Elexandra.Amaral 08/10/2020"A esperança é algo perigoso." Quando abri “Rilla”, pela primeira vez, não havia uma grama de entusiasmo em mim. Em vez disso, havia o temor da despedida e toneladas de desprezo pela protagonista, a qual julguei, após a conclusão do primeiro capítulo, ser tão frívola e insossa quanto a maioria das heroínas femininas dos sempre açucarados e nada interessantes chick lits.
Rilla, concluí depois de alguns capítulos a mais, era mesmo o que pensei a princípio. Mas não estava destinada a assim continuar até o fim da estória. Não, como personagem nascida e criada no coração de Maud, ela estava destinada a ser esfuziante, encantadora.
Este querido livro nos recorda que não há vitória sem sacrifício e que “não há prova de amor maior que doar a vida pelo irmão”. Aproveitando-se, aliás, de nosso coração aberto, ele nos apresenta ao real significado da palavra “desapego” e comprova o que disse o Coronel Mackenzie em “1917”: “A esperança (sobretudo para quem fica) é algo perigoso.”