Hanna Carolina | @mundinhodahanna 06/08/2021oi???Eu sei que livros de chicklit normalmente trazem histórias já previsíveis, com cenas improváveis no mundo real e um final feliz já garantido, envolto a cenas engraçadas e levinhas. Normalmente, eu gosto de livros assim no meio do ano, quando o destino resolve me deixar em ressaca literária e cheia de compromissos acadêmicos. Porém, não sabia que iria me arrepender profundamente.
Para começar, o livro tem somente... 421 páginas de puro nada batendo com nada! Como comentei antes, a sorte é que a escrita da autora era fluida, então me ajudou a ler mais rápido, o que infelizmente não salvou de ser a pior leitura do ano. 😕
Delilah Darling é uma mulher bonita, inteligente e tem o emprego dos sonhos. É independente, dona do próprio nariz. Mas tudo gira em torno de como todos se incomodam com a solteirice de Delilah, como se ela não estar casada fosse um crime. Sem contar várias piadinhas machistas, racistas e homofóbicas, que passam como se fossem comentários inocentes, mas só me revirava o estômago. Além disso, algumas coisas acontecem na empresa em que Delilah trabalha, que me fizeram criar expectativas com relação ao desenvolvimento da protagonista, já que a autora deu a entender que isso aconteceria, pela personalidade dela mesmo. Mas tudo foi apagado no capítulo seguinte, como se só a vida amorosa de Delilah importasse.
Em momento algum suas atitudes foram engraçadas ou bonitinhas "em nome de amor". Ela foram assustadoras, negligentes e dignas de levarem ela para prisão no mundo real. Mas como ela é a mocinha da história, milagrosamente, Delilah arranja uma saída extraordinária e sai das enrascadas como se nada tivesse acontecido, o que deixa as coisas ainda mais sem noção.
O tempo todo a autora teve chance de dar uma reviravolta no livro, e não aproveitou nenhuma delas, o que muito me decepcionou. Sei que se tratava de um clichê, mas até clichês podem ser bons quando bem trabalhados, o que infelizmente não vi aqui.