Aisha Andris @AishandoBooks 13/05/2024
Uma das melhores protagonistas femininas que já conheci
Eu me apaixonei por este livro desde o início por dois motivos: a construção sensacional de mundo (tem como não surtar com um reino vampírico inspirado no Império Romano?) e a protagonista que, desde o início, já deixa claro que é uma v@dia ambiciosa com poucos escrúpulos que faria o necessário para se dar bem. Morena sarcástica e gostosa de passado sombrio que se fala, né?
A história já começa com fogo no parquinho, com nossa linda “mocinha” (que de mocinha só tem o nome mesmo) Belladonna aproveitando a vida mansa proporcionada por mais um dos homens que ela deu um golpe… cof cof, que ela seduziu com sua beleza avassaladora (a bicha passa toda a vibe da Teresa, aquela personagem icônica interpretada pela Angélique Boyer na novela que está reprisando pela milésima vez no SBT, e eu simplesmente amo isso), porém desta vez ela acaba sendo desmascarada e precisando fugir de soldados especializados em caçar vampiros.
A fuga dura pouco, e Belladonna termina sendo capturada, no entanto, em vez de ser morta como esperava, ela acaba indo parar nas mãos do Senado romálio, que espera usá-la como fantoche após a morte do rei e do príncipe herdeiro, já que ela é a última Sarelli restante, mesmo sendo uma mera bastarda. Eles querem torná-la a nova imperatriz apenas no nome, forçando-a a escolher um dos príncipes como marido para que ele governe pra valer. Só que esses velhos nojentos nem imaginam que levaram uma loba para dentro do cercadinho de ovelhas e que ela vai passar por cima de todos eles e virar a rainha da p0rr@ toda.
Isso é o que vou falar sobre a história, mas já adianto que tem tudo que a gente ama: uma protagonista incrível que cresce muito ao longo das páginas, um universo sensacional e super bem desenvolvido, intrigas políticas, tretas, tretas e mais tretas, personagens secundários apaixonantes, principalmente os amigos que a Belladonna vai fazendo pelo caminho e se tornam a família que ela nunca teve (found family é tudo de bom, né?), muita sororidade e, é claro, um romance caliente que rende cenas que devem ser lidas com o ar condicionado ou o ventilador no talo.
Porém, entretanto, todavia, diferente dos outros livros da Laura, o romance acabou sendo a coisa que menos me prendeu à leitura. Eu adoro a dinâmica do Lucca com a Belladona, tipo assim: ele dá de presente de noivado pra ela um vitral lindo formado pelo sangue dos inimigos dela, tem como não surtar com isso? Só que eu achei a transição do “enemies” para o “lovers” um pouco abrupta. Num momento, ele estava lá apunhalando ela e, no outro, estava virando amiguinho e fazendo de tudo para ajudá-la a conquistar seus objetivos. A Belladonna é maravilhosa e achei super válido ele cadelar ela por isso, mas faltou alguma coisa ali no meio para eu comprar melhor essa história.
No fim, o que realmente me fez favoritar este livro foi a jornada da Belladonna até conquistar a coroa, é impossível não amar essa mulher vendo o quanto ela é inteligente, o quanto ela é f0d@. Sério, ela já foi direto pro topo da lista de melhores personagens literárias femininas que eu conheço, junto com a Aelin, a Lidia Cervos, a Poppy, a Sera, a Mia Corvere, entre outras mulheres incríveis que eu cadelo. O momento em que ela derrota seu inimigo pra valer, então, foi construído de um jeito que me fez roer as unhas de tensão e surtar quando o plano todo foi revelado. Só não dou 5 estrelas por conta do que já falei sobre o romance e por não ter tido nenhuma surpresa ou reviravolta relacionada ao vilão, ele era quem a gente já sabia e pronto.
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