Lê | @ledelicor 03/01/2019A Condessa SangrentaMinha opinião
Mesmo sendo um livro fino, com 60 páginas, a edição é muito linda. A capa é dura marrom com jacket. Se prestarmos atenção, veremos uma referência a uma das máquinas de tortura utilizadas, a “Virgem de Ferro”, e que ela insinua um corpo de mulher. São 12 capítulos, com detalhes simples, porém bonitos. Em todo o livro, ilustrações acompanham e introduzem os fatos narrados. As ilustrações são tão bonitas que parecem quadros. Todas em tons de cinza com detalhes em vermelho.
Em suas poucas páginas, temos um breve relato sobre sua vida, adolescência, casamento e sua viuvez precoce. Porém, o foco do livro é a obsessão de Erzébet pela beleza e seus métodos de torturas. A escrita da Alessandra é intensa e quase poética, porém de simples entendimento. As descrições das torturas, juntamente com as ilustrações, parecem sair das páginas. Impossível não ficar chocado e perturbado com a frieza de como tudo era planejado e desenvolvido.
Apesar do seu prazer, ao presenciar todo esse sofrimento, a condessa não colocava a “mão na massa”. Toda a crueldade era feita por quatro empregados, que também sofriam nas mãos de Báthory: Janos, um jovem demente mental que ajudava no ocultamento dos cadáveres e no funcionamento dos instrumentos de tortura, Helena Jo, ama dos filhos de Isabel e enfermeira do castelo, Dorka, uma velha governanta, e Katarina Beneczky, uma jovem lavadeira acolhida pela condessa.
Os métodos de torturas são bárbaros e horríveis. Na “Gaiola Mortal”, a vítima fica dentro de uma gaiola cheia de espetos, sendo cutucada e sangrando até a morte, enquanto a condessa, embaixo dela, é banhada com o sangue que cai.
No posfácio, o jornalista João Silvério Trevisan faz uma relação de tortura à barbárie contemporânea da civilização. Quando acabei o livro, imediatamente fui saber um pouco mais sobre essa história doentia, pois todos os fatos narrados no livro não são abordados com profundidade. Fiquei bem surpresa em descobrir mais coisas cruéis sobre Ezérbet.
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