Juliana ;* 01/05/2023
Fé no propósito
É sobre isso que o livro se trata, simbolicamente, no meu modo de ver.
Existem propósitos escolhidos, propósitos destinados e propósitos rejeitados e quando estes são acompanhados de fé, imprudência, crença, ímpeto, lógica e medo se encontram para a concretização (ou não), daquilo o que deve ser feito.
Na leitura acompanhamos, principalmente, Bento Lucas que é o predestinado central da história e tem um papel que representa a fé pura e firme (desprovida de raciocínio). Faz o que acha que precisa fazer, sem questionar ou pensar e se aproxima muitas vezes da loucura pra quem, diferente dele, ousa questionar as verdades absolutas ou reavaliar o contexto.
Gostaria de saber qual seria o meu sentimento por ele se acompanhassemos a história apenas pela sua perspectiva sem de fato sabermos se ele vai pelo caminho certo, ou não. Tenho a impressão de que não me vincularia tão bem, porque sou crítica e não costumo seguir cegamente ninguém. Principalmente, se esse alguém negligência as necessidades de seus companheiros.
Às vezes, como a maioria dos predestinados, Lucas parece aquele garoto chato da rua, dono da bola, que toda vez que é contrariado, ameaça acabar com a brincadeira, sabe?
Para além disso, a leitura é agradável, as batalhas são gráficas, os personagens são bem trabalhados, o desfecho inteligente e perspicaz. Fecha a história e pode ser lido individualmente, mas deixa pontos de exploração para o próximo. Gostei bastante!