portanto, inesgotável. Soares aqui também revela sua repulsa pela mesquinhez das pessoas a sua volta, visões de mundo de estirpes semelhantes, e, periodicamente, nos momentos certos, fazendo uso de seu modernismo pleno (a ironia, os neologismos, críticas das situações cotidianas, etc.). Ele diz muito sobre a arte, sobre o sonho, sobre a escrita, e tudo mais, de forma fenomenal e inquieta. Se faz ainda uma análise sobre como as pessoas a sua volta possuem sonhos pérfidos e vazios, com um olhar irônico e desapaixonado, até para ele mesmo. Uma obra que demonstra o tédio, a inquietude, a obsessão de sonhar, e o desassosego de viver.

"Nestas impressões sem nexo, nem desejo de nexo, narro indiferentemente a minha autobiografia sem factos, a minha história sem vida. São as minhas Confissões, e, se nelas nada digo, é que nada tenho que dizer."

OBS: A outra estrela faltante se deu por conta da edição razoável.
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gimellomiranda 10/10/2021

Um livro incrível, pra ser lido devagar, pra ser sentido. Acho que a vida toda vou voltar a rever as páginas.
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heloisaikeda 25/09/2021

Um deleite!
Levei mais de dois anos para terminar esta obra, pois quis desfrutá-la calmamente. Marquei diversos trechos que tocaram bem fundo, falando diretamente comigo. Me vejo muito em Pessoa e me encanto com sua escrita. Mesmo quando é difícil encontrar um sentido em seus devaneios, só o ritmo da prosa e poesia, a cadência das palavras já me deleitam. Quero recomeçar a ler tudo de novo agora.
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Cinara... 21/09/2021

"Desejei sempre agradar. Doeu-me sempre que me fossem indiferentes. Órfão da Fortuna, tenho, como todos os órfãos, a necessidade de ser o objeto da afeição de alguém. Passei sempre fome da realização dessa necessidade. Tanto me adaptei a essa fome inevitável que, por vezes, nem sei se sinto a necessidade de comer.
Com isso ou sem isso a vida dói-me."


O assustador é quando você lê o livro do desassossego e se identifica com tudo! Medo!!!
Parece que rasgaram minha alma e leram tudo o que estava lá!
Se tornou com certeza um dos meus favoritos da vida!
Achei até um trecho que o Bartleby um dos meus personagens da literatura favoritos de Melville iria amar!...
" - Adia tudo. Nunca se deve fazer hoje o que se pode deixar de fazer também amanhã. Nem mesmo é necessário que se faça qualquer coisa, amanhã ou hoje.
- Nunca pense no que vais fazer. Não o faças."
Incrivelmente incrível!
Amei e não farei nada! ??
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Malphys 28/08/2021

?Nada mais seu do que a consciência de si?.

Demorei 8 meses para terminar este livro, o meu primeiro do Pessoa. Tenho dificuldade com poesia mas este é um livro muito bom, intenso e profundo. Exige paciência e tempo, cada poema é um mundo novo de sentir. Sobre o pseudônimo de Bruno, Pessoa consegue nos mostrar a personalidade dele e como o futuro era temática angustiante para Bruno, que, o tempo todo, tenta encontrar vida no cotidiano. Vale a leitura.
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julie 25/08/2021

pude chorar, me encontrar nas entrelinhas de um livro que traz sensações que não encontramos hoje na poesia atual. fernando era cru em seus livros, mas quero dize-los sobre a sensibilidade e também a verocidade que prende a cada ponto. tornou-se um dos livros que não tem como colocar preso em uma gaveta. enquanto ainda não sabemos a missão de nossa alma, peço que mastiguem as palavras desta obra por dias.


??há um grande cansaço na alma do meu coração. entristece-me quem eu nunca fui, e não sei que espécie de saudades é a lembrança que tenho dele. caí entre as esperanças e as certezas, com os poentes todos.??
sbvrsve 25/08/2021minha estante
Eu li esse livro tem 10 anos e ele continua na minha cabeceira :)


julie 25/08/2021minha estante
ele é maravilhoso




Musgo0 07/08/2021

Bernardo Soares é muito menos contemplativo do que outros heterônimos de Pessoa e muito mais analítico, desassossegado. Duvidando de tudo e prezando sua individualidade
acaba sendo um solipsista embriagado de sentidos e de metafísica. Ele fala bastante da angústia e limitações de estar com os outros, das suas despersonalizaçoes, e do sonho como fonte de prazer e de coexistência. Soares é o lado esquizóide de Pessoa, mas citando ele mesmo em 'Nossa Senhora do Silêncio':
"[...] curva um voo de ave que parece que se aproxima e nunca chega, em torno ao que eu quereria dizer de ti, mas a matéria das minhas frases não sabe imitar a substância ou do som dos teus passos, ou do rasto dos teus olhares, ou da cor triste e vazia da curva dos gestos que não fizeste nunca."
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Lau 02/08/2021

Livro de estimação
Para mim é genial. Uma leitura reflexiva, em uma abordagem crua do ser humano e sua alma. Nunca foi tão interessante ler sobre o cotidiano, o tédio e a mediocridade
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