Rodrigo Gomes Vianna 19/05/2024
O rei dos dividendos
"Logo cheguei à conclusão de que a previdência compulsória, essa mesma que todos hoje têm pelos INSS, não possuía uma estrutura capaz de sustentar o cidadão como uma provedoria que lhe proporcionasse uma vida boa. Minhas pesquisas me levaram ao mercado americano. Lá, não havia previdência pública, a pessoas se aposentavam pelas empresa. Em seus anos produtivos, elas comprava ações que pagassem dividendos, e esses dividendos respondiam pela renda de boa parte da população quando finalmente chegava a hora de se aposentar... Nos Estados Unidos, as pessoas se mantinham graças aos dividendos quando deixavam de trabalhar."
"Hoje, olhando para trás, penso em tantos homens fortes da época como pessoas que, na vida real, pouco entendiam de economia. Queriam cargos e eram PHDs em holerites. Hoje são aposentados pelo Estado, sujeitos ao limite do que o Estado pode pagar."
"Ao meu redor, quase todo mundo tinha poupança e eu era visto como um apostador, alguém que lançava mão de estratégias temerárias e misteriosas (ainda hoje, meio século mais tarde, há quem se aferre à poupança por considerá-la um investimento seguro, o que me parece insanidade). Fato é que eu tinha estudado detidamente a caderneta de poupança e concluí que ela mal corrigia os valores aplicados."
"Não entendo como há gente que se contenta com taxinhas de 4% ao ano em um fundo de renda fixa quando isso pode representar 10% da sua inflação pessoal. Costumo dizer que, no Brasil, não temos renda fixa: temos perda fixa."
"Com orientações do Barsi, fui comprando ações ao longo desses quase 30 anos de convivência, sem grandes especulações, e meu pequeno capital se multiplicou quase uma centena de vezes. Pelos cálculos mágicos do governo, minha aposentadoria terminou sendo de apenas quatro salários mínimos (atualmente, o teto da previdência é de R$7.786,02), um tombo muito grande em relação aos meus ganhos anteriores."(Comentário de Luiz Carlos Cintra)
"Nos Estados Unidos, não há caderneta de poupança e outros desses investimentos populares do Brasil; lá, quem quer ganhar dinheiro precisa correr algum risco e quase 90% dos investidores aplicam em ações como forma de preparar a própria aposentadoria."
"Toda dia alguém diz por aí que crise é sinônimo de oportunidade. Acolho crises. Não torço por elas, mas nem preciso: elas vêm de maneira natural, e, quando chegam, eu navego com segurança, certo de que todas são superáveis."