Anne 17/05/2022
Esperar, e ter esperança!
Sempre me sinto perdida para resenhar uma obra de peso. E nossa, que obra! Que escrita, que filosofia!
A história se inicia no início do século XIX. Edmond Dantès, um jovem marinheiro com um futuro próspero e feliz pela frente, acaba de substituir temporariamente seu capitão morto, executando seu último desejo à risca e honrosamente.
Em seu retorno, não vê a hora de chegar para encontrar sua noiva Mercedes e seu amado pai, o velho Dantès.
Sua felicidade, entretanto, atrai olhares invejosos, de maldade extrema. Seu destino então é ceifado pelos invejosos, e o doce e bom Edmond é jogado nas masmorras do Castelo de If "para sempre".
Que sofrimento o jovem Dantès passa.. é imensurável cada minuto de sua agonia a imaginar o que foi feito de Mercedes, e de seu velho e caro pai.
O sofrimento, é sabido, é pura filosofia de vida; e foi um mestre para o nosso aventureiro. Tentar colocar aqui, em palavras, as transformações em nosso protagonista, seria em vão. Basta dizer que, uma vez ressurgindo como o terrível (e ainda bom) Conde de Monte-Cristo, nosso caro grão-Senhor brinca de Deus. Ele vê tudo, ele sabe de tudo, ele não só prevê, como ele é a causa de destinos e desvios; trazendo a justiça aos seus carrascos. A cada um que, sem titubear o empurrou aos ponta-pés calabouço abaixo. Ele consegue atingir seu objetivo? É, o temível Conde, capaz de executar seus planos à risca tal como planejou? Só as 1304 páginas poderão revelar.
Uma das coisas que mais agradam na leitura, além da trama rica, são os muitos pensamentos inteligentes e de reflexão sobre o homem, sua natureza e a sociedade.
É preciso ser um leitor muito desatento para não concluir a leitura com o espírito mais sábio.
Enfim, concluo recomendando fortemente esse clássico. É um daqueles livros que não podemos passar pela vida sem conhecer.