Amanda 29/06/2021Show me the places where the others gave you scarsSerá que é cedo pra dizer que From Blood and Ash é minha mais nova obsessão literária? Porque fazia tempo que eu não ficava obcecada com um livro a ponto de pensar nele o tempo todo, sabe aquela sentimento de "não vejo a hora de voltar pra essa leitura?" Então. Me apaixonei demais por essa fantasia. Ela chega em outubro em português pela Galera Record.
No Reino de Solis, um reino divido por grupos e regado pela religião, todo terceiro filho de um casal deve ser entregue aos deuses para a "Ascenção." Nesse reino vive nossa protagonista, Penelophe, também conhecida como Poppy, a nossa "Maiden" (que podemos traduzir para Donzela) e "Chosen" (A Escolhida), que desde criança foi criada para esse grande momento. Vocês podem achar que por ela ser especial isso significa que ela vive cheia de privilégios, certo? Mas longe disso, Poppy vive reclusa, com diversas regras impostas a ela, por exemplo, ela não pode beijar, namorar, nem demonstrar afeto seja abraços ou toques em público. Ela é vista como alguém sagrado — usa até um véu para cobrir o rosto — sendo assim, precisa ser virgem, pura, caso contrário é considerada indigna dessa posição. Deve seguir as ordens de todos os superiores à ela, caso contrário sofre punições severas. Ela tem dois guardas que a escoltam e aonde quer que ela vá. Além disso, não é permitido que ela saia do palácio sozinha. Até que uma noite, Poppy decide sair escondida para jogar cartas com os guardas na Red Pearl (um estabelecimento semelhante à um bordel), ao ser confundida com uma das mulheres que trabalha lá, ela acaba por conhecer Hawke, e é clichê dizer isso mas a partir daí tudo muda MESMO.
Poppy é um ponto fortíssimo nesse livro, ela me encantou pela sua força e coragem. Ela não é o que esperam que ela seja, ela questiona suas ações e o papel dela a todo momento e eu adoro isso nela. Como é em 1° pessoa, pra mim foi fácil demais me conectar com a personagem. Hawke me ganhou por sua personalidade, o sarcasmo, o senso de humor, como ele enxerga e trata a Poppy, pois ele não a vê por o que ela é mas por QUEM ela é. Ambos possuem cicatrizes externas e internas profundas. Ele sempre a elogia e a motiva a dar o seu melhor e é cada coisa linda que esse homem diz, tudo pra mim! A química que esses dois tem então? Eu passo muito mal.
Enfim, eu amei esse livro, o romance me conquistou 100%, assim como a fantasia. É interessantíssimo como esse mundo funciona, apesar de ser confuso no começo e eu ter me sentido meio perdida, isso não afetou o quanto essa história me viciou. A escrita da Jennifer é maravilhosa.
O final foi frenético, muitos acontecimentos, muitas revelações. Fiquei o tempo todo tentando adivinhar o plot e algumas coisas acertei, outras fui pega de surpresa. Pretendo logo começar o segundo da série, pois a última frase do livro... surto.
PS: não teve como não ouvir "willow" da Taylor sem associar essa música a eles, principalmente nesse trecho do título da resenha.