Perto do coração selvagem

Perto do coração selvagem Clarice Lispector




Resenhas - Perto Do Coração Selvagem


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Maria21381 11/05/2024

"De qualquer luta ou descanso me levantarei forte e bela como um cavalo novo"
Uma enchente gaúcha e muito trabalho depois, terminei o famigerado. Me identifiquei um eito com a Joana, como sabia que o faria, porque já conhecia o suficiente sobre a história.
Quem estranha o coração selvagem batendo com sede de Água Viva (ou "água fervendo") não merece a avalanche de luz que jorra das Joanas. Amo a Clarice até o fim.
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Raomi1 11/05/2024

O que mais dizer?
Essa é a primeira experiência que tenho lendo um livro da queridissima e emblemática Clarice, e o meu choque não poderia ser, de forma felizmente positiva, diferente. Eu possuo todos os contos dela aqui comigo, e esse era o contato que costumava ter, sorteando vez ou outra uma pagina em que meus olhos se depositassem, para assim embarcar na leitura. Com a forma mais extensa e narrada, não mais se prendendo ao enredo curto de um conto, a autora nos traz o vislumbre do que é a profundidade da sua escrita, que aqui, por ser seu primeiro livro, ainda vê-se as transformações e em como a prática a ensinou a manusear as palavras de forma mágica, criando sinuosidades que nos deixam de queixo.

Joana aqui é o retrato falado da imprevibilidade, nada do que se espera - e nem do que se quer - que uma pessoa faça, ela o fará. O que para muitos soa odioso e ultrajante, ela toma como impulso para discorrer sobre a profundidade de suas sensações. Vez ou outra observando quem está ao seu entorno e deixando, mesmo que de maneira inconsciente - acreditando eu que não - uma série de pequenas armadilhas em suas falas e expressões, que em essência não visam arrancar o pedaço de seu ninguém, mas Joana, tenaz e perspicaz de uma forma inocente, coleta o rastro da individualidade de quem se cruza com ela, para que de forma voraz consiga compreender o que é de fato a vida e o que é isso de que todos tanto falam.

A narrativa tem um tom sinestésico bastante bonito, conferindo gostos aos sons, cores aos gostos, texturas às visões e, quando não se há como nomear, ela simplesmente rompe o tempo e o espaço para expressar o que se revira na paixão tempestuosa das suas entranhas. Não tenho muito o que dizer, pois levará um tempo até que uma parte do feitiço deixado por Clarice se dilua dentro de mim.
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Vic feitoza 11/05/2024

"Ela só sabia viver."
Reli esse livro porque agora tenho essa edição e eu simplesmente não encontro palavras pra descrever a experiência dessa leitura. Para mim é o suprassumo da literatura, eu tenho certeza que eu nunca li nada parecido com isso. Clarice Lispector não escreve como ninguém e literalmente ninguém escreve como ela. Eu consigo sentir a voz dela dentro desse livro, destrinchando sentimentos e emoções de um jeito tão incomum e completo que qualquer leitura que você fizer depois dessa vai parecer qualquer outra coisa. Eu tenho certeza que essa foi a melhor leitura que eu já fiz.
É como se a personagem principal fosse o feminino todo e não somente uma mulher, falando um língua que homem nenhum entende, sentindo coisas que ela nem ao menos consegue verbalizar ou explicar. É literalmente o que é ser mulher. Esse livro é fantástico, eu não tenho outra palavra pra descrever. Nunca vou esquecer.
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sam (?) 11/05/2024

E pensar que foi a primeira publicação!!
Não há palavras completas o suficiente para descrever Clarice. O livro inteiro é sentimento, é a absorção ao âmago dos sentimentos que as palavras transmitem, me encurto na escrita por vergonha dos termos defeituosos e da falta de dedicação especial que não posso dedicar agora pra falar sobre essa obra.
Acredito que há, no Brasil, dois tipos de pessoas: As que não leram Clarice, e as que tiveram a oportunidade. Pois você não sai o mesmo, o livro tranfigura e transforma experiências tão inatingíveis em expressão por meio de palavras extremamente certeiras (ao mesmo tempo que muitas vezes, contraditórias, assim como as tais experiências que elas descrevem) e o leitor se sente intimidado por tamanha que é a identificação ao que está escrito, como se estivesse esperado por toda a vida para ler aquelas palavras, não há preço por isso.
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alpaco 09/05/2024

Perto do coração selvagem
Romance de estreia da Clarice, já traz um jeitinho muito dela, muito interno e reflexivo. A Joana é assim, uma personagem livre e selvagem por olhar e viver muito por si mesma. Não entendi, tratada como uma víbora ou se vendo como uma ave difícil de domar, ela é quase como o imperador deus de duna, uma criatura. Uma criatura dura, profunda, que vai e volta em aí mesmo e vive em seu dilema de se entender, como se constantemente se levasse em uma corrente muito forte de si mesma.
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Nayara363 07/05/2024

Explorando a Essência Humana
É uma narrativa profunda que aborda temas como liberdade, solidão e sentimentos com uma escrita densa e introspectiva. A protagonista, Joana, busca compreender sua própria existência e os vínculos emocionais que a cercam, refletindo sobre a busca pela liberdade interior e enfrentando a solidão emocional. A obra revela as complexidades da experiência humana através de uma escrita poética e intimista, explorando a interioridade dos personagens de forma marcante e reflexiva.
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@beonquita 07/05/2024

Leitura mais arrastada da minha vidaaaa!
Não sei o que rolou, devo ter começado e interrompido e começado do começo novamente umas três vezes em épocas diferentes e ainda assim demorei uns cinco meses pra terminar.
É engraçado pq não sei se entendi a história direito devido as diversas interrupções e a lerdeza pra terminar, mas tem várias passagens incríveis, bem aquelas que a gente super se identifica com o jeito de pensar, de agir, de tudo!
Quero reler em outro momento, mais atenta.
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jaque103 05/05/2024

Quando olho pra clarice me olho também
A escrita da clarice é muito densa, as vezes até gordurosa demais, é como se eu tivesse deixado cair em mim um litro de óleo e com a ideia brilhante estava eu lá, tentando me limpar com água da torneira?
aqui algumas passagens da clarice:

?imagine: ter sempre uma pessoa ao lado, não conhecer a solidão.-meu deus!- não estar consigo mesma nunca, nunca. E ser uma mulher casada, quer dizer, uma pessoa com destino traçado. daí em diante é só esperar pela morte.?
?a solidão está misturada à minha essência??
?está gravado em mim que a solidão vem de que cada corpo tem irremediavelmente seu próprio fim, está gravado em mim que o amor cessa na morte? minha presença sempre foi essa marca?

clarice vou te ler mais esse ano, e cada vez me sinto mais arrebatada, gracias sz
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Mimi102 01/05/2024

Coração Selvagem
Na minha concepção é um livro problemático. Não em um nível after, mas no nível humano. A protagonista é tão confusa quanto se dá a entender, oque me confundiu a leitura inteira. Todavia, acho que Clarice Lispector é uma leitura onde não tem oque se tem entender, apenas sentir. A momentos em que você só pode se entregar aos sentimentos descritos e deixar as palavras flutuarem em sua cabeça. Mas existem outros momentos onde você só olha a página e fala "que desgraça ta acontecendo com essa doida!?". Enfim, uma ótima leitura mas bastante confusa.
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Débora 30/04/2024

"Eu nem chegaria a ver mesmo e a ouvir se não fosse você. Se me abandonar, ainda vivo um pouco, o tempo de um passarinho ficar no ar sem bater asas, depois caio, caio e morro".

Esse livro é muito sensível, caótico. Clarice consegue transformar em frases, em paragrafos sequenciados, o mal-estar delirante de quem tem na mente mais sentimentos do que ideias. Mais fotografias do presente e passado, embaralhadas, do que acontecimentos sequenciados e lógicos. E consegue, com isso tudo, ainda sim fazer sentido.

É um jeito muito inovador de contar uma história, é um impacto grande. Tem parágrafos bem sublimes, e também um lugar comum familiar às mulheres sensíveis demais.

De alguns diálogos eu não gostei, mas eles são só um aspecto minúsculo de um livro gigantesco. Meu Deus, Clarice.
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Myllena.Silva 29/04/2024

Clarice é um ser que transborda questionamentos. Ela retratou bem isso através de Joana. Não é só mais um ser humano na terra, mas um ser que reflete bastante acerca de si, de seus sentimentos, das pessoas que conhece e dos acontecimentos da vida.
Através desse livro, dá pra sentir que Clarice sempre carregou o peso de ter que conviver com seus pensamentos e questinamentos incessantes, a ponto de sufocar.
É uma leitura que pede entrega, comprometimento e mente aberta pra acompanhar o fluxo do pensamento de Joana através de Clarice.
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Larissa3099 28/04/2024

Para mim, ler Clarice é uma experiência. Tem que ser feito sem pressa e sem a ansiedade de querer entender cada palavra usada, pq ela é doida e é proposital. Agora to aprendendo isso e me acostumando, mas pensei em desistir algumas vezes pq parecia que só estava lendo um monte de coisas sem sentido.
Não abandonei pq as partes em que ela realmente conta da história me interessaram e eu queria saber oq ia acontecer no fim, mas definitivamente não sou a maior fã do fluxo de consciência.

O que me incomoda na escrita da Clarice é a falta de detalhes sobre aontecimentos ou personagens, coisas que fazem a gente se conectar com a história. A protagonista é escrita para ninguém gostar dela mesmo e com sucesso, nem quando ela sofria eu conseguia ter dó pq era como se eu só conhecesse as partes ruins dela.

Ainda assim quero reler em outro momento, com mais calma, anotando coisas.
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hellen 27/04/2024

Joana é múltipla, é muitas, confusa, perdida, tem questões dentro de si desde a infância que acompanham quem ela vai se tornando na vida... Joana é complexa... e nós mesmos não somos todos assim?!
Se pudesse colocar em palavras soltas: solidão, abandono, medo, felicidade, dúvida, desejo. Joana me consumiu do início ao fim, questionando o vivido e o que ainda se pode viver, o questionando o outro, o do outro, para o outro, sobre o outro, sempre tão presente.

Lembrar que, alem de ser ideia é importante: "Não me perder em grandes ideias, sou também uma coisa" algo que se movimenta no cotidiano, que é afetada e afeta - "Eu me sinto tão dentro do mundo que me parece não estar pensando mas usando de uma nova modalidade de respirar"

Se "liberdade é pouco. O que desejo ainda não tem nome", o que é esse além da liberdade? que sentir é esse? Clarice coloca a gente de frente com os desconfortos, as angústias, coloca no tom da palavra esses sentimentos indefiníveis, nos coloca cara a cara com si próprio. Esse é seu maior feito.
hellen 27/04/2024minha estante
Essas relações de Joana com os outros personagens vão revelar muito dela mesma: a perda da mãe, o pai, a boneca, a tia, o reconhecimento enquanto mulher, o casamento como uma instituição - de descobrimento de si própria, Lídia, Otávio...




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Débora 01/05/2024minha estante
Como que nao era real??




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