Ensaio sobre a cegueira

Ensaio sobre a cegueira José Saramago




Resenhas - Ensaio Sobre a Cegueira


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Sira Borges 11/08/2023

Ensaio sobre a cegueira
Não sei se foi a pontuação maluca de Saramago ou o próprio desenrolar dos acontecimentos, mas eu fiquei meio que sem ar em alguns momentos da leitura desse livro.
É tudo tão distante da realidade, e tão perto ao mesmo tempo que chega dar medo! Não de uma epidemia de cegueira, mas do que o ser humano pode fazer, quando acuado...
Não teve como não comparar com a pandemia do COVID. As atitudes, tanto do estado, quanto das pessoas foram muito parecidas e eu acho que é daí que vem o medo... o de não ser tão ficção assim.
Laryssa.Rabelo 11/08/2023minha estante
Tenho muita vontade de ler , mas muito medo de não entender nada


Sira Borges 11/08/2023minha estante
É o medo de muita gente, por conta da pontuação. Mas acredite! A gente entende tudo!!! Por isso é que o cara era um gênio!!


Nilsonln 12/08/2023minha estante
Excelente livro. Muito válidos teus apontamentos.


Sira Borges 12/08/2023minha estante
Excelente mesmo. Já quero ler ensaio sobre a lucidez!




Matheus 04/01/2021

um soco no estômago
Este é um livro sobre sentir. Medo, angústia, revolta, nojo, tristeza, em raros momentos, alegria. Perder a visão, afinal, não te impede de ver através do tato, do afeto, do cuidado.

A "treva-branca" que nubla o olhar sem afetar a fisicamente os olhos, vulnerabiliza também o leitor, tornando-se quase impossível não haver um forte laço entre quem lê e os personagens sem nome do romance, inesperadamente cegos. Nessa jornada, somos convidados a sentir o que sentem os infelizes, a descer ao inferno junto com eles, a examinar como lidam uns com os outros e consigo mesmos.

A escrita de Saramago, com seus parágrafos extensos e diálogos aglutinados à narração, provoca uma sensação inicial de desamparo, as vozes surgem no texto como se fôssemos nós também cegos. Gradativamente, o estranhamento te fisga para um ritmo intenso que te torna refém dessa parábola brutal.
Quando uma civilização inteira perde a capacidade de ver, onde vamos parar? O que afinal te torna humano, de qual substância é feita a tua "humanidade"?

Saramago escreveu uma obra arrebatadora e atemporal. Nenhum leitor sai ileso. E afinal, o mais assustador aqui, por incrível que pareça, não é o medo de ficar cego, mas o de já estar cego. Um cego que vê, mas não repara. Ou quem sabe, ver numa terra de cegos, o que, como ressalta a mulher do médico ao longo do romance, é, em certa medida, não ver.

Kadu (@kadu20es [insta/twitter]) 22/01/2021minha estante
Um dos melhores livros que li até hoje.


Matheus 22/01/2021minha estante
Também! É daqueles livros que ficam com você após a leitura.




Xuneor 09/06/2023

"Cegos que, vendo, não vêem".
Que livro espetacular!
Demorei algum tempo pra me acostumar com o livro e a escrita do autor, o que tornou a leitura um pouco massante, e me fez pensar se tinha escolhido o livro certo.
Mas ainda bem que eu insisti mais no livro, pois foi um dos melhores que já li.
A força do enredo, as críticas sociais, o poder que o livro ganhou (pra mim) depois de passarmos por uma pandemia... simplesmente fantástico.
Mas, sem dúvidas, a melhor coisa desse livro é a Mulher do Médico! a potência que ela adquire com o desenrolar da história... é de arrepiar!
Livraço, leiam!
Caio 09/06/2023minha estante
Saramago é muito bom.




joaoggur 16/01/2023

Visceral!
Termino a leitura de ?Ensaio sobre a Cegueira? embasbacado, brutalizado e completamente sem palavras. Sempre tive vontade de lê-lo dado a sua fama de ser um dos melhores livros já escritos em língua portuguesa (não é a toa que ganhou o Nobel de Literatura? se bem que o Nobel está cada vez mais sendo mal visto), - e, admito, que as polêmicas em relação a ele sempre me fisgaram para ler. Mas quando comecei a leitura, não fazia ideia de como era poderosa e brutal a escrita de José Saramago.

A premissa é conhecidíssima e realmente acredito que se deseja lê-lo, já sabe. Um dia, um homem estava em seu carro quando de repente cegara-se por completo. Diferentemente de outras cegueiras, essa é completamente branca. Ele vai ao oftalmologista, e após inconclusivos exames, volta para casa. Porém, nem o médico e nem seus próximos pacientes sabiam que, naquele mesmo dia, também ficariam cegos. E assim, esse ?mal branco? se espalhou como uma real epidemia.

O conceito da ?epidemia? é interessante. Isso não é um spoiler, mas durante todo o livro Saramago não se dispõe a explicar sobre a epidemia. Não explica os motivos dela começara e nem a fundo (digo ?a fundo? pois os personagens tem suas teorias) como funciona seu contágio. Não explica pois o autor sabe que o livro não é sobre isso. O ensaio não é sobre uma doença. E sim sobre a podridão humana. A doença é só um pano de fundo para ilustrar que, em situações extremas, os seres humanos são muito piores que os animais. Demonstra que, em um ambiente onde há a abolicao de leis, nós não tardaremos de abusar de autoridade.

Também não posso deixar de falar da escrita de Saramago. O autor optou por não pontuar (talvez seja o único ponto negativo do livro? É, talvez), deixando a leitura um pouco confusa. As descrições dele do ambiente são absurdamente boas. Conseguimos sentir os fétidos e apocalípticos cheiros das ruas, conseguimos vivenciar cada uma das cenas. Há uma cena tão grotesca (se leu, sabe qual é) que arrepio-me apenas de pensar.

Não é uma leitura fácil. Não digo isso na questão narrativa ou de vocabulário, e sim quando tratamos de obras ?pesadas?. É um livro muito pesado. Terminamos a leitura realmente cabisbaixos, sem esperança na humanidade. Esteja preparado para se deparar com algo visceral: porém, saiba que será uma das melhores escritas que lerá.
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Mada 18/05/2020

E acabou.
Gostei muito, muito mesmo. Só não dei as cinco estrelas completas porque o final me pareceu meio "corrido". Mas pensando bem, é assim mesmo a vida, os finais "não tem graça", e é exatamente aí que reside "a graça".
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Marcos Santos 09/04/2021

A desordem e a esperança
Uma história instigante que mostra como uma doença misteriosa pode levar as pessoas agir de modo animalesco e violento, e como ausência de ordem pode acarreta a desordem e os caos, e que as os indivíduos perde a sua humanidade e racionalidade. Uma leitura bem desafiante mais ao mesmo tempo enriquecedora.
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Romildo 24/03/2020

Um fictício mundo alastrado pela cegueira transforma a população. Como seria na vida real??
No meio de uma quarentena, resultante da pandemia do Covid-19, está eu a ler um livro que trata similarmente de quarentena, pandemia(no livro retratando como epidemia), dúvidas, medo, entre outros fatores... Mas o assunto principal não sendo a gripe, e sim a cegueira. Que louco kkkk
Quando terminei o livro fiquei com a sensação que não consegui desvendar e capturar 100% o que o autor tentou passar. Já faz um bom tempo que fiquei sabendo da existência dele(mais ou menos uns 3 anos atrás kkk), até indiquei para uma amiga, que leu e amou. Só que na minha vez de ler não consegui sentir a energia que ela tentou me passar ao falar do livro, achei a narrativa tão confusa em algumas partes. Eu lembro que ela falou sobre os pontos no lugar das interrogações, mas eu não entedi qual foi o propósito ou foi um erro de impressão mesmo, eu escutei coisa na época e agora tô vendo coisa aonde não tem kkkk.
OBS.: Mesmo com esses fatores anteriores, consegui notar várias críticas sobre assuntos diversos. A parte da Igreja foi a que mais gostei.
Foi interessante acompanhar a trajetória de uma população dominada pela cegueira e os relatos de uma pessoa que ver no meio do caus. Resumindo os acontecimentos com uma frase do livro: "Só num mundo de cegos as coisas serão o que verdadeiramente são." Como: vários tipos de caracteres, falta de organização do Governo, fome, violência, oportunistas...
Adriana1090 24/03/2020minha estante
Eu amo esse livro!




Yanka 30/03/2020

Cegos que, vendo, não vêem.
Como foi difícil ler esse livro no momento em que estamos vivendo.
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Regiane.Nogueira 23/07/2020

Perturbador
"Este é um livro francamente terrível com o qual eu quero que o leitor sofra tanto como eu sofri ao escrevê-lo. Nele se descreve uma longa tortura. É um livro brutal e violento e é simultaneamente uma das experiências mais dolorosas da minha vida."- José Saramago

Ensaio sobre a Cegueira narra a história de uma epidemia de cegueira branca que se espalha por uma cidade, trazendo o caos e abalando as estruturas de uma sociedade civilizada.
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amandabcca 11/02/2023

Impactante e extremamente forte.
Uma epidemia de cegueira geral assombra uma cidade, onde a transmissão é misteriosa, não se sabe como conter, se é contagioso, ou se simplesmente aparece, boom, mágica.

Num cenário apocalíptico, onde todos estão cegos, a humanidade se vê em desespero, c a o s instaurado. Nada é de ninguém, comida é um privilégio, condições insalubres e mais desespero.

Não recomendo para leitores sensíveis, é extremamente visceral e gráfico. Você basicamente sente o cheiro pútrido de cadáveres em decomposição ao decorrer das páginas. Além disso, há violência, abuso e etc. São vários gatilhos, por isto adianto, não é uma leitura fácil. Ainda por cima, podemos frisar que a escrita também não é a mais compreensível, pois não há novos parágrafos para diálogos, o texto pode ser confuso se não prestar muita atenção.

Gostei bastante, porque esse tipo de literatura me agrada (cadelinha do Raphael Montes), e me faz refletir demais sobre nossos comportamentos, e tirei diversas metáforas dessa obra.
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Hanna.Ramos 05/06/2020

Livro atemporal
O livro conta a história de um país onde toda a população ficou cega repentinamente. O desenrolar do acontecimento, o modo como o Estado lidou com a situação e os novos conflitos sociais são narrados com exímio pelo autor. Um ótimo livro para os tempos de pandemia.
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Laís 04/02/2022

?Se não formos capazes de viver inteiramente como pessoas, ao menos façamos tudo para não viver inteiramente como animais.?
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Paulo Freitas 25/04/2021

Uma cegueira branca se espalha de repente e os infectados são colocados em quarentena. A partir daí, o caos se instala e questões humanas são expostas de forma chocante. O livro que proporcionou o prêmio Nobel de Literatura em 1998 a José Saramago nos traz a responsabilidade de ter olhos quando os outros os perderam. A sociedade presente nessas páginas retrata assuntos da nossa realidade: ética, egoísmo, caráter e incapacidade de enxergar as coisas são alguns deles. Personagens sem nome, cidade não especificada. Seria esta uma história que pode acontecer em qualquer lugar do mundo a qualquer momento?
Na 25/04/2021minha estante
A escrita é difícil ?


Paulo Freitas 26/04/2021minha estante
sim, requer um pouco de atenção para não se perder na história.


Paulo Freitas 26/04/2021minha estante
mas depois de um certo tempo vc acostuma.




Félix 01/04/2022

Ficaremos todos cegos
Começo dizendo que foi meu primeiro contato com o autor, estava com receio de ler por falarem que a linguagem era complicada, adiei a compra do livro várias vezes até que um dia achei na biblioteca (ou o livro me achou), me encurralou e eu levei. A linguagem se mostrou um pouco difícil no começo mas não é um dragão de 7 cabeças, você se acostuma logo se perceber o estilo de escrita.

Esse livro me encantou, os pequenos detalhes como os personagens sem seus nomes, as criticas sociais, a forma como ele construiu as personagens femininas, eu não pensei que teria isso tudo tão bem elaborado, uma escrita de encher os olhos, muito rica. Essa leitura me deixou bem feliz, esse ano já li bastante livro mais contemporâneo e de escrita mais simples então foi bom ler esse livro pra quebrar um pouco isso.

Para os que tem interesse mas tem receio, assim como eu tive, perca tempo não, as vezes o medo e receio nos impede de conhecer muitas obras boas. Se ta achando difícil, lê devagar, aprecia com calma, eu queria ter lido mais devagar mas acabei engolindo o livro em 4 dias.
Mal posso esperar para comprar o livro e fazer uma releitura, só não assisti o filme ainda por preguiça.
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Rafael 23/04/2020

"Morrendo o bicho, acaba-se a peçonha"
Esse foi o meu segundo livro do Saramago. O primeiro havia sido Intermitências da morte. Acredito que me adaptei melhor com a pontuação, ou ausência dela,característica do autor. Trata-se de um livro cujo tema nos deixa ligados a todo momento, esperando como o enredo irá se desenrolar. Imagine só, de repente uma cegueira branca começa a se dissipar sobre as pessoas com uma rapidez inimaginável. Assuntos como pandemia e quarentena vieram muito bem a calhar nesse momento de COVID-19. O que acaba tornando a leitura um pouco mais angustiante. Nesse ano, ainda havia lido Sapiens e visto o filme "O poço". Algumas inferências podem ser feitas com base nessas três obras. Principalmente sobre o comportamento egoísta do ser humano. Em Sapiens o autor fala que a capacidade de colaborar da espécie foi um dos fatores determinantes para seu destaque entre outros primatas. Mas colaborar com que propósito? Servindo a que fim? Escravidão e outros horrores conduzidos pelo homem, como a inquisição, são lembrados pelo autor. No livro de Saramago, o medo das pessoas ainda não contaminadas as levam a uma espécie de surto, não são capazes de ajudar as pessoas cegas e ainda tem a capacidade de isolá-los e abandoná-los a própria sorte. O livro tem cenas extremamente pesadas como a retenção de todo alimento no confinamento e o preço não monetário cobrado pelos alimentos durante essa quarentena a que os contaminados foram submetidos. Outra cena que chama atenção é a da igreja com as imagens vendadas dentre outras bem construídas, como o banho de chuva das mulheres após um período difícil de abandono. Outro ponto que vale destacar são as sacadas de Saramago, antecipando algumas cenas, esclarecidas no decorrer da história e colocando alguns ditados populares que acabam deixando o texto ainda mais interessante! Resumindo: uma obra que vale a leitura, com calma e paciência. Afinal, foi essa obra que possibilitou o Nobel de 1998 ao autor.
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