O Amante de Lady Chatterley

O Amante de Lady Chatterley D. H. Lawrence




Resenhas - O Amante de Lady Chatterley


299 encontrados | exibindo 61 a 76
5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 |


Gabriel 28/11/2023

Como pode uma obra ser tão sublime e podre ao mesmo tempo?
A primeira metade do livro é uma das coisas mais esplendorosas que já li, Lawrence trabalha uma série de temas de uma forma incrível, temas esses que variam entre o amor, sexo, desejo, prazer... Os capítulos no qual os personagens dialogam sobre esses assuntos, bem no estilo o banquete do Platão, é a coisa mais incrível, até por trazer uma visão bem liberal do autor a respeito do casamento.
É interessante que diferente de outras obras como o Anna Karienina ou Madame Bovary, a Connie não é julgada pelo adultério, uma vez que a personagem tem total liberdade pra cometer ele, nesse ponto bem original (embora ele não deva ter sido o primeiro a escrever sobre) por trazer essas discussões sobre a não monogamia, isso em 1928, são inúmeros diálogos dos personagens sobre relações amorosas livres e que são a coisa mais incrível de se ler.

Embora a Connie não seja julgada pela liberdade sexual, o grande problema de fato está na classe social do Mellors, e aqui entra um segundo ponto que torna o livro ainda mais incrível; a luta de classes e os impactos da industrialização, esses temas unidos lembram muito as obras do Jorge Amado, com a diferença de que Lawrence tem uma escrita incrivelmente poética, impossível não aplaudir o início do livro.

Porém, embora o livro seja incrível em apresentar uma visão belíssima e poética sobre o sexo, a liberdade sexual feminina e os conflitos de classe, o romance central do livro é a coisa mais podre que eu já li, 0 química entre esses dois, os diálogos são horríveis, uma hora eles querem uma coisa, cinco páginas depois já não querem mais, falam que se amam, na páginas seguinte surge uma desconfiança e insistência de uma reafirmação.... Sem falar dos inúmeros problemas do livro, embora Lawrence seja super progressista em seus temas abordados aqui, tem diálogos absurdos e que não fazem nenhum sentido, alguns personagens que tem um viés progressista se contradizem aleatoriamente, Hilda por exemplo é uma personagem socialista mas que se considera superior à classe trabalhadora, são vários momentos em que o autor descreve um personagem de uma forma, mas em seguida contradiz as atitudes deles.

Uma pena que um livro tão impecável vá de 100 a 0 tão rápido por conta da própria espinha dorsal que sustenta a estória, eu poderia descartar o erotismo e o romance pra ler facilmente 500 páginas dos personagens sentados à mesa conversando sobre o que é o amor, sobre prazer, bolchevismo, classe social, liberdade etc...
comentários(0)comente



dareanen 27/11/2023

Achei muito intenso, muito interessante, a escrita clássica não é a minha, eu acabo me dispersando muito nas longas descrições, mas num panorama geral eu gostei. Me apavorou muito que as questões sociais de um livro escrito em 1928 sejam tão atuais.
comentários(0)comente



Nah S 27/11/2023

O Amante de Lady Chatterley - D.H Lawrence
Eu amei conhecer este clássico!

Neste livro, que sofreu muita censura por muitas décadas durante o século XX, conhecemos a história de Lady Chatterley (Constance, também chamada de Connie), casada com Clifford, um ex militar que logo nos primeiros anos de casamento, por consequência, pelo que parece, das batalhas da Primeira Guerra Mundial, torna-se cadeirante, completamente imobilizado da cintura para baixo.

A partir daí, eles passam a viver na lúgubre sede da família em Wragby Hall, com a mina de carvão de Terveshall de propriedade de Clifford como plano de fundo, em contraste com as lindas paisagens arbóreas do terreno da mansão, localizada na Inglaterra de 1920.

A partir desse contexto, com um casamento sustentado apenas pela convenção social, sem sentimento, com muitas divergências de opiniões e pensamentos entre Connie e Clifford, ela passa a se sentir solitária e com ares completamente depressivos, e acaba se envolvendo em relacionamentos extraconjugais, porém mais profundamente com Oliver Mellors, o guarda-caças de seu marido.

O principal motivo de eu ter gostado tanto desse livro está no fato de que amo ler livros q me fazem adentrar profundamente nas emoções dos personagens e q ao mesmo tempo me permitem aprender sobre o contexto histórico em que ele se passa, q neste caso, é a transformação da Inglaterra rural para a industrial, e suas consequências para as sociedade e para a paisagem.

O melhor de tudo para mim, ironicamente, levando em conta tudo q este livro e seu autor sofreram de censura, esta no fato de que, o q ele mais me passa na verdade, é uma sensação de muita pureza nos personagens, que anseiam acima de tudo por amar, sem reservas, mas pura e verdadeiramente como ele é.

Para finalizar, eu simplesmente amei o posfácio escrito por Nara Vidal, e o link para duas aulas sobre a obra disponibilizada pela Antofágica em seu canal no YT.

Tbm fiquei muito feliz em saber que há uma adaptação da obra pras telas extremamente perfeita, a que ainda não assisti, mas que através dos poucos visuais que tive acesso, vi q conseguiram transmitir tudo aquilo q o livro é na sua essência.


*****Meu trecho favorito:

"O romance, quando engendrado de modo adequado, é capaz de revelar os recônditos mais secretos da vida, pois é nos locais passionais e secretos da vida, acima de tudo, que a maré da consciência sensível precisa avançar e recuar, limpando e revigorando."
comentários(0)comente



spoiler visualizar
kamylism 26/11/2023minha estante
Meu deus, que babado




Diego Kiam 20/11/2023

Uma dama empoderada!
?Eram livres. Livres! Eis a grande palavra. Soltas no mundo, soltas pelas florestas com magníficos rapagões gozavam a liberdade de fazer o que lhes aprouvesse e, sobretudo, dizer o que sentiam. Era essa conversa livre o que mais as encantava - essa libérrima troca de impressões. O amor entrava ali apenas como acompanhamento secundário.?

Se hoje, em pleno século XXI, o fundamentalismo religioso nos traz novamente a moral e os bons costumes como modus operandi - como se no Brasil isso fosse realmente possível, pois chega até ser patético essa maneira de pensar esse tipo de vida aqui abaixo do equador - imagine-se em uma Inglaterra pós Primeira Guerra. Esse é o cenário no qual Constance, ou Connie e Sir Clifford se encontram: uma Inglaterra que vivia seus momentos de glória com as minas de carvão, mas que também sofria com as consequências da guerra que havia acabado de assolar o continente europeu.
Clifford, o marido, é a representação desse setor social-econômico: tradicionalista, e conservador, acredita que castas sociais são importantíssimas para que a sociedade coexista de maneira adequada. Taciturno, amargurado, medroso e (porque não) frígido, vive a vida em cadeiras de rodas, após sofrer um grave acidente durante a guerra e paralisá-lo da cintura para baixo. Não faz amor com sua esposa. Vê no ato uma futilidade.
Constance, liberal e ?mais voltada às ideias do bem social acima do dinheiro e da propriedade?, sente-se sufocada no ambiente burguês que é obrigada a conviver com o Clifford. Cheia de culpas, principalmente em relação aos sentimentos a um marido que lhe é devoto (ou apenas acostumado com sua companhia e servidão integral), sonha com uma vida na qual o desejo da carne seja maior do que os costumes e o amor idealizado. Dona de uma beleza fenomenal e uma sexualidade aflorada, encontra em Mellors - ex-oficial militar, oriundo da classe operária e guarda-caças da propriedade, essa possibilidade de mudança de vida. Mellors é o homem com passado conturbado, mas que vê no relacionamento com Connie a esperança do amor mais puro e real que já encontrou. Extremamente sexualizado, é capaz de levar Connie ao orgasmo diversas vezes durante a narrativa. É ele quem a apresenta a um novo mundo carnal, no qual não há amarras e pudores. Há a tão esperada liberdade sexual e sentimental da qual Connie sonha como caminho possível para sua sobrevivência.
Esta grande obra de D.H. Lawrence irá levar o leitor ao deleite, à excitação física e ao constante questionamento sobre os papéis vigentes na sociedade até os dias de hoje. Este livro é, na verdade, um belo presente para aqueles conhecidos que vivem a falácia ?conservador nos costumes?. Não se espantem de encontrá-lo no fundo da gaveta daquele ?cidadão do bem?!
comentários(0)comente



Rafael1906 17/11/2023

A paz que vem depois de uma foda...
Constance, uma moça de família liberal e que cresce livre e independente das ideias e das ordens sociais da época, se casa com um rapaz que vai para a guerra, mas volta diferente, paralítico e dependente de cuidados especiais. Por ela se sentir sozinha e carente acaba se envolvendo com alguns homens nesse processo. O livro descreve todas as nuances sexuais, sociais e até industriais da humanidade, com linguagem direta e filosófica. Um clássico que deve ser lido por várias gerações.
mpettrus 22/11/2023minha estante
Resenha que instigou o meu lado mais sacana? ????




Gleiciane 14/11/2023

Vale a leitura
Terminei a leitura há alguns dias e ainda não me decidi se dou 4 ou 5 estrelas, a história é muito boa mas em alguns momentos a história se tornou cansativa e entediante mas não a ponto de tirar o mérito da história. No geral gostei muito e adorei acompanhar como a personagem se liberta e toma o controle da sua vida.
Micaelly.Fernandes 24/11/2023minha estante
oi, eu queria tirar a dúvida se no livro tem cenas explícitas de relação sexual




Fernanda2477 10/11/2023

Demorei muito para conseguir escrever sobre esse livro, porque ele me despertou sentimentos ambíguos e ainda não sei dizer se gostei ou não. Já há algum tempo eu tinha muita vontade de ler essa história, tanto pela sinopse, como pelo fato de ter causado tanta polêmica quando foi lançado. Mas a leitura me decepcionou um pouco, confesso. Esperava uma coisa e me deparei com outra. É o primeiro livro do D. H. Lawrence que leio, e gostei da forma da narrativa, que é fluida e bem escrita, mas ainda assim não sei se fiquei com vontade de procurar outros livros do autor para ler. Pelo menos não nesse momento.

A história em si é muito interessante, a forma como tudo é construído no início, além de todas as críticas que são feitas ao longo das páginas. Mas os personagens não conseguiram me cativar. Vejo muitas pessoas falando positivamente sobre o Mellors, mas para mim ele foi um personagem desagradável por quase toda a história. A primeira vez em que ele e Connie ficam juntos me causou certo mal estar, já que ela foi pega de surpresa e ficou distante durante todo o ato, além da maneira como se sentiu depois. Podem me chamar de chata, mas conheço isso por outro nome, mesmo que a atração sexual entre os dois já estivesse ali antes daquela primeira vez. A relação romântica que passa a existir entre os dois é mais devido à insistência de Connie do que aos próprios sentimentos de Mellors. Ele era sempre frio e distante, enquanto ela buscava sempre confirmar que existia algum sentimento romântico entre os dois. Entendo que buscavam no outro uma forma de completar a si mesmos, de fugir de suas próprias realidades, que eram frustrantes para ambos, mas ainda assim senti falta de um algo a mais (não sei exatamente o quê). Mas gostei de como as coisas são conduzidas na parte final, foi o que mais me envolveu na história, e gostei do final em aberto.

Entendo porque o livro causou tanta polêmica na época do lançamento, e apesar de não ter gostado de muitas coisas, gostei da forma que Lawrence coloca o sexo como algo a ser explorado e sentido como algo visceral. As cenas são bastante descritivas, mas para os tempos atuais, em que os romances eróticos são comuns, não são chocantes, o que talvez se deva ao fato de Lawrence ter seguido com seus escritos polêmicos.

Em resumo, posso dizer que gostei de ter feito essa leitura, mesmo que não tenha gostado de todo do livro, e de um modo geral recomendo que as pessoas leiam. É um livro que traz muitas coisas além das cenas de sexo, há outras críticas sobre as quais vale a pena refletir.
comentários(0)comente



Alê 09/11/2023

Muito bom
Não sou uma consumidora habitual de romances (no sentido romântico da palavra) normalmente dos poucos que gosto quase todos são trágicos, mas esse aqui na verdade é bem esperançoso e mesmo assim eu gostei. Eu gostei da Connie e gostei do Mellors, são personagens cativantes e não tem pretensão nenhuma de serem mocinhos, pelo contrário são humanos, deixam aflorar seus desejos e ímpetos e a partir daí nasce tbm um sentimento mais profundo que, na minha opinião tbm não é floreado. Além de tudo faz parte do hall de textos considerados feministas já que o livro foi publicado numa época onde as mulheres não tinham absolutamente nenhum direito de serem donas dos seus corpos e desejos. Leitura recomendada pra quem gosta de romances (românticos) e pra quem não gosta tanto assim também.
comentários(0)comente



Rebecca.Lucena 08/11/2023

Este livro parece uma coisa meio datada. A história em si é interessante, mas o autor sempre divaga sobre sexo, homens e mulheres (em boa parte do livro pelo menos). Essa parte da filosofia da coisa toda sobre relacionamentos é o que me cansou um pouco.
comentários(0)comente



Jullyan.Garcia 07/11/2023

O escândalo do gozo ou a poética do amor??
"Meu Deus, meu Deus, não há fim à baixeza animal das mulheres?" (Para uma pessoa que como eu já vem estudando a condição feminina nas obras literárias desde o começo da graduação em letras, não fica surpresa com essa pergunta feita quase no final da obra.) Uma frase que só coloca mais lenha na fogueira da culpabilidade feminina no que tange as coisas erradas que acontecem na sociedade. Ora! Temos Eva que não nos deixa mentir. Mas o que mais me chamou atenção foi o feminismo, sendo trabalhado com essência e vontade. O autor provavelmente não queria isso, mas ele conseguiu construir uma mulher, que nasceu pra ser realmente uma mulher, dona do seu corpo e de suas atitudes.
comentários(0)comente



Manu 02/11/2023

Leitura envolvente ?
Achei o conteúdo super atemporal, apesar de vários aspectos que eram considerados bem comuns na época em que foi produzido. É uma história de amor bem mais emocional que carnal, como muitos esperam, pois uma coisa não exclui outra, como a história deixa deduzir e eu também concordo.
comentários(0)comente



BArbara454 23/10/2023

Bom conhecer
Toda a história do livro, o fato de ter sido proibido me deixou curiosa pela narrativa.
Obviamente as questões escandalizantes para a sociedade do século passado não me escandalizam da mesma maneira, então acho importante levar isso em consideração.
Dito isso, fiquei surpresa do tanto que achei o guarda caça desinteressante e até o romance em si, acho que é mais uma questão pessoal, mas não enxergo um casal que se ama de verdade, para mim é mais uma questão de paixão..
Outra coisa que não esperava é o tanto que abordam pautas sociais, TODA hora enfiam isso, até na hora do sexo, achei isso um pouco repetitivo.
Definitivamente vai ter gente que vai amar de paixão o livro, eu não fui uma dessas pessoas, preciso assumir que preferi a adaptação do filme recém lançado.
comentários(0)comente



georgea 21/10/2023

É tão íntimo que me senti constrangida.
Constance foi um passo de partida para vários movimentos sociais que são hoje muito importantes.

Depois de assistir todas as três adaptações do cinema, eu senti uma tremenda urgência de comprar o livro. Pois estava completamente obcecada por Constance e Mellors e seu intenso romance.

Fiquei chocada, para falar a verdade. O livro é muito mais do que poderia imaginar. A intimidade deles é suprema, sem máscaras, sem atuações, sem esforço. Parece que eles são uma só pessoa caminhando em corpos diferentes.

Eram tão íntimos um com o outro que eu me senti constrangida, parecia que eu estava invadindo sua privacidade.

Apesar de haver muitas falas engraçadas e comentários cômicos, eu não sei se o intuito era parecer engraçado. Na verdade, acho que o autor procurava transparecer essa extrema intimidade por comentários estranhos, então a gente fica nessa de "será que eu rio aqui?".

Inclusive, gostaria de expressar a minha admiração pelo autor por ter tido a coragem de publicar uma obra dessa, que na época poderia ser escandalosa demais.

O livro não foi bem recebido pela sociedade, quando publicado. Tanto que foi banido internacionalmente por muitos anos. Os temas abordados nos fazem questionar a impureza dos homens, a exploração da mesma espécie.

Além de explorar a liberdade sexual da mulher, e fazer várias críticas à revolução industrial e suas leis trabalhistas. Mellors se mostra um verdadeiro socialista muitas vezes. Então você pode tirar a conclusão do porquê a obra não foi bem recebida.

Apesar de eu não concordar em julgar um clássico por suas questões sociais defasadas, aqui vai um adendo ao o que eu repreendo: há frases homofóbicas, racistas e machistas, e achei a escrita arrastada. Houve muitas partes que julguei desnecessárias para a construção da história.

No entanto, eu o considero uma ótima leitura, um clássico de qualidade. Nos faz refletir sobre vários temas complexos e nos afunda em êxtase junto com Connie e Mellors. Já estou vendo de comprar uma edição mais moderna.
comentários(0)comente



Jkellyds 20/10/2023

Não gostei. História maçante demais.
Não sei como terminei de ler esse livro. Protagonistas extremamente chatos e a história maçante.
A mulher troca o marido insuportável por outro idiota, grosseiro... e ainda retrata ele como "homem de verdade".
Não indico, livro muito longo para uma história fraca.
comentários(0)comente



299 encontrados | exibindo 61 a 76
5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR