Perto do coração selvagem

Perto do coração selvagem Clarice Lispector




Resenhas - Perto Do Coração Selvagem


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babigrrrl 08/02/2024

Quando a leitura entra na sua alma, dá e desfaz nós, abre e tampa buracos, e permanece lá, intacta
Foi assim que eu me senti após "Perto do coração selvagem", o primeiro que li da Clarice. Ele me tocou de uma forma tão profunda que segue até hoje na minha pele, na frase "Liberdade é pouco, o que eu desejo ainda não tem nome" tatuada nas minhas costas - e que ressoa de forma tão intensa e tão diferente a cada momento da minha vida.

Acho que o livro me marcou tanto por ter sido lido em um momento de tantos sentimentos em erupção, de tantas dúvidas e de tanta confusão, com tantos pensamentos perdidos e, principalmente, julgamentos morais. Me senti respaldada, e que aqueles pensamentos e sentimentos eram só uma parte que compunha o todo, e que não era possível definir toda a complexidade de existir no mundo.

O mais bonito desse livro é que ele traduz em palavras, em uma estrutura e forma de narrar não linear, na ausência de espaço-tempo bem definido, toda uma gama de sentimentos tão íntimos e tão identificáveis. Simplesmente amo!
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Gabriel 07/02/2024

Como começar a falar desse livro?
Um encontro com uma narrativa pouco usual, e ao meu ver, a melhor que um livro pode oferecer: o fluxo de consciência. Estilo narrativo que caracteriza a escrita de Clarice e é inaugurado por ela no cenário da literatura brasileira, justamente com essa obra.
Na história (muito mais que uma história!), acompanhamos Joana, uma personagem complexa, intensa, cheia de dúvidas e questionamentos a respeito da existência e da realidade. Um prato cheio para quem deseja mergulhar no que há de mais profundo no psiquismo humano e na natureza do real. Com o fluxo de consciência, acompanhamos cada pensamento da protagonista - e, em alguns momentos, de outros personagens também - o que nos possibilita mergulhar, junto com ela, em suas reflexões.
Joana sente muito, pensa muito. Uma moça dos anos 40 que, desde a infância, demonstra o potencial disruptivo em sua forma de perceber as coisas e em seu desejo de viver, de como viver, o que se é, o que não se é, o que mais importa, o que não importa, o que se quer falar e não se consegue, etc etc. "Ah, são tantas coisas impossíveis!", ela mesma reflete ainda criança.
Caracterizado como um "romance de formação", o livro nos permite acompanhar Joana desde sua infância até a vida adulta. No entanto, como já indicado, isso não ocorre de modo linear. Não mesmo, e aí está a graça.
Na narrativa não linear proporcionada pelo fluxo de consciência, o que nos guia é, sobretudo, a associação feita por Joana entre os eventos, e não uma suposta ordem lógica que os articula. Nesse sentido, principalmente na primeira parte, é difícil separar passado, presente e futuro; memória ou situação presente. Na maior parte das vezes, nos vemos mergulhados em situações preenchidas por sentimentos e pensamentos intensos; sendo seguidas por outras e outras. Em qual delas Joana de fato estava, e o que era lembrança? Difícil de dizer, mas nisso a potência da narrativa. Uma representação do psiquismo e sua temporalidade própria, fora da lógica externa.
Em alguns momentos, contudo, é possível diferenciarmos um pouco mais (mas será que isso seria importante?) e entendermos qual situação está se passando no momento, sobretudo na segunda parte.
De todo modo, o que temos a oportunidade de acompanhar é a trajetória de uma moça dos anos 40 muito à frente de seu tempo e guiada por vontades, desejos, reflexões e indagações muito além do que suas próprias palavras são capazes de expressar. Ah, a distância entre o pensamento e a palavra, ela dizia. Por isso inventamos palavras, por que não? Ainda assim.
O que vemos em Joana é a complexidade - humana e da existência, da realidade-sua expressão mais crua, mais sincera, de tal modo que apenas alguém com a sensibilidade de Clarice Lispector conseguiria fazer passar tão intensamente. Ao meu ver, nada mais encantador. O tipo de livro que não queria que terminasse, que não queria deixar ir. Um novo favorito e uma nova obsessão por Clarice.
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Borboletário 05/02/2024

Dualismo
Falar da Clarice não é fácil, mas é gostoso viver depois da leitura de um livro dela. É atemporal e único, é sobre viver e morrer, ser e não ser.
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Laura3766 05/02/2024

?A intensidade com que sabe escrever e a rara capacidade de vida interior poderão fazer desta jovem escritora um dos valores mais sólidos e, sobretudo, mais originais da nossa literatura, porque esta primeira experiência já é uma nobre realização?

Antonio Candido
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José 03/02/2024

Deixou meu coração selvagem
Que forma linda e sensacional de começar uma carreira! Sendo seu primeiro romance, Clarice nos entrega uma obra excepcional!
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Leetsmary 02/02/2024

Talvez eu seja infeliz
Sempre admirei a Clarice e hoje tendo o primeiro contato cm o livro dela mdss?O livro é perfeita dms, a gente acompanha o crescimento da personagem desde sua visão da infância até a protagonista virar adulta e somos completamente imersos em seus pensamentos,pois a gente começa a refletir junto cm a personagem e é maravilhoso é isso
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Renata.Bertagnoni 02/02/2024

Não se explica aquilo que está explicado !!!! Clarice não se entende se sente mas realmente não sinto e sinto.
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rafisreading 02/02/2024

?Clarice não se lê, Clarice se sente.?
Meu Deus como eu sou apaixonada por essa mulher! Que escrita genial, quanto sentimento, quanta consciência. Apenas clarice consegue traduzir o intraduzível e dizer o indizível.
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Andressa.Mikaely 01/02/2024

Infelizmente não me conectei com a história, pra mim não foi uma boa experiência, acabei não conseguindo compreender a linguagem e a essência da história
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mimilo 01/02/2024

Nós mulheres meio joana...
Clarice meio que divou neste! me identifiquei TANTO com a personagem principal e seus dilemas... quem nunca foi apaixonada por um professor que atire a primeira pedra!
como sempre, a escrita dessa mulher é excepcional, marquei tantas páginas que nem me recordo mais. fiz até um trabalho da universidade sobre esse livro. apesar da leitura de clarice ser confusa em alguns momentos (pelas suas metáforas e palavras difíceis), vale a pena se esforçar e tentar entender. porque quando a gente entende... não dá nem pra explicar o que ela faz dentro da gente!
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Guilherme548 31/01/2024

"Os momentos vão pingando maduros e mal tomba um ergue-se outro, de leve, o rosto pálido e pequeno. De repente também os momentos acabam. O sem-tempo escorre pelas minhas paredes, tortuoso e cego. Aos poucos acumula-se num lago escuro e quieto e eu grito: vivi!"

As vezes mais parecia que eu estava lendo poesia do que qualquer outra coisa. Algumas partes me faziam querer sair por aí gritando com tudo e com todos, simplesmente porque sim. E outras doíam tanto que eu só queria deitar e pensar, sobre tudo e sobre nada ao mesmo tempo.
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Dri 30/01/2024

Não tem jeito, eu realmente tento, mas Clarice não é pra mim.
Não consigo me conectar com nada. é como se eu entendesse, mas ao mesmo tempo não me diz nada.
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angryd0ce 30/01/2024

Não é minha obra favorita de Clarice mas, assim como todas as outras da autora, causa grande impacto. Joana é uma personagem extremamente identificável e a escrita da autora, como já sabido por todos, é inigualável.
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Nemésia 28/01/2024

Início majestoso
Início majestoso, é o que se pode dizer desse livro que inicia a carreira de romancista de Clarice Lispector. Claro que como um livro que foge do comum no que se refere a narrativa se sente um certo estranhamento no começo da leitura e em alguns momentos subsequentes, mas nada que venha a impedir a um leitor experiente de apreciar a profundidade com que Clarice nos apresenta sua personagem e as demais que a cercam. Sem dúvida uma leitura que vale a pena cada palavra escrita. Afinal Clarice é Clarice e dispensa qualquer elogio, pois isso seria chover no molhado.
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Yasmim187 28/01/2024

Liberdade é pouco, o que desejo ainda não tem nome.
O que mais falar de Clarice, quando sou extremamente suspeita? Ela traduz minha alma de uma maneira única. Organiza meu caos. Meu favorito dela.
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