Simone.GAndrade 26/07/2017
Erzsébet Báthory
Nesta belíssima edição da editora Tordesilhas, "A Condessa Sangrenta", texto de Alejandra Pizarnik e ilustrações de Santiago Caruso que por sinal são incríveis, narra de forma sucinta episódios que marcaram um dos períodos mais perturbadores da história, com uma das personagens mais sinistras e polêmicas do final do séc. XVI a condessa húngara Erzsébet Báthory (1560-1614), uma figura histórica responsável pela tortura e morte de mais de 600 jovens, sendo todas mulheres. Não se trata de uma biografia e sim, um pequeno relato da vida e das práticas de torturas em forma de prosa poética que narra a obsessão da condessa pela própria beleza, e de se manter sempre jovem, que acreditava que banhar-se em sangue humano conservaria sua juventude sempre eterna. "Sentada em seu trono, a condessa vê torturar e ouve gritar. Suas velhas e horríveis criadas são figuras silenciosas que trazem fogo, facas, agulhas, atiçadores; que torturam moças, que depois enterram. Como o atiçador ou as facas, essas velhas são instrumentos de uma possessão. Esta sombria cerimônia tem uma só espectadora silenciosa".