O Amante de Lady Chatterley

O Amante de Lady Chatterley D. H. Lawrence




Resenhas - O Amante de Lady Chatterley


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Justbii 14/10/2023

O Amante de Lady Chatterley foi uma leitura que eu estava super ansiosa pra ler, foi o escolhido para começar meu novo desafio "30 livros antes dos 30" e infelizmente não foi tudo o que eu esperava. A história seria muito melhor se focasse mais no triângulo amoroso, mas a maioria das vezes era um monólogo sobre a luta de classes, dinheiro e trabalho. A personagem da Connie é muito rasa e em muitos momentos grudenta e carente demais, tanto ela quanto Mellors eram personagens que poderiam ser bem mais aproveitados.
Mas é isso valeu a experiência da leitura de mais um clássico.
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Marcos606 11/10/2023

A grandeza de O Amante de Lady Chatterley reside num paradoxo: é simultaneamente progressista e reacionário, moderno e vitoriano. Olha para trás, em direção a uma formalidade estilística vitoriana, e ao mesmo tempo parece antecipar a moralidade social do final do século XX no seu envolvimento franco com assuntos explícitos e palavrões. Poderíamos dizer que o romance é formal e tematicamente conservador, mas metodologicamente radical.

A afirmação mais fácil de provar é que o Amante de Lady Chatterley é “formalmente conservador”. Existem poucas diferenças evidentes entre a forma do romance e a forma dos romances do alto período vitoriano escritos cinquenta anos antes: em termos de estrutura; em termos de voz narrativa; em termos de dicção, com exceção de poucas palavras "profanas". É importante lembrar que foi escrito no final da década de 1920, uma década que testemunhou extensa experimentação literária.

A década de 1920 começou com a publicação do romance formalmente radical Ulisses, que preparou o terreno para importantes inovações técnicas na arte literária: fez uso extensivo da forma de fluxo de consciência; condensou toda a sua ação em um único período de 24 horas; empregou inúmeras vozes e perspectivas narrativas. O Amante de Lady Chatterley age de muitas maneiras como se a década de 1920, e na verdade todo o movimento literário modernista, nunca tivesse acontecido. A estrutura do romance é convencional, traçando um pequeno grupo de personagens durante um longo período de tempo em um único lugar. O narrador bastante enfadonho geralmente fala com a familiar onisciência de terceira pessoa do romance vitoriano. E os personagens tendem à planicidade, à representação de um tipo, em vez de falarem com suas próprias vozes e desenvolverem verdadeiras personalidades tridimensionais.

Superficialmente, pareceria que, se Amante de Lady Chatterley é "formalmente conservador", dificilmente pode ser chamado de "tematicamente conservador". Afinal, este é um romance que suscitou críticas de censura em todo o mundo de língua inglesa. É um romance que emprega palavrões liberalmente, de forma mais ou menos gráfica – isto é, graficamente para a década de 1920. É importante não avaliar o romance pelos padrões de palavrões e sexualidade gráfica que se tornaram predominantes na virada do século 21 - descreve sexo e orgasmo, e cuja mensagem central é a ideia de que a liberdade sexual e a sensualidade são muito mais importantes, mais autêntica e significativa do que a vida intelectual. Então, chamar O Amante de Lady Chatterley, um romance famoso e controverso, significa “tematicamente conservador”?

Bem, é importante lembrar não apenas precisamente o que este romance parece defender, mas também o propósito dessa defesa. Não é propaganda de licença sexual e amor livre. Como o próprio DH Lawrence deixou claro em seu ensaio "A Propos of Lady Chatterley's Lover", ele não era um defensor do sexo ou da profanidade por si só. O leitor deve notar que o objetivo final dos protagonistas do romance, Mellors e Connie, é um casamento bastante convencional e uma vida sexual na qual seja claro que Mellors é o agressor e o parceiro dominante, na qual Connie desempenha o papel receptivo; todos os que argumentam que O Amante de Lady Chatterley é um romance radical fariam bem em lembrar a difamação que o romance lança sobre a primeira esposa de Mellors, uma mulher sexualmente agressiva.

Em vez do mero radicalismo sexual, a principal preocupação deste romance – embora também se preocupe, numa extensão muito maior do que a maior parte da ficção modernista, com as armadilhas da tecnologia e as barreiras de classe – é com o que Lawrence entende ser a incapacidade do moderno para unir a mente e o corpo. DH Lawrence acreditava que sem a compreensão do sexo e do corpo, a mente vagueia sem rumo no deserto da tecnologia industrial moderna. Um reconhecimento importante, é até que ponto a relação moderna entre homens e mulheres se assemelha à relação entre homens e máquinas.

Não só os homens e as mulheres necessitam de uma apreciação do sexual e do sensual para se relacionarem adequadamente; eles exigem isso até mesmo para viverem felizes no mundo, como seres capazes de manter a dignidade humana e a individualidade na atmosfera desumanizante criada pela ganância moderna e pelas injustiças do sistema de classes. Como observou o grande escritor Lawrence Durrell em referência ao Amante de Lady Chatterley, Lawrence era "ele próprio uma espécie de puritano. Ele queria curar, consertar; e as armas que ele selecionou para este ato de terapia foram as palavras de quatro letras sobre as quais uma batalha tão longa e idiota foi travada." Isto é: O Amante de Lady Chatterley foi concebido como um alerta, um chamado para longe do hiperintelectualismo adotado por tantos modernistas e para uma abordagem equilibrada em que mente e corpo são igualmente valorizados. É o método usado pelo romance que tornou o chamado de despertar tão radical – para a época – e tão eficaz.

Este é um romance com um propósito elevado: aponta para a degradação da civilização moderna e sugere uma alternativa para aprender a apreciar a sensualidade.
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Izamara Ferreira 10/10/2023

Desafia as normas sociais e tabus sexuais da época.
"O Amante de Lady Chatterley," escrito por D. H. Lawrence, é uma obra literária que causou grande controvérsia quando foi publicada pela primeira vez em 1928 devido ao seu conteúdo sexual explícito e à abordagem franca das questões de classe social e sexualidade. Hoje, é considerado um dos romances mais importantes do século XX, conhecido por sua profundidade e análise da natureza humana.

A história gira em torno de Constance Chatterley, uma mulher de classe alta que se casou com Sir Clifford Chatterley, um homem paralisado após uma lesão de guerra. A incapacidade de Sir Clifford de satisfazer as necessidades emocionais e físicas de Constance a deixa insatisfeita e solitária em sua mansão no campo. Quando Constance conhece Oliver Mellors, o guarda-caça da propriedade, uma atração intensa e proibida se desenvolve entre eles.
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Eduarda2103 07/10/2023

Poderia estar no AO3
Isso é literalmente uma fanfic nsfw de Anna Karienina? Tolstoi brilhou muito mais
não tive empatia pelo c0rn0 e a protagonista é uma chata.
tem fanfic muito melhor e tenho dito
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Cris 03/10/2023

?Amo as coisas naturais quase à loucura.?
?Quando a alma emocional sofre um choque violento que não mata o corpo, dá a impressão de recuperar-se ao mesmo tempo que o corpo.?

Impedido de ser publicado à época de seu lançamento, em 1928, pelas "palavras inapropriadas" e por tratar de sexo e traição de modo explícito, este romance chega aos dias de hoje como um clássico da literatura. Introdução de Doris Lessing, vencedora do prêmio Nobel.

Poucos meses depois de seu casamento, Constance Chatterley, uma garota criada numa família burguesa e liberal, vê seu marido partir rumo à guerra. O homem que ela recebe de volta está paralisado da cintura para baixo, e eles se recolhem na vasta propriedade rural dos Chatterley. Inteiramente devotado à sua carreira literária e depois aos negócios da família, Clifford vai aos poucos se distanciando da mulher. Isolada, Constance encontra companhia no guarda-caças Oliver Mellors, um ex-soldado que resolveu viver no isolamento após sucessivos fracassos amorosos.

Último romance do autor, O amante de lady Chatterley foi banido em seu lançamento, em 1928, e só ganhou sua primeira edição oficial na Inglaterra em 1960, quando a editora Penguin enfrentou um processo de obscenidade para defender o livro. Àquela altura, já não espantava mais os leitores o uso de "palavras inapropriadas" e as descrições vivas e detalhadas dos encontros sexuais de Constance Chatterley e Oliver Mellors.
O que sobressaía era a força literária de Lawrence e a capacidade de capturar uma sociedade em transição.

Esta edição inclui o texto "A propósito de O amante de lady Chatterley", em que Lawrence comenta a controvérsia em torno do livro e justifica suas intenções literárias, e ainda uma introdução de Doris Lessing, vencedora do prêmio Nobel de literatura em 2007. Um apêndice e notas explicativas situam o leitor na geografia das Midlands e no vasto contexto social e político no qual a trama está inserida.
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Bê. 01/10/2023

O ano é 1928: Ouviu esse estrondo? É tabu sendo estilhaçado
Concluída a leitura, dá pra entender perfeitamente o motivo da sociedade de 1928 ter ficado escandalizada.
Achei de extrema coragem do autor criar uma história de amor baseada em adultério e cenas sexuais explícitas e sua tentativa de mostrar que a sexualidade não deve ser algo temido, oculto ou vergonhoso.
Além disso, o autor ousou, considerando a época, ao abordar durante a narrativa críticas a industrialização, a desumanização das massas proletárias, da concentração de renda e a postura das classes governantes.
Realmente, revolucionário.
Considerando à época, há também posicionamentos criticáveis em que percebemos como o machismo afeta até homens que se consideram ?progressistas?. O autor aparenta defender a existência de fêmeas ?transantes?, mas submissas, doces, sempre cheias de ternura.
Infelizmente, tudo isso é misturados e exposto de forma confusa, em parágrafos longos e prolixos.
Há momentos que fiquei impaciente, porque a narrativa não andava, eram apenas páginas e páginas de reclamação do clima, da paisagem, dos homens que não são homens, das mulheres ?voluntariosas?e etc..
Enfim, achei um pouco tedioso em certos momentos, mas no geral gostei da história, especialmente do avanço que foi retratar a força de uma mulher que ousa viver um amor por inteiro.
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Lua 01/10/2023

Lawrence é um belo escritor,não dá pra negar
Faço das palavras de Doris Lessing (que escreveu a introdução da Penguin) as minhas. "Tendo a guerra como a base emocional de todo o romance".

Fui achando que ia ser um super romance com a descoberta sexual da protagonista mas não é bem assim... infelizmente a protagonista acaba deitando pra macho e tem até uma dependência emocional ali,que nem vou entrar muito a fundo...

O fato é que, o livro tem passagens belíssimas,temas muito relevantes que são muito atuais... e mesmo o autor tendo um passado meio "duvidoso" por assim dizer,eu dei quatro estrelas porque sem dúvidas ele escreveu uma obra que mudou e muda visões de muitas pessoas até hoje!
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@dessa_carine 24/09/2023

Um livro interessante para quem gosta desse tipo de história, realmente eu li pois vi numa série que eu amo a personagem lendo e fiquei interessada.
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Babi.Abreu01 18/09/2023

Não é pra mim
Esse é o terceiro livro desse estilo/gênero (clássico "romântico), que leio, e definitivamente não é pra mim. Gosto de livros com plots, com muitas coisas acontecendo, eu gosto é do caos ?

*Para ler a resenha completa, acesse meu perfil no Instagram: @babibooks01
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Paulo 13/09/2023

Os Diferentes, Vazios Também
Não sei se consigo formar uma opinião concreta desse livro...
Após ter sido fascinado por O Arco-Íris e Mulheres Apaixonadas, fui com grandes expectativas nesse. A escrita de Lawrence é muita boa, muito fluída. Você vai lendo e fica com aquela sensação de querer saber mais, de entender como os personagens vão agir e como vai ficar o desenrolar da vida deles. Mas somente isso, não segura um livro todo.
Esperava que fosse ainda mais explícito, ainda mais intenso.
Lady Chatterley e seu amante, que se diziam tão diferentes de todos, acabam, na realidade, como ao resto do mundo. Vazios e cultuando os prazeres da carne.
Há algo que me deixou muito incomodado também, esses desenhos com um traço africano e infantil o qual não concernem nem um pouco com a obra, o local e os personagens. Pequenos lembretes pelo livro avisando de sua desatualização e o quanto a editora não concorda com o apresentado. Acredito que a tradução possa ser afetada por causa disso.
Paulo 27/11/2023minha estante
Gostaria de fazer um adendo nessa resenha.
Cheguei a conclusão que mesmo Lady Chatterley sendo simples, ao se entregar à descoberta dos prazeres da carne, acabam deixando ela diferente da sociedade inserida sim.




Sabrina 11/09/2023

Tem suas falhas...
Não desconsidero a importância deste livro e como deve ter sido um mensageiro forte em sua época. Mas me incomodou demais a escrita deste autor.
Ele aborda assuntos pertinentes, principalmente assuntos políticos que eram o auge na época em que ele se passa, e nos faz refletir sobre o que é ser livre numa sociedade que sempre tenta nos prender em suas leis e moralidades construídas por sabe sei lá quem. Num manifesto contra a falta de liberdade em um mundo que segue para a modernidade cada vez mais rápido, por que não falar sobre a liberdade do ser mais desprezado, a mulher? E pra mim, a ideia do autor foi até aí. Ele trás Connie como um mártir para seu grande manifesto e a descarta igualmente após o feito; ao mesmo tempo que vemos uma mulher disposta a lutar pelo seu querer, a vemos também se rastejar por um homem que não a responde na mesma altura, trazendo discursos amorosos inexistentes e gritos de protestos contra a raça humana: faz parecer que Connie é apenas uma iludida e Mellors está muito acima de tudo isso.

Resumindo: o livro é um grande protesto sobre a sociedade em que ele foi escrito, mas sem saber de fato o que o escritor está protestando em toda sua angústia (e falas repetitivas), escondido em narrativas escandalosas que usa a mulher como um peão nessa grande Odisséia.
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Aurelio.menezes 06/09/2023

A mulher em 1920!
A retração da crítica ao racionalismo, mostrar que não é só o sentimento racional e sim também o emocional, o fato de ter a quimica e o contato físico importa sim, é logo a mulher ter direito ao orgasmo em 1920, era uma coisa esplendorosa para o autor!
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Duda 06/09/2023

Netflix conseguiu tirar leite de pedra com esse casal viu...
Li esse livro pq vi o filme e gostei muito, adorei ver como ela era livre e no final deu tudo certo para ela, fora q queria ler as cenas explícitas de sexo. E o livro me deu uma rasteira, achei chato, enfadonho e dramático, n ele todo, mas grande parte.

No começo eu estava gostando, teve muitos momentos reflexivos, o autor mostrou como é a vida cotidiana das pessoas, como se dá todo esse relacionamento, a questão da saúde física é mental, os mineradores, os patrões e empregados como eles movimentam as pessoas como peças de xadrez, como se fossem meras coisas. Digamos q gostei de ? do livro mas quando chegou no amante, nessa parte amorosa? li só pq queria acabar.

Connie é uma mulher intrigante q conhece as nuances de um casamento, como se doar tanto a alguém pode ser fatal, descobre como os homens n ligam para os desejos femininos, sente isso na pele e por fim descobre a força de um novo relacionamento, a força do corpo, do toque, algo o qual ela foi provada por tanto tempo, n é atoa q ela se vê apaixonada tão rápido. O toque é poderoso.

No começo esse relacionamento me remeteu a estupro, penso q a primeira vez realmente foi, ao menos como descrito, Connie n estava ali, só uma casca, n teve um diálogo, uma preliminar, um acalento, ela se sentiu suja mas quem n se sentiria? N foi a traição mas o conjunto, na segunda vez foi a msm coisa, ela n sabia oq era pior ficar com esse estranho ou voltar para o marido, para aqla casa vazia. Depois ela se dizia apaixonada mas eles mal conversavam, n tinha uma troca,um diálogo era só sexual, carnal. No fim quem sabe eles realmente se amavam e encontraram algo além do corpo.

A sra.Bolton foi um acréscimo excelente a história, eu adorava as partes dela, como ela lidava com o Clifford, com a Connie, sua esperteza e seus diagnósticos. Clifford é um inválido q n aceitava nenhum toque além do essencial, para ele o importante era a mente e n a de qualquer um, somente a dos ricos. Depois sua fixação mudou e se tornou a mina e por fim aceitou o toque e voltou a ser criança, esse livro tem uma ótima base psicanalítica.

Para mim o autor exagerou demasiadamente no gozo da mulher, ele fez ser algo transcendental como se a própria Connie descobrisse os segredos do universo, como se aqle ato impelisse ela a altas descobertas pessoas só por gozar. O prazer pode ser só prazer, n é so pq é feminino q precisa ser tao poético, fora q vc n faz ideia doq eles fazem soq eles adoram tranzar e o Mellors tem um apetite sexual diferente da maioria.

O final difere muito do filme, afinal a gnt deduz q ficaram juntos mas n é confirmado, Clifford foi mesquinho e n assinou o divórcio e o final bom, foi uma carta de Mellors para ela, um sonho de futuro mas ainda separados. Por último mas n menos importante, Mellors parece um completa babaca, q cara escroto, falas escrotas, o jeito q ele retrata as outras mulheres com quem se relacionou, como trata a filha tinha q ser aviso mais doq suficiente para Connie n querer ficar com ele, quando mais vc conhece ele pior fica e a Connie n pensa nd a respeito disso, só em sexo.
Loghannfp 06/09/2023minha estante
Gostei do título ?




marcelinho 04/09/2023

A dignidade humana é muito cara para mim. Ler as representações de homem e mulher nesse livro, de como o corpo é retratado, da baixa estima relacionada ao prazer sexual, me fez odiar o livro a cada página.

Algo tão bom e de alto favor, que é o sexo, sendo usado de uma forma tão esdrúxula.
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