Victor Almeida 23/07/2018Eu não me alistei pra esse abuso emocional!Antes de começar essa ~mini resenha~, quero deixar claro que nada disso está sendo dito só porque o Vitor é meu amigo e blá blá blá. Eu, de fato, nunca senti coisas tão genuínas igual senti com essa leitura. Esse livro, além de estar nos melhores do ano, me destruiu por completo.
Assim como Quinze Dias, é evidente a voz do Vitor na história. Seu senso de humor, sua personalidade, e até as suas opiniões sobre cultura pop. Foi um livro que me fez ir de um extremo ao outro: eu gargalhei, mas também chorei igual um neném. Ele aborda as questões religiosas com maestria, e vindo de uma família que é basicamente A DO JONAS, eu consegui me relacionar DEMAIS. Parecia que estava lendo sobre mim. A leve aproximação da mãe, mas ao mesmo tempo o medo de decepcionar. O distanciamento do pai e do seu jeito explosivo e grotesco. O fato de se sentir constantemente rejeitado por parte de Deus, não se sentir digno, ou simplesmente uma merda pelo o que é como pessoa. Tudo isso apitou como familiar pra mim.
Confesso que estava com medo quanto à parte dos piratas gays EM SI, mas a forma como o Vitor aplicou na história, deixou uma delícia de ler. Divertido, sem ser maçante. Sem contar que é evidente o domínio das palavras em todos os momentos e os personagens colaboram muito pra uma leitura prazerosa por serem todos apaixonantes e charmosos.
Eu e o Vitor temos muito em comum, o que me aproximou ainda mais da história. A forma como o Jonas usa o humor pra se esconder. A famosa técnica de se autodepreciar pra mascarar as inseguranças. E como eu amei e torci por esse personagem... O romance é super empolgante, e me fez querer continuar lendo até terminar, em uma sentada só. Foi maravilhoso acompanhar todas essas coisas de paranoias, as primeiras mensagens trocadas com o boy, o primeiro encontro. Deu aquela saudadinha desses momentos iniciais. Jonas vira um ~molecão~ perto do Arthur e isso foi a coisa mais fofa do mundo. Percebi que estava investido e sentindo intensamente pela história quando vi que meu coração se acelerava junto com o do protagonista em alguns momentos.
Mas vamos ao que realmente interessa aqui: como esse livro destruiu a minha vida. Vitor: POR QUÊ?????? Não quero dar spoilers, mas a partir do capítulo 30 não consegui parar de chorar. De soluçar. De fechar o livro e berrar. Foi uma história que definitivamente deixou uma cicatriz no meu coração. Mais uma vez: tudo isso porque me relacionei com o protagonista e entendi as suas dores. E senti que isso poderia acontecer comigo. E me deu medo.
O amadurecimento do Vitor com essa história foi a coisa que mais me encheu de orgulho. Fiz uma nota mental aqui: dar um abraço bem apertado da próxima vez que o ver. É um livro necessário. Um livro que dá vontade de pegar na livraria e colocar por cima dos outros. Um livro agridoce, um livro que dói, mas um livro que tem uma mensagem de esperança incomparável.