O mundo se despedaça

O mundo se despedaça Chinua Achebe
Chinua Achebe
Chinua Achebe




Resenhas - O Mundo se Despedaça


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Marcio Claver 22/02/2022

O mundo se despedaça
Primeiro romance de Achebe, a obra foi lançada em 1958, dois anos antes da independência da Nigéria e é considerado um dos livros mais importantes da literatura africana do século XX e tido como fundador da moderna literatura nigeriana.
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Joy Alves 17/02/2022

E segue como favorito
Que livro poderoso. Relendo essa história consegui compreender porque ela me marcou tanto desde a primeira vez que a conheci e porque, sendo esse o livro de estreia de Chinua Achebe, ainda ele é tão relevante para a literatura africana e mundial.

Com uma riqueza de detalhes que só alguém que conhece as tradições e os códigos tribais pode trazer, Achebe constrói uma narrativa fluída, detalhada (porém não cansativa) e carregada de conhecimento sobre Umuófia, uma das tribos mais temidas do povo igbo.

O livro tem poucos diálogos e uma narrativa que aborda o dia a dia da tribo igbo. As situações de reviravoltas ou as que trouxeram uma tensão para a história, são apresentados de maneira direta e simples. É surpreende como Achebe consegui expressar de forma tão simples e em poucas palavras, por exemplo, o momento em que a vida do protagonista toma um rumo inesperado, ou o destino final do mesmo. É uma genialidade que surpreende e impacta. Esse livro valeu cada minuto dedicado a sua leitura (ou releitura)!
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Rebeca257 09/02/2022

Gostei muito
Meu primeiro contato com o autor e sem dúvidas valeu muito a pena. O Chinua é um escritor sensacional, a história me envolveu e me ensinou muitas coisas novas. Mostra a vida numa aldeia nigeriana antes, durante e após a instalação de missionários brancos e da colonização. É uma experiência única que vale muito a pena
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DemAtrios0 02/02/2022

Um tratado antropológico!
Esse livro é absolutamente sensacional! Um tratado antropológico condensado em uma narrativa de escrita simples e acessível. Mostra o primeiro contato de uma etnia africana com o homem branco. O Legal é que o livro não romantiza essa etnia, demunizando-a e reduzindo a uma categoria de vítimas inocentes e oprimidas (embora esses aspectos estejam obviamente presentes), o livro não reduz uma sociedade tão plural dentro de caixinhas dicotômicas, pelo contrário, preenche de camadas, insere problemáticas e enriquece a experiência literária.

Tomando a licença de apontar a universalidade de determinadas caraterísticas demasiado humanas, como o inconformismo, o medo da perda de pessoas amadas, a busca pela felicidade, a luta por aceitação, o esforço medonho em validar a própria existencia e etc, a obra ascende e reluz em sua grandiosidade, embora seja pequena em número de páginas, o que não diminui em nada a densidade de sua narrativa. Isto posto, se por um lado o colonialismo foi um sistema cruel cujos efeitos perversos ainda persistem em toda a África, aspectos da cultura tribal apresentada, embora dentro de um contexto completamente diferente do nosso, são de extrema violência, e nos fazem refletir sobre o conceito de relativismo cultural, será eticamente apropriado permitir que um grupo humano possa simplesmente assassinar pessoas inocentes pois assim foram ordenados por sua religião? Os homens brancos que supostamente levam a "civilização" não são igualmente produtos de seu meio social e analogamente tão selvagens quanto aqueles que alegam civilizar?

É impossível entender os mecanismos do racismo estrutural contemporâneo em sua completude sem o devido respeito, observação e entendimento das raízes históricas intercontinentais que os precederam. Uma obra digna, bela e trágica, merecedora do mais admirável respeito. Simplesmente leiam! Nota 9,5/10.
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Stuart.bookster 28/01/2022

O Mundo se Despedaça, de Chinua Achebe
Um livro sensacional e espetacular, é a verdadeira visão do colonizado em luta contra as inovações dos estrangeiros. O livro possui uma escrita um tanto paradoxal, ao mesmo tempo que tem uma narração simples ela possui uma temática muito complexa, mesmo assim a compreensão do livro é possível. Uma coisa que eu gostei demais é a visão dos nigerianos acerca da colonização britânica, uma visão de resistência e estranheza. O livro em suas páginas iniciais já deixa claro o que livro tratará, em suas próprias palavras:
- "Nele narra-se a desintegração de uma cultura, com a chegada ao mundo fechado que lhe protegia a unidade de valores do estrangeiro com armas mais poderosas e de pele, costumes e ideias diferentes."

Outro ponto a qual eu gostei muito de observar é a forma como o cristianismo é retratado, seus missionários e a forma como passam a tratar os africanos. O livro fornece frases marcantes e reflexivas, na minha opinião, são eles:
- "Mulher velha sempre fica um pouco sem graça quando se mencionam ossos secos num provérbio."
- "o pássaro, diz que, desde que o homem aprender a atirar sem errar a pontaria, ele, o pássaro, aprendeu a voar sem pousar."
- "Há algo agourento detrás do silêncio."
- "Um homem de coração orgulhoso é capaz de sobreviver a um malogro generalizado, porque semelhante malogro não lhe afeta o orgulho. É mais difícil, é mais amargo a um homem fracassar sozinho."
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Luzz 26/01/2022

Outro lado da história que nos é contada
Estou absolutamente sem palavras. Só consigo pensar na importância de não termos uma história única. Somos moldados por nossos costumes, tradições, língua, contato social com semelhantes, então como podemos julgar outra cultura ? Esse livro mostra o contato do povo ibo com os brancos sem falar que isso é certo ou errado, mas narrando os fatos. Me ensinou muito sobre cultura e apesar de um início lento eu acabei totalmente presa a história e apaixonada pelos detalhes.
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Layla.Ribeiro 21/01/2022

Que surpresa essa leitura, uma narrativa muito boa, história diferente que nos mostra como era os clãs africanos antes da colonização branca, conhecemos a sua cultura, religião e sociedade, diferentemente do que estou acostumada com a literatura nigeriana das tribos iorubas e hauças, essa história se passa pelos ibos, a qual eu tinha poucas referências e aprendi muita coisa. Eu amo conhecer novas culturas e por isso para mim a leitura foi muito boa, apesar de conhecer a história de colonização africana pelos europeus, esse me livro me despertou uma raiva tão grande por eles que respirei fundo. Gostei muito de conhecer um novo autor que eu julgava ser contemporâneo e tomei um susto ao saber a data de publicação desse livro e que o autor não está mais entre nós, triste que escritores como o Chinua ainda são poucos conhecidos. Agora que descobri que faz parte de uma trilogia, com certeza irei ler os outros livros.
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moraes_psi 14/01/2022

Importantes, sem dúvida, mas sem emoção.
Respeito demais a importância dessa obra. Mas pra mim foi uma escrita chata e sem emocão.

Lógico que a importância de Chinua Achebe para manter acesa a cultura africana e ibo é incontestável. Principalmente porque ganhou para mim 1 ponto por escrever o romance sem a visão maniqueísta, mostrando também as falhas do povo colonizado e os ganhos com a chegada do europeu. Porém é claro que faz óbvias críticas ao colonizador. Mas é legal ver um romance sem a unilateralidade convencional aos mais fracos. Isso traz uma visão crítica muito mais interessante ao leitor.

Eu adoro romances históricos e a história negra, porém o que me distanciou desse clássico moderno não foi sua trama e embalagem histórica e sim a sua falta de EMOÇÃO, além da falta de "POESIA" em seu texto. Mesmo tendo a boa fluidez que gosto em um livro, eu me cansava com as tragédias familiares da colônia descritas sem sentimento.

Será também a tradução? Algo que nunca sabemos se não lermos na língua original. E isso é o que me distância um pouco dos livros traduzidos. Mas acredito que muito da minha percepção é a própria escrita do nigeriano, pois na introdução o historiador Alberto da Costa e Silva diz considerar Achebe um escritor que contém defeitos, além de repetitivo. Fato.

Enfim, Achebe inspirou escritores modernos da África de hoje, mas que de longe parecem ser melhores escritores, como Ngugi wa Thiong'o, Nadine Gordimer, J. M. Coetzee, sua conterrânea Chimamanda Ngozi Adichie e principalmente, para mim, Mia Couto e José Agualusa. Ambos escritores africanos superiores.

Me segue no Instagram pra ver mais conteúdos sobre leituras e também sobre música..

site: www.instagram.com/nandobpmoraes
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Antonio Gonçalves 05/01/2022

Intrigante e cultural.
O mundo se despedaça é um livro que expõe e demarca uma parte da cultura ancestral de uma parte específica da África. Toda essa ancestralidade é permeada através do personagem principal Okonkwo, que ao decorrer da leitura nota-se à sua bravura, sua persistência em manter a hierarquia de seu povo, suas incertezas e indignações. É uma narrativa bem profunda em que notamos uma outra perspectiva de uma mesma África, com alguns incômodos, violências e opressões. Nesse sentindo, Chinua Achebe em sua escrita bem detalhada com provérbios que elucidam à tradição, e cheio de retornos que deixa a leitura fluida, levando-nos de encontro ao questionamento de algo inquestionável, algo para ser sentido em cada capítulo desse livro, o quanto que a colonização destrói uma cultura pautada nos afetos com seus deuses. Em suma, a resistência de Okonkwo em meio as adversidades, no que diz respeito a defender e impor justiça, e dentro de uma realidade na qual a violência impera ganhando destaque, é admirável, porém, visceral para os dias atuais.
Márlon 07/01/2022minha estante
?

Muito bom!




Victoria96 24/12/2021

Nada como o jeito que nos conectamos a diferentes culturas, identidades e ao significado de ?o que é ser humano? por meio de livros.
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camaziabento 01/12/2021

Começo do fim
O autor ibo de nacionalidade nigeriana, nascido em um momento político de estabilização colonial da Inglaterra no país africano, retrata através de Okonkwo, um personagem fictício, conservador dos costumes locais e guerreiro respeitado em sua tribo, o início da colonização inglesa na Nigéria. Nos primeiros capítulos somos apresentados às práticas sociais, hierárquicas, ritos de nascimento e morte da tribo Ibo. Concomitantemente o processo de colonização européia sorrateiramente se desdobra, aniquilando com desprezo toda a cultura local. É um livro interessante que traz provérbios, lendas e até contos da cultura africana. É uma obra da década de 50, mas o tema é atemporal e nos faz pensar como movimentos políticos têm o poder de mudar os aspectos mais simples da vida civil.
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bre 12/11/2021

“Como é que ele pode entender, se nem sequer fala a nossa língua?"
O livro do Chinua Achebe traz um panorama de como foi o início da colonização das civilizações Ibo, e os impactos na cultura tradicional do local. Mas, para além disso, expõe uma visão crítica quanto ao olhar ocidentalizado que temos sobre a colonização na África quando, de algum modo, nos apresenta “o outro lado da história.”
Conhecemos Okonkwo, sua família, sua cultura, suas inseguranças. Como uma sociedade normal, conhecemos também suas discordâncias.
Cabia ao homem europeu a "pacificação" dessas "tribos"? Afinal, o que seria isso? O que tinha que ser pacificado, dentro dessa sociedade que Chinua nos apresenta, organizada culturalmente, socialmente e politicamente?
Ao final, o livro cabe tantas reflexões mas, acima de tudo, é um chamado para começarmos a enxergar, de forma crítica, toda a história que chegou, e chega para a gente sobre a África, pensado que, por muito tempo, a única visão que teve espaço foi daqueles que tinham um objetivo igual ao do comissário no final do livro e, não que sua história estava errada, mas sim, incompleta e cheia de incompreensões.
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"O homem branco é muito esperto. Chegou calma e pacificamente com sua religião. Nós achamos graça nas bobagens deles e permitimos que ficasse em nossa terra. Agora, ele conquistou até nossos irmãos, e o nosso clã já não pode atuar como tal. Ele cortou com uma faca o que nos mantinha unidos, e nós nos despedaçamos."
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Camila.Queiroz 04/11/2021

Um caso de amor com a literatura africana
Uma das coisas que mais gosto na leitura é ter contato com outras realidades e, assim, conhecer outros países e culturas. Adoro livros que, no meio da ficção, nos ensinam um pouco sobre um país. A cada livro assim, a gente vai conhecendo um pouquinho mais da história de um povo.
Esse livro fala sobre a desintegração da cultura africana em um clã da Nigéria, a partir da chegada do colonizador branco.
Um dos meus principais pontos de reflexão foi sobre até que ponto nós podemos classificar costumes dentro da dicotomia certo/errado. Parece fácil dizer que algo contra os NOSSOS costumes é "errado", mas é certo eu impor o que eu entendo como correto a outra realidade? Será que é possível se falar de um mínimo universal que deve ser garantido em todos os povos e culturas?
Fica ai o questionamento, porque ainda não encontrei uma resposta.
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peregrinaverso 23/10/2021

"A vida de um homem, desde o nascimento até a morte, ...
... era uma série de ritos de transição que o aproximavam cada vez mais de seus antepassados."

Até onde podemos interferir na cultura de um povo prezando os direitos humanos sem mudar completamente seus hábitos e costumes? Bem, eu me perguntei isso o tempo todo nessa leitura.
Esse romance fala, basicamente, sobre cultura dos povos do baixo Níger e sua colonização pelos britânicos. Conhecemos Okonkwo, um homem preso aos costumes de sua tribo e que tem pavor de ser fraco. Nele, vemos toda a síntese de uma cultura em declínio, que há muito perdeu seus dias de glória.
O livro é dividido em três partes, sendo a maior delas a primeira, que mostra todos os costumes e o dia a dia da tribo Umuófia. Ficamos mais próximos da família de Okonkwo e mesmo em suas práticas terríveis, me vi completamente imersa e levada pelos seus hábitos. Por isso, mesmo sabendo que a colonização era um fato, me peguei apreensiva com a chegada do homem branco e a imposição do catolicismo.
No todo, foi um livro que eu gostei muito. Não acho que a escrita é perfeita, ela tem lá suas falhas, mas Chinua Achebe constrói a narrativa de forma impecável, numa crescente fluída e sem obstáculos, chegando a um clímax e final que me deixaram de queixo caído.
Não foi minha leitura favorita do ano, mas é algo com o qual eu vou pensar sempre; algumas cenas nunca irão sair da minha cabeça.
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