Resenhas - Os Sofrimentos do Jovem Werther

Literathatha 28/10/2023

Queria ter gostado mais
Eu sempre me sinto culpada quando não amo um livro clássico. Eu vejo o valor neste livro. Mas minha avaliação é sempre baseada na capacidade do livro me surpreender e me instigar. Sei que é uma avaliação rasa, mas é uma forma autêntica de dar minha opinião.

Thalezito 28/10/2023

O amor que se transformou em melancolia
Os Sofrimentos do Jovem Werther é um dos romances mais belos e o ao mesmo tempo triste, que eu já li. A força poética desse livro é impressionante, Goethe realiza uma valsa com as palavras e com as frases, sendo que qualquer capítulo possui alguma frase que vale a pena ser emoldurada.
A prosa também é excelente, a história se trata do amor que Werther cultiva por Carlota, e quando esse amor não é correspondido, pois ela está prometida a Alberto, ele entra em estado de amargura e melancolia, com esse sentimento não correspondido consumindo ele por dentro. E acaba levando a um trágico final.
Na época que foi lançado, este livro levou a vários jovens amargurados realizassem a mesma ação que Werther, mostrando a força que esse romance teve e que mantém até a hoje seu status de clássico.
Recomendo!

maria_mannu 26/10/2023

Goethe eterno
O que uma paixão não faz ao homem ?
O livro é feito em forma de cartas que deixa a leitura mais interativa e apesar da obra ter sido produzida a mais de dois séculos, ainda é um assunto bastante atual. Vale muito a pena a leitura, Goethe é sensacional demais!!!
"Uma coisa é certa: não há nada neste mundo que se faça mais necessário ao ser humano do que o amor." Apesar deste machucar.

+Uma 25/10/2023

O título que melhor descreve o livro realmente, sofrimentos e mais sofrimentos!
Farei mais comentários soltos do que uma resenha propriamente dita.
Qualquer obra que traga sentimentos tão conflitantes e que traga um entendimento variado em leitores diferentes, merece o respeito.
O livro se baseia nas cartas de Werther em grande parte escritas a um amigo, não é meu primeiro contato com livros assim, mas é interessante acompanhar através de pequenos fragmentos e devaneios de um só personagem.
Quem não se lembra do seu primeiro amor, e a intensidade do sentir misturado com as incertezas do futuro. Werther mostra todo esse amadurecimento interno, que começa pela paixão avassaladora e se transforma em uma crise emocional de dor e sofrimento quando não correspondido.
Acho que se lido em outras épocas eu teria me identificado com o personagem, mas no meu estado atual só consigo sentir pena por ele não conseguir ver além, por não ter esperado... enfim, juventude drástica.
Ao meu ver, melancólico demais, mas vale a leitura pelas reflexões nele contidas.
Cotes:
“...Não poderia desenhar nada agora, nem sequer um traço, embora jamais tenha sido tão
grande pintor quanto neste instante...”
"...Num piscar de olhos tudo se modifica em mim. Por vezes um doce clarão de vida que voltara a surgir e iluminar-me com uma vaga claridade, mas ah... ele dura apenas um momento!..."
...“Eu era”, prosseguiu ela, “uma das mais medrosas. Mas, afetando coragem para a dar aos outros, fiz-me eu mesma corajosa.”

Tatianaa0 25/10/2023

Me identifiquei muito, não sei se devo me preocupar?
Li esse livro em um momento difícil como alguém que sofre de ansiedade e depressão em níveis elevados. Ler as cartas de Werther e perceber que sua maneira de enxergar o mundo é parecida com a minha me ?quebrou? mais do que eu gostaria. Por sorte, não me deixo guiar por paixões avassaladoras ou claramente eu já teria tido um fim pior que o dele.

Largando o drama pessoal de lado, essa obra PRECISA ser lida. Pela época em que foi escrita, pela maneira como foi escrita, por ser um marco da literatura alemã, definitivamente: Werther é um daqueles livros necessários porque, de um jeito ou de outro, nos leva a refletir.

No mundo de hoje onde saúde mental aparentemente é tratada como um assunto sério, ainda há quem diga que é frescura. Toda nossa tecnologia reforça padrões impossíveis de serem alcançados e que geram frustrações e podem acarretar um suicídio. Por isso, ler esta obra de Goethe se faz necessário nos dias de hoje porque Werther não tinha Instagram, nem Facebook ditando uma vida absolutamente perfeita, contudo, não impediu que ele se deteriorasse tanto ao ponto de tirar a própria vida.

Michel.Nascimento 22/10/2023

A história se dá por um amor proibido. É escrito através de cartas que o personagem principal se comunica com seu amigo. Nestas cartas há muitos devaneios e reflexões sobre seu dia a dia.

Isabelle.Valentim 22/10/2023

Um Complexo Romance
A maneira como é retratada a paixão que Werther sente por Carlota, que se torna a fonte da sua felicidade e posteriormente da sua desgraça, é algo tão complexo e perturbador de se ler. Mas ao mesmo tempo, nos traz uma vontade de viver um romance regado desses mesmos fortes sentimentos, porém, com um final feliz.

gstvmts 21/10/2023

Obra-prima de Goethe
Não sei se me faz bem consumir este tipo de leitura. Fico consternado, imaginando e desejando, em algum dia, encontrar um amor tão sublime quanto o de Werther. Sentir-me tão vivo quanto ele. Não dissuadir-me, nem por um instante, dessa paixão que existe tal como um objetivo último de vida.

Será que isto é ainda almejável na sociedade de hoje? Nos tempos modernos? Na sociedade líquida? Oh! Maldito serei eu, caso Deus não me conceda tal desejo.

Mr_Clio 17/10/2023

Que livro deprê!
Não foi esse exemplar que aqui aparece que eu li, mas uma edição argentina dos anos 40 que tem na biblioteca da USP. Tive que me forçar a ler o livro até o fim, pois o personagem já estava me irritando.
Conversando com uma professora de literatura, fiquei sabendo que o livro chegou a ser proibido pouco depois da publicação, pois teria motivado uma onda de suicídios.

Matheus.Biavati 17/10/2023

Como não morrer de amores por essa obra?
Impressionante a forma como o autor consegue transmitir a essência do que é estar apaixonado , motivo pelo qual cativou tantos leitores desde a sua publicação, que em algum momento da vida provavelmente se identificam em menor ou maior grau com o protagonista. A forma como a ambientação e o estado emocional do protagonista são transmitidos através da narrativa epistolar em cada momento do romance constituem um trabalho magnífico. Muito além da história de amor que se dá como o fio condutor desse livro, ele aborda diversas temáticas, como suicídio e a busca pela felicidade, de maneira interessante e nos leva a refletir a respeito.
Importante destacar o trabalho magnífico feito por Maurício Mendonça na tradução dessa edição da penguim, trazendo um livro de leitura muito tranquila e fluida mantendo a essência da obra.

Gabrieli 15/10/2023

Válido
O livro é bastante dramático, o romance é o foco principal o tempo todo. Werther é um personagem intenso e de certa forma tudo o que sabemos se passa na mente dele, então todo acontecimento é retratado de forma exacerbada. Não foi uma leitura complexa, mas ao mesmo tempo não foi uma leitura leve de forma alguma (inclusive devido a uma temática recorrente do livro...spoiler)

Procyon 15/10/2023

Os sofrimentos do jovem Werther ? comentário
?Que a vida humana é apenas um sonho outros já disseram, mas também a mim está ideia persegue por toda a parte.? (p. 23)

Fiquei um tanto surpreso após ler este livro e travar contato com várias interpretações da mesma obra. Este romance epistolar, precursor do romantismo, me parece direcionado a uma afirmação subjetiva, calcada profundamente num lirismo que é impressionante. Werther ? o *jovem* Werther ? é um personagem que, a primeira vista, me pareceu um tanto narcisista, com uma sensibilidade exacerbada, repleto de um sentimentalismo nocivo (não à toa, muitos o associam à figura do emo contemporâneo). Claro que muitas destas minhas impressões podem ser verdadeiras, todavia, Werther (o personagem/livro) é mais do que isso. Este eterno jovem, que está em perene crise emocional, que alimenta um amor ? ou paixão ? autodestrutivo, que transmite uma afetação e uma irreconciliação com a vida, me parece representar todos os jovens (ou pelo menos um ideal moderno de juventude). Parece carregar todo o ímpeto da juventude, em meio a tempestade que é este mundo. Muito disso se manifesta, por exemplo, na dualidade ciência/coração, ou mesmo nos humores do personagem, que interferem no clima.

Werther mantêm a contradição que é a paixão pela harmonia da natureza ? representada pela figura de Charlotte/Carlota ? e do sofrimento perante a sua inadequação ao próprio destino. Vejo esse sofrimento de Werther não digno de pena, ou chacota, mas sim de reflexão. Isto, pois, o assunto culminante do livro, é algo digno de reflexão. (Há alguns dias atrás, eu estava no trem em direção a Porto Alegre, a trabalho, e todas as linhas haviam sido interditadas por conta de um único homem, que eu e muitos nem sabem quem é, e que, ao que tudo indica, veio a se jogar nos trilhos, fez-me recordar deste livro e levá-lo um pouco mais em consideração). Werther, enfim, personagem em contradição com o mundo e com a si próprio, foi condenado a viver numa realidade trágica. Quantos não conhecem/conheceram um Werther?

Guacira.GonAalves 14/10/2023

Um livro bonito, mas com excesso de textos extras. Conta a história de Werther, um jovem que se apaixona por uma moça que já está comprometida e que fez essa promessa a sua mãe em seu leito de morte de que se casaria com Albert.
Werther se mantém firme como amigo e sofre com isso até decidir tirar a própria vida. Adorei o livro.

Isaac 14/10/2023

: Confesso uma (não tão) leve demora para escrever sobre esse livro, mas o tempo de certa forma enriqueceu um pouquinho meus pensamentos sobre ele, e lendo minhas anotações, estou pronto para encarar essa jornada de escrita, eu acho.
: Um clássico na literatura alemã, “Os sofrimentos do Jovem Werther” foi e ainda impacta pelo seu protagonista cheio de conflitos sobre o indivíduo e seu pertencimento no mundo, sua interação na sociedade e sua relação com a religião, em especial com Deus, além do que leva muitos a lerem, acredito eu, o seu não relacionamento com uma mulher que está prometida a outro.
: Apenas vê-lo como essa história de um amor não correspondido junto a um fim trágico, faz-se perder muito do que a obra pode oferecer de reflexão, impressões, reações ao leitor. Queria destacar primeiramente o aspecto questionador de Werther que, em vários momentos traz para o leitor suas impressões sobre como ele, de certa forma, avalia a vida, seja nos seus desejos ideais, quanto no que acredita ser ela nua e crua, um toque forte de pessimismo e sinceridade para o que todos passamos pelo trajeto de viver. Seu olhar observador às outras pessoas, junto a seus sentimentos, reações de felicidade, prazer, era uma forma dele procurar entender algo que ele sentia faltar nele para ver sentido em sua vida.
: Uma polêmica sobre o livro está no fato como ele aborda o tema suicídio, em especial, como Werther lida com essa ideia de forma romantizada, vê o suicídio como forma legitima e honrosa de encerrar sua vida dependendo das circunstâncias. Em parte do livro, ele conversa com o noivo de Charlotte, Albert, sobre uma mulher que tira sua vida após perder o cerne de sua existência, um homem a quem se apaixonou muito. Werther vê essa atitude como a única possível para atender uma vida em paz. Além dessa passagem, seus desejos suicidas são vistos quase como um meio de chegar até Deus, onde estaria em paz consigo mesmo.
: Sobre o elefante na sala, existe um choque entre o momento anterior e posterior ao encontro de Werther e Charlotte na história, as cartas enviadas a Wilheim com uma aparente monotonia de impressões das pessoas da região, se tornaram um deleite de emoções vindas do remetente, uma revolução acontecia dentro da mente desse jovem e que é desenvolvida até o final. Sem decorrer nos detalhes, o declínio do protagonista foi narrado de forma apreensiva, dolorosa, ver alguém com tantos sentimentos, conflitos, sendo dominado por uma necessidade irracional de um amor que logo sabemos o destino, foi cruel, não apenas para quem lê, mas também para quem foi o motivo, Charlotte embora não tenha um ponto de vista narrado, o impasse de se relacionar com o prometido, o confortável, o racional, a “escolha certa”, ou de manter contato com alguém que sente muito por muito pouco.
: “Tantas vezes sentimos que nos faltam algumas coisas e justamente o que nos falta parece estar de posse de outra pessoa, a quem ainda somamos todas as qualidades que temos, além de certa satisfação idealizada por nós. Assim, a felicidade está completamente pronta no outro, uma criação de nós mesmos”.

Jess 12/10/2023

Não tenho muito o que falar sobre o livro, além de que é uma leitura extremamente melancólica e que acaba ficando um pouco chata em suas partes finais. Não é mesmo o meu tipo de livro, mas precisei ler para a faculdade.